Curvas
Escrita sobre linhas de ouro,
Tranquila em curvas e retas,
Revista na valsa das horas,
Exata como ilhas e terras.
Intensas veias cor de rubi,
Mexendo com as intenções,
Serenas intenções por ti,
Extasiando as intenções.
Consignada rubra estrela,
Brilhante no firmamento,
Flórea e bem vermelha,
Fiel eleita pela beleza.
Comungada com os astros,
Seguindo os teus passos,
Vou vivendo a sua espera,
Só para viver nos teus braços.
Para uns sou o veneno,
Eu te inebrio,
Para outros o remédio,
Eu te acordo,
Sou o mais fino vinho,
Jardim acetinado e vero,
Carrego a grande espera
Do tamanho de tudo e do mundo,
A minha alma não cede, é sincera;
Posso vir até sofrer, mas não em vão;
Nasci para te entregar o meu coração.
Muito além do que os teus
olhos podem ver,
As curvas perigosas nasceram
Para serem tateadas,
experimentadas e [saboreadas...
Os olhos muitas vezes traem,
Mas os toques jamais
- eles fazer gemer...
As curvas sinuosas
fazem as almas [apaixonadas...
Só de pensar nas tuas curvas:
bem as quero!...
Porque nelas está
o mapa da mina,
O mapa do melhor
dos teus mistérios...
Está escrita
nas tuas curvas
que elas formam um
poema que me excita;
E nos tantos mistérios
que as tuas curvas,
- sempre me aguardam
Escondem um mistério
que não se elucida.
Portanto, amor, mais
do que me ver:
- venha para me ter.
E se for o caso, venha
até para me usar!...
Para eu ter motivos
para escrever
deixando as gentes
repletas de poeminhas,
e com as almas [enamoradinhas].
bifurcações
ao seu lado, trilhei essa estrada,
repleta de curvas e incertezas.
andamos de mãos dadas,
sem pressa, sem medo.
mas no fim, a trilha se parte,
abre-se em dois destinos,
duas direções, dois mundos:
um de pedra, outro de grama.
soltamos as mãos sem despedida,
e seguimos, sozinhos,
rumo ao desconhecido.
talvez, um dia, os caminhos se cruzem.
ou talvez se afastem para sempre.
resta-me apenas seguir—
passo após passo,
sem saber o que virá.
Contaminado
Do olhar até a voz,
da respiração ao cheiro,
das curvas ao calor intenso,
dos sorrisos ao caos,
do nada, tudo.
Fui contaminado.
A VITRINE DO SILÊNCIO
Na vitrine do Fatal, suas curvas perfeitas ofuscam sua real natureza.
Olhos curiosos a espiam, desejos silenciosos a consomem.
Um sorriso falso, máscara de seda velando a dor que a consome.
Lágrimas amargas, atrás do rímel, invisíveis aos olhares mundanos.
A beleza, um cárcere privado; a mercadoria exposta, a carne em oferta, a alma em leilão.
Um preço a pagar, um sorriso forçado, a dignidade em estilhaços.
O Fatal sorri, a sociedade cúmplice, enquanto ela se desfaz em silêncio.
A cada transação financeira, a cada olhar lascivo, a cada toque frio, a realidade se impõe: ela está presa em um sistema que a define, que a explora, que a condiciona.
Com o "EU" fragmentado, sonhos desfeitos, futuro incerto, um vazio profundo.
Mas o Fatal não se limita àquela vitrine. Sua sombra se estende por toda parte, transformando cada um de nós em mercadoria. O Fatal, a vitrine, um reflexo distorcido da sociedade. Vendemos sorrisos forçados em reuniões; nosso corpo e mente, em jornadas exaustivas; nossos sonhos, em troca de migalhas de reconhecimento. A alma, uma mercadoria barata, negociada em contratos e relações tóxicas. A liberdade? Um luxo perdido a cada hora extra, a cada compromisso assumido por obrigação, a cada "sim" que significa "não". A prostituição, em suas múltiplas facetas, se infiltra em cada canto da vida, espreitando nas relações interpessoais, nas pressões sociais, nas demandas do trabalho, nas expectativas da sociedade. A hipocrisia se espreita em cada julgamento, em cada crítica, em cada olhar que condena, mas que se alimenta do mesmo sistema que explora. A busca por validação, por reconhecimento, por segurança, nos reduz a estilhaços, vítimas e cúmplices dessa grande farsa. A mulher na vitrine, um símbolo dessa realidade, um reflexo de nós mesmos. Ela vende seu corpo; nós vendemos nosso tempo, nossa energia, nossa dignidade. A moeda de troca é diferente, mas a essência da transação é a mesma: a alienação, a exploração, a busca desesperada por sobrevivência em um sistema que nos reduz a mercadorias.
Na vitrine ou na rotina, a alienação é a mesma; a exploração, sistêmica; e a luta pela dignidade, uma constante e necessária revolta contra a hipocrisia que nos cerca...
