Crônicas e Autor
A crônica da TDAH.
Eu, esquecida? Não!
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Meu irmão diz que sou excêntrica. Um engenheiro, com quem trabalho, diz que sou genial. Está certo, nós todos falamos demais, rotulamos e julgamos a todos. Acho que é uma necessidade didática da personalidade humana.
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Agora se tem uma coisa que me irrita é me chamar de esquecida.
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_Eu não sou esquecida! Sou aérea.
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É bem diferente.
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O esquecido é que esquece. Aéreo é quem não se lembra ou se dispersa momentaneamente, mesmo que este momento dure alguns dias.
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Eu sou é concentrada, tão concentrada que não me lembro de nomes e números. Mas jamais me esqueço de rostos. Têm muitas lembranças que são boas de serem oradas para que Deus nos faça esquecer. Algumas doem. Bom é tirar proveito do que aconteceu.
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E passado sempre será passado, quem vive de passado é antiquário, museu, arqueólogo e outros que não me lembro neste momento. Agora presente é uma dádiva, uma nova oportunidade. Prefiro encarar como uma nova chance.
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_As pessoas me chamarem de esquecida é um absurdo!
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Eu me lembrei muito bem do casamento de uma amiga minha, só troquei o dia, era num sábado a noite _todo mundo casa num sábado a noite, até hoje não sei o porquê_ eu fui à igreja e ela estava fechada, mas eu fui. Isso é importante! Eu me lembrei, me arrumei, saí de casa e dei com as portas fechadas na minha cara.
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Me disseram para fazer uma agenda, eu fiz, só que a guardei em um lugar, tão bem guardado... deve estar lá, eu acho no ano que vem.
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Eu sempre uso relógio de pulso, amo a invenção de Santos Dumont, valorizada por Cartier. Me disseram que se eu trocar de braço o relógio fica como um memorial do que eu tenho que fazer. Mas como é difícil ver as horas no braço direito eu volto o relógio para o braço esquerdo e ainda penso: _ Nossa! Hoje eu estou aérea, como coloquei o relógio no braço errado?
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Me mandaram ir a um médico. Fui em um que disse que eu tenho TDAH, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, agora só porque eu troco umas coisinhas, isso já tem nome e remédio. Lógico que tinha que ter remédio. Afinal, alguém tem que lucrar! Vivi quarenta anos assim e agora vou deixar de ser divertida?
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Já esqueci onde coloquei o meu carro num shopping, também, por que todos os estacionamentos são iguais? Entrei num pavimento e saí no acima, acionei os vigias e eles o acharam. Foi tão engraçado ver uns quatro moços em volta do carro sorrindo e dizendo:
***
_ Está aqui! Não foi roubado! Olha só que bom! Se eu não fosse esquecida; quer dizer, dispersa, não teria fatos engraçados para me lembrar.
***
Mas não me esqueço da minha palavra empenhada. Eu disse que vou fazer, não juro e nem prometo, apenas faço. Quem mandou eu falar.
***
Portanto, ninguém pode me chamar de esquecida, isso não sou. Porque sempre me lembro que esqueci algo. Isso me faz uma pessoa que se lembra das coisas.
2017
POETITE CRÔNICA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Desde sempre me calo pra poder dizer
pelas mil entrelinhas que nas linhas ponho,
pelo sonho que filtro das minhas verdades
e me dou ao prazer do prazer e da dor...
Comecei bem cedinho a desvendar a tarde,
conhecer cada noite que atravessa o dia,
dar à hora tardia essa demão do verso,
pra que tudo pareça eternamente novo...
A revolta, o contento, as emoções diárias,
meus afetos e surtos de raiva incontida,
minha vida ensinou a conservar nas pautas...
Não me vejo não vendo com olhar profundo,
vários mundos no mundo que me faz assim,
tão à margem de mim pra viajar no tempo...
O MELHOR DOS MEUS DRAMAS
Nunca fui de fazer dramas para afetar os outros com lágrimas dissimuladas e discursos de intensidade barata, mas sempre fui dramática. Você sabe. Não é que eu aumente fatos e sentimentos, é apenas aquela coisa de que eles já brotam acrescidos e alargados em mim. Tudo o que passa por esse meu peito tem o costume de ficar profundo, singular e agigantado. Até nas pessoas que nem se preocuparam em trazer originalidade, falando e agindo como com tantas outras, eu enxerguei o que de incomum e maior poderia abstrair. Entretanto, é a primeira vez em que me deparo com tão algo imenso, tão incalculável e real. É clarividente a lisura e autenticidade do oceano que vivo agora, é transparente que desta vez não é grande só partindo de mim, e que o meu âmago não ampliou nada, ele apenas está fazendo o exato reflexo do que já existe por si só como gigante: Doa a quem doer, olhe quem olhar. É dos dois lados e não somente interna, a nossa enormidade. Por isto mesmo, por já sermos o drama, a intensidade, o mar inteiro, é que resolvi me ater à realidade para falar de nós.
