Crônicas de reflexão
Crônica: Te imaginando
"Sempre toca os teus olhos de longe"
O mágico e penetrante é o seu brilho.
Sempre imagino a maciez das suas mãos
Quando os meus dedos se entrelaçavam
Com os seus.
Ainda lembro do seu beijo...
Às vezes doce... Às vezes ardentes
Como era bom quando você
corria em direção aos meus braços.
O teu sorriso era tudo que eu queria ver.
A tua voz era a calmaria para minha alma
Eu só queria ser manipulado pelo seu amor
Eu só queria a suavidade da sua presença.
A madrugada me mostrou as estrelas
Que são testemunhas do nosso amor.
Elas escreveram a nossa história
Em cada Beijo Molhado pelo orvalho da madrugada
"Em cada passo dado juntos em direção ao ninho do nosso amor."
Sigo essa longa viagem
Sempre ao teu encontro
Sempre te seguindo
Sempre te querendo
Sempre te amando.
Aprendi ler adulta
Meu experimento começou com crônica Quase sempre última página de revistas não necessariamente inteligível
Cronistas bons ou ruins não julgo, reflito
Os livros chegaram e, a imaginação explodiu
O cérebro não acompanha meus sentires
A lógica muito menos
Quem espera que escreva algo relativamente bom, recomendo que leiam textos - entrelinhas e notas de rodapé -
Tudo que tento resumir em frase fica um verdadeiro fiasco, melhor dizendo "merda mesmo".
Crônica educação e amor.
Quando ainda criança, eu sempre tive vontade de estudar na escola estadual da minha cidade, colégio este referencia em mulher bonita. Engraçado! era pra ser referencia pela metodologia educacional, nunca alguém me falou isso.
Eu, um adolescente, mão virgem e mente podre, queria a todo custo estudar naquela escola e aquelas gatinhas, mesmo não tendo tendência de gostar de biologia.
Consegui. conclui o ensino fundamental e La fui eu para a referida escola das mulheres bonitas.
Primeiro dia de aula lembra-me bem. Aula de geografia. Fiquei prestando atenção no que a professora falava; algo sobre o universo. Fiquei assombrado com o universo, não o da professora, mas aquele universo em que eu estava. À escola.
Não agüentava mais a aula da professora e pedi para ir ao banheiro, a professora educadamente disse – venha logo! E La fui eu, andando pelo corredor adentro, olhando tudo ao meu redor!Admirado como um menino que ganha um pirulito, Hoje um plastatyon três.
Ao passar por uma classe, olhei pela janela, meus olhos deram de encontro com um olhar curioso, olhos esverdeados como a caatinga do sertão em tempo de inverno. Olhei bem dentro daqueles olhos esverdeados e vi ali no primeiro dia de aula o primeiro e único amor da minha vida.
Amor a primeira vista?Não sei se a recíproca existiu, mas fiquei apaixonado com aquela pequena beleza, pequena no tamanho da garota. Uma linda e pequena morena, cor de pecado, mas que cor é o pecado?A deixa, a cor não importa nesse momento, importa a narrativa da moreninha. Olhos meio verde meio mel, sobrancelhas finas e pernas grosas, lábios carnudos rodeado de batom,parecendo uma flor de xiquexique.
Sentada numa carteira que aparentava um geep de zinco feito artesanalmente .
Segui o destino, fui ao banheiro, percebi que aquele olhar e aquelas pernas grosas provocaram uma mudança biologia no meu corpo, minha mente não conseguia enxergar outra coisa a não ser aquela imagem. Meu inocente nervo estava igual a um torrão de açude em época de seca no sertão, duro e sem um pingo de água. A vontade de urinar era grande, mas o desejo da mão falava mais auto. Sem saber qual escolha tomar, resolvi decidir depois.
Voltei pelo mesmo caminho, como sempre o faço ate os dias de hoje, e novamente uma troca de olhar foram inevitáveis. Por um momento quis eu parar, mas um chato porteiro veio e disse que eu tinha que voltar para minha classe.
Estudei e namorei aquela moreninha por vários anos, mas não consegui continuar a duas coisas, o tempo foi cruel comigo. Não sei por qual motivo, afastei-me dos estudos e da moreninha. Perdi muito tempo ate descobrir que educação e amor são fundamentais para a vida de qualquer ser humano.
Hoje tento a todo custo recuperar as perdas do passado através do tempo ,impossível ?o tempo dirá!
