Cronica Escolas Gaiolas Escolas Asas Rubem Alves
"Na verdade não sei o que é pior, a doença da religiosidade ou sua fase crônica a chamada religião da anti-religiosidade. Caixas novas com os mesmos problemas velhos, um evangelho de exclusão sistemática com aparência radical porém tão reacionário quanto o sistema chamado antiquado, onde por incrível que pareça a base continua sendo a sedução de pessoas, a manipulação de "almas" e o controle das mentes."
Vários por cento dessa nossa paranoia crônica são psicológicos. Tudo isso, todo esse sofrimento, toda essa angústia, toda essa raiva, é da nossa cabeça. Nossa mente é terrivelmente, maravilhosamente e assustadoramente poderosa. Milagrosa e perigosa ao mesmo tempo. É importante que nos aprofundemos em seus mistérios, nos conhecendo cada vez mais. Extremamente importante. Mas, é como uma armadilha. Nós somos os ratinhos famintos. A mente, o grande pedaço de queijo. Se soubéssemos a facilidade de nos perder na imensidão de nossa cabeça, talvez fôssemos mais espertos e nadaríamos até a superfície a tempo. Mas é tão… Agradável, não? Tão… Fascinante todo aquele universo de pensamentos, e lembranças, e momentos, e alegrias, e tristezas, tudo misturado com nossa inseguranças, certezas e incertezas… A solução está ali! Nós sabemos disso! Todas as chaves pra esse bendito sofrimento que tira a fome e o sono estão ali! Estão perto, não estão? Claro que estão, ou então, não perderíamos tanto tempo em lembranças, momentos que passaram e fazem falta. O que não sabemos, é que estão longe demais para uma jornada só. Não se pode fazer tudo de uma vez. Sobrecarregando a mente, sobrecarrega-se a matéria. Parando, respirando, esperando, conseguimos recomeçar. Parando, respirando, esperando, conseguimos nos desvendar, e perceber que, realmente, precisamos levar uma coisa de cada vez.
Crônica de uma vida de ilusões. Onde podemos viver a vida que sonhamos? Onde podemos despejar nossas ilusões e emoções sem se preocupar com as pedras que serão jogadas sobre nós? Viver o simples é viver tranquilamente,mergulhando profundamente em nossas ilusões,há ilusões! Ilusões essas, que nos sufocam tentando tirar nosso último oxigênio armazenado em nossos pulmões e dilacerando o que resta de nossa alma. Dizem que uma pessoa não vive sem amor,carinho e companhia,mas na verdade,ela não vive sem as suas ilusões,porque é bem mais fácil alimentar uma fantasia,do que encarar uma dura realidade. Às vezes,ficamos em cima de uma corda bamba,e quando menos esperamos, a vida nos derruba no meio do vão,impossibilitando que continuemos nossa caminhada e jornada das ilusões criadas pelo nosso subconsciente. e é aí que nos damos conta que,de tantas ilusões criadas e alimentadas por nossa mente atormentada,acabamos deixando de fazer o mais importante na vida,viver!
IMPERFEITA
Apenas um ser que briga e brinca
Correta... Travessa
Nos erros e acertos
Simples HU MA NA!
Careta... Moderninha
Luta no dia a dia
Sofre quando perde
Sorri quando ganha!
Chora... Quando simplesmente quer chorar
Na real... COM PLE TA MEN TE imperfeita!
