Delírio dos Loucos
Deliro, fito, observo.
Estou cioso do meu querer,
buscando entender, conhecer.
Simplesmente, louco por...
Caminhos estreitos
Por onde me perco
Loucos delírios
Que me causa o meu devaneio
Corpo sobre brasa
Boca ardente que me arrasa
Olhos surpresos
Trazendo me loucos desejos
Em pensamento te busco
Te procuro nos meus anseios
Te sinto próximo mesmo ausente
Me sinto sua calorosamente
Fogo que queima veloz
Ar que dispersa
Brisa que vai e
E pensamento que fica!
Nessa remota ilha de delírios é que continuaremos perdidos no oceano da razão. Melhor viver minha intensa loucura do que a sua passiva sensatez, pois o mundo precisa de loucos, os que estão loucos para viver e extrair o melhor da loucura dos outros.
Tendo visto com que lucidez e coerência lógica certos loucos justificam, a si próprios e aos outros, as suas ideias delirantes, perdi para sempre a segura certeza da lucidez da minha lucidez. Bernardo Soares
(extraído do livro em PDF: Aforismo e Afins)
Razão
Não que fossem iguais
Nossos anseios, sentimentos
Mas éramos pares tais
Em doces e loucos tormentos
E destes talvez delírios
Mágico breve momento
Cruzaram-se olhos martírios
Num claro entendimento
Ficou sem sentido e encanto
Algo que não fosse crescer
Cumplices dali por diante
Fazendo daquele instante
Motivo para viver.
Existe um amor que queima com intensidade meu peito, delírios invade meus pensamentos, reais desejos ficam exposto em formas de veias pulsantes. Loucura? Desejo? Amor? Paixão? Nada descrever essa criatura gritante.
Minha alucinação é suportar o dia a dia e o meu delírio é a experiência com coisas reais...delirantemente lúcido, nesse mundo de loucos.
Salve os loucos, única opção de quem não têm razão pra ser normal.