Dança
Chove sem parar ao cair da noite, o vento orienta a chuva e faz às árvores dançarem num rítimo ordenado e viçoso, um frio intenso toma sua face, os raios caem com intensidade e parecem raízes que fincam constantemente energia sobre a terra.
O sono não vem, Ela encolhida no sofá da varanda enrolada no cobertor que ainda expelia a fragrância do último encontro, bebia o vinho que tinha o gosto do beijo daquele que se apoderou de seus pensamentos, por isso, bebia e saboreava gota a gota. A sensação de tê-lo perto às vezes parecia tão real, mas suas mãos tateavam um espaço vazio, em aflição, como se buscasse constantemente aquele a quem sua alma procura, podia senti-lo, mas não tocá-lo. Era quase verossímil a interação e a freqüência que esse contato lhe proporcionava, Ela percorria seus pensamentos tentando transportar sua mente para o passado, que a levara a reavaliar conceitos, adquirir comportamentos antes ausentes, imaginar novos sonhos e desistir ou adiar os velhos, sensações que preenchiam a sua vida com um misto de serenidade e turbulência.
Podia sentir seu espírito sorrir ao imaginar aquela expressão suave descrita por um leve sorriso, porque ele fazia transparecer nos seus lábios e no esverdido do seu olhar a terna alegria do instante. Sentia prazer ao ouvir o som da fala áspera e cava daquele homem e das palavras que eram entoadas por ele. Sentia-se impotente perante as suas carícias, lembrou-se de que ele possuía sobre ela todos os direitos, e isso já seria razão suficiente para viver plenamente esse momento tão maravilhoso, que a fazia feliz, seja como for, isso era para Ela um privilégio. Ela estava apaixonada.
De repente, o aroma embriagante daquele amor pairava no ar, misturava-se com o vento, com a energia brilhante dos raios, dançava como as árvores e molhava como a chuva, refrescando a brasa incandescente daquele amor e o desejo de mais uma vez tocar-lhe o corpo e sentir à amena, seca e agradável sensação de beijar-lhe a boca.
Lembrou-se do aroma e do calor que aquele corpo exalava, aumentando o desejo incontrolável, insaciável, de se transportar frequentemente para aquele desejo repleto de incertezas. Ela temia se tornar dependente daqueles braços, daquele corpo, daquela boca, daquela alma... e não conseguir mais exercer sobre seu corpo “o domínio”, e ao se entregar tornar-se-ia fraca e acabaria contando-lhe seus segredos mais íntimos, sussurrados com hesitação, confidências ecoadas em cada sussurro proferido, perdido no ar, indo de encontro ao vento e se espalhando, acalentando corações perdidos e inertes, que por medo de se entregar ao amor deixam de viver todos os dias como se fosse o último.
Imaginou os raios de sol entrando pela janela, tocando-lhe a face, em mais um despontar do horizonte, de um lado as mesmas sensações e o recente encontro de um amor, que existe, mas não pode ser tocado.
Sentia-o tão perto... que o cheiro constante de sua pele se sobrepõe a qualquer outro aroma que possa inalar e os seus beijos povoam os seus sonhos e não se esvaem quando desperta, porque é um sentimento penetrante, oculto e alimenta as suas lembranças no transcorrer do dia.
Lembrou-se do primeiro encontro, subitamente em meio a multidão surge aquele Ser, uma criatura que simplesmente brilhava, sua imagem ofuscava tudo a sua volta, seu coração começou a palpitar, Ela ficou inquieta, aflita, ansiosa, sensações que a deixaram perturbada, repentinamente, parou de ouvir o barulho das conversas paralelas, do som da música que entoava ao fundo, só conseguia ver aquele estranho.
Ela precisava de um motivo para se aproximar, e espantar qualquer pessoa que pudesse atrapalhar sua convicção. Refletiu por alguns instantes, intrepidamente levantou-se e seguiu em direção a aquele ser, dotado das chamadas qualidades viris, que para Ela era o seu grande e lídimo amor, até então, recôndito na imensidão do universo, perdido durante tantas vidas e que finalmente retornou.
Achegou-se, ao vê-lo tão perto perdeu o medo, pediu-lhe um cigarro, sua voz rouca com um leve sotaque, ecoou dentro dos seus ouvidos como uma melodia que nunca se esquece. Era um sentimento que só o espírito poderia perfazer, narrar. As palavras, os gestos, o comportamento, não possuem recursos suficientes para decifrar essa linguagem tão única, exclusiva. Seus pensamentos foram transportados à expectativa de um encontro acanhado, era como uma sucessão rítmica, ascendente ou descendente, de sons simples, a intervalos diferentes, cuja fascinação pela sonoridade do instante, tornava cúmplice toda a euforia que poderia inebriar esse engano dos sentidos, marcado pela ilusão de um grande acontecimento.
Deliciava-se com o devaneio daquele impulso, esperado, ambicionado, desejado, que fazia a parte limitada da matéria inflamar-se de anseio, uma sensação que tomou conta do seu corpo e do seu coração aquecendo-lhe a alma.
Cerrou os olhos, pode sentir ele se aproximar devagar, passando seus braços em torno da sua cintura, puxou-a contra seu corpo (sentiu seu coração latejar), curvou o pescoço e beijou-lhe a nuca, a orelha, o rosto, a boca, a alma... Dessa agitação profunda sentiu entremeada a respiração cansada e ofegante, imaginou-se possuída por uma divindade de personificação masculina, que representava para Ela, naquele momento, seu homem. Este era o verdadeiro amor, que despertava o abstrato e o concreto, até então adormecidos.
Por fim, sorriu ternamente, beijou-lhe a face e partiu...
