Cronica de Graciliano Ramos

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Só no plano do indivíduo autoconsciente é que o conhecimento pode adquirir validade: só na consciência individual vivente se realiza a prova apodíctica, só o indivíduo tem acesso efetivo às verdades universais, enquanto a coletividade deve se contentar com fórmulas mais ou menos convencionais — ou consensuais — de uma verdade meramente potencial.

O amor é paciente, o amor é prestativo, não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais se passará. Quantos às profecias, desaparecerão. Quanto às línguas, cessarão. Quanto à ciência, também desaparecerá. Pois o nosso conhecimento é limitado, e limitada é a nossa profecia.

Paulo de Tarso

Nota: Trecho de 1 Coríntios 13:1-13.

Quanto mais nos aproximamos de um princípio universal, mais vão ficando para trás e cada vez mais longe as realidades concretas cuja explicação buscávamos. E, ao voltarmos do topo, às vezes parecemos ter perdido de vista o propósito da viagem. O momento do reencontro passa, e nada nos resta nas mãos senão o enunciado abstrato e sem vida de um princípio lógico, que é a recordação melancólica de uma universalidade perdida. É preciso, portanto, descer novamente do princípio às suas manifestações particulares, e depois subir de novo, e assim por diante. De modo que a alternância sim-não, verdade-erro, que constitui para nós o início da investigação, é finalmente substituída pela alternância alto-baixo, universal-particular. Passamos, assim, da oscilação horizontal para a vertical. E é justamente o despertar da capacidade de realizar em modo constante esta subida e descida, que constitui o objetivo de toda educação tradicional.

O que falta muitas vezes para a gente poder resolver os nossos problemas é a simplicidade em enxergá-los. Retirar os excessos. Não permitir que os nossos excessos venham obscurecer a nossa visão, ou até mesmo nos impedir de encaminhar uma solução para aquilo que nos faz sofrer. Isso é ter fé. É a gente acreditar que Deus está do nosso lado no momento da nossa luta, no momento da nossa dor. E que, portanto, a gente tem o direito de ser simples. Quem traz no coração a certeza de que Deus é por ele tem mais facilidade de adentrar nesse território da simplicidade. Porque não se sente sozinho sendo simples.

Crônica para os Amigos

Meus amigos? Escolho pela pupila.
Meus amigos são todos assim: metade loucura, metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Deles, não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas, angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Louco que se acocora e espera a chegada da lua cheia. Ou que espera o fim da madrugada, só para ver o nascer do Sol.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas próprias injustiças cometidas. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro, quero também a alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade graça, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo e risada só ofereço ao acaso. Portanto, quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia vença.
Não quero amigos adultos, chatos. Quero-os metade infância, metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto. Velhos, para que nunca tenham pressa.
Meus amigos são todos assim: metade loucura, metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter cor no presente e forma no futuro.

Sérgio Antunes de Freitas

Nota: Uma adaptação desse texto, publicado em 23 de setembro de 2003, vem sendo repassada como sendo de diversos autores, entre eles Marcos Lara Resende ou Oscar Wilde.

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As amoras

O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

Eugénio de Andrade
O Outro Nome da Terra

Telha de vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!

Contemplação

Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre ideias e espíritos pairando...

Que é o Mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existências...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...

E dentre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido

Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só pressentindo...

Mors Amor

Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"

Sonho Oriental

Sonho-me ás vezes rei, n'alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsamica e fulgente
E a lua cheia sobre as aguas brilha...

O aroma da magnolia e da baunilha
Paira no ar diaphano e dormente...
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha...

E emquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n'um scismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,

Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descanças debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.

Antero de Quental
Os Sonetos Completos de Antero de Quental

A Máquina do Mundo

E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco

se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas

lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,

a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.

Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável

pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar

toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.

Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera

e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,

convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas.

(Trecho de A Máquina do Mundo).

"Você não tem noção o nojo que sinto quando você me envolve com suas palavras, problemas e fingimentos. Quando vejo estampado no seu rosto o que antes eu achava belo, e o que antes eu ansiava ver. Te agradeço, por fazer eu enxergar e perceber que só quem me merece sou eu, porque de pessoas como você, eu quero distância. Au revoir."

"Volte para a primeira página. Eu quero que perceba que eu não sou o que você precisa, e sim. Tenho vontade de lhe dizer verdades não ditas, e lhe mostrar que o mundo não é essa bolha particular que você vive. Aqui fora é real. Pessoas reais, e sentimentos reais. Acorda, porque a vida passa depressa, e como ela, eu não sei esperar."

O Cão Sem Plumas

A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.

O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.

Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.

Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.

Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.

Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.

Vi que você estava online e a minha vontade era de deixar o orgulho de lado e te mandar um ''Oi'', te perguntar como estavam as coisas. Mas lembrei que já fiz tantas vezes isso, e sempre que eu volto atrás, você segue. Sempre quando te procuro, você some. Sempre que falo com você, minhas mensagens ficam pra depois. Voltei pro meu lugar, respirei fundo e repeti em silêncio: ''dessa vez eu não vou falar''. Passaram horas, dias, semanas. Até que você aparece com um ''Oi'', fingindo estar interessado em minha vida quando na verdade só queria saber se eu estava bem sem você, porque enquanto eu estava mal você sequer se importou. Dessa vez, deixei o celular em cima da cama. Sem me interessar pelo barulho da notificação, deixei a tua mensagem ali: descendo, descendo, descendo. Enquanto eu sigo, em frente, pra frente, livre e sem você em mente.

Eu sou assim...

Em minhas palavras me traduzo em uma crônica sem resolução.
Eu sou assim mesmo...
Um cachorro sem dono.
Sem rumo algum,
A deriva na sarjeta da calçada eu sou assim.
Uma metade boa.
Outra ruim.
Ninguém é perfeito.
Eu sou o tipo de cara que expressa o sentimentos no papel e guardo no canto escuro do meu quarto,
Por que sei quem ninguém liga pro que você sente ou pensa nesse mundo egocêntrico.
Sou de observar do que interagir.
Por que não gosto de ser o centro das atenções.
Não sou de falar muito,
Sou de escutar.
Eu falo mansinho,
Sei bem o meu lugar.
Sou aquele que apanha,
Mas não sou de dar o troco.
Eu sou assim, vou sumir quando você menos espera e você não vai nem notar...
mas não tem problema por que eu já fiz minha parte alegrando você.
Quando amo me entrego, pulo de cabeça, mas sempre me dou mal,
por que nunca da certo pra cara como eu ,azarado de berço.
Quando me dou conta já tinha pulado de cabeça em um coração que ama outra pessoa menos você.(e você mesmo seu azarado)
E sempre assim não nascemos com um controle remoto pra pularmos a parte triste do nosso filme(vida