A verdade é que não preciso que você venha para que eu sobreviva. Preciso é tomar na hora certa aquele remédio horrível que o médico me indicou na semana passada. Preciso comprar papel higiênico e consertar o meu micro-ondas quebrado a quase um mês, porque é necessário que eu esteja limpa e alimentada para não cair dura no chão por doenças ou anorexia não intencional (isso existe?). Preciso fazer atividades físicas, porque a minha respiração está péssima e aquela dor que senti noite passada pode ser consequência da minha preguiça e sedentarismo. Preciso de muita coisa, mas não de você. Não para existir, não para que meus órgãos funcionem e para que meu coração continue pulsando o sangue que necessito.
Contudo, não sei como seria a etapa de aguentar a dor de perder as suas manias e cuidados. Não quero nem pensar. Porque justamente por não precisar, é que surge a questão do querer, e eu quero. Não porque vou morrer se não tiver, porém, porque só estarei agora vivendo bem e realizada, ao ter. É que não almejo só sobreviver, só existir, só perambular pela vida com o básico necessário. Quero viver, ser e acrescer. Foi um dos desejos que você despertou em mim com tudo o que veio a lecionar. Quero então, a evolução tão descrita pelos velhos de alma. E para isto, eu preciso de você. Careço dos nossos planos para que a minha esperança seja revitalizada nos dias difíceis e do seu colo acompanhado de palavras que me ajudam a acreditar um pouco mais em mim quando tudo parece perdido. Quero a garra que ganho também quando vejo a força que temos e que sou capaz de possuir por nós. Preciso dos seus afagos que me mostram que não devemos só tomar um remédio para que a saúde esteja normalizada, mas sim, para estarmos vivos e dispostos para cuidar também de quem amamos. Preciso dos nossos risos e da sua massagem agressiva que me faz lembrar que as dores também podem ser engraçadas, se olharmos de um ponto de vista mais bem humorado, ou um tempo depois. Preciso das suas teses, brincadeiras, de você por quem é, sendo e estando presente para que haja mais do que apenas o ar e as obrigações no meu mundo, para me tirar do universo prescrito, mostrando que a vida vai além da sobrevivência, que se trata de viver, e que viver sozinho não faz tanto sentido assim.
Dizem que a tristeza é o que mais aflora o nosso lado artístico, porque nos fechamos em nós para digerir as mágoas, assim, refletindo até expelir em imagens caladas. E quando alegres, queremos viver, tanto que não "podemos" parar para compartilhar aquilo, só que você, que me faz tão bem, me dá vontade de correr para a vida e de desmembrar em palavras, de tentar os dois. E mesmo que seja bem mais fácil não falar nada, porque quem sente faz mais do que cita e o cotidiano vai levando algumas das juras e das lindas palavras, e transformando tudo em apenas pequenos (e tão grandes) atos, ainda assim, eu falo. O amor continua a ser aquele que usa a voz e comete, não esquecendo nem de um e nem do outro. E esta é mais uma das coisas que você tem efetivado e consolidado no meu novo estar. Por isso eu afirmo sempre para mim mesma, todos os dias, o quanto é surpreendente a forma com que você chegou de mansinho e provou que as minhas teorias sobre o amor podem ser concretas mesmo sem um cavalo branco e as palavras do Nicholas Sparks citadas dia após dia. Que é na rotina, nas durezas da vida e na intimidade construída que a ligação realmente está presente, fazendo o seu papel. Que não tem isso de enjoar, que no amor de verdade a gente luta, segura no que prende a estrutura, mas não joga fora tão fácil assim. Você quebrou as minhas asas só para reconstruí-las, e me mostrou que a realidade pode ser linda também, mesmo que com suas guerrilhas bobas.
Eu podia estar remoendo minha carga de dores passadas. Aliais, não posso dizer que sou dessas pessoas que conseguem simplesmente abandonar as mágoas. Tenho o terrível costume de reler a minha vida inteira e debater como aquelas feridas chegaram onde puderam. Então eu podia sim, continuar dessa maneira, vivendo com um pé lá atrás e metade do outro aqui, no entanto, você me dá vontade de olhar para frente e estar no agora, de observar a sua paciência e entender que generalizar não adianta quando se trata de construir algo sólido. Que cada pedacinho de cada ser é diferente e deixa uma saudade inigualável.