Então muito prazer... ṦT€LA
" Muitas pessoas estão substituindo os relacionamentos reais pelo “fast food” do mundo virtual, criando a ilusão de que a vida é perfeita, e que se algo não sai como o esperado é só desligar, bloquear, pausar… ignorar e pronto. O contato visual, o toque, os gestos… a emoção das palavras: tudo isso pode soar muito antigo se comparado às facilidades ao alcance da ponta dos dedos. É tão fácil acessar “um novo alguém”! É tão fácil cruzarmos fronteiras e vislumbrarmos novas oportunidades… que não nos contentamos com as conquistas diárias dos relacionamentos reais! Aqueles relacionamentos que são construídos com a convivência real, fática e dura. Aqueles relacionamentos que não podemos pausar, ou desligar. Relacionamentos que têm resistido ao tempo, ao vento, às dificuldades, mas que certamente são alicerçados na dura rocha de um propósito. Esse sim: é o sentido da vida!" (Ela Disse Adeus)
Olha só... Vou fazer um comentário: uma pessoa me disse que preciso arrumar uma namorada, alguém pra andar comigo, ser companheira, ser amiga e presente nos meus caminhos... Pois bem, daí eu lhe falei: eu já tive namorada, esposa, noiva e hoje estou solteiro e livre, tenho minha morada, meu trabalho, minha condução, amigos pra sair e conversar, mas claro que é ótimo ter alguém pra compartilhar as coisas boas da vida e alguém pra nos ajudar a superar os aprendizados que enfrentamos, mas também falei que de agora em diante se for pra ter alguém, que seja pra perder a noção do tempo e não mais perder tempo, sem objetivos concretos ou esse negócio de um pra lá e outro pra cá não dá muito certo, também a vida e as experiências me deixaram um pouco desconfiado, pois quero uma namorada que me chame de meu bem e não que se preocupe com meus bens, que goste de mim como sou, que viva o hoje, que não só reclame do passado, e que queira andar juntos para o amanhã que é incerto para todos nós, e também ter ao lado um alguém que tenha tempo e alegria pra ficar junto e que realmente esteja interessada, e não alguém que sempre esteja ocupada, que não tenha tempo pra viver, só preocupada com trabalho e seus próprios interesses, claro que ter uma carreira, uma ocupação, é algo deveras importante nesse mundo capitalista, sem dinheiro ninguém sobrevive e passar fome não dá, né, mas viver a vida é muito mais importante, e se for pra ser a dois, é a dois e não um... O tal de ficar não é de todo ruim, mas às vezes enche o saco, é algo muito vazio e limitado, sinceramente fica sem graça a medida que o tempo passa, pois nota-se claramente que ali é somente alguém sem passado e nem futuro. Por isso, claro que é ótimo ter alguém pra valer, que tenha uma boa conversa, que tenha algo a lhe ensinar, a lhe propor, que às vezes lhe faça algum tipo de cobrança, que você sinta a sua presença... Sei lá, e também tem aquelas mulheres que foram maltratadas em antigos relacionamentos que desconfiam até da sombra e não sabem mais diferenciar um homem de um cafajeste ou moleque. Mas, todavia, a vida segue, posso dizer até “Deus sabe o que faz”... Vou vivendo, e se alguém um dia se interessar, que não seja medrosa, porque às vezes sou afoito, mas às vezes sou meio lerdo pra entender alguns sinais... Mas agora penso assim: se tiver namorada, tudo bem, se não, tudo bem também, eu vivo tranquilo, e quer bem maior que poder estar em paz? Ah... Quero deixar bem claro que isso não é desabafo, somente uma crônica que escrevi sobre vida de solteiro. O mais importante é ter Deus no coração, muita luz pra iluminar, uma palavra de consolo, paciência e carinho pra ouvir e um sorriso pra demonstrar que sofrimentos são apenas aprendizados. Então sorria e viva, pois Deus o ama por demais! E ser solitário não é sinônimo de tristeza, mas sim de liberdade de poder escolher quem irá caminhar a seu lado...
Ser amigo do seu amor é entender o olhar, o tom das palavras, o segredo oculto na entrelinhas de cada gesto. É abraçar sem pressa de ir embora. É estar perto em corpo e alma. É ser ao invés de apenas estar. É contar as horas para um novo reencontro. É orar juntinhos ainda que estejam em lugares distantes.
As mulheres são sensíveis, amorosas, lindas e fazem tudo no salto 15 e sem cair. Têm um dia dedicado a elas. Não dependeram de um homem para que Jesus viesse ao mundo. São as flores da criação, a beleza da terra. Temos que confessar, elas são as melhores, as mais lindas e o rascunho que foi feito na criação do mundo, foi melhorado, aperfeiçoado, e de salto alto, batom caqui e cabelo longo elas são a moldura que nos tornam mais homens, mais felizes e mais completos. E se um dia chegarmos ao topo foi porque uma grande mulher esteve ao nosso lado.
