De Jovens para Velhos
UM DOS NOSSOS MAIORES ERRO NA VIDA É NÃO SABERMOS CUIDAR DOS VELHOS AMIGOS QUANDO CONHECEMOS OS NOSSOS.
Lembrar os velhos tempos é como dar socos em paredes, mesmo sabendo que machuca vc insiste em lembrar
Ando descalça pela calçada......
Com os candeeiros velhos iluminados.....
Onde tiro as pedras da rua......
Vejo-te ao longe, em passos largos....
Afinal és aquele, com quem divido as minhas lágrimas....
Murmúrios.... e desabafos......
Contigo deixo a dor.......adormecer no desespero....
E escrevo em poemas......todos os desejos....
Cobertos de sentimentos áridos......
Suspiros.....mágoas......e murmúrios......
Onde escuto as palavras passadas....
Cegas e ensurdecidas pela raiva.....
Esquecidas...de lágrimas..... e de risos...
Almas brilhantes...onde o mar cantava...
E canta.....uma bela melodia....
O vento falava com doces palavras, com gestos delicados......
Onde eu voo com asas de um condor...ou de uma águia....
No luar da meia noite...que eu tanto queria ver....
Dando a outra face, De um rosto...triste....e talvez envelhecido....
Dorme....docemente com os aromas......perfumes.....
Cheiros de poesia...afinal ando descalça contigo..!!!!
“Embriagada e sozinha
Como nos velhos tempos
Sinto-me entorpecida
Em busca de um beijo;
Quero estar em chamas
Experienciar a intensidade
Sentir sobre a cama
Do prazer às extremidades;
Me apetece ocupar a boca
Mesclar sabores antagônicos
Me apetece despir a roupa
D’um corpo ou amor platônico;
Todavia o outrora se repete
E como outrora o desejo excessivo
Apenas, infeliz, se converte
Em poemas sobre vinho tinto.”
Conforme vamos ficando mais velhos, nossas prioridades mudam. Hoje, encanta-me muito mais ganhar uma flor roubada no jardim de um vizinho, que um mega buquê de uma floricultura qualquer...Isso porque ganhamos esse tipo de presente em datas comemorativas e eu quero ser lembrada num dia qualquer, sem obrigação, sem estar marcado na agenda. Quero ser lembrada por determinada música, pelo meu jeito doido de explicar as coisas, pelas minhas lágrimas naquele filme idiota, ou pelo meu sorriso amarelo de vergonha pela besteira que falei (e eu falo sempre). Quero ser lembrada porque sou uma pessoa determinada, prestativa, atenciosa e bacana e também porque sou chata às vezes. Num dia qualquer, num por de sol qualquer ou numa noite qualquer, quero ser lembrada!
Criamos fronteiras no lugar que antes era espaço aberto.
Dos velhos arados criamos armas de guerra para defender as tais fronteiras e com isso, nos aprisionamos e ganhamos um premio, que o é MEDO de agir.
As melhores histórias são contadas
por velhos, por isso se achas que
estás a viver uma história, que viva
por muitos tempos porque ainda
sou jovem.
...D.luz!!
As vezes é bom desapegar-se de velhos modelos do passado e modernizá-los reinventando a vida e viver novos momentos sem olhar mais para trás.
Aprendamos com os mais velhos, para que, quando crescermos, possamos transmitir para os nossos filhos.
Vou deixar de andar pelos velhos caminhos, vou me distanciar de quem nunca me mereceu, vou acabar com qualquer lembrança do passado, vou tentar me desligar de tudo que me atinge, me atrasa, irônico não? Há algum tempo atrás eu jamais diria isso, sim, as coisas mudam, eu mudei, eu me cansei, cansei de me doar demais, cansei de me preocupar com o pouco, cansei. E agora finalmente estou aqui disposto a mudar, começando por quem me fez sofrer, desses eu pretendo esquecer até o nome,Não recebi nada, aquela com que me preocupei, que amei com tanta intensidade e que no final como a maioria das outras me deixaram sem ao menos dizer o porque
Política dos velhos tempos
“Suicida-se o povo que descuida da sua juventude, tão certo é que não poderá viver do passado, já morto, nem desse instante fugacíssimo que é o presente.”
(Oswaldo Pieruccetti)
A leitura do livro do emérito escritor José Bento Teixeira de Salles, “Vocação para Servir”, obra dedicada a narrar passagens importantes da história de Oswaldo Pieruccetti, político mineiro de grande envergadura, levou-me a refletir sobre a diferença brutal entre os políticos da atualidade e de homens que, no passado, ocuparam lugar de relevo na história de nosso país.
