Depois de tudo
[...] Não se trata de trabalhar duro ou ganhar dinheiro e enriquecer e depois guardar tudo debaixo do colchão. Existir é descobrir um sentido novo de estar na vida, mesmo essa sendo tão dura as vezes, e fazer da sua realidade o lugar perfeito para se estar durante toda a sua existência.
Olha moço(a), vou te contar uma coisa: Se depois de tudo o que você enfrentou nessa vida você desistir agora, eu digo que não há um resquício de esperanças para mim. Aguenta firme vai, quem passou por tantas tsunâmis não pode abandonar o barco diante de uma tempestade assim. Eu sei que não está sendo fácil e que sua alma já está cansada de tantos açoites, mas, você é valente, persistente e já chegou até aqui. Quem atravessa tantos desertos não para no meio da caminhada. Olhe para trás. Olhe, por favor, e veja o rastro de fé que você deixou por onde passou. Tome fôlego e continue avante vai! Essa situação é só mais um daqueles testes relâmpagos para provar nossa resistência espiritual. Ainda que pareça o contrário, Não é o fim e, eu lhe afirmo: Você é bem maior que tudo isso."
Pare, faça uma autoanálise, observe seu comportamento, seu proceder. Se depois de tudo não encontrares nenhuma falha, erro ou deslize, então estas apto a julgar o outro.
Seria errado pensar em você ainda?
Depois de tudo o que aconteceu?
Nossa relação era tão linda...
Não levou o fim que mereceu.
Depois de tudo
Após, talvez, à própria vida
Há que vir a vez de se mostrar
O que esconde
Esse imenso mar de ilusão
Que chega mesmo a ser sombrio
Pois quando amanhece o dia
Resta ainda sobre ele
Um denso nevoeiro, que se formou
Durante a longa madrugada fria
Pode ser que um dia saiba
O que é que havia
Atrás daquele muro alto
Que eu via na infância
E que ficava
Debaixo da lava do vulcão
da ilha de Java
Só que esse
Escondido
do outro lado da lua
Num lugar onde morrem os medos
e que ao mesmo tempo
É a nascente
de todos os sonhos
Que de tão sonhados foram
Desgastaram
Um lugar onde o grito jamais alcança
Por mais que apertasse os olhos
E lançasse no breu do meu quarto
Um gemido baixo e lancinante
Tristemente guardado
E que só quem o ouvia era eu.
Edson Ricardo Paiva.
Depois de tudo que passamos longe um do outro, finalmente conseguimos ser amigos de novo, isso é quase uma vitória pra mim. Te ver de novo com um sorriso no rosto e dando gargalhadas tem sido a melhor coisa dos meus dias. Meu único medo é te perder, outra vez.
O diabo sempre fica confuso, pois mesmo depois de tudo que fez contra, você ainda está em pé e confiante.
Suportamos esses tempos duros e difíceis de viver,porque depois de tudo poderá vir a bonança.Nada dura para sempre !
Depois que tudo se vai
A noite continua sendo escura
O dia claro
A rua também continua
Sendo recoberta pela pedra fria
Parece até que nada muda
E de vez em quando a chuva cai
Mas se a gente olha direito
Percebe
Que não chove mais do mesmo jeito
E mesmo as estrelas
Parecem não mais brilhar
Com a mesma intensidade
Pois
Pra falar a verdade
Depois
Um mais um
Não se pode dizer que são dois
Não mais agora
Depois que tudo se foi.
Edson Ricardo Paiva
Depois que tudo isso passar. Depois de todas as paixões, depois de todas as dores, depois de todas as alegrias, de todas as incertezas, de todas as memórias, depois de todas as crueldades, depois de todas as purezas, depois de toda ternura refreada, todos os beijos dados, depois de todos os amantes abandonados, depois de toda solidão sentida, só vai restar as cidades e os ventos que por ela passam.
Depois que tudo acabou resolvi me desfazer de vez desse passado sem futuro. Sentimentos com prazos de validade vencidos. Receitas de amor eterno prescritas.
O vento da liberdade se encarregou de levar para longe cada pedacinho de saudade que tinha sobrado. Precisei abrir espaço para o amor próprio e a autoestima.
Juntei os momentos inesquecíveis e os enterrei no túmulo dos indigentes, sem nomes, sem identidades. Apenas vestígios de duas vidas conhecidas que já não se reconhecem mais.
Silenciei a lembrança dos sorrisos e das gargalhadas pois com o tempo se transformaram em um barulho incompreensível. Perderam a graça.
Recolhi as lágrimas de tristeza que esvaziei da alma para regar uma nova semente de amor plantada. Será o meu jardim particular de uma flor só.
Por fim cancelei todos os bilhetes daquelas incontáveis viagens e fiz reserva para um destino inexplorado. Passagem só de ida rumo a um coração acolhedor, receptivo e disposto a me amar plenamente.
Você sabe que sinto saudade,
é verdade.
Depois de tudo não há como negar,
Que os sonhos falsos que você me deu,
tornaram-se tão reais quando você se foi
do que quando estava aqui.
E pensar que me amava,
que cuidava de mim.
— Amor eu não te amei em vão,
meu amor é passageiro, inconstante,
sem rotineiros horários.
Deixar-te me doeu,
amar-me lhe doeu,
e com essa dor você vai seguir,
esquecer de mim, rir no futuro
e trocar meu nome por paixão.
Se você ao menos me entendesse.
— Se você ao menos me entendesse.
— Eu sei que não entende.
— Eu sei que não entende.
— E como irei explicar?
— E como irei explicar?
— Que eu te amo, mas não quero.