(a.c) -
21/02/2025
Um Mundo Cadavérico
Nas curvas da vida, bifurca o caminho,
Escolhas moldando destino e vizinho.
Reside em saber o segredo de amar,
No outro enxergar, jamais ignorar.
A dor que ecoa na pele ferida,
Miséria que assombra a humana lida.
Ser solidário, de hábitos puros,
Sonhar com mundos mais justos e seguros.
Mas, ai, que o homem há muito expirou,
Perdido na terra, seu ser se apagou.
Cadáver que anda, em vida estagnado,
Esqueleto insensível, ao bem fechado.
No peito gelado, pulsa um engano,
Coração necrosado, rancor tão humano.
O sangue que corre não leva calor,
Só vaidade e vingança, desdém e rancor.
E o ataúde, silente, espera o final,
Levando ao abismo o ser tão banal.
Distante da vida, do sonho e da luz,
Onde a esperança já não mais conduz.
Por isso, clamamos por mais sentimento,
Amor que construa um novo alento.
Que o homem renasça em fraternidade,
Tecendo os fios da humanidade.
Sonhemos, pois, mas de olhos abertos,
Por dias de paz, caminhos mais certos.
Sem medo ou bala que roube o andar,
Num mundo de afeto a nos abraçar.
Que floresça a vida em cada jornada,
Com menos juízos, e lei mais amada.
Por um amanhã de amor verdadeiro,
Solidário, humano, mais justo e inteiro.
-Adeus
Se for apenas por deseja
Desejo conhecer o sabor de seus lábios e percorrer as curvas de seu corpo
Se for por querer....quero tudo que existe entre o espaço e a linha de seus pensamentos.
Melhor é sermos amigos para sempre do que te perder por uns segundos.
Um Adeus sempre será até logo .
“Deleito- me nas tuas curvas
E me enxergo nos teus desejos
Abraço- me nos teus anseios junto
Ao meu corpo nu”.
Hoje as minhas curvas
E o meu cabelo
Me proporcionam
A beleza e sensualidade
Que a mulher
Empoderada e
Feminina precisa ter
O de se olhar no espelho
E de se amar
Com todo o seu jeito de ser
As tuas curvas
Proporcionam
A sensação
Do prazer
E deixa em chamas
O ser
Que busca
O amor
Pelo corpo
Mas desenvolve
O amor pela alma
Sua mão deslizando
Sobre as curvas do meu corpo
E o mesmo se contorcendo de prazer
Isso me diz muita coisa
Sobre a intimidade do meu ser
Que tentou
Tentou
Não te sentir
E nem te perceber
Mas a paixão
Invadiu
As vontades profunda
Da alma
E essa ainda luta
Contra ti
E contra o desejo
Que a carne demonstra
Ao toque das tuas mãos
Na superfície da minha pele
A vida é uma corrida cheia de curvas e contra-curvas, na qual, em cada um desses pontos, se pode ganhar ou perder
Filha linda
Ó minha filha, o caminho sempre tem curvas e espinhos. Mas também tem banho de rio, café quentinho e colo de mãe.
Aproveite, sorria mais, pule, grite alto, dance, mas chore baixinho, não deixe a felicidade perceber sua lágrima.
Desenhe branco e preto, mas enxergue colorido.
Estude, trabalhe, namore, mas viaje quando puder.
Seja a mulher madura, mas não esqueça da menina que anda descalça.
Compre o carro dos sonhos, ande com os amigos, mas nunca esqueça que enquanto eu puder, estarei a te esperar.
O amor de pai e mãe, é o único que nunca vai te abandonar!
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Especial para minha filha
Todos os direitos autorais reservados 19/102021 às 12:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
A PEDRA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O que meus olhos procuram é aquele olhar que não faz curvas. Vai direto aos olhos que não fogem do rosto. Vêm direto aos meus, para dizer sim ou não. Na chegada, no adeus e para dar a notícia que alivia ou dói.
Minha voz vai no tom dos olhos: tem seu alvo traçado e seguro. Seja doce ou rascante, não desvia o tema. Não frauda o contexto. Tem a gema no centro de sua clara intenção de soar o que diz. De fazer o que fala.
Sou do tipo sem tipo. Jamais deixei de fluir meu afago sincero, mas também a pedrada, se minha ira precisa desse arroubo. Tenho laje de vidro, mas quando fervo em meu todo não quero saber se a pedra será ou não devolvida.
É por isso que peço e não me acanho: confies em mim, sem temor do após. Sejas muito bem-vinda em meu começo, meu fim, sem qualquer meio termo. Comigo é céu ou inferno... meus extremos são à prova de limbo.
Eu trago o seu corpo junto ao meu,
E não desejo que o meu desprenda ao seu.
As suas curvas são enigmas,
Dedico a minha vida pra entender o que ninguém entendeu."
Seu Sempre Modo de Ser
De coisas
Que
Não sei
Quê
Lendas
E mais
Lendas
Nas curvas
Que
O tempo
Tem
Sempre
Instigante
Seu próprio
Ritmo
Seu sempre
Modo
De ser