É que é de dar agonia tanto amor! Você me emociona. Faz com que eu pergunte e responda, com que eu amadureça meu autoconhecimento e meu repertório, não como naquele amor que eu descrevi a uns meses atrás, e sim como naquele que eu nem sabia que existia, como aquele que me ensina como é. Porque você é a verdade mais bonita que conheci. Só peço é que nunca desacredite, que não abandone aquele nosso acordo de sempre falarmos um com o outro antes de ouvirmos os burburinhos. Só peço que tente entender a quantidade infinita desse calor que você plantou aqui, que faz com que o meu receio de acordar descabelada na frente de alguém e de escancarar os meus defeitos mais chocantes sejam uma bobagem, quando ao seu lado.
Então venha. Fique. Nunca foi tão bom lutar contra dragões e inverdades como está sendo agora. Traga as suas cicatrizes, isso não é problema, eu sou cheia delas também. Continue mostrando tudo, cada pedaço, porque eu quero descobrir novos com a sua existência. Vamos nos curando e deixando as bagagens pesadas no armário dos fundos. Não vamos jogá-las fora, porque é preciso abrir essas malas vez ou outra, porém já não quero futucar, reorganizar, renascer os mortos... Por isso venha, esteja. Leve-me. É por ser grande demais que aceito este amor como é: de verdade. Nem sempre tão lindo, nem sempre como queremos. Mas sem máscaras, e com uma intensidade tão absurda que para explicar até o meu drama vira indiferente. E para quem não acreditar, dane-se. É tudo grandão assim mesmo! Podem jogar as pedras no castelo, estamos aqui preparados, porque ele não é de areia e nem feito só do que o meu coração quis achar. Ele é tão de verdade, que cada tijolo que o mundo tasca pela janela, vira só mais um para segurar a base.
DIFERENÇA DE IDADE
Antes de assumir um relacionamento amoroso com um homem que tem 3 vezes a minha idade, bem antes disso, eu fui até o meu guarda-roupa chiquérrimo e peguei o meu melhor colete à prova de bala, eu tinha que estar muito bem preparada, mas esse meu colete não era um colete qualquer, desses que policiais usam nas ruas, era um colete à prova de preconceitos, suportava até os olhares mais cortantes, aqueles olhares tortos que todo mundo conhece, e foi por isso tudo que eu saí de casa de punhos bem fechados, os punhos não iriam agredir ninguém, só quebrar em milhões de pedacinhos os sermões de uma sociedade "padrãozito".
Eu fui armada e vestida de coragem, pra assumir o que eu sou e o que eu quero, essa coragem que eu usei foi a mesma coragem que Charles Chaplin usou quando decidiu formar uma família com Oona O'Neill, a mesma coragem que José e Pilar enfrentaram, a mesmíssima coragem que Woody Allen enfrentou ao lado de Soon Previn, não é nenhuma comparação, só estou dizendo que eu bebi da mesma coragem, na mesma fonte, e foi essa coragem que Fernanda Gentil usou recentemente.
E que coragem é essa, minha gente? É a coragem do Foda-se!
A minha sorte é que todos os meus amigos são artistas, poetas, atores, espíritos evoluídos, de mente aberta e pés livres, mas sempre tem alguém com a curiosidade de saber como nós nos conhecemos, onde e quando.
Um dia desses eu estava na manicure, e a mesma fez o seguinte comentário:
"Nossa! você se casou com um homem bem mais velho que você, bem mais velho mesmo. "
E eu fiquei em silêncio, porque aquilo que ela estava dizendo era óbvio demais, era evidente e eu sabia daquilo o tempo todo.
Depois ela disse:
"O importante é o amor..."
E eu pensei, mais importante do que o amor é cada um cuidar da própria vida, afinal de contas, ela não estava pintando minhas unhas de graça, eu estava pagando por aquele serviço, resumindo: Ela não paga minhas contas!
Vez ou outra, alguns amigos fazem piadas, como o Nilson Rodrigues, mas eu não me importo, porque são meus amigos, eles têm liberdade pra isso, e eu sei que não tem um tom de maldade, não fazer piada com a nossa diferença de idade, é inevitável, fazemos isso o tempo todo, o Luiz vive brincando dizendo que é avô da Serena, existem as brincadeiras sadias, e as piadas de mau gosto, que visa somente ofender e constranger, e onde é que eu quero chegar com esse mimimi todo?