Continuarei estudando o amor e amando o estudo.
O dom de ensinar
A professora Maisa está sempre a nos inspirar
Ela nos ensinou sobre crônicas e poemas
E fez minha cabeça borbulhar
O professor Guilherme nos ensinou sobre Ecossistemas, atmosferas
E que todos os seres vivos possuem moléculas
A professora Tatiane nos ensinou sobre artistas
Conheci a Pamela Castro
Uma artista brasileira mundialmente Conhecida como Anarkia
O professor Felipe nos ensinou a importância Da leitura
Li contos do Monteiro Lobato
O mais famoso é o da menina do narizinho Arrebitado e sua boneca astuta
A professora Andreia nos ensinou sobre Qualidade de vida
E a importância da atividade física no dia a dia
Andar de bicicleta até virou minha rotina
A professora Andreia Paúra
Está nos ensinando sobre perímetro e áreas
Com ela é tão fácil aprender matemática
Armar e efetuar é outra parada...
Desculpe professora a palhaçada
Tô fazendo direito as lições de casa
Até parei de fazer rascunho de tabuada
O professor Marcelo nos fez enxergar como o Preconceito é tão grave
Atingi negros, mulheres, pessoas com Necessidades especiais e pessoas de idade
E que devemos fazer a nossa parte para um mundo de igualdade
Eu prefiro vivenciar o sobrenatural de andar sobre as águas com Cristo do que, por medo, nunca pisar nelas. Mesmo sabendo do risco e das frustrações e decepções que posso vir a enfrentar, sei que nunca afundarei, porque maior é o que está comigo. No Reino de Deus, quanto mais você é ousado, mais você é usado. Se você conhece o verdadeiro amor, vença o medo e ponha o pé na estrada. Sinais não seguem quem fica parado.
Princípios, valores e caráter não podem ser vendidos, são inegociáveis e, quase sempre, irreparáveis se quebrados. Existem pessoas que são tão pobres, mas tão pobres, que só tem dinheiro. Não é o dinheiro a raiz do mal, é o amor a ele. Não é Deus contrário a que se enriqueça; mas é Deus contrário a que se faça isso de forma ilícita. Nossa geração inverteu a regra. Ser humano tem válido mais pelo que tem do que pelo que é. Mas o estar é passageiro; o ser é que é eterno, e é isso que vale, que perdura. Dizem que todo homem tem seu preço. Vamos provar que estão errados ou lhes vamos fazer coro?
Deus tarda mas não falha? Não. Deus sempre chega na hora certa, no tempo Dele. Não tá demorando, Deus tá preparando uma mesa, um banquete pra você; tudo tem seu tempo. Espere mais um pouco, caminhe mais um pouco. O que Deus vai fazer é maior do que você pediu; é melhor do que você pensou.
Amor tranquilo é aquele no qual existem as cobranças, os ciúmes e todas as turbulências que sempre virão vez ou outra, mas que não ficam em grau mais alto do que a paz, porque muitas vezes, antes mesmo da pergunta surgir, o outro já responde, o outro já comete um ato que limpa a lama, o outro já demonstra que não faz o que não gostaria que com ele fosse feito, o outro entende o que ficou mal esclarecido antes de precisar da intimação, o outro capta o que você está indagando antes que indague, não só por conhecer você, não só pela intimidade, mas por sempre lembrar de deixar claro o que ele gostaria que por ele também claro ficasse, caso os papéis estivessem invertidos. Amor tranquilo é aquele no qual os questionamentos já vêm seguidos de uma certa certeza e calmaria, porque os valores se encontram. Amor tranquilo é aquele no qual qualquer diferença é bem-vinda, mas a semelhança está nos princípios de um relacionamento, do que é respeito, do que é somar, do que é um impulsionar a vida do outro. A paz reina quando as brigas existem, e jamais elas estão em constância, jamais a mesma muito depois de já ter sido finalizada, jamais também sempre a-calma, mas sempre há calma pelas certezas que ficam em primeiro lugar. Porque tem a importância, e ela nunca é estática, ela que é observadora pelo cuidado, ela que é detalhista, que desencadeia certas loucuras por tantas análises, que dá bronca, bronca sem precisar sofrer. O resto nem é amor. Amor turbulento é tudo, menos amor. Amor turbulento faz com que o bem-querer passe a ser rebaixado, e onde ele não existe, não é casa. E o amor nada mais é do que onde morar tranquilo. Em alguns cantos da sala ou quarto, você tem que tirar uma poeira mais difícil, tem que fazer faxina, tem que cuidar de forma mais árdua, mas não há outro lugar onde gostaria de dormir, porque ali você dorme seguro, você dorme deitado nos pontos de afirmação. Tudo sempre moeda, tudo sempre caberá em ondas. A questão de ser tranquilo é dar mais paz do que zunido, é a predominância do que percorre no coração. E tudo o que sangra mais do que estanca, não vale a pena ficar na balança. Tentar criar um maior equilíbrio só é válido para o que pesa no peso mais leve.