— Que você não quer, mas eu te amo.
— Eu vejo que você me ama.
— Eu vejo que você não me quer.
— Mas não pode amar alguém que não te quer.
— Não pode amar alguém que você não quer.
— Talvez eu tenha vergonha de admitir e te machucar.
— Talvez esteja confusa.
— E quando te contar lágrimas rolar.
— E precise pensar.
— Que eu te amo demais para te amar.
— E eu vou estar aqui a esperar.
— Espero não poder voltar.
— Para ver você voltar.
— Para dizer que não posso ficar.
— E olhares trocar, promessas de amor declarar,
sonhos falsos imaginar,
divertir-se em amar,
porque não desistirei não,
nada matará minha alma e enquanto ela respirar vou te amar.
— A coragem me foge quando me encara com a alma, vejo que me ama de verdade e não contesto essa vitória,
se possível viver sem ter que mata-lá eu viverei,
com ou sem você eu viverei,
mas não vou lhe ferir não.
Você nunca saberá o porque disso,
e é porque é amor,
demais para eu suportar.
Mesmo depois de tudo que o homem já fez, conquistou e construiu, continuamos a duvidar de nossa própria capacidade.
Se depois de tudo que você fez, ele ainda querer ir embora, deixe-o ir, quem sabe a vida não mostre a ele o quanto você é importante?! O mundo não cuida com amor, ele iludi com coisas que apagam a chama do coração.
mesmo depois de tudo; dos altos e baixos, a gente continua na mesma estrada, no mesmo caminho, apesar das voltas que o mundo tem dado, sempre nos deparamos voltando a algum lugar que ficou parado no tempo, e esse tempo vem se encarregando de por as coisas em seu devido lugar.. esse é o destino o meu destino..o teu destino...
Eu me declaro, me apaixono, me relaciono, sofro, amo, termino, depois começa tudo de novo. É uma mania que tenho de entrar e sair de um relacionamento comigo mesmo sem que ninguém além de mim sofra, sem que mais ninguém perceba...
Mesmo depois de tudo, eu ainda te desejo um arco-íris de todo mal que guardo. E me calo por todas as vezes que te bato com uma flor com medo de sentir o teu sofrimento dentre a maciez das pétalas. E não diga que nunca decorei os teus detalhes, pois os descubro em mim, ocultos pelos meus poros, tatuados em forma de poesia. Tinha o controle dos meus pensamentos quando não te avistava no horizonte das minhas vontades, o que raramente me persuadia.
Você me transformou num refém de mim mesma, sem objeções. Nas noites à toa num banco de praça, descobria você na minha cura para o tédio e até lhe encaixava na minha pasta velha de tristezas bonitas. Lembrava que o infinito era logo ali, quando eu te abraçava e ria do combustível que era o fogo dos teus olhos nos meus. Seus olhos. Eram eles cor de terra e os mais bonitos da cidade. Eram os meus olhos. Os seus olhos eram versos rimados, um poema que me vislumbrava ao ler. Eu estava ali o tempo todo, apenas mais um trançado de estrofes vagas que existia numa linha na palma da tua mão. Não me importava. Porque eu amava o imperfeito e as cores que te traziam pra mais perto, mesmo quando você fazia procurar demais por desculpas que eu nem sabia que existiam.
Ao fim, você foi embora como um cometa, um daqueles feixes luminosos que não ancoram no céu. Encontrava-me então perdida em tudo que você me disse, uma linha reta de palavras desenroladas. Aí talvez, por alguma distração, torço para que eu seja reescrita numa dessas ruas de quase-amores e suspiros inquietos. Aí talvez eu tenha sorte. Ou, quem sabe, eu nunca a embale de novo por constatar, pela milésima vez, que você também era a minha sorte, assim como a minha guerra perdida. Para as texturas que só enxergava em ti, o tempo me presenteou com as lembranças de hábitos tão teus. Este era o problema, o tempo não atrasava a minha melancolia, não retardada as minhas aflições, a escassez da tua acidez. O tempo não chorava, não contava a ti que na terça-feira passada eu não dormi por tua causa.
Foi em você, moço, que encontrei minha primeira tempestade, e ainda sinto o gosto das ondas dançando com as marés que não me tiravam do lugar. E mesmo distante, me sucumbindo, lá no horizonte, me desarmando com a indiferença. Mesmo assim, me pergunto sobre qual é a estrela que preciso pra conquistar você. Falho nas constatações, na união do existente, convencendo-me entre um ou dois soluços de quê não vai adiantar de nada multiplicar as coisas.
Trapaceei no jogo do amor e acabei perdendo os bônus de uma forma não muito bonita. Quis abraçar um mundo denso num mar de nuvens ilusórias, um inferno que não era meu. Bordo este conto em notas desafinadas enquanto o visto de maneira sutil. Pouso os olhos suavemente num ponto fixo enquanto tento encontrar meus erros numa escolha que não decidia apenas o meu rumo. Minhas palavras flutuavam até onde estavas como se soubessem exatamente para quem foram declamadas. E no intervalo de dois cigarros e quatro puxadas de ar, eu lhe tinha nas mãos, controlando as pontas dos meus dedos. Tranquei a respiração até o último ponto só pra não te perder pro suspiro de novo.
Eu vou te eternizar em literatura já que o eterno do nosso amor não durou uma primavera. Vou transformá-lo em estrofes só para não esquecer de ler a poesia e lembrar do encanto do teu riso.
Esse é o mal do poeta – pensei, vê vitrais em espelhos trincados.
♫♫Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos prá voltar
E o quê, que a vida fez
Na nossa vida?
O quê, que a gente
Não faz por amor?.