Eu só quero me expressar, acho fantástico essa oportunidade que o Facebook nos dá de falar pra várias pessoas ao mesmo tempo, essa espetacularização toda. :)
Eu conheci o Luiz em um bom ambiente, lá tinha muitos livros, e você também pode encontrar uma pessoa bacana se parar de frequentar esse botecos de esquina, baile funk ou essas igrejas pentecostais. (Sorry!)
Então, camaradinha... quando tiver alguma dúvida ou curiosidade sobre a minha pessoa, por favor não suponha, não julgue, não espalhe falsos boatos, não ache, tenha certeza, não cai no achismo, seja feliz! Caia na real!
Crônica de um Suicídio
Foi encontrado no bolso de um cadáver, a seguinte carta:
"Exmo. Senhor Delegado do Ministério Público: Suicidei-me!
Não culpe a ninguém pela minha sorte. Deixei esta vida, porque um dia a mais que vivesse, acabaria por morrer louco!
Eu explico-lhe, Senhor Doutor: Tive a desdita de me casar com uma viúva, a qual tinha uma filha; se soubesse disso, jamais teria me casado. Meu pai, para a maior desgraça, era viúvo, e quis a fatalidade que ele se enamorasse e casasse com a filha da minha mulher.
Resultou daí, que minha mulher, se tornou sogra do meu pai. A minha enteada passou a ser minha mãe e o meu pai, ao mesmo tempo, meu genro.
Após algum tempo, a minha filha pôs no mundo uma criança que veio a ser meu irmão, porém, neto da minha mulher, e eu me tornei avô do meu irmão. Com o passar do tempo, a minha mulher também pôs também no mundo, um menino, que como irmão da minha mãe era cunhado do meu pai e tio do meu filho, passando a minha mulher, a ser nora da própria filha.
Eu, Senhor Delegado, fiquei sendo pai da minha mãe, tornando-me irmão dos meus filhos, a minha mulher ficou sendo minha avó, já que é mãe da minha mãe, e assim, acabei sendo avô de mim mesmo.
Portanto, antes que tudo se complicasse mais, resolvi acabar com isso de uma vez!"
Amor tranquilo é aquele no qual existem as cobranças, os ciúmes e todas as turbulências que sempre virão vez ou outra, mas que não ficam em grau mais alto do que a paz, porque muitas vezes, antes mesmo da pergunta surgir, o outro já responde, o outro já comete um ato que limpa a lama, o outro já demonstra que não faz o que não gostaria que com ele fosse feito, o outro entende o que ficou mal esclarecido antes de precisar da intimação, o outro capta o que você está indagando antes que indague, não só por conhecer você, não só pela intimidade, mas por sempre lembrar de deixar claro o que ele gostaria que por ele também claro ficasse, caso os papéis estivessem invertidos. Amor tranquilo é aquele no qual os questionamentos já vêm seguidos de uma certa certeza e calmaria, porque os valores se encontram. Amor tranquilo é aquele no qual qualquer diferença é bem-vinda, mas a semelhança está nos princípios de um relacionamento, do que é respeito, do que é somar, do que é um impulsionar a vida do outro. A paz reina quando as brigas existem, e jamais elas estão em constância, jamais a mesma muito depois de já ter sido finalizada, jamais também sempre a-calma, mas sempre há calma pelas certezas que ficam em primeiro lugar. Porque tem a importância, e ela nunca é estática, ela que é observadora pelo cuidado, ela que é detalhista, que desencadeia certas loucuras por tantas análises, que dá bronca, bronca sem precisar sofrer. O resto nem é amor. Amor turbulento é tudo, menos amor. Amor turbulento faz com que o bem-querer passe a ser rebaixado, e onde ele não existe, não é casa. E o amor nada mais é do que onde morar tranquilo. Em alguns cantos da sala ou quarto, você tem que tirar uma poeira mais difícil, tem que fazer faxina, tem que cuidar de forma mais árdua, mas não há outro lugar onde gostaria de dormir, porque ali você dorme seguro, você dorme deitado nos pontos de afirmação. Tudo sempre moeda, tudo sempre caberá em ondas. A questão de ser tranquilo é dar mais paz do que zunido, é a predominância do que percorre no coração. E tudo o que sangra mais do que estanca, não vale a pena ficar na balança. Tentar criar um maior equilíbrio só é válido para o que pesa no peso mais leve.
"É preciso aprender que na vida tudo se resume em chegadas e partidas. O voo para os sentimentos passa obrigatoriamente pelos ressentimentos, o avião para a felicidade é com escala na angústia e na dúvida. E a busca pela liberdade, muitas vezes acaba no aeroporto da nossa própria prisão.
Acostume-se com isso, pois sua passagem já está comprada! "
Então foi isso que eu ouvi quando fechei os olhos: o silêncio.
