Desespero
"Noite
Essa noite encontrei-me com o desespero, ele me abraçou e puxou todo meu ar.
Essa noite puder ver a face do inferno, e seus cães ferozes, ansiosos para me devorar
Essa noite não vi aquele maldito olhar, aquele que me encanta e me fez sonhar
Essa noite, essa maldita noite, que me tomar por um sentimento de angústia e ódio , noite que não cessar, que me despedaça,que me quebra, mas não me destrói."
Everton rodrigues
Ela é como um balanço que vai e vem...
As vezes vai e deixa saudades e desespero
As vezes vem e traz consigo mais mistérios, mais segredos.
Vai e vem... vai e vem... vai e não volta mais.
O Gelo
Gelo.
Frio, com o toque do desespero.
Permeia em minhas roupas já apodrecidas pelo tempo.
Quanto tempo eu dormi?
Me sinto inerte em devaneios,
Alguns já levados para longe pelo vento.
Que vida triste de se viver, que nem quase morta consegue se convencer
Que lutou bravamente pelo poder,
Mas se enraiveceu quando percebeu que perdeu.
Estou congelando até a morte me alcançar.
Lenta ela vem, para poder rir de mim
E me fazer sofrer até eu não mais aguentar.
Quanta coisa se foi com o tempo,
Que só morrendo agora percebo.
Lembranças das quais gozava de alegria
E tantas outras chorava como uma bebê recém-nascida.
Sentimentos que nem o coração se esquece de sentir,
Que lembra todos os dias O dia em que eu parti.
Não deixei minha família para procurar alegria,
Deixei minha família para procurar a melancolia.
A depressão tomou conta,
A ansiedade virou dona,
Os pesadelos já vivem por conta,
E eu, sofro todos os dias por deixar isso vir átona.
No momento de desespero os sons mais calmos são aqueles que mais ouvimos, o tic tac do relógio e o seu coração.
A ira, no entanto, é apenas um véu. E não basta para esconder o desespero e o vazio.
Devagar imagino-me, rapidamente desespero, lembro como fui e esqueço como serei, mas em um instante acalmo-me e continuo a viver.
Agora eu enxergo tudo com clareza, o desespero não atormenta mais a minha alma, sinto que agora eu posso fazer o que eu nunca imaginei conseguir fazer ou alcançar
Eu também sou como você
Eu também me desespero;
Eu também perco o controle;
Eu também muitas vezes me encontro em um beco sem saída;
Eu também muitas vezes tento correr para encontrar uma solução para tudo;
Eu também fico sem dormir por causa disso;
Eu também me paraliso por causa disso;
Eu também choro simplesmente por não aguentar tanta pressão;
Eu também tenho vontade de desaparecer diante desses momentos;
Eu também, simplesmente, quero esquecer de tudo, esquecer o mundo.
Mas nesses momentos algo me ampara. Lembro que tem alguém que precisa muito de mim: eu mesmo! E nesses momentos eu apenas tento respirar e voltar para o presente. Nesses momentos eu tento fazer o que eu posso fazer naquele momento.
O que você pode fazer agora por você? Então, faça apenas isso. E de pouquinho em pouquinho a gente consegue ir ajeitando a nossa vida, ajeitando o nosso mundo. Não se desespere! Não se deixe dominar pelos pensamentos. A mente cria os seus próprios problemas. A nossa própria mente por muitas vezes acaba sendo o nosso pior inimigo.
Ouça o seu coração e eu tenho certeza que você vai encontrar as suas respostas. E para ouvir o seu coração é preciso silenciar a sua mente, aquietar os seus pensamentos. Ouvindo seu coração você vai estar muito mais perto de encontrar o seu caminho. Porque a solução não vem de fora, mas de dentro de nós, de dentro da nossa alma.
Busque em você a sua luz! E quando a ansiedade bater na sua porta, apenas respire!
O envelhecimento carrega consigo uma dose significativa de desespero, o que é normal. A cada dia tudo pode começar a dar errado no corpo e isso não há atitude motivacional que resolva.
Junto ao Horto -
E é aqui,
Senhor,
em horas
d'agonia,
horas-desespero,
que encontro
neste mundo
o meu lugar.
Junto ao Horto
da angustia
do vosso altar!
Só aqui me
vejo!
Ai, Senhor,
Senhor,
que me sinto
morto,
sem Luz!
E onde estás
Tu,
que de Ti
me não vem
a menor
consolação?!! ...
Ai,
meu pobre
Coração!
Navega perdido,
sem estio,
em Eterna
solidão!
Senhor,
perdão!
Se estás aí
e Te não vejo,
perdão!
Meus passos
solitários,
baços,
ingremes,
carregam
pecados
de Seres que
ja fui,
alados ...
Mortos
que não
morreram
em meu corpo
naufragados!
Angustia
de Seres calados,
em mim,
sufocados!
Desejos
que d'eles desejei,
indesejados ...
E meu fim,
Senhor,
te peço,
p'ra quando
esse-meu fim?!
Tão pedido,
desejado,
prometido?!
Levai-me,
Senhor,
levai-me
p'ra donde
eu vim!!!
Tens-me em sua palma
Foi por inteiro
Estava bem ali
Gritos da minh'alma
Ouça o desespero
Veja-me partir
Olhos arrependidos
Ou só procuram
O que um dia perdeu
Tornam-se rendidos
Sentidos seguram
Aquilo que já morreu
Resgata o passado
Assombra a mente
Caos se instala
Reflito calado
Contemplo o presente
E minha voz cala
Essa é a realidade
Atitudes opostas
Qual sua intenção?
Mas isso é maldade
Brincar de apostas
Com um coração
Lá vem a angústia a carência e o desespero, vire e mexe na mesma hora sem chamar bem quando que do nada surge o medo.
A escuridão se aproxima toda clareza se perde
atordoado pelo caos da mente, o imenso crepúsculo eu retalho.
As lembranças, cada ponto detalhes cada pedaço!
Aos cacos me refaço em um reencontro no ocaso lá de fora me enxergo sinto a consequência dos egos. -A brisa sopra a pele suavemente se arrepia é lua cheia. Hora!! Sem os impactos eu juro que isto eu não percebia.
Seis horas (Juliano Assis) 23/09/2022
Queixas -
Sou de longe ... de tão longe me sou!
Incerteza de poeta - desespero!
Homem derradeiro que a Vida ensinou.
Ser eterno, fecundo, inteiro ...
A Vida é temporaria,
dois, três dias de hospedagem
que hora a hora é diária
nesta Eterna vigem ...
Fingir para quê?!
Se a Vida é curta ... de passagem ...
... tão curta que mal se vê!
Pesos que não são meus - não quero!
Verdades concebidas - são miragem!
Que eu sou eu - livre - primeiro!
Voar Errado -
Há no desespero um não sei quê de glorioso!
Algo que me intriga, eleva, dinamiza ...
Há na solidão um não sei quê de atencioso
que me envolve, adormece, sintetiza ...
Há na Alma um não sei quê de precioso!
Uma Vida de viagem mundo fora
que nos leva. Leva onde?! Onde leva?! Turva agora,
água limpa, triste ser, silencioso ...
Eterna solidão d'um Poeta intemporal,
capaz de amar, amando a negritude,
escrevendo versos em seu próprio corporal!
Meu linho, meu tecido, meu brocado,
minha capa, meu sudário, eterna juventude,
cega, possuída, asa quebrada, voar errado ...
Até mesmo a tristeza mais profunda enfraquecia com o tempo, até mesmo o desespero mais agudo não cortava mais como antes. A maldição do torturado, pensou, é crescer acostumado até mesmo com o açoite.