Aos poucos, nestas idas e vindas da vida, vamos amadurecendo, crescendo, desenvolvendo corpo, mente e coração. Seguimos caindo, levantando, curando feridas, desatando os nós. Conhecemos pessoas, investimos em relacionamentos, alguns até duradouros. Pessoas vão passando e deixando suas marcas. Algumas marcas boas, outras ruins. Com elas vamos nos moldando, nos aperfeiçoando, fazendo com que o nosso caráter seja lapidado. Claro, nesse processo sofremos diversos arranhões e algumas cicatrizes profundas. Mas isso se torna normal quando entendemos que a vida é uma coleção de lições diárias e perfeitas, ainda que tais lições provoquem dor.
O mundo é uma imensa esfera regida por Deus e essa esfera gira, não é estática. Tudo muda o tempo todo, sempre. Mudanças de temperamento, caráter, ciclos de amizades, de relacionamentos. Tudo se renova. Nada permanece para sempre. Tudo passa, menos o nosso próprio valor. Esse é eterno. Os ciclos se renovam e aos poucos alguém entra em nossas vidas. Nem cedo, nem tarde. No tempo certo. Apenas temos que esperar o melhor, o ideal, a peça que se encaixe em nosso quebra-cabeça e que possamos reconhecê-la quando ela estiver ao nosso lado.
Amor tranquilo é aquele no qual existem as cobranças, os ciúmes e todas as turbulências que sempre virão vez ou outra, mas que não ficam em grau mais alto do que a paz, porque muitas vezes, antes mesmo da pergunta surgir, o outro já responde, o outro já comete um ato que limpa a lama, o outro já demonstra que não faz o que não gostaria que com ele fosse feito, o outro entende o que ficou mal esclarecido antes de precisar da intimação, o outro capta o que você está indagando antes que indague, não só por conhecer você, não só pela intimidade, mas por sempre lembrar de deixar claro o que ele gostaria que por ele também claro ficasse, caso os papéis estivessem invertidos. Amor tranquilo é aquele no qual os questionamentos já vêm seguidos de uma certa certeza e calmaria, porque os valores se encontram. Amor tranquilo é aquele no qual qualquer diferença é bem-vinda, mas a semelhança está nos princípios de um relacionamento, do que é respeito, do que é somar, do que é um impulsionar a vida do outro. A paz reina quando as brigas existem, e jamais elas estão em constância, jamais a mesma muito depois de já ter sido finalizada, jamais também sempre a-calma, mas sempre há calma pelas certezas que ficam em primeiro lugar. Porque tem a importância, e ela nunca é estática, ela que é observadora pelo cuidado, ela que é detalhista, que desencadeia certas loucuras por tantas análises, que dá bronca, bronca sem precisar sofrer. O resto nem é amor. Amor turbulento é tudo, menos amor. Amor turbulento faz com que o bem-querer passe a ser rebaixado, e onde ele não existe, não é casa. E o amor nada mais é do que onde morar tranquilo. Em alguns cantos da sala ou quarto, você tem que tirar uma poeira mais difícil, tem que fazer faxina, tem que cuidar de forma mais árdua, mas não há outro lugar onde gostaria de dormir, porque ali você dorme seguro, você dorme deitado nos pontos de afirmação. Tudo sempre moeda, tudo sempre caberá em ondas. A questão de ser tranquilo é dar mais paz do que zunido, é a predominância do que percorre no coração. E tudo o que sangra mais do que estanca, não vale a pena ficar na balança. Tentar criar um maior equilíbrio só é válido para o que pesa no peso mais leve.