O silêncio de tudo que me era desfavorável, desnecessário. De tudo que me era contrário, oposto, adverso, vulnerável. O silêncio de um coração, que mesmo pulsando fortemente pelo abismo, não me traziam sons, apenas sensação de medo e fraqueza. O silêncio que me acalmava por dentro, cicatrizando feridas de abalos imagináveis causando pelo velho eu.
O silêncio permeava como voltas sem fim.
O silêncio nada mais era que a minha aflição agoniante de está perdido no que fui um dia e que no fundo continua existindo dentro de mim.
"De fato algumas pessoas não são bonitas. Isso mesmo, você que está lendo isso e pensando "Mas que desaforada". Sossegue. O que eu quero dizer é que nem sempre aparentamos o que somos por dentro. Tudo bem que algumas garotas, molda o rosto com pinturas exageradas, para mostrar o quão belas ficam. Querida, por favor. Você fica parecendo uma palhaça, ninguém sabe ao certo como é o tom de sua pele, com tanto pó compacto. Para e pense, não precisa disso tudo. Acha mesmo que algum homem (reparem que disse homem) vai reparar nisso? Ele quer seu conteúdo, o seu interior. Ele quer saber se você vai estar do lado dele nos momentos difíceis e não que vai estar chamando a atenção do amigo dele que é um galinha, com esse seu rosto rebocado."
Isso é o que o amor faz. Esta insanidade, esta loucura obsessiva e crônica, esta sensação de arrepios, calafrios e euforia. Isso é o que o amor faz ?
Talvez a melhor sensação do mundo seja a pior, talvez o amor seja uma Espinosa pura. Sensação transcendente e inebriante. Oh tamanha sensação, aí daquele que jamais a sentiu, rezo por aquele que jamais à sentirá.
CRÔNICA POÉTICA DO MEU SILÊNCIO...
Para todo escárnio que encobre as dúvidas
sobre de quem sinto saudades, e toda celeuma
sobre meus poemas desestruturados,
meu silêncio basta.
O silêncio é suficiente aos que veem intenção
em tudo que digo ou escrevo,
com a miopia de um gigante.
e interpretação de uma porta.
E com esse mesmo olhar
saem curiando minha vidinha,
tão trivial, se adianta dizer,
com muito drama e comédia como tantas outras.
Enfim, para quem não faz ideia,
meu humilde silêncio.
Para quem acha isso ou aquilo,
dou sucintamente o silêncio.
Porque silêncio é a resposta
para os que não ouvem
não perguntam e nem se calam.
A quietude tem significado quando
a palavra vem antes do
pensamento, expondo
qualquer coisa ou
uma coisa qualquer.
Portanto não tenha pressa.
Porque de mim o que lhe resta
é sentar e contemplar o meu silêncio.
CRÔNICA - QUEM PODE LIGA. QUEM NÃO PODE SE EXPLICA.
É engraçado como as pessoas ficam hipnotizadas com alguns sucessos midiológicos da Telefonia que aparecem para revolucionar o mundo, e trazer a solução para seus problemas. Aparece sempre como se fossem uma mulher, charmosa, delicada, de prosa envolvente enfim, pronta pra dá o bote na gente.
Um dia, um desses sucessos apareceu na minha vida e de cara me entreguei por está necessitado... Deu-me um “Oi” que me deixou “ligadão” nas suas propostas. Depois de algum tempo de relacionamento, tudo mudou, inclusive o seu atendimento, que antes me fascinava demonstrando muito amor, e que depois, não se importava tanto com minha causa. Pois bem, vi que era a hora de terminar, e foi o que aconteceu!
Noutro certo dia, fui conquistado por uma que dizia ter milhões atrás dela. De cara eu deveria ter ficado “Vivo,” e ter fugido... Mas não adiantaria, pois “Vivo” era ela, que me convenceu e deixou-me atordoado de paixão, me fazendo comprar carradas de cartões para provar meu amor. E entre um cartão e outro, fui percebendo que não estava sendo correspondido e larguei de viver aquela ilusão.
Como a necessidade era maior, resolvi assumir um romance “Sem Fronteiras”, e para isso, encontrei uma inteiramente disposta a me satisfazer. Essa gostava muito de baladas, e de promover agitações, logo de início, resolvemos brindar o nosso relacionamento, e com o toque do “Tim-Tim” consagramos nosso compromisso. Porém, como todos os inícios são rosas, no final acabei nos espinhos. Nesse, me envolvi loucamente, então vi que era tempo de terminar, foi um final tumultuado, bem chorado. E como sempre ficam algumas cobranças nessas questões, ainda hoje recebo suas cartas com o parcelamento das culpas atribuídas a mim. Bem, para não ficar deprimido, é “Claro” que tomei uma providência, me mudei para “Amazônia”.