Quando se ama
Quando se ama não há dificuldade
Quando se ama vive-se pelo outro
Não inventa desculpas
O amor vence todas as culpas
Não se diz: vou ver
Não vê dificuldade
Tudo é possível
Não há limite para buscar a felicidade
No amor se joga
Não espera chegar
É toque de bola
Que não precisa a bola amansar
O amor enfrenta feras
Enfrenta até leões
Vence o cansaço
E até grandes gozações
A doce descoberta do amor
Na primavera a flor e o beija-flor
Assim se conectam duas vidas
Apaixonando-se com um objetivo
E gerando o primeiro amor
Assim é o começo do juvenil vigor
Da cabeça enlouquecida
Da falta de um sentido
Dos planos de vida com mais sensível fervor
Ah, o doce primeiro amor
Não é difícil ficar intrigado
Com a insensatez juvenil
Ver num adolescente um coração incrivelmente perturbado
Fazem de uma simples boa impressão
Ardor e emoção
Vida e sentimento
Da vida uma possível degradação
Acreditemos no juvenil coração
Olhá-los com muita leveza
Ajudando por dar-lhe muito ouvido
Cuidar deles com muita destreza
Uma segunda chance para o amor
(Livro Crônicas E Poemas Reflexivos)
Eu vejo em seus olhos
No fundo do seu olhar
Com ou sem óculos
Que comigo quer estar
Não é preciso nem adivinhar
Nem é preciso se esforçar
O amor acontece
Seus gestos teu amor descreve
Meu sonho é te ver arriscar
O medo perder
O amor viver
Ao meu carinho se entregar
O amor não é só um lance
Para vida um fôlego
Para paz um bandeira branca
Para nosso sentimento uma chance
Antonio Ferreira
Hoje vi o mundo como uma MOSCA. A crônica é longa e Interessantíssima, no qual presenciei e me pergunto. Você já imaginou, as coisas boas que deixou de viver pelo mesmo motivo que esse cara.
E se.... você tivesse no lugar dele... teria feito diferente?
Não deixe que a imaginação domine sua vida. Vá viver...
O inacabado de cada um
Comecei uma crônica dessas há alguns minutos, mas não cheguei ao fim, foram algumas linhas de frustrações e experiências que não encheram uma mísera folha, e assim tive a ideia de criar a pasta dos inacabados e foi para lá que eu mandei alguns textos que não terminei, mas que merecem um segundo olhar, para lá também seguiu uma poesia sem a primeira estrofe, quem me dera se a vida tivesse uma pasta para os inacabados.
Nela eu colocaria quase amores que sumiram sem ponto final nem reticências, deixaria as discussões que não resultaram em conclusões, depositaria um pouco das expectativas que seguem sem desfecho, colocaria na minha pasta de experiências inacabadas todos aqueles “até logo” que falamos sem marcarmos algo em definitivo, ou ainda as conversas viscerais que abrimos mão porque corríamos o risco de parecermos chatos demais no meio da roda de amigos.
Na minha pasta de inacabados teria tudo, absolutamente tudo o que merece um segundo olhar, como aquelas opiniões sisudas demais, toda e qualquer certeza que julgamos ter deveria estar numa pasta de inacabados, porque se pararmos para pensar a própria vida estaria lá dentro, quer coisa mais transitória, incompleta, cheia de incertezas e inacabada? Acho que lá teria espaço suficiente para pessoas que julgamos cedo demais e que merecem um segundo olhar, ou ainda amores que por terem sido subestimados já que não cumpriam com as nossas idealizações foram vítimas do nosso olhar apressado deixando tudo o que poderia ter sido apenas inacabado.