"Pessoas elegantes se reconhecem pelo que é dito (ou pelo silêncio bem pontuado). Pessoas elegantes têm atitudes nobres; pessoas elegantes não destilam veneno; pessoas elegantes vestem-se de paz e equilíbrio social; pessoas elegantes somam na vida das outras; pessoas elegantes são gratas umas às outras e não incendeiam a vida alheia com fofoca; pessoas elegantes entendem que a fineza está muito mais ligada à vestimenta da alma do que a do corpo! Pessoas elegantes não puxam o tapete de quem lhes estende a mão! Pessoas elegantes entendem que precisam umas das outras e que a vida é uma dança das cadeiras: um dia sentado… outro dia de pé! Pessoas elegantes cumprem o que prometem." (Fragmento MAIS ELEGÂNCIA POR FAVOR)
Aqui, a maldade do mundo me pareceu normal.(...) É neste momento, quando passamos a achar trivial aquilo que consideramos incorreto, que está na hora de ir.(...) Estou batendo a porta e deixando alguns recados na geladeira, alguns tênis para você colocar nos pés e, algumas mochilas para que, quiçá, utilize para plantios. Vou levar aquele jarro belíssimo que deixou no canto da varanda. Afinal, sempre existem desses em todas as casas destroçadas. Mas eles só são esperança e motivo para ficar, quando o mal ainda é ruim, quando migalhas não são aplaudidas, quando quem dá o que não quer receber, ainda é desmerecedor. Quando o que é básico, não vira sinônimo de muito; quando o que seria morada, não vira sinônimo de estranheza. Quando o adeus não vira sinônimo de poder voltar – para casa.
"Fui desbravar o mundo na bicicleta da minha imaginação. Não tão rápida quanto os carros, em que não poderia observar os detalhes da vida. E nem tão devagar quanto os pedestres. Assim poderia descobrir o cotidiano no tempo dos poetas." (Diário de um ciclista - Victor Bhering Drummond)
Reciprocidade é um idioma universal. Você sabe quando ele está sendo servido, quando seus gestos são correspondidos, e principalmente; quando o ambiente não lhe é favorecido. Não gaste energia dobrada com pessoas que desconhecem o valor do que você oferece. O mundo está abarrotado de energias compatíveis com a sua: vá de encontro onde ela é apreciada.Sabermos identificar o descaso é tão importante quanto reconhecer a grandeza de quem nos corresponde.É preciso aprender a não se perder tão facilmente no universo alheio, deixando-se levar por uma mera fagulha brilhante no céu,quando se tem galáxias inteiras cintilando dentro de si. É preciso aprender a sair de ambientes tóxicosque nos aprisionam apenas com intuito de sugar o que há de melhor em nós, sem a mínima intenção de acrescentar.Dê prioridade a sua saúde mental; não aceite menos do que você merece. Aprenda a ir embora da vida das pessoas para não correr o risco de ir embora de si mesmo.
Mudamos e passamos a defender aquilo que talvez possamos mudar amanhã. Freud parece querer nos manter numa psicanálise mitológica, umas espécies criadas de efeitos viciosos, de uma tristeza exata num dia bonito. Estamos mal acostumados a ter lenço para conter as gotas em tempos meio santos. Estamos desacostumados a retirar do poço a água limpa, a água santa passou a ser vendida em copinhos e não mais apanhadas na fonte. A libido é também diferente da intelectualidade sendo os extremos dos pontos, intelectual é um estado de discussão quase sem concordância que são também os afrontes propósito da libido. Freud é um interlocutor de verdades “criadas por ele mesmo”. Então somos uma espécie quase psicopata quase esquizofrênico pelos maus costumes em disseminar a crença freudiana; espécies de indivíduos que não misturam libido com intelectualidade. Freud parece mais ser um inventor de neuroses, individuo culto dotado de verdades e alto poder de convencimento que associa os poderes da mordida do cachorro com o poder da força do bigode de um pai. Ninguém sabe o quanto o coração sofre ou fortalece por um aroma de libido; ninguém sabe o quanto o corpo padece ou rejuvenesce por um estado de êxtase espiritual. A libido e a inteligência dependem de um estado de oportunidade. Assim o pecado libidinoso é um estado de nostalgia que desfila pelos sentidos espirituais nas escadarias dos templos a fim de um perdão intelectual; ao mesmo tempo a libido que com seu aroma ignora a inteligência, sem amor e sem clemência. (A. Valim)
SONETO DE 16 VERSOS – N. 09
Nas asas de umas borboletas vou eu, voei
Até o norte e o sul vou eu, voei
Encontrei música para o meu bailar nas asas delas, vou eu, voei
E adquirí umas asas de querubim, ou serafim, vou eu, voei
E na canção, é na canção que a gente viaja e a gente se acha,
Vou eu, voei
Peguei carona em umas estação, vou eu, voei
Carona, de carona mais uma vez e carinha
Vou eu, voei!
