Dança
O BEIJO
Doces lábios que me tocaram
Foi como uma dança ao luar
Porque teus lábios demoraram tanto ?
Para que pudessem me beijar
Minha boca ansiava pela tua
Para receber tuas carícias
O toque dos teus lábios singelos
Foi como uma melodia lírica
Assim que olhei em teus olhos
Logo após o beijo
Não imaginei que fosse repetir
Não conti o meu desejo
Mas vamos ver oque acontece
O destino prega peças
Que Deus ouça minha prece
E nos una uma hora dessas .
Ancoragem
Eu quis viver como se dançasse
pelo grande espaço, livremente,
em total liberdade.
Quis sentir a leveza do corpo,
como se flutuasse a vida no Todo.
Eu quis a paz desconhecida,
descobri-la em mim
como a encontro nas paisagens.
Quis luz nos pensamentos,
jamais a densidade e consistência
que possui o lado oposto.
Eu quis o certo,
não ser criticada por isso,
extravasar sem medo a pureza
das minhas atitudes,
a maciez de sonhos claros,
precisão nos meus intentos...
Desejei virtudes
e poemas que representassem
o balé da minha vida.
Mas... as sombras conspiraram
e pessoas me amarraram
ao pé da mesa.
Não pude fugir nem se refletiu em mim
o brilho das estrelas
"Tens um olhar lindo enquanto dança, não pude deixar de notar. Teus olhos funcionavam como meu eixo. Por mais que tudo girasse, se desencontrasse e se perdesse, meus olhos não queriam perder os teus. Não podiam. Não deviam. "
Vá! Vá! Vá!
Chorei baldes enquanto estava se divertindo!
Esperei acordado enquanto estava dançando!
Rolava na cama tremulo! A espera de seu abraço! As noites eram demoradas! Oh! Essa sensação que não passa! A angustia sussurra sua ausência! A dor silenciosa! Oh!
A canção de nós dois terminou na metade da faixa! Oh! Agora sei o quanto seu sorriso não era pra mim! Sua euforia era falsa! Enquanto dizia palavras calorosas pra mim! Vá! Vá! Vá! Como uma oferenda pro mar! E não volte jamais! Vá! Vá! Vá! Como uma oferenda pro mar! E não volte jamais! Vá! Vá! Vá! Iemanjá leve esta oferenda podre de volta pro mar! Vá! Vá! Vá! Iemanjá rainha do mar! Me acalenta! E leve esta oferenda podre de volta pro mar!
Estás desacompanhada? Ainda não recebestes um elogio? Quer que um homem tire-a para dançar? Lamento ao dizer, mas espere sentada.
“Por onde andas o cavalheirismo?” – disse um sonhador amigo, pasmo diga-se de passagem, ao ouvir outro homem – que não sei se posso ou devo chamá-lo assim – referir-se a uma mulher, que passava pela calçada, da seguinte maneira: “Uma dessa eu levava pra cama hoje mesmo”. Digo sonhador porque, sem dúvida, ainda não está totalmente a par da realidade. Estávamos conversando sobre algo e eis que surge tal pergunta. E eu, após um breve suspiro, disse: “Estão em extinção. Tais homens foram desaparecendo no decorrer das décadas. Ora, um gentleman é caso raro! Chega a ser tão raro, que eu me permito fazer uso do superlativo: raríssimo!” Comprar flores? Não. Passear no parque? Não. Tirar uma moça pra dançar? Não. Trocar mensagens carinhosas? Nem pensar! Para muitos, é ultrapassado. Não é coisa de macho! Repito, caro amigo: um gentleman é caso raro! Muito dificilmente você cruzará com um homem que saiba valorizar e tratar bem uma mulher.
Um espantalho menina, com todos os jardins e trigais na cabeça, e no coração um rapaz que dançava de longe numa casinha toda enfeitada de luzes e pedurucalhos coloridos. O rapaz a viu de longe, mas sem que se aproximasse muito, uma moça de vestido esvoaçante veio até ele e o arrastou de lá. Ele se foi, mas foi olhando para trás, porque tinha certeza que ali, naquela menina de palhas e flores não havia espantos e sim encantos!
Velhice é a sombra esmaecida de minha juventude; ela sempre me acompanha; dança na minha frente, pra me relembrar, que um dia, eu tive a leveza e a alegria de voilatar nos bailes da vida.
Esperando a música tocar para colocar em teu corpo e dançar ao som da mais perfeita melodia no ritmo da paixão.
Luz elétrica
Lembro dos bons tempos de roça,
Que dançávamos bailes, com a luz do lampião.
Como era bom
Levantava ate poeirão.
Depois inventaram a luz elétrica,
Inventaram também o apagão.
Agora nem luz elétrica,
Nem luz de lampião.