Depoimetos para Professor
Sociólogo de formação ! E agora o que fazer? Ler, refletir, produzir e interagir com este mundo de incríveis possibilidades.
Ser mediador de um Projeto escolar " Jornal O Corujinha" foi uma riquíssima experiência em minha formação enquanto pesquisador em Sociologia. Nunca vou esquecer da primeira experiência de mediação em projeto escolar " Jornal Cabeça de Cuia - 2012".
Quando o conhecimento adquirido na Universidade começa a ser aplicado de forma eficiente e eficaz no ambiente de trabalho, por mais absurdo que seja, causa espanto, admiração, perseguição e reflexão.
Dê-me um espaço para ensinar e alunos prontos à aprender.
Que lhes darei asas para voar!
Prof. Leobrabo
COISAS DE MENINO DE RUA
Um menino de rua pode ser doutor?
No meu tempo podia..
O menino de rua era o dono do lugar;
Ele podia ser o que bem queria.
O menino de rua no meu tempo:
Tinha termo, se divertia;
Tinha vida, sorria e gargalhava;
Tinha casa e cama macia.
O menino de rua no meu tempo
Ia pra escola, fazia fila;
Cantava o hino nacional;
Jurava devoção à pátria mãe.
Memorizava as cores da bandeira;
Rezava de mãos posta no peito;
Chorava e não se envergonhava...
Pois, amava a pátria que nasceu.
O menino...
usava uniforme azul e branco,
Meias brancas, branquinhas,
Conga azul ou kchute preto...
No pescoço tinha uma gravata.
Fui menino de rua...
A mãe sabia, o pai espiava sisudo;
A vizinhança sentada na porta da casa
Da meninada, cuidava.
Menino de rua do meu tempo...
Se quis virou doutor, professor, jogador
Por isso sou poeta ...
Em versos escrevo história.
Eu tô bem, eu tô zen
Tô me afastando de tudo que não me faz bem.
Tô me afastando de tudo que me faz de refém.
Tô me apaixonando por coisas que eu não fazia.
Tô me apaixonando por boas companhias.
Tô me aproximando de novas viagens.
Tô me aproximando de novas paisagens.
Tô me aproveitando de tudo que essa vida tem.
Tô me aproveitando para ser feliz também.
Tô até me entendendo mais ...
Tô até te entendendo, mais...
Ultimamente só quero me ver bem.
Tô feliz, tô tranquilo, ah eu tô zen,
aproveitando o melhor que a vida tem.
A FICHA DE LEITURA
Um dia a professora de português, Dona Maria José (Dona Cuca, por esse carinhoso apelido, também conhecida, por parecer com uma certa personagem do Sitio do Pica-Pau Amarelo) Mandou comprar certa vez um livro, A Escrava Isaura do escritor Bernardo Guimarães, para fazermos uma tal de ficha de leitura, que consistia, basicamente, em lermos e depois fazermos um resumo do que lembrávamos, ótimo incentivo a leitura e reflexão e assimilação do texto. Só que nessa época, adolescência, não gostava muito de ler, não. Não só não comprei o livro, como esqueci totalmente o dia de entregar o trabalho (assim como chamávamos) ai foi que me lembrei, poxa! Ai, muito do desenrolado, em cima da hora, tive uma ideia genial, um plano infalível, fui na casa de uma vizinha, colega que mora agora no Rio, mais carioca que pernambucana, que ate já perdeu o sotaque, daqui, rapidinho, e há muito, fala o mais fluente carioquês: “ – E ai, ô Fábio, como vai? “, coisa assim, irmã de um grande amigo meu. Pois bem fui pra casa dela, como ia dizendo e sentei-me a mesa e pedi pra ela, pelo amor de Deus, quebrar esse galho e ir lembrando do que pudesse, da Escrava Isaura, lembra? A novela com Lucélia Santos, Rubens de Falco e grande elenco, vê se lembra qualquer coisa ai, se não lembrar tudo direitinho, tinha nada não, tá valendo, ficha de leitura é assim mesmo, a gente só escreve o que lembra, enchendo duas, três folhas, ta bom demais, da pro gasto, é só fazer algum volume! Começou, solicita, assim sendo, a puxar pela memória em prol de tão nobre causa, daqui a pouco chamou outra vizinha, pra ajudar; - Fulana! Tu lembra? Foi assim, assado? Ela se achegou e, daqui a pouco, também chamou a irmã, senão me engano. E eis que tinha a minha disposição, uma respeitável assessoria, três cabeças pensando melhor que uma, três cúmplices legais, rs. E aos poucos, de grão em grão, fui
