Desapego
Praticar o desapego às vezes é apenas uma maneira de deixar ir, partir, não desistir. Desistir é algo forte demais.
Esses dias estava me perguntando de onde saiu essa minha ideia e fascinação pelo "desapego". Depois de muito pensar, repensar, analisar, eu soube. Ah, entendi tudo. Sabe qual o meu problema?
Eu sou intensa. Não sei ser de menos, amar um pouquinho ou sentir pela metade. Não consigo guardar palavras nos pensamentos ou fingir ser algo que não sou só para parecer normal. Aqui é alma, corpo e coração. É se jogar no abismo sem o receio de não ter ninguém lá embaixo esperando por mim. Quero tudo muito, agora, anda! Vê se não demora, porque também não gosto de esperar. Aqui é oito ou oito mil. Se for pra ser, que seja demais, intenso, dê frio na barriga. Que seja rápido, repentino, gostoso. Que me jogue na parede, puxe pelo cabelo e me leve para viajar no dia seguinte. Que seja algo surreal, que dê borboletas no estômago e me deixe querendo mais. Que seja faísca, fogo, incêndio. Que seja um amor gritante, insano e completamente, único. Mas se não puder ser tudo isso, que seja um nada. Que vá embora da minha vida antes mesmo de cruzar a soleira da porta. Gosto que me transbordem, e não apenas acrescentem.
Nós que somos intensos temos dois caminhos a seguir: o caminho mais fácil e o caminho mais difícil. O caminho mais fácil é o que escolhi desde o início, o desapego. Se é para ser tudo ou nada, que seja logo o nada. Que seja o desapego, a liberdade, a leveza de ser sozinho. Que seja o aprender do caminhar sem mãos dadas, o equilibrar sem apoio, o sorrir sem motivo. Que seja a valorização do eu, a preservação do coração, a armadura que previne o cupido. Que seja sozinho, mas que seja feliz. Se for pra ter um pouco, que não tenha nada.
E qual o caminho mais difícil? Ora, vocês já devem saber. A segunda estrada nos leva ao amor, ao tudo, ao intenso. Só os corajosos tem armas suficientes para combater os inimigos invisíveis que insistem em assombrar esse caminho tortuoso e sem volta. Agora vocês me entendem melhor? Se comigo é tudo ou nada, estou esperando alguém que mereça o meu ''tudo''. Alguém que me ensine a voar, cure o meu medo de altura, me dê as mãos. Alguém que não se importe com meu passado, sare as feridas, remende o coração. Alguém que assim como eu, se protegeu tempo demais, e agora vai se permitir viver – pela primeira vez.
Então não é que eu não acredite no amor. Eu acredito, e muito. E é exatamente por acreditar demais, que eu não posso me permitir vivê-lo assim tão intensamente com qualquer um que ofereça um abraço caloroso.
Um dia, tenho certeza de que o desapego se tornará um grande amor, e assim como tudo na minha vida, vou viver intensamente até o último minuto com um sorriso no rosto e com a certeza de que essa vai ser uma história de tirar o fôlego. E se possível, que o nosso primeiro beijo seja debaixo de chuva.
Enjaula, pois meu sofrimento, no transitar das horas me desapego da longínqua crosta do meu existir...
Não conheço a arte do desapego quando abraço os meus, porque amo, vibro, respeito, admiro e desejo, acima de tudo, a sua felicidade.
Geração desapego
"Devo estar sonhando,
Vejo pessoas felizes.
Mas parecem atores, atrizes.
Só posso estar delirando.
A máscara é de um sorriso aberto,
Mas os olhos não mentem
A solidão que sentem
Quando se chega mais perto.
Na tela demonstram alegria,
Querem ser vistos
De noite ou de dia.
Não conhecem o amor.
Pregam uma vida de liberdade.
Mesmo assim não se livram da dor."
Há muito tempo aprendi.
Desapego não significa não amar, meu desapego significa que me amo primeiro e só depois decido amar alguém e não me importo com reciprocidade, se posso fazer o bem, faço.
o amor tem na sua essência uma dose de egoismo, porém, ele se desfaz quando o desapego se faz necessário.
Hora de partir.
Você fala em desapego
Mas se apega a aparência.
Você refuta o aconchego
Mas insiste na permanência.
Você critica o que convém
Mas logo tu que não se mantém.
Se te falo em entrega
Me dizes que assim não erra
Que tenho idéias antiquadas
Que sou por deveras equivocada.
Que sou sopro de apego
Que dispenso as aparências
Que busco teu aconchego
Rezo por tua permanência
Eu que velei tua alma
Que dispensei as amarras
Enquanto te vi partir.
Eu que mantive a calma
Conheci tua outra amada
Enquanto via meu mundo ruir.
É você mais sal que açucar
És de todo ruim
Inválida foi minha luta
Tens agora o meu sim.
Você diz que é do sol,
mas molha o que ele enxuga
Você diz amar a noite
Mas não é pra ela que se arruma
Você diz querer o mar
Mas não se entrega nem mergulha
Diz também ser furacão,
A este sim, se equipara na destruição,
Fostes minha perdição.
Mas fui,
Eu fui!
Antes tarde do que nunca.
Thaylla Ferreira Cavalcante {Mais uma deste ex amor}
Quando alma Luz, vir chorar, desapego à matéria ouvirá o clamor pela Paz no mundo!
Geilda Souza de Carvalho
24 de setembro de 2017
Finalmente cheguei a fase do desapego, nada mais me incomoda, não machuca, não perturba, não tira o sono. Desapegar, também é se libertar, dar novas chances a si mesmo e enxergar a vida com inúmeras outras possibilidades. Desapegar é sentir-se livre para um novo recomeço.
Decida como forma de está em Paz e no caminho da Felicidade, o proposito do desapego, ai seremos melhores!
Ser livre é entender profundamente a função e o sentido do desapego e da resiliência e colocá-los em prática