Deitada sobre a Pedra
"Quantas vezes na madrugada acordei.
Você ali, deitada, desnuda, em silêncio lhe admirei.
Roguei.
Implorei
Orei.
Para que nunca se fosse do meu eu, existem coisas que só eu sei.
Você era a rainha e eu, o seu rei.
Te amei.
Amei mulher, como nunca antes amara, eu amei.
Existem coisas em minh'alma, que sei, foi você quem fez.
Eu sei.
Eu sei o gosto do beijo, e o macio da tez.
Me pergunto sempre, quantas vezes na madrugada, eu acordei?
E você, ali, deitada, desnuda, em silêncio, eu vislumbrei?
São coisas, que em meu âmago, somente eu, sei..." - EDSON, Wikney
Sou bipolar
Em uma manhã calma e nublada,
Deitada e coberta por um lençol amassado.
Olhando para um teto branco Deliberadamente hipnótico,
Querendo entender o pq foi marcada
Por memórias afetuosas causadas
Por esta marca, carregada na camada
De uma patologia visivelmente hereditária.
Percebi que meus pensamentos me confundem na maior parte do tempo,
Requerendo de mim o controle das memórias
Com cada indivíduo envolvido no enredo
Do filme que estou vivendo.
Contarei duas histórias,
Que poderiam ser diferentes
Dependendo do condicionamento
Da polarização do humor
Que eu estivesse tendo.
Caso 1: mania.
Levantei com muita pressa,
Para à aventura que me espera.
Me lavei com uma autoestima
De atriz de novela,
Uma beleza sem igual.
Cantei no banho
E sorri para o porteiro,
Abracei aquele dia
E o chamei de perfeito.
Comprei sete livros
E já li um livro inteiro.
Trabalhei como o triplo do empenho ,
Cheguei em casa,
Falei com todos e demostrei o amor que tenho.
Dormi pouco,
Pois precisava
Aproveitar cada segundo
Desta maravilhosa vida de oportunidades
E desfrutar do tempo que ainda tenho…
Caso 2: Depressão
Assim que despertei
Abri meus olhos e os fechei no mesmo tempo,
Já sabia o que me esperava…
Pedi a mim mesma que levantasse,
Mas, meu corpo parecia concreto.
Reuni forças e levantei.
Acendi um cigarro
acompanhado de um café amargo,
Planejei o que iria fazer.
Mas nem a metade
eu tive coragem de fazer,
70% do tempo …
Só lembrei do passado que eu poderia ter.
Trabalhei pela obrigação do dever,
As horas não se passavam.
Não falei com quase ninguém.
Deitei na cama e implorei
Para que o mais rápido possível
Eu pudesse adormecer ….
Imagino-a
Nas noites frias imagino-a ao meu lado; no pôr do sol imagino-a deitada em meu ombro; imagino-me beijando seus lindos lábios, com sorrisos entrelaçados… Imagino.
Minharia
Boneca-bailarina, criação delaminha,
Dança no vento, na ponta do pé,
Deitada ou em pé,
Te vejo sonhando, dormindo, cansada,
semblante sério, sorrindo,
pelos cantos suspirando, lindamente apaixonada...
Onde estão seus pensamentos?
Deitada em sua cama ela esperava seu celular tocar, mas ele nunca tocava, diferente de seu ipod que sempre tocava as músicas que faziam lembrar "dele" como em um ritual de masoquismo.. A noite vai ser longa.
O Reino da Nostalgia
Deitada em minha cama, ouço os barulhos minuciosos do silêncio. Aqui, presa nesse mundo, perdida nessa solidão, sendo guiada por essa nuvem negra acima de minha cabeça, estática e sem ação.
Nesse mundo não há oxigênio e ele nem sequer tem movimento. Tudo é escuro e não há cores, nem vida. Estou a beira de um abismo e posso sentir o vento frio do abandono. Aqui não há dia, as trevas são eternidade. Não há música, sorrisos, nem mesmo sabores ou abraços. Há apenas espaços vagos, há falta de amor e inexistência de esperança. Aqui, nada tem brilho e eu já não consigo ficar de pé.
Abrir os olhos e contemplar o vazio do meu ser é uma dolorosa rotina, a tristeza é minha fiel companheira e a amargura fala aos meus ouvidos, me cobrando uma razão para continuar acordada.
Olho no espelho mas já não tenho reflexo, meus lábios estão vedados e meu corpo imóvel, mas isso não me traz o mínimo espanto ou desespero. O descaso no meu olhar cansado e o vazio do meu sombrio coração são a impressão do desgosto, da dor, do sofrimento, de tudo de ruim e de pior que habita minh' alma. Se é que ela ainda existe...