enchendo uma, duas, três, quatro folhas de papel pautado, rs. Nesse negocinho, elas com toda boa vontade do mundo e eu escrevendo, já tinha passando da hora de ir pra escola e eu ainda lá, tinha nada não a aula de português seria a terceira. Daqui a poucos instantes, enfim, dei por satisfeito, tava de bom tamanho, juntei todo material coletado e fui correndo pra casa, tomei banho rapidinho, almocei, acho que almocei e fui pro colégio correndo, chegando bem na hora da terceira aula, a de português, tudo cronometrado, perfeito, entreguei a “ficha de leitura”, a professora ainda perguntou por uma coisa que viria no livro e tava faltando e eu disse veio não, não sei por que. Passou... por pouco! Dias depois, no grande dia, enfim, da onça beber água, ela inovou, (acho até que foi pessoal, o que ela fez foi combinado, hoje dava processo, rs.) chamou um a um no seu birô os alunos, na frente de todos, para devolver as fichas, fazer umas rápidas considerações e dizer a nota e eu fui o ultimo, tô dizendo, tava escrito. Na minha vez ela fez uma pergunta estranha, incisiva, disparou: - Me diga uma coisa, você fez o trabalho baseado na novela da Rede Globo, não foi? (Estranho, como ela adivinhou? É vidente?) Respondi, evidente que não! E podia? Ela prosseguiu: - Rapaz, não tente me enrolar, foi ou não foi? Eu dissimulado: - Não! E ela insistindo: - Diga logo, vá, se avexe... E a turma olhando, maior climão, constrangimento, que mico! E eu renitente e ela intransigente, vendo que ela não ia desistir, parecendo um interrogatório policial, confessar ou confessar, não tinha pra onde correr, ia dar a hora da saída e ela ali, marcando em cima, confessei: - Foi!!! Como a senhora soube? Ela disse: - Meu filho tenho uma biblioteca em casa e esse personagem Tobias, que morreu queimado aqui, não existe no romance original, o diretor da novela inventou, fez uma adaptação, eles fazem isso nas novelas, (poxa, fazem isso?! E pode? Dancei direitinho) Depois de descoberta a ficha fajuta, com ares de esperta ela jogou uma piadinha dizendo que me daria 6, pelo esforço de tentar enganá-la. Tá, até podia ser pior, ficar sem nota, entre mortos e feridos, sai até no lucro, seis, tava na media, deu pro gasto, rs.
(15.10.2016)
Ah, tá!
A expressão “Ah, tá!” pode ser usada para indicar concordância, transmitindo que se entendeu alguma coisa. Pode também ser usada com sentido irônico, para fingir que se concorda com alguma coisa que é uma bobagem ou um absurdo, bem como para encerrar rapidamente um assunto aborrecido ou desagradável.
Essa expressão eu escuto com frequência quando sou abordada sobre minha escolha profissional. Sou PROFESSORA! AH TÁ! Se afirmo, fiz Pedagogia: a resposta é : - ah, tá. E seu Mestrado? Em educação! – ah tá. E o Doutorado? Em educação! – ah tá!
Fique com seu Ah, tá e Escute-me neste dia do Professor!
Não existe qualquer profissional que não tenha passado pelo professor. Mas o professor parece ser aquela escolha de profissão que sobrou. Quando não se tem nota suficiente no ENEM para outra vaga, a opção é a licenciatura. Aquela chance de trabalho fácil, em qualquer lugar, vai para o professor. Engana-se quem assim pensa, porque só se torna professor com horas e horas de estudos, acumulando saberes e ainda entramos numa formação continuada em serviço. Pois mudam-se os meios, os métodos e os agentes do processo de ensino-aprendizagem.
A nobre tarefa da educação sempre foi e ainda é uma das ações mais importantes para a política, para garantia da prevenção as doenças e promoção plena da cidadania e desenvolvimento do país. Em vários momentos da história do Brasil a educação foi proclamada como salvadora do atraso social e econômico. Foi a educação a porta da modernidade, do nacionalismo, dos bons costumes, da fé e da permanência da cultura entre gerações.
Mas, o que se resumi hoje o trabalho de um professor? Não há um sistema homogêneo. Existem práticas diversas, valorização em algumas redes de ensino, desvalorização e precariedade do trabalho docente. A escola é sucateada e banalizada. Viramos reféns de alunos viciados, agressivos e intolerantes.
