Depoimento de agradecimento

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Tudo perde o sentido quando tu deixas de ser teu cúmplice para te tornares o algoz de tua própria alma, aprisionando o teu ser em quimeras descabidas, sendo necessário desconectar o teu coração de quem não reconhece teus sentimentos, do que não pode ser contigo ou do que não pode vir a ser.

O fogo do inferno é brando, quando comparado ao ódio que os burros sentem dos inteligentes.

Desde que as alianças deixaram de ser de ouro, elas perderam sua beleza, e o casamento sua nobreza.

Todos nós erramos um dia...

Para o poeta, palavras estão sempre em estágio de soluços.

Ser seletivo não é ruim. É um fenômeno que, depois de tanta maturidade e aprendizado ao nosso redor, irá conduzir a escola da vida. Quem estiver saindo, fechará por si só, a porta que eu mesmo abri.

nunca fui boa com números
a minha relação com eles
sempre foi dramática
e já que eu não pude com eles
resolvi mudar o rumo da história
então passei a amar as letras
que quando juntas formam (doces) palavras
com todos os acentos
com todos seus significados possíveis
com toda emoção causada
que quando juntas formam um verso
e depois uma estrofe
que quando juntas formam poemas
ou então um soneto
ou uma poesia
que quando lida e sentida
tocam o meu coracao
e minh'alma
até o meu espírito se encanta
quando estou em outro plano
dormindo ou sonhando
sorrindo e rimando
flores com amores
paixão com coração!!!

enquanto estivermos presos
ao nosso egoísmo
ao nosso narcisismo
ao nosso fanatismo
ao nosso perseguismo
ao nosso sofismo
ao nosso abismo
ao nosso modismo
ao nosso psiquismo
ao nosso racismo
ao nosso cinismo
ao nosso idiotismo
ao nosso sadismo
ao nosso alarmismo
ao nosso banditismo
ao nosso brilhantismo
ao nosso canalhismo
ao nosso centralismo
ao nosso negativismo
ao nosso sensacionalismo
ao nosso comodismo
ao nosso conformismo
ao nosso terrorismo
ao nosso vitimismo
ao nosso consumismo
ao nosso cretinismo
ao nosso dramatismo
ao nosso esnobismo
ao nosso extremismo
ao nosso derrotismo
ao nosso masoquismo
ao nosso pessimismo
ao nosso falso moralismo
ao nosso exclusivismo
é como se tivéssemos
uma âncora nos pés
ou algemas nas mãos
é o mesmo que irmos
contrários à evolução
é se perder sem noção
é ficar sem razão
é se entregar à depressão
é nadar contra a correnteza
é viver sem firmeza
é se depreciar
é deixar de voar
de sonhar
de realizar!!!

e se Deus quiser
eu vou
espantada
silenciosa
atônita
surpresa
catatônica
silenciosa
(in)segura
calada
amordaçada
nem que seja dentro
de uma camisa de força
à força
mediante força divina
e a expressão: "não vou nem amarrada"...
cai por terra
ou melhor
jogam terra por cima de mim
do meu imperfeito ser
da minha consciência pesada
da minh'alma atrasada
do meu coracao angustiado
e eu fico ali parada
refletindo tudo o que eu fiz
para merecer, e pior
tudo o que eu deixei de fazer
o tempo que perdi
e não mais encontrei
porque eu não procurei
e tenho a certeza
que quem procura acha
então eu só acho
mas não tenho certeza de nada
e eu nado nas profundezas
das minhas lágrimas
e eu lamento e lastimo
reclamo e estimo
pela hora da partida
e também a hora da chegada
no plano divino
Ele sabe da minha hora
e nem de relógio precisa
basta ver quantas vezes
eu vi o nascer e o por-do-sol
é assim que eu também sei
que chegou a minha hora
e eu contei os segundos
para o suspiro final!!!

Flor tem alma feminina
e mulher tem alma florida
ambas secam
quando não forem regadas
com amor!

Boa noite universo poético
Que a poesia possa tocar
Nosso sagrado coração
E chegar até a grandeza
Da nossa alma sonhadora!!!

desfilando como porta bandeira
da causa (im)possível
e rodando a baiana
em cima da corrupção!

A amizade do analfabeto é sincera. E o ódio também.

Que efeito surpreendente faz a comida no nosso organismo! Eu que antes de comer via o céu, as árvores, as aves, tudo amarelo, depois que comi, tudo normalizou-se aos meus olhos.

A comida no estômago é como o combustível nas máquinas. Passei a trabalhar mais depressa. O meu corpo deixou de pesar. Comecei a andar mais depressa. Eu tinha a impressão que eu deslizava no espaço. Comecei a sorrir como se estivesse presenciando um lindo espetáculo. E haverá espetáculo mais lindo do que ter o que comer? Parece que eu estava comendo pela primeira vez na minha vida.

Fui ficando triste. O mundo há de ser sempre assim: negro para aqui, negro, para ali. E Deus gosta mais dos brancos do que dos negros. Os brancos têm casas cobertas com telhas. Se Deus não gosta de nós, por que é que nos fez nascer?

É quatro horas. Eu já fiz almoço – hoje foi almoço. Tinha arroz, feijão e repolho e linguiça. Quando eu faço quatro pratos penso que sou alguém. Quando vejo meus filhos comendo arroz e feijão, o alimento que não está no alcance do favelado, fico sorrindo à toa. Como se eu estivesse assistindo um espetáculo deslumbrante.

Eu estava pagando o sapateiro e conversando com um preto que estava lendo um jornal. Ele estava revoltado com um guarda civil que espancou um preto e amarrou numa árvore. O guarda civil é branco. E há certos brancos que transforma preto em bode expiatório. Quem sabe se guarda civil ignora que já foi extinta a escravidão e ainda estamos no regime da chibata?

Quando eu não tinha nada o que comer, em vez de xingar, eu escrevia. Tem pessoas que, quando estão nervosas, xingam ou pensam na morte como solução. Eu escrevia o meu diário.

Somos consequência daquilo que "fazemos" e daquilo que "não fazemos".