Que lindo seria se aprendêssemos a reconhecer, se parássemos de colocar as pessoas na forma das nossas idealizações, porque assim a gente viveria mais experiências completas e menos inacabadas por medo do que vão pensar ou do que vão dizer. Se tivéssemos coragem de armazenar coisas relevantes na pasta de inacabados pediríamos mais desculpas e julgaríamos menos, atribuiríamos, ainda que em longo prazo, um desfecho para tudo o que poderia ter sido, mas não foi.
É por conta disso que aprendi a desconfiar das pessoas certas demais, não das seguras, mas das muito certas sobre tudo, pois se pararmos para pensar certeza mesmo não há nenhuma. Então tudo bem que eu não termine minha crônica, que a poesia fique sem a primeira estrofe e sem sentido, a vida também é assim a gente é que fica buscando sentido em tudo e tendemos a atribuir a ela os sentidos que melhor nos cabem, até mesmo como autoproteção.
No final a própria existência é a nossa pasta de inacabados e dá para voltar atrás, se arrepender, mudar de ideia, resgatar relações e romper com idealizações, porque não há caminho certo, nem portinha da felicidade, muito menos o mapa da mina e se não há mapas pouco importa o caminho, o que importa é manter-se em movimento e perdoar tudo o que ficou por acabar.
Procura-se...
Procura-se uma semente para semear;
Procura-se uma crônica para contar;
Procura-se uma farda para vestir e honrar;
Procura-se uma criança para educar.
Procura-se água filtrada para beber;
Procura-se almas para acalentar;
Procura-se flores para regar;
Procura-se alimentos para saciar a fome dos que choram.
Procura-se retalhos para fazer cobertores;
Procura-se a inspiração para escrever;
Procura-se um poema para inspirar;
Procura-se uma natureza para contemplar.
Procura-se uma savana verde para caminhar;
Procura-se um sonho Real para viver;
Procura-se uma cama macia para adormecer;
Procura-se um animal para cuidar;
Procura-se uma fera agoniada para acalmar.
Procura-se um peixe para ensinar a nadar;
Procura-se uma poesia para ler e encantar;
Procura-se lágrimas para enxugar;
Procura-se uma boca para risos dar.
Procura-se se uma estrada sem espinhos, onde eu possa trilhar meus caminhos.
Nas estradas da vida quem me guiará é Deus.
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
"Me dói a cabeça. Sinto náuseas.
O que anda sobrando da minha vida é apenas o que não passa pelo ralo. Tudo está desmoronando.
Sinto raiva e quero chorar por continuar nessa inércia, por não tomar uma decisão. Me estresso comigo mesma por ser tão estúpida.
Por que não posso ser mais forte do que aparento ser?
Eu não caio, me levanto uma centena de vezes. Sou cabeça-dura (pra quem me conhece bem), mas não sei a hora de parar de dar corda para um brinquedo quebrado há muito tempo.
Se não funciona mais, por que continuar com a ideia de que um dia irá concertar?
Às vezes acho que o problema está em mim, afinal a vida é de quem?
Dessa vez não vou poetizar, não vou rimar, não vou fazer nada... é só um desabafo tremendo de quem cansou de ver a vida passar.
Eu não quero ter que cuidar dos problemas dos outros, não quero ser conselheira de ninguém - muito menos psicóloga - não estudo pra isso. Não sou obrigada a tentar salvar nada. É egoísta da minha parte, mas não quero o que não acrescenta. Não quero volume, entende?
Bagagens desnecessárias precisam ser dispensadas.
" - Senhores passageiros, última chamada. Embarque pela direita, e tenham uma boa viagem. Até logo"
"As Epifanias do Sr. Probo"
Em um dia qualquer, o Sr. Probo, o regente alheio de BanaLrópoliS, teve uma epifania ao assistir a um programa dominical na TV: descobriu, com surpresa, que existiam "pinks" em uma das cidades de seu reino, onde ele só imaginava haver gente "lilás"! Sua esposa, a Sr.ª Sofia, por pouco não perdeu o controle de seu livro de literatura fantástica. "Como assim, Sr. Probo? Você não sabia?" ela questionou, com um sorriso repleto de ironia.
Sr. Probo, tentando justificar-se, disse que estava muito ocupado... tricotando meias. Porque, é claro, meias são mais importantes do que escolas caindo aos pedaços. A Sr.ª Sofia, com um olhar que combinava ironia e uma paciência quase esgotada, lembrou-o de que a união faz a força e que belas fotos são importantes, mas ignorar a realidade social é a verdadeira catástrofe.