Destaco, dentre tantos, dois acontecimentos vividos pelo ilustre homem público que bem representam esta diferença. Chamado certa feita a afastar-se de seu partido, oposicionista, para aliar-se ao governo de Minas na formação de uma eventual frente mineira, em reunião com seus correligionários, assim pronunciou-se e firmou sua decisão: “Não os proíbo, não os aconselho a tomar a decisão de ficarmos juntos na UDN. Os senhores são livres para decidir. Eu, de mim, não aceito. Fico onde estou; tenho uma delegação de meus eleitores, que me elegeram para desempenhar, cumprir um mandato. Um mandato dentro do partido em que estou. Não me deram procuração para mudar. Eu não mudarei”.
Em outra ocasião, como parlamentar na Assembléia Estadual, opôs-se ao aumento do subsídio dos deputados estaduais “quando não houve condições para atender às solicitações de outros setores bem mais humildes do funcionalismo estadual”. Concluiu sua fala afirmando: “O Poder legislativo deveria dar seu próprio exemplo de desprendimento e abnegação, suportando na carne o sacrifício que está impondo a todas as classes sociais”.
Assim como Oswaldo Pieruccetti, que formou com Rondon Pacheco a “Santa Aliança”, união que grandes benefícios trouxe a nossa região, outros políticos dos velhos tempos, de vários partidos, legaram a nós exemplos magistrais de espírito público, de ética, de desejo de servir e prestar ao povo e ao país seu esforço e seu trabalho pelo bem comum.
Hoje o aviltamento da política é notório. Descreve o autor José Bento Teixeira de Sales o atual momento como “uma hora pálida e crepuscular”, onde sobressaltam o arrivismo, a corrupção, a desonestidade e o carreirismo. Não assistimos mais aos gestos de amor à causa pública, não nos deparamos mais com compromissos firmados e cumpridos e sim com promessas vazias e eleitoreiras, com discursos demagógicos e ocos de ideologia, com interesses escusos e casuístas, contrários às justas reivindicações populares.
Deveria ser mais lembrada e conhecida a história de como se fazia a velha política. Deveriam ser lembradas sempre as figuras de pessoas que serviam à política e não apenas se serviam dela, trabalhando com desprendimento e sensibilidade na busca de um país melhor, de uma nação mais desenvolvida e feliz. Isto serviria, talvez, como parâmetro ou lição aos jovens que intentam ingressar na vida pública, para que o fizessem imbuídos de intenções mais nobres e relevantes.
Marília Alves cunha
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Uberlândia – MG
Fone- 32140374
Email – mariliacunha16@hotmail.com
Pulo de gata
Velhos assuntos
Velhas pegadas
Que eu deixo no mundo
Ao andar pela estrada
Estou furibunda
Estou estupefata
Quantas vezes tentei
O meu pulo de gata
Já não durmo direito
Ao pensar em teu nome
Quanto mais te procuro
Porque não sei, tu te somes
São assuntos diretos
No embalo da lida
Meu pensamento secreto
Não revelo nesta vida.
Com quem se aprende, com os mais velhos ou com os mais novos, percebo que com os mais velhos temos a chance de ver o resultado de nossas escolhas feitas, e com os mais novos conseguimos sentir as escolhas sendo feitas, aprendemos que não adianta tentar encaixotar suas escolhas dentro daquilo que viveram os mais velhos, mas sim enche-los de informações para se responsabilizarem por suas escolhas.
Os velhos disseram, ser esperto e pontual não significa ser vencedor, mas ser vencedor é ser assíduo.
Soneto da Saudade
Trago nos olhos...
Lágrimas de saudade.
Sentimentos doces e velhos.
Guardados ao longo da minha idade.
Até me fiz poeta.
Para lembrá-lo em versos.
E regar esse soneto é minha meta.
Com pingos ungidos do universo.
Ah, saudade intensa.
Vá de mim...evapora, por clemencia.
Não vê que estou sem meu porto seguro?
Deixa-me abrir os olhos com ternura.
Seca minhas lágrimas dessa amargura.
Dessa saudade, sentimento duro.
Se eu pudesse Ser o mundo ...
Eu me vestiria de criança
calçaria a sabedoria dos mais velhos e
me pintaria com a humildade da natureza .
Só para ver a Paz e o Amor
brotando com infinda grandeza.
Bem, Marianne, chegou aquela altura em que estamos tão velhos e os nossos corpos estão a apodrecer e acho que vou seguir-te muito em breve.