Qual a satisfação de um professor atualmente? O piso salarial docente saiu em forma de lei para ser implantado no Brasil, mas isso ainda é algo valido apenas no papel em muitos Estados. Você conhece algum ex-médico? ex-advogado? ex-engenheiro? Certamente, só quando são jubilados, aposentado. Mas certamente você conhece alguém que desistiu de ser professor.
Hoje, o ambiente de trabalho é diverso para o professor. Há escolas prisões, professores reféns, autonomia vigiada, tratam a escola como empresa, mas o que deveria ser era uma parceria. Quando um pai ou uma mãe vai à escola, deve oferecer sua ajuda e colaboração para educação do filho e não cobranças, como uma empresa que descumpriu seu serviço. Que serviço presta um professor? Um dos mais importantes. O indivíduo cresce como ser humano, educando-se e aprendendo sobre respeito e cooperação. Porém, ainda se prepara para o mercado de trabalho.
A escola aglomera o maior número de professores. Mas não estamos apenas nela. Há professores em vários setores. Na fábrica, na igreja, nas repartições públicas, nos hospitais, basta expandir o conceito de professor para aquele que transmite o saber, que a educação vai além dos muros da escola formal.
Quem ainda nas futuras gerações será Professor? Se fossemos um profissional em extinção, será que haveria campanhas de valorização aos professores? O que vão esperar para iniciar esta campanha de respeito e valorização para o professor? Já não basta os baixos salários, as ameaças, as agressões, a desvalorização social? Teremos que nos extinguir, esperaremos que não haja mais os professores ? Quantos mais serão esbofeteados, mortos e humilhados? Haverá alguma geração que faça opção pela docência? Que motivos estamos deixando para influenciar nesta escolha?
Por outro lado, ainda são os professores que para muitos alunos são a representação de um pai, uma mãe, uma pessoa de autoridade e que aposta nas suas habilidades para ser um cidadão do bem, acima de tudo, e um excelente profissional. Quando talentos são revelados por nossas mãos? Quantos sorrisos com a primeira palavra lida, a formatura do ABC, o vestibular bem sucedido, o primeiro emprego conquistado. Enfim, entre rosas e espinhos estamos EDUCANDO!
Orgulho desta profissão que foi inspirada nos meus pais, EDUCADORES.
Orgulho de ser uma PROFESSORA.
Porque na vida vejo ex- alunos em condições de vida com qualidade e dignidade. Engenheiros, Jornalistas, Advogados, Empresários, Administradores, Vendedores, Cantores, Artistas, Dançarinos, profissionais que passaram pela escola e conquistaram seus sonhos, igual eu sonhei o meu!
By: Andréa Andrea Agnes
A escolha de uma profissão, requer muita paciência e principalmente um profundo conhecimento de nossas habilidades. Porém, se optares pela arte do magistério, nunca te esqueças da verdadeira essência de tão sublime ofício: preparar pessoas para serem melhores do que você.
Todo ser se constrói e tem a sua personalidade moldada diante das experiências e exemplos daqueles que lhe podem ser chamados os seus mestres, sejam os seus familiares, os seus amigos e inclusive os seus professores. Gosto destes últimos porquê geralmente o fazem por opção.
Feliz dia dos Professores!
Parabéns a todos(as) aqueles(as) que compartilham o que sabem, agindo enquanto facilitadores(as) do processo de aprendizagem, catalisadores(as) dos saberes, buscadores(as) do conhecimento, contribuindo assim, anonimamente, para que seus alunos(as) de hoje sejam os(as) profissionais e cidadãos(ãs) de amanhã!
Educação é o primeiro passo na evolução do ser humano.
Ensinar é inspirar
É se multiplicar
É se eternizar
Feliz dia dos professores 👨🏼🏫👩🏫
Quão bom “escolar” degraus!
De aluna a professora de alunos❤️
Obrigada, meu Mestre Jesus por buscar seguir os teus ensinamentos e a querer aprender mais de ti. Ajude-nos, ó Deus, para que sejamos bons discípulos. Emunah.
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Parabéns pelo seu dia e por trilhar esse caminho muitas vezes árduo, mas gratificante.
O homem talvez não saberá te compensar tanto esforço e dedicação, mas Deus o fará.
Feliz Dia do Professor!
Dentro de um pedaço de mármore existem diversas formas esperando que um artista as transforme em realidade. Dentro de uma criança ou adolescente encontra-se adormecido um grande homem em que essa criança pode se transformar. Cabe ao Professor acordar esse homem dentro da criança e fazê-lo crescer. Professor, um artista em falta no mercado.
Não sou orgulhoso, é que cai tantas vezes que eu tive que me virar sozinho e aprendi a não depender de ninguém.
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