Recolhida em minha mediocridade, permaneço completamente inerte. Tudo que eu tenho é nada. Eu desisti, me rendi e estou entregue à esse sentimento malévolo que reina tão predominantemente nesse mundo. Mundo que devorou minha lúcidez, mundo do qual eu sou a única habitante.
A atmosfera está me matando lentamente, como que se deliciando com meu martírio. Atmosfera pesada, criada especialmente para me sufocar.
A nostalgia é a estrela do meu mundo escuro e já não é difícil reconhecer e aceitar minha infelicidade.
Morrer não faz diferença pois eu não existo. Ninguém sentirá minha ausência porque não há ninguém.
Mas a minha causa é uma razão digna: Não sou capaz de suportar o meu próprio peso. Esse fardo sempre foi bem mais pesado do que eu posso assumir.
Ainda com todos os fatores, a verdade sempre será que eu não resisti a uma overdose de mim.
Deitada sobre a cama, meus pensamentos voam como a velocidade da luz. São 3hs da manhã e eu sequer ligo pra isso. Olho ao meu redor, pra imensidão desse universo e percebo que na verdade tudo é bem complexo. O tempo, meus sentimentos, meus pensamentos e principalmente minhas dúvidas.
Quanta coisa eu não sei ou ignoro? Será que tenho algo como verdade e na verdade não é? O que é realmente pra eu não entender e sim para sentir?
Sinceramente, eu não sei. Vou vendo e vivendo. Guardando e armazenando em minha vida o que realmente importa, ou tem importado no momento.
e clarisse está trancada no banheiro
e faz marcas no seu corpo com o seu pequeno canivete
deitada no canto
seus tornozelos sangram
Tem dias que a gente só quer ficar quietinha, deitada no aconchego do nosso edredom e travesseiro.
Ser abraçada pelo nosso cochilo, e acordar com energia para enfrentar o que todas sabemos o que temos que enfrentar... nem sempre isso se chama TPM meus amores... apenas um tempinho nosso mesmo!
E isso não significa que eu esteja com raiva de alguém, a carapuça nem sempre vem com a sua medida!
Eu te quero ver deitada em meu coração para procurar os seus perdidos no fundo de minha alma sem precisar esquecer-se do que não lhe fazia entender o amor;
Agora posso escolher as diferenças que me deixava tão distraído e te ouvir no final;
Ter você
Ter teu corpo ao meu lado,
deitada e solta.
Poder te prender em minhas
mãos,
te abraçar muito, te ver
ficar te olhando, calado.
Sentir o teu perfume, ter os
teus beijos bem devagarinho.
Me sentir só teu,
ficar preso a ti, e ser escravo
dos teus carinhos.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
ESPECTADORA
Eu poderia passar anos aqui... deitada na cama, frente ao ecrã. Da janela do meu quarto vejo a vida passar breve, sempre direta e nunca espera. Eu aqui deitada, o mundo lá fora e nada mais. O silêncio no meu espaço me faz ouvir apenas o ruído ao digitar, também consigo ouvir meus pensamentos. O quarto não parece vazio, apenas silencioso, até um certo momento, é quando perco a concentração. Algo me atrapalha, nesse instante volto meus olhos para janela; meus ouvidos captam sons em meio ao silêncio, posso ouvir delicados assobios, que saem como melodia, algo doce e suave. Congelo por um momento! Na tentativa de ouvir e sentir a pureza de um som tão singelo, porém grandioso; fui tomada por um êxtase e absorvia uma paz interna. Então, me dei conta que o aparelho já estava no chão, não dei importância. Continuei a ouvir aquela cantata. Eu não enxergava o ser, apenas o som que emitia, não havia imagem apenas notas... até que ao elevar meus olhos, eles vislumbraram a imagem que dançava aquela melodia. Eram brancas e cheias de formas, em um grandioso palco azul céu, repletas de formosura. Pude observa que estavam sempre no mesmo ritmo, acompanhando o coral de sons que me despertou. A valsa continuava, ou seria um tango? Eu fitei meus olhos nas dançarinas brancas, notei que se moviam mais rápido. Quando voltei o olhar já eram outras formas brancas, que se tornavam uma imensidão de faces e gestos, mas o palco continuava o mesmo. O som seguia no ritmo do princípio, os autores ou seriam intérpretes, pareciam não cansar. Fiquei ali parada, apreciando toda aquela magia de movimentos. Quando me dei conta, tudo parou! O silêncio se fez presente, a garganta estava seca. Quando me recompus, pude perceber que em minha volta só restava o meu eu, no meu espaço. E assim, como em um estado de transe, tudo não passou de um vasto... cochilo da tarde
