Deserto
"Explorar o vazio emocional é como desbravar um deserto interior; é na ousadia de preencher esses espaços que descobrimos os oásis da nossa verdadeira essência e nos surpreendemos com as joias da autenticidade e da conexão que sempre estiveram à espera de serem reveladas."
Infortúnio da pessoa que está no deserto, cansada, com sede, e com fome, que de longe enxerga um oásis , e acaba seguindo em frente por pensar que se trata de uma miragem.
Eu quero o caos
Para nele me recompor
Eu quero o deserto
Para nele florescer
Eu quero a fragilidade
Para nela ser fortaleza
Eu quero a distância
Para nela ser presença
Eu quero a solidão
Para nela ser milhares
Eu quero o instante
Para nele ser eternidade.
“De que vale o amor, sem o pão e o vinho?”
Essa frase, árida como um deserto, me encontrou no fim do meu primeiro casamento.
Ela expôs meus erros diante do meu fracasso, revelou minha imaturidade,
Como um espelho que reflete mais do que queremos ver.
Agarrei-me a ela como quem tenta decifrar um enigma,
Pensando que o pão — caráter, sustento, proteção —
E o vinho — carinho, prazer, cumplicidade —
Poderiam bastar para sustentar o amor.
Mas o vazio permanecia, como um eco em um coração partido.
Foi então que, cansado de buscar respostas, cheguei à conclusão:
“É possível viver muito bem sem o amor, mas não se pode viver somente dele.”
Essa constatação parecia racional, mas não resolvia a dor que habitava em mim.
Foi então que Jesus, com Sua misericórdia, me encontrou.
Ele me mostrou que o amor verdadeiro não é sustentado apenas por pão e vinho terrenos,
Mas nasce do pão de Seu corpo e do vinho de Seu sangue.
Onde, através da Sua Nova Aliança, o Seu Espírito Santo preenche nossas limitações,
Nos completando dia a dia e imprimindo em nós traços do Seu caráter único.
Na cruz, Ele expôs meu orgulho e minhas tentativas falhas,
E provou o amor mais puro ao se entregar por mim.
Até a morte, morte de cruz.
Um amor que não cobra, mas que redime;
Que não aponta erros sem oferecer graça.
Hoje entendo que o amor verdadeiro não se prende às limitações daquilo que podemos dar.
Ele é paciente como o nascer do sol, bondoso como a chuva sobre a terra rachada.
Não guarda rancores, não exige retorno, não se quebra diante de falhas.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera.
Esse amor, que nunca perece, é maior que as feridas do passado.
É o amor que transforma erros em aprendizado,
Fracassos em novas chances, imaturidade em crescimento.
E, acima de tudo, é o amor que nos completa em Jesus,
Onde o pão sacia a alma e o vinho rega o espírito.
Assim, apresento a você o verdadeiro amor:
Aquele que não falha, que não se esgota,
E que nos sustenta para sempre.
Sim, já passei pelo deserto, com dor e fome resisti, eu perseverei, e agora estou aprendendo, lutando e vencendo batalhas por um pouco de paz, quero respirar e sorrir, acredito que estou sendo lapidado, para ser mais grato em tudo o que virá, por fim, estou no labirinto da vida, e sei que sempre estarei a um passo de sair, por isso preciso caprichar, para quando enfim sair, o coração ser forte convicção de satisfação.
O lamentável trouxe a dor, deixando um deserto montanhoso de escombros; mas ei, uau, espera aí, não são escombros, são sementes.
Você é uma miragem, um oásis num deserto, o que me faz pensar que vai desaparecer, quando eu acordar.
Olho de caranguejo
Lua virada do avesso
Poema de Jeyne Stakflett
vazio cheio de você
deserto tempestuoso
areia nos olhos boca e ouvido
seco horizonte vertical
árido, áspero, espesso, escuro
sem música, rima, poesia
nosso amor já não é mais nada
o dia passa a noite fica
eu neste estado morro e renasço
morta de saudade presa nesse estado
vivo a deriva fora do vestido
morro de amor a saudade é meu destino
desmaio sem saber se era
verdadeiro ou falso o anel que não dera
galharufas da sorte
ela estava vazia você não existia
mas levarei teu espelho comigo
até minha morte
pra te lembrar que um dia
fui só sua você teve sorte
na passagem da vida
ai de mim, se te amei, nem sei nem te conhecia
Confiei, me entreguei, me amarrei
Ele cortou minhas asas e voltou a reinar
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
É difícil se achar
Nas areias do deserto
O milagre é viver
Achar o caminho certo
Quando vejo sua imagem
É reflexo, miragem
Você não está por perto
SARAU ...