Viver é como sair pra uma balada, você se arruma se produz, dança, da risadas, conhece gente nova,quem sabe não se apaixona,quem sabe não é a melhor noite da sua vida, ou você se arruma se produz e na ida você tropeça e não pode dançar,consequentemente não da risadas e na festa só tem gente chata e feia , e é a pior noite da sua vida. “... Quem sabe lidar com o sarcasmo da vida? Ou você aprende a viver com isso ou você aprende a viver com isso...”.
O POETA
Como não! Ser hoje mesmo
Me agarro nesta caneta
Para um poema dançar
É porque há muitos anos
Você levantava os olhos
Olhou com força pra mim
Depois levantou os braços
Me abraçou tão carinhosa.
Como não... se nem um dia
Pude esquecer-te quimera
Se a função sair batuta
Deveremos a você.
Se assente aqui, faz favor
Neste luar destinado
Às pessoas de destaque
No lugar de honra mesmo.
É chegada a Lua Cheia...
Três peregrinos colocam-se a dançar...
Dançando a lua...
Movimentos serenos, sob o céu estrelar...
Amantes da música começam a cantar...
Cantando a lua...
Cajon, pandeiro, mão e pés...toque lunar!
Vozes como canto da sereia a ecoar...
Atraindo milhares ao espetáculo do luar!
Fui ver minhas filhas dançar,estavam muito lindas.Como é bom vê-las felizes.Foi tudo muito bem,melhor ainda é poder sair com todos ainda.Filhos,marido,mãe,sobrinhos.Gostaria de poder fazer isso sempre, mas não faz mal,de vez em quando eu ainda consigo juntar todos.Agora fim de noite,amanhã novo dia.boa noite
Hoje eu vou sair,dançar,rebolar,me acabar.Cansei de me iludir com esses falsos amores.Cansei de me enganar com esses falsos amigos.Eu decidir que quero viver sozinha sem amores,sem amigos sem rumo sem história pra contar sem nada no pensamento sem nada no coração.Eu decidir que vou viver a vida,viver a noite viver o dia.Ficar em casa sentada vendo a vida passa diante dos meus olhos é que não dá né?Ele me machucou amanhã vai aparecer alguém que machuque ele também.O amigo me enganou amanhã vai aparecer alguém que engane ele também.Não que seja meu desejo mais o mundo gira e não gira só em torno de você e a lei do retorno tá ai meu bem o que vai volta e nessas idas e voltas toda lágrima que derramei por você irá escorrer dos seus olhos e eu quero está viva pra ver você pagar pelo o que me fez.
''Dançar é fácil. O difícil é criar suas 'próprias músicas' e bailar na
harmonia das suas 'próprias canções'. Isso sim é sublime!
Chove em Porto Alegre
Dia de chuva, nuvens de chumbo,
A dança dos guarda-chuvas na rua.
As pessoas caminhando apressadas,
Sem querer se molhar...
Cuidado a poça menina,
Das árvores caem pingos,
E ainda por cima,
O descuidado motorista do ônibus que passa,
Encharcando os desavisados pedestres...
Vou colocar botas de chuva vermelhas,
E usar uma sombrinha laranja,
Para alegrar um pouco este dia...
Sou tão metade sua,que ver você assim dançando com a felicidade,me faz querer dançar também.Sua alegria,é a minha.Como explicar?Não tem o que explicar,tem o que sentir,e o sentir, agora me basta!
Eu serei pra você, braços abertos o tempo inteiro a te aquecer, serei alguém capaz de te fazer dançar, sorrir, serei o arrepio de um beijo bom, serei bem mais que uma amiga. Por que todas as vezes que a Lua iluminar o Sol e o canto dos pássaros tocar os ouvidos, acordarei pra te todo o meu amor. E a cada sorriso teu, serei plenamente recompensada e feliz por poder amar você!
Hoje eu vou sair,dançar,rebolar,me acabar.Cansei de me iludir com esses falsos amores.Cansei de me enganar com esses falsos amigos.Eu decidir que quero viver sozinha sem amores,sem amigos sem rumo sem história pra contar sem nada no pensamento sem nada no coração.Eu decidir que vou viver a vida,viver a noite viver o dia.Ficar em casa sentada vendo a vida passa diante dos meus olhos é que não dá eu quero é curtir cansei de ser essa menina chorona,tímida,e quietinha que só fica em casa, essa noite eu vou tirar do armário a menina que poucos conhecem,num é assim que querem assim vai ser já brincaram de mais com o meu coração,agora tá na minha vez não quero mais relacionamentos sérios,eu vou é brincar com os corações desses babacas desses homens que acham que mulher é um brinquedo que eles usam pra se divertir e quando cansam deixa no canto lá jogado na caixinha de brinquedos como reserva pra quando ele quiser brincar de novo um dia está lá guardadinho a esperar por ele. É eu cansei mesmo não quero mais saber de nada que leve o nome de eterno,porque eu já me magoei de mais por querer uma vez na vida achar algum tipo de sentimento que fosse eterno.Essa noite eu vou dançar,curtir,rebolar,me acabar e seja o que tiver que ser.
NOTURNO
A saudade
inspira essa noite.
Véu nebuloso da noite,
que envolve a dança fria:
Mão na palma da minha,
ouvido ao som do teu respiro.
És distante,meu amor.
Mas és tu neste noturno,
a estrela maior.
Tão solitário.
Eu só.
A canção que te aproxima
curva meu dorso crú.
Acendestes as luzes desta noite...
És distante,meu amor.
Mas és tu neste noturno,
a estrela maior.
És meu neste noturno.
Eu tua por deslumbro,
feito anéis de Saturno
a nos casar.