Deleite
A mais louca idealização da alma.
O mais santo deleite do corpo.
Tô para dizer que o amor deita e rola entre esses dois extremos.
Imensurável deleite para os meus olhos ao estarem voltados para um universo fascinante, caloroso, uma beldade com detalhes intensos, charmosos, uma certa maturidade, emoções inquietantes, jovialidade instintos audaciosos, provida de uma esperteza interessante, uma riqueza abundante feita para poucos, uma bênção grandiosa, daquelas que eternizam um simples instante, mais do que belas formas, uma existência significante, prova do talento divido, que deixa o meu espírito exultante.
Sabe aqueles momentos que estamos em êxtase de felicidade e parece que o mundo é puro deleite e a felicidade nunca acabará? Nada mais é que o topo da roda da vida...para equilibrar, com certeza em breve descerá, e quanto mais alto, mais baixo, então... só nos resta aproveitar e extrair tudo de mais valioso de cada uma das experiências.
Por orgulho, anda descalço(a) sobre espinhos, podendo sem ele, escolher o deleite de caminhar sobre a grama.
Eu sou apaixonada pelo inverno, pelas aproximações e deleite que ele me proporciona, mas isso não significa dizer que gosto de pessoas pegajosas.
Deleito
As pessoas buscam loucamente o deleite do corpo, e esquecem da alma e da mente. Uma nuance seria necessária, para que esse ímpeto fosse amortizado. Afinal, nenhuma forma de prazer é eterna!!!
190822
TORMENTO NO SONETO
O fado, comigo, não teve deleite
Tem um gosto agridoce meu dia
Devoluto, e sem lisonja fugidia
Na ventura me sinto um enjeite
Lembranças, só são de nostalgia
Um poetar desnudo, sem enfeite
Inspiração desmaiada como leite
E a lágrima de tão pouca alegria
As doces palavras sem onde deite
O ânimo com nuance sem ousadia
O coração desprezado, quem aceite
E mesmo, num tal tormento, quereria
Um olhar de afogo, sorriso que afeite
Onde minha sorte, pudesse ter alforria
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Gosto da escrita com erros propositalmente colocados pro seu deleite e observação,
pra perceber se estás prestando atenção ao que escrevi, como de fato!
Essa insanidade, do Eterno só contamos nossos dias pra ir a algum deleite pessoal.
E quando nos vemos passaram-se 70, 80 anos e só diante do ser novo, do nascido, é que percebemos um corpo enrugado traços rudimentares, linhas e curvas distorcidas.
...e já não somos mais o mesmo há tempos.
Encontro
Inspiração, agarrei-te
Pelo cangote da poesia
E, contigo, nesse deleite
Ri, chorei, e na ousadia
Dei ao meu eu devaneio
Que a imaginação fantasia
E os versos, dela recheio...
Delirei passo a passo
E tão pouco sabia
Que ali seria laço
Que a alma quisera
Ter como compasso
E a cada trova, nova era
De colher cada meu pedaço
Que vivia em espera
Em segredo no coração
Assim, então, achei-te
Ó poesia, Divina criação
E para cada afeite
Uma emotiva razão!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/04/2020, 07’37” – Cerrado mineiro
praser é o gozo de experimentar aquilo que desejamos ,é o deleite de se deliciar com satisfação ...
Ferramentas
Um deleite tão grande
Minh’alma se expande
No limite da fraqueza
Uma régua sobre a mesa
Nesse tortuoso caminho
Aferrolhado, atado e sozinho
No peito a dor de um lado
Na gôndola um esquadro
Uma agulhada amedronta
A emoção toma conta
O coração se contrai
O maço e o cinzel no mesmo lado
Ora d’ante atribulado
A angústia que sentia sai.
É um deleite para a alma do pecador quando ele reconhece o poder e a transformação do amor de Deus.
Ouço o tilintar se aproximando,
sinto a ausência de umidade em meus lábios,
certo silêncio é rompido ao som do preenchimento do vazio,
contemplo o movimento fluído em um bailar peculiar,
percebo a formação de seus tons,
inspiro seus aromas ...
sinto-me salivar e ao lapso de um olhar sincero,
beijo a boca do cálice que me alimenta a alma ao toque de um anjo,
percebo seu corpo entre meus dentes,
roço minha língua,
degusto seu fruto levando-a ao céu,
na pausa de um sussurro sinto seu calor fugaz.
Ao meu redor sorrisos, amigos e prosa.
Um brinde aos amantes do vinho!
Enquanto tantos buscam os holofotes da fama pelos palcos,
eu me deleito sob meu céu de estrelas.
O brilho dos holofotes se apaga,
O brilho das estrelas jamais se desfaz.