Assim, entre um tricô e as notícias da "TV Cenário", Sr. Probo aprendeu que BanaLrópoliS é um mosaico de almas e sonhos, e que fazer o bem é o que realmente importa, independentemente das cores. E quem sabe, enquanto ele tricota a próxima meia, ele se lembre de que as reformas verdadeiras vão além de linhas e agulhas.
"Moral da história": Às vezes, os governantes precisam de um entrelaçar de ideias para enxergar o arco-íris de seu povo, onde lilases, pinks e outras tantas cores coexistem em harmonia, mesmo nas cidades onde se acreditava existir apenas uma tonalidade. 🌈✨
"Reflexões Cotidianas" - atenção, tudo é coincidência; nada é real. 😂
A Dança das Cadeiras
Certa vez, sentei em um restaurante e vi que um ex-patrão estava lá, conversando com um fornecedor que eu conhecia há uns dez anos. Eu estava com uma mochila nas costas, pois tinha acabado de chegar de viagem. Tirei a mochila, sentei, comi e, em seguida, levantei para ir embora. Por educação, ao passar pela mesa dos dois "homens em posição de poder", parei para cumprimentá-los. Ao ler as expressões deles, fiquei um pouco intrigada e logo fui submetida ao que poderia chamar de interrogatório: “E seu curso, acaba quando? O que vai fazer depois disso? Como é a área comercial? Isso dá algum dinheiro?” e assim por diante. Consegui responder sucintamente às questões enquanto ainda observava as expressões. Apesar de lembrar claramente do fornecedor e do seu nome, e sabendo que ele também se lembrava de mim, já que nos víamos com certa frequência, percebi uma hostilidade velada, e algo como uma surpresa (sou alguém que ele não conhece mais?). Desses que vulgo julga a sociedade, ocupam posições de "poder", havia um amargor quase palpável por estarem no mesmo ambiente que uma ex-funcionária, agora autônoma e graduada. Após perceber os tons ofensivos e os olhares capciosos, meu ex-patrão comenta: “É a dança das cadeiras.” Levanto, sorrio hostilizando o comentário e vou embora.
O ser humano tem algumas peculiaridades bem interessantes, ao mesmo tempo que consegue se adaptar a muitas situações, também tem um dom incrível de reclamar sobre cada uma delas.
Deus deve se perguntar o tempo todo o que fez de errado.
Se está frio, pedem Calor
Se está chovendo pedem que o sol apareça.
Seria tão mais simples se pudéssemos só apreciar cada uma das fases das estações, se tirássemos proveito de todos esses momentos únicos.
Na vida nada se repete, mesmo quando o mundo volta ao ponto de partida, o recomeço nunca é igual.
Cada momento tem um prazer para ser apreciado.
Aproveite os ciclos, volte a ser criança, não tenha medo de se sujar na lama e nem de correr descalço.
Se preferir pode até correr com salto, sei lá, já andei de salto alto na praia e posso dizer que foi bem legal.
Muitas vezes pego-me a observar-me, como se fora um outro, um terceiro, até mesmo um fantasma assombrando a si próprio. É um sentimento estranho, outro dia, enquanto conversava com uma amiga sobre nossas experiências sexuais, eu não parava de me perguntar internamente o porquê de estar fazendo aquelas escolhas de palavras, não seria as palavras que eu falaria se eu fosse realmente eu. Não é estranho esses momentos em que percebemos que deixamos de ser.
Ali, de repente, fui tomado por um outro, a quem fui observando de longe, um outro que eu não conhecia, mas que ainda acho ser eu em algum espectro, alguma nuance. Um eu reprimido.
Outras vezes que percebo esse fenômeno é quando me apaixono por alguém, abandono-me fácil de mais. Meu espirito sóbrio foge do meu corpo, como em uma espécie de projeção astral. Mas meu corpo não fica oco, logo trata de si preencher e penso, falo e ajo de um jeito absurdo, clamando pela atenção de estranhos. Por isso não gosto muito de mim quando me apaixono e isso tem acontecido com certa frequência, digo que conheci um menino na segunda e na sexta não paro de pensar na nuca de um outro. É repugnante me assistir agindo dessa maneira, se apaixonando por puro tédio e se convencendo de que esses sentimentos são reais. E chega a ser patético me ver me humilhando assim.
Quem sabe esse não seja um problema a ser resolvido, tenho que aprender a conviver com essas versões espaçosas de mim.