Ao canto da emoção, o sentimento deserto
ele numa solidão e ela tão cheia de agonia
o senhor amor e a senhora paixão. E vazia
a sensação, tudo assemelhava tão incerto
No ritmo da alma, o desejo estava coberto
de insatisfação. E a cadência de carícia fria
os olhos soluçando e um silêncio ali se via
na escuridão, se ouvia o medo de tão perto
Toca a orquestra da noite, a lua faz serão
balbucia gemidos nas batidas do coração
tal um surdo dando o seu último adeus
E o sarau adentrava o alvor, no compasso
o pranto, as lágrimas, num memo espaço
bailando queixas, sofrência e pesares meus ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/03/2016, 19'33" – Araguari, MG
DOR SUPREMA
Cai a noite, é outono, o cerrado chuvoso, prosa
o amplo e deserto céu, místico e tão sombrio
uma saudade rameira de angústia tenebrosa
geme, ladeia, se fazendo de um silente vazio
É noite. Chove. A sensação se vê preguiçosa
que só tortura... a recordação provoca arrepio
porque sofre na poética do bardo calamitosa
que só tem nas sombras de um nublado estio
E a noite adentra, e as saudades, uma a uma
pesam na solidão, e assim, a tristura exuma
acordando no sentimento o aperto que aflora
Ah! Eu quisera, planear a felicidade no poema
dum dito amor, um amor, não a dor suprema...
Chove lá fora! Cá dentro a minha alma chora!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 março, 2022, 17’52” – Araguari, MG
Já nasci perdendo e nem sempre foi a morte que levou o que eu pensava que tinha... Até num deserto há vida, então, eu me imaginava em um deserto, mas que não ficaria nele para sempre. Eu tinha uma penitência diária, mas também tinha um coração cheio de esperanças. Tinha a intuição de que uma hora encontraria o meu oásis e saciaria a minha sede! E nesse pensamento diante do Criador, eu O agradecia pelo que me deu e perguntava como faria para ter o que de verdade eu necessitava. E Ele sempre me mostrava. Em minha mente estavam todas as respostas para seguir em frente, entre elas, dá prioridade a mim, me fazer feliz. E hoje, estou livre de querer o que não é recíproco, porque tudo que não é recíproco cansa. Não volto para onde pedir a Deus para sair. Graças a Deus!
O periquito-australiano
Nas dunas do deserto australiano,
Um periquito dança, com muita vibração, no céu.
Suas asas são como um arco-íris em movimento.
Como se o ar pintasse o seu traço.
Embora seja reduzido em tamanho, é notável em cor.
Em tons de verde, azul e amarelo, ele se mostra.
Um ser livre, preso à gaiola de ar,
Sempre saltando entre galhos, sempre em festa.
O sol beija as suas penas com um beijo dourado.
Ele está cantando uma melodia de esperança.
Seus olhos parecem estrelas em um céu noturno.
Brilham com sonhos de vastos horizontes.
E assim, na imensidão australiana, aconteceu,
O periquito ensina a beleza da simplicidade.
É como um sopro leve, leve e encantador.
Encontrando a liberdade que cada cor revela.
Uma mulher bonita é como uma flor no jardim, uma mulher de caráter como uma rosa no deserto, mas uma mulher bonita e de caráter é como a mais valiosa flor.
Os dias ruins passam
O deserto chega ao fim
A dor é sarada e aferida curada
Mas quando chegar o dia da bonança, nunca esqueça de onde você veio, o quanto custou pra você chegar até aqui e principalmente quem esteve ao seu lado na dura jornada da vida.
O deserto é lindo. Suas dunas aveludadas, moldadas pelas mãos de Deus, parecem tocar o azul puro e imperturbável do céu. Céu e terra estão casados, felizes eles se beijam. Existe muita felicidade no deserto. Por mais que eu me esforce, não encontro lugar para esta paisagem no meu quarto.(Walter Sasso)
A justiça lá do alto parece um sonho, uma miragem no deserto. Como fonte de agua fresca em terra seca e sedenta onde imperam o arbitrário, a impunidade, a sorte e o azar.(Walter Sasso)