Tá bom demais com a demais, nunca demenos, vou eu, voei
Vou te dar uma ideia, quer..., então pede
Já dei a ideia sem Sono, então pede, vou eu
Voei
Vou daqui continuando e na leva levando, na levada do
Berimbau eu vou, lá vou, vou eu – voei!
Não queira voar a força comigo eu vou pedir a punição, vou eu, voei
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
Certo dia, um rapaz tímido e um tanto romântico se apaixonou por uma garota com alma de flor e asas de liberdade no seu coração.
Ele gosta de escrever versos e poesias, ela sabe a linguagem das rosas e orquídeas.
Aos poucos suas poesias chegou aos ouvidos dela, sempre levada pelas brisas das manhãs.
Encantada por belas palavras, ela as traduzia para as suas amigas, rosas e orquídeas, que por sua vez, sentindo o encanto das palavras, elas exalavam seus perfumes pelo ar.
Aos poucos, a garota que fala a lingua das flores, percebeu que a cada verso e poesia dele, fazia seu coração se apaixonar pelo o garoto tímido e um tanto romântico.
Ambos, apaixonados um pelo o outro sem que soubessem, agora compartilham de um mesmo sentimento.
Entra dia e sai noite, os seus desejos de estarei juntos aumenta cada vez mais, seus sentimentos tomam formas de sonhos, produzindo raros momentos de felicidades.
Até que em uma noite, envolvidos por essa paixão, esses dois amantes se encontraram em um sonho.
Que mágico foi esse encontro, juntos o casal desbravou o caminho das estrelas e com um beijo apaixonado se desabrochou o amor.
Por toda a noite, os amantes trocaram confissões e segredos em meio a carícias e carinhos, e como testemunha desse amor se fez a lua cheia.
De sedução à encantos, a noite foi passando e o sol aos poucos foi se despertando e o sonho se caminhava para o seu fim.
Entre as nuvens do amanhecer era possivel ver o garoto timido e um tanto romântico se despedindo da gorota com alma de flor e asas da liberdade em seu coração.
Ambos em seus quartos, abriram os seus olhos no mesmo tempo a procura do seu amor, mas nada encontraram além da solidão.
Apesar do sonho ter sido verdadeiro e real pra quem escreve essa estória, para o garoto, para a garota e para os que estão lendo, tudo não passou de um lindo sonho de amor.
Asas de borboleta
E o poeta
Hoje
Olhando pra beleza
Na natureza
As vê
Bailando no ar
Cantando
Sempre com seu par
E descobre
Que são feitas
Feitas de amor
De único amor
Amor eterno
Em todas suas vidas
Vão se cuidar
Não se apaixonam mais que a primeira vez.
Cuidaram dos filhos
Da prole em conjunto
Estarão juntas até o fim de seus tempos
Elas têm pena do poeta
Penas verdes, azuis, vermelhas.
Até já doaram algumas de suas penas
Para que ele escrevesse sobre Amor
Pois só existe um pra elas
Mas o poeta,
Cego,
Nunca viu o exemplo delas
De viver uma vida inteira
Sem se lamentar ou chorar
Só o cuidar de seu par
De amar.
E esse é o Amor que o poeta
Idiota e pateta
Sempre quis cultivar
Hoje ele olha pras araras
Chora
Porque deixou seu amor
Ir embora
E agora voa
Mais rápido que um atleta
Tropeça
Bate
Corre
Volta a voar
Quer lutar
Quer chegar logo perto,
De novo, de seu amor
Que já quase não alcança
Mas ainda insiste em estar lá
Deseja abandonar o lápis do lamento...
Quer ser sereno
E de seu amor cuidar
Jogou longe sua régua
Que de medida certa
Fazia as linhas retas
E fazia sua vida regular
Quer abandonar tudo
O trabalho
A vontade
O seguro
Só pra ter seu amor no altar
Mas hoje luta
De asas quebradas
De alma rasgada
Quer ser AMOR e amar.
Fartei de voar...
Deixo as minhas asas, simplesmente as encosto,para no futuro próximo quem sabe....alguém as leva.
Deixo-as a porta,estão grandes,fazem-me confusão.
Cheguei ao dia de as largar...para que um novo anjo as leve,e as carregue o mesmo tempo que eu...estão ensinadas,afinadas,agora para aterrar...só com prática.(Adonis Silva 08-2018)