Crônica
O que seria dos homens se não existissem as mulheres?
Se existe algo complicado nessa vida, principalmente para muitos, é aceitar a verdade, para nos homens então, ES uma tortura. Principalmente se a verdade é admitir que sem as mulheres; não somos nada. Pois como vamos admitir algo dessa magnitude, sendo que na maioria das vezes, ou melhor, o tempo todo; achamo-nos os donos da verdade, os Donos da situação, o faz tudo ao mesmo tempo não faz nada, os verdadeiros Bam, Bam, Bam.
Mas a verdade, a mais pura e cruel realidade, que nós homens não somos nada sem uma mulher do nosso lado. Usamos inúmeras desculpas para tampar o sol com a peneira, o fato é que sem vocês mulheres do nosso lado; perdemos a estribeira. Por um simples motivo, somos dependentes a vocês.
E essa dependência nos faz fracos, a ponto de sermos românticos, compreensivos, absolutamente tudo, tudo que vocês mulheres dominadoras querem de nós homens indefensos, e mesmo assim somos orgulhosos, a ponto de acharmos os donos da razão, mais que razão? Pura fachada.
Sem vocês mulheres, nós homens não somos nada, essa é a nossa vida, essa é a nossa sina. Viver uma vida toda para conquistarmos vocês mulheres, que veio a este mundo para nos dominar, nos torturar. A final de contas, como podemos dizer que somos nós homens que as conquistamos, sendo que a ultima resposta a mais decisiva se aceito ou não sempre são elas que dão.
É melhor pensarmos assim, do que ficarmos como descartados, deixados de lado nesse verdadeiro jogo de conquista, pois se pararmos para analisar é elas de fato que nos conquistam, desde o principio, desde que o mundo é mundo, desde o ventre.
As mulheres se fazem presente, dominadoras, acolhedoras, imponentes, capazes, autos suficientes, a ponto de demonstrar um amor que jamais saberemos como retribuir. Por esse pequeno detalhe, definitivamente nos conquista por inteiro, deixa-nos em suas mãos, sem objeção, mulheres de fato vocês que mandam e desmandam na nossa vida e no nosso coração.
Pois nossa vida não teria graça nenhuma sem vocês, que embelezam a vida com sua aura com seu amor, nos enche de coragem nos faz sentir superiores. Isso porque vocês sempre foram nossos condutores, e mesmo assim não damos o seu devido valor.
Pois vocês mulheres, que fazem a diferença, as coisas entrarem no eixo, é difícil nós homens comentarmos algo a respeito, muito menos dizer diretamente para vocês, mais o que seria da nossa vida ou até mesmo do mundo sem as mulheres? Já parou para pensar nisso? Então comece exatamente hoje a pensar a respeito, depois me digam a verdadeira resposta. O que seria dos homens se não existissem as mulheres?
Eu já sei a minha, agora só falta a sua. Até a próxima.
Cronica Natalina
Que vontade de ouvir "noite feliz" (cantado pela Simone). Comer peru com maionese amanhecida, esperar pelo Papai Noel descendo da chaminé (tenho que encomendar uma), ganhar um presente "legal" de amigo secreto (nem lembro o que ganhei no ano passado), receber cartões de Natal de políticos que eu nem conheço e nem me deram um bom dia se quer durante o ano, contribuir com dinheiro para ajudar famílias que passaram fome o ano inteiro; pegar cartinhas no correio de criancinhas pobres que só querem um IPad (eu também). Enfrentar aquelas filas quilométricas no supermercado e depois de tudo isso dar 'caixinha' (gorjeta) sorrindo para o lixeiro, guarda, faxineira, gari, flanelinha, jardineiro, pedreiro, padeiro, leiteiro, ops lá se foi o 13º; Hohoho é Natal!
Malandro bom é Malandro Morto - Crônica em homenagem à malandragem em geral.
Malandro bom é malandro morto...
Não costumo chutar cachorro morto e nem tanto os vivos...
Vou continuar assim em meu caminho...
A minha liberdade não tem preço... Lutei por ela e não abro mão...
Somente anotem em suas agendas...
A justiça do homem é podre e falha...
Mas... A maior justiça de todas...
Esta não falha nunca...
Lá na frente... Quando a máscara do malandro cair...
Serei o primeiro a rir...
Mas também serei o primeiro a pedir piedade por você...
Já dizia o poeta...
O mundo é dos expertos...