JANAÍNA ARAÚJO
(Inspirado em Luan Batista)
Deitada na minha cama, aquilo que era para se tornar mais um noite de sono, ou melhor, apenas mais uma atividade comum, de uma vida rotineira, vira um tormento. Viro para um lado e para o outro. Me parecem gritos de socorro. Pressiono o travesseiro sobre meus ouvidos e percebo que é tudo coisa da minha cabeça. Quem se desespera e pede por socorro, sou eu mesma. Meus pensamentos já não me deixam mais em paz. Já não mais é possível descansar, sem preocupações. Está doendo querer mudar. Não está sendo nada fácil, e parece que é de noite, o único momento em que eu paro para refletir. Por mais que eu tenha chegado a conclusão de que do jeito que eu me encontrava, nenhum avanço seria possível, e que eu esteja inteiramente disposta a mudar, em momentos eu quase desisto. A teoria é sempre simples, agora, a prática é um desafio e tanto. Está doendo querer mudar; é ferida profunda; é passado recente. Posso estar sendo radical demais, esperançosa demais, sei lá, mas é tanto exagero assim, da minha parte, querer seguir em frente limpa, sem lembranças, apenas pronta para uma nova vida? Tenho plena consciência de que nada é assim tão fácil. Ainda mais quando se decide, de repente, querer que, de uma hora para a outra, todo e qualquer passado seja esquecido. Eu só queria renascer, livre de lembranças e sem riscos de ficar cada vez mais acorrentada ao passado. Eu só queria levar a sério essa história de "ano novo, vida nova". Por que não? Ao menos se alguém compreendesse como é incomoda essa sensação de estar prestes a fracassar, de como é perturbadora essa ideia de que não irei alcançar meus objetivos. Eu sei que ninguém consegue seguir seus próprios conselhos, mas eu ainda posso tentar, não é? Minha cabeça está dando voltas e adora recordar tudo aquilo que eu quero esquecer. Parece que quanto mais eu fujo, mais rápido meus problemas me alcançam. Como se minhas tentativas fossem nulas. Como se eu não pudesse lutar contra mim mesma. E assim eu vou indo.. A cada segundo, recordando mais e mais momentos que vivenciei, logo agora que eu só queria era descansar.
❤
Gosto de ficar deitada
pela manhã...
respirar fundo e
sentir seu coração
batendo em cada parte
do meu corpo.
❤
Vem...
Fica mais um pouco.
Pode usar meu travesseiro.
Deixe seu cheiro nele,
que eu acordo com você só
em respirá-lo.
Além de me sentir viva.
Eu me sinto cheia de amor.
❤
Hoje eu queria tomar um
café sentindo você suspirar...☕
Bom dia 🌹
Deitada em minha alcova o tempo e o vento estival anuncia maná de névoas e oiro, tempo mortífero, incomoda-me o ruído inquietante de minha alma.
Mistério, sensações, luz, formas, magia, começo, meio e fim coalescente ao triunfo.
Deitada na minha cama,
Lembro das noites quentes, quase esquecidas.
Eu só queria te ver sorrindo, pelo menos uma vez.
Eu só quero ser uma espécie de amigo, menina.
Seria melhor você abrir sua mente,
E me deixar te guiar.
Você é a única que me faz sentir
Tão real e feliz.
Oh! O que eu devo fazer, minha pequena?
Porque estou tão viciado em você, no amor e na paixão.
Oh! O que eu devo fazer?
Oh! O que eu devo fazer, me diga, minha pequena?
Por que você faz isso comigo, menina?
Você se lembra dos momentos que passamos juntos?
Menina…
E então descobri que você nunca me amou,
Seu amor pertencia a outras pessoa.
Entre tantas lembranças que guardo da infância a que mais me enternece é a da minha mãe deitada ao meu lado, do calor do seu abraço me envolvendo como um cobertor quentinho e do som da sua doce voz que como uma canção de ninar embalava lentamente os meus medo, antes que o sono chegasse.
TANTA PAZ DEITADA FORA
E eu tanto queria tê-la
Absorvê-la
Como moribundo
Das dores do coração
Senti-la como divina graça
Como luz rápida que passa
No instantâneo
Naquela desintoxicação
De a sentir ao bebê-la
Nesta taça de emoção
Ainda que momentâneo.
Escorre a paz em sangue esvaída
Nas sarjetas
Da vida
Com os dejetos que expelem fedegosos
Os poderosos
Pelas bocas e rabos proxenetas.
Tanta paz deitada fora
Pura e tão cristalina
E eu tanto queria tê-la
Agora
Neste coração de má-sina.
(Carlos de Castro, In S. Pedro de Aldriz, 30-06-2022)
E então eu choro algumas vezes
Quando estou deitada na cama
Apenas para tirar tudo
Que está em minha cabeça
E eu, eu estou me sentindo
Um pouco peculiar