Desfaz
A saudade não mata!
O que destrói são as atitudes mesquinhas,
as palavras farpadas que arranham por dentro,
detonam qualquer sentimento,
desfaz toda boa intenção.
Eu então percebia, pela primeira vez, que tudo segue, desbota, estraga enquanto a vida continua. Que não existe final na nossa história até que chega a morte e o corpo se desfaz.
O amor é a coisa mais linda do mundo e quem passou pela vida sem sentir amor, não viveu. Mas, em qualquer relação, ele pode ser saudável ou não. E quando vivemos um amor que não é saudável, a própria ideia do amor se desfaz e sua essência deixa de existir.
Cantava a música:
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada...
Mas quem lá morava sabia:
Que um lar é poesia,
Não se limita a um lugar, não se desfaz.
Um dia, a maldição se desfaz, e as pessoas, sem perceber, ficam desocupadas da luta interna—até que descobrem que nunca precisaram brigar consigo mesmas.
A solidão não é negada pelo fato de nos encontramos inserido em uma multidão,
pois o solitário é aquele que não encontra ninguém, quando essa aglomeração se desfaz.
Como pode o ser humano ter um cérebro tão eficaz!
Tão forte em palavras...
Que em ideias se desfaz!
"Não propriamente dito:
O tempo não volta atrás!
O que importa é o talento que vem da alma, o corpo é perene e em breve se desfaz... a alma se perpetua na imortalidade!
Laço de abraço
É no laço de seus braços
Que minha dor se desfaz,
Me ensina a crescer...
Sem você não sou capaz!
Essa noite velei,
Pensando em nosso amor!
Tu me faz tão bem,
Que livrai-me da dor.
Tudo que queria
Era dormir em teus braços.
Meu amor, meu carinho
Me deixe dormir,
E sonhar com nosso ninho.
De amor!
Incompreendido
O que é isso dentro do meu peito?
Esse nó que não se desfaz
O que é isso na minha garganta?
Esse sapo que não desce de forma alguma
E eu me esforço tanto para que?
Onde quero chegar não me importando com nada?
O que vou fazer se escolher uma vida sem amor?
São tantas perguntas
E nenhuma resposta
Dentro de mim essa flor cresce
esse caule aperta cada vez mais meu coração
Meus pulmões estão preenchidos com suas folhas
E o que eu posso fazer?
Estão todos ajudando a regar esta orquídea
Me de ar
Me de esperança
Me alimente com seu amor falso
Porque eu não quero ser interpretado
como sendo só mais um
Ja diziam os poemas amadores
"Nesse mundo de gente
que sabe sofrer melhor que eu"
Eu estou me tornando o que temia
Estou me transformando naquilo que eu odeio
Quase levei um soco
Quase me matei
Quase caí no esquecimento
E mesmo assim estou no controle de tudo
Não quero estar mais sóbrio
Quero parar de ser aleatório
Onde estão minhas respostas?
Onde estão minhas respostas?
Onde esta meu chão?
Como a vida está no fio. Se o planeta Terra levantar o ombrinho, tudo se desfaz. Esse é um ensinamento básico de Buda, que nada é fixo.
“Um ser quando expira se desfaz das cinzas ao chão,
mas sempre estará com seu espírito ligado ao teu sangue.”
"Oque se fez
Não se desfaz
O tempo ostenta
Não volta atrás
Sou na linha
Do tempo,espaço
Nunca inerte
Vou a passo
Sou vento
Na linha do tempo
Não um rebento
Sem passo ou senso
Sou oque contento
Sem glória ou lamento."
Não há maior prazer do que a busca, a procura, dominada pelo sonho, pelo desejo. Tal prazer desfaz-se quando conquistamos o que procurávamos.
DO AMOR...
Do amor tudo se escreve,
Do amor tudo se diz,
Tudo se faz e desfaz...
Do amor tanto se sabe,
Mas nada cabe,
No coração, onde a paixão arde,
E se esvai...
Do amor tudo se diz,
E contradiz...
Tudo aparece...
Tudo se esquece...
Do amor, somos amantes,
Delirios loucos,constantes,
Que nos deixam encantados,
Que nos fazem rodopiar,
Em passos ardentes...
Em vôos dolentes...
Três Séculos Depois...
Se em vida me roubava os dias
Agora me desfaz os séculos
As horas são incansáveis e vazias
Desde que me fui descansar
Infeliz dia em que fui dormir
Gane meu desespero ao despertar
Nem ao menos pude vê-lo partir
E a vida que, comigo,
Jamais pôde compartilhar
Descanse em paz, meu amigo
Seu sono, aqui, hei de velar
Por mais que veja as flores se acabar
Meu pensamento sempre estará contigo
Cada minuto me tem sido o castigo
As estrelas me ouvem desabafar
Agora que o ciclo é concluído,
Por que não paro de chorar?
A última lágrima de sangue secou
Feito a última vez que suspirou
Meu corpo agora goza da serenidade
Um corpo sem alma perdido na eternidade
Por mais que eu o quisesse ao meu lado
Inútil é lutar contra o destino selado
Sabia que estava condenada a carregar
A triste sina que me tem sido te amar
E ter, agora, que tentar respirar
Parar de sufocar e te deixar descansar
Não posso impedir que se vá
Por mais que o ame,
Com você, meu destino não está
Acordei em um tempo que desconheço
Meu olhar ingerindo o que não compreendo
Poderia eu recordar, mas a que preço?
Os dias perdidos que não mais entendo
Saída de uma caixa de pedra,
Minha alma dá um longo suspiro
Vejo uma forma sair do nada
E perguntar-me o que miro
Sem nada falar,
Meu olhar da caixa desviei
Antes que viesse, novamente, perguntar
Que ano e dia eram, questionei
A fala do coveiro
Soou-me feito trovão
O tempo não foi tão traiçoeiro
Com quem passou três séculos em um caixão
Nada restou, nada ficou, nada durou
A não ser as cicatrizes da saudade
E uma pergunta que me perturbou:
Que diabo faço eu com a eternidade?
O amar
Desfaz a textura dos dias
e desafia o tempo.
Sua busca é seu itinerário:
sempre segue sem bússolas
pelos atalhos da vida.
Mas não se perde,
encontra-se em cada elo.
É sem prévias partituras,
se a melodia principia.
Se semente e seiva,
sempre é templo de maduração.
É tempestade e estio inesperado.
Paisagem vária.
Travessia.