Mas o universo é dos sábios...
Poema aberto aos "Malandros" -
Crônica dos Campeões
04 de agosto de 2012. Sem sombra de dúvidas, um dia especial. Um dia para jamais ser esquecido. Era o primeiro campeonato interno do BCW. A ansiedade tomou conta de todos durante, aproximadamente 50 dias.
Estávamos nervosos. Queríamos muito ganhar esse torneio. Era questão de honra representar Niterói. Queríamos mostrar para todos quem era o BCW Niterói. Era questão de honra ser campeão.
O Time? Ah, o time é bom. É uma mescla de experiência com juventude. Quase não treinamos. Foi na base da conversa e na determinação.
Antes do primeiro jogo, tivemos uma baixa. O nosso goleiro não pôde jogar. Aliás, não foi. E quem iria pro gol? quem? quem? Ninguém se disponibilizou. Até que um dos líderes do time, Edílson, chamou a responsabilidade para si mesmo e foi defender a nossa meta. E justamente ele, o maior incentivador, o cara que tinha sede desse título. O cara que é exemplo de ser humano.
Começam os jogos. Semifinal duríssima. 3X3 no tempo normal. E agora? Pênaltis!! Primeira cobrança: Rodrigo, o 9 que virou 10. Uma bomba, deslocando o goleiro. Segunda cobrança: Lá vem os caras. Edílson no gol. Cobrança e... pra fora. O batedor sentiu a pressão. Não por ser uma disputa de pênaltis. Mas o goleiro do BCW Niterói era nada mais, nada menos que Edilson. O homem que se sacrificou pelo time. Mesmo não sendo goleiro, foi para o gol. na batida, bola pra fora. Maycon e Jonatas, com precisão, asseguraram a classificação para a final.
E vem a grande final. Confesso: O time estava cansado. Muitos não estavam no auge da forma física. As dores tomavam conta. Mas a superação e a determinação de todos falaram mais alto: 9x0!! Um show de bola.
Podemos ficar aqui falando horas. Podemos falar que Thiago Fialho fechou o gol. Que Joel, autor de um golaço, exibiu imensa categoria e elegância. Que Rafael fechou a zaga. Não vou esquecer das palavras de Maycon, após o jogo: Um zagueiraço. O cronista o compara a T. Silva: Um monstro.
Não podemos esquecer do pitbull Felipe, da habilidade de Jonatas, da técnica refinada de Maycon, da disciplina tática de Éder luis, Nogueira e Thiago e dos gols deste cronista falastrão.
Não podemos esquecer dele. Edílson. Um incentivador, um guerreiro. O nosso manager. Um exemplo de ser humano. Um campeão.
Trouxemos o caneco, como sonhávamos. Fomos os campeões. Escrevemos o nosso nome na história do BCW. Niterói existe, pessoal!
Não somos apenas um time. Somos uma família!!
Rio, prazer. Niterói!!
Eu não sei por que eu estou escrevendo. Eu não sei. Mas li alguma coisa, uma crônica ou algo assim que me deixou encabulada.
“O gosto horrível e podre de fracasso na minha boca.” Fracasso, e tudo o que eu consigo lembrar quando essa palavra me soa aos ouvidos, é na minha fétida e ridícula tentativa de conquistá-lo.
Pretensão?! Talvez. Ainda não tinha noção que os galinhas não são conquistáveis. Ou apaixonados.
E eu, depois de três meses, brutos três meses, ainda acordo e penso nele, e escovo os dentes, e me troco, tomo café e a cada vez que os cinco minutos de descanso do meu dia me permite, eu penso nele.. E quando vou dormir, a dose da imagem fiel noturna dele me vêm de novo.
E no outro dia, e no outro, e no outro, e no outro. Eu deveria consultar um psiquiatra. Eu deveria. Mas não vou. Eu não vou por que isso de alguma forma me reafirma o que eu já sei. E mata todas as chances dele sair da minha cabeça. É, eu não sei por que estou escrevendo. Talvez esse seja um dos cinco minutos de descanso do meu dia. Não foge a tradição. E eu ainda penso nele.
Crônica sobre a Literatura Portuguesa
Herdaram o mito a poesia e o drama, são todas às experiências da humanidade, que se transformaram em literaturas curriculares ou grandes livros que são difundidos na forma do criacionismo. As experiências da humanidade são materiais da cultura dos povos, por meios descritos ou imaginários. Assim se fez o homem, a memória a fé a crença e as experiências até a morte. A morte leva o homem ao sufoco pelo clarão do fogo ou pela coroa d’água, mas não pelo entendimento. Não existindo a presunção da morte nem a passagem dela existe; o que existe é apenas o imaginário do inicio e fim e o “Meio”. Para a criação da carne existiu um diário imaginário contido em prazeres ilimitados com as experiências contadas em prosas e versos, poesias e dramas. Deus desfila a carne nas entrelinhas do imaginário anseio do homem, do êxtase o diabo, construído pelas circunstâncias naturais dos ciclos das vidas. Como pode o resto de eu compreender o a idade o meio e o fim de tudo! Como pudera eu morrer sem compreender as promessas das liquidações das contas! Como pudera...
Crônica sobre jesus!
Fico pensando se jesus viesse
não a dois mil anos ... Mais
hoje! Certamente teria a
mesma postura, mesma firmeza
moral.. Jesus diria.. Não vão ao
templo.. Não precisa.. La é coviu
de ladrões
eu estou aqui e estou onde
vocês estiverem pois na sua
casa como agora se estiverem
reunidos 2 ou 3 (família)
reunidos em meu nome la eu
estarei.. Não levem dinheiro ou
dízimo pois essa ordem era para
ajudar e amparar os menos
favorecidos e estão comprando
prédios carros viagens
aeronaves com esse dinheiro..
Usem para alimentar os
famintos.. Sejam eles quem
forem.. Não comprem cds ou
shows em meu nome pois eu
dei de graça e de graça deve
ser dado.. Não paguem salários
de 1.. 10 ou 20 mil a sacerdotes
pois eu vivi e vim porque os
amo e sou o bom pastor e dou
minha vida por minhas ovelhas..
Eles são lobos devoradores..
Parem de contribuir e verão..
Vinde a mim todos pois eu sou o
caminho a verdade e a vida..
Vinde A
mim.. estou aqui e vou onde
quer que andares.. Pronto! Os
lideres sacerdotes cantores a
afins.. Gritariam "CRUCIFICA"
"CRUCIFICA" e a historia se
repetiria!
Sim.. Se repetiria pelo simples
fato porque as praticas são as
mesmas.. As pessoas
mudaram.. Mais suas mentes e
corações são os mesmos..
Sempre foram..
Marcos Magno
★
★ ★
Crônica sobre a Razão e o Amor
Desde pequenos aprendemos a
ser responsáveis, obedientes,
amáveis, sinceros, controlados,
centrados, bons meninos (a). E
então vem o Amor...
Sem responsabilidade, sem
racionalidades, destemperado,
enrolado... Todo Amor é
enrolado?
Sei la... O meu é! RS
Mas o Amor é assim. Não tem
limites, seja em que área ou em
que direção for... Ele vem
desarrumar nosso organizado,
para re organiza-lo do seu jeito.
Ele não mede tempo nem
espaço, bens ou riqueza... Ele é
o Amor. É poderoso em si
mesmo! Mas não se da a
qualquer um.
Às vezes engana, dando uma
paixão que muitos chamam de
Amor. Mas o Amor é mais...
É ousado, descontrolado! Vai ao
limite da nossa razão,
exatamente porque ele não
conhece razão. Não tem o
“obvio” e nos testa...Testa
porque quer se fazer merecer...
E poucos merecem de fato.
O Amor diz... “Quer ter um
Amor? Quer amar perdidamente
e ser feliz? Então, abrace minha
irracionalidade e deixe sua
racionalidade...”E em um
pensamento lúdico, mas
racional, acho que o Amor esta
certo.
Nossa Razão, problemas, medos
e lutas, só atrapalham o fluir do
grande rio do Amor...
Nossa racionalidade água a
poesia do Amor. Nossos medos
ofuscam as cores do Amor.
Nossos compromissos dizem
não ao Amor.
E o Amor, triste, diz não a nossa
felicidade!
Diga sim ao Amor, diga sim a
Vida... diga sim ao Coração!
Viva o amor em cada vão
momento! Em cada segundo ele
tem um sorriso para te dar...
Todos os dias, cores novas no
céu de sua vida.
As canções, os pássaros, as
manhãs, as noites de lua...
ganharam um outro sabor.
E o tempo vai parar quando
vencermos a racionalidade da
vida. Porque o tempo no amor
não existe... Nem a Razão! Ele
dobra o
espaço tempo.
E faz todas as frases, todas as
noites e todos os dias, ficarem
para sempre. E assim seu
coração viverá eternamente!
Mesmo depois que você se for...
ele estará vivo no coração do
outro, no sorriso dos filhos, no
legado,nos poemas...
Diga não a Razão e sim a
irracionalidade do poderoso
Amor!
★ ★ ★ ★ ★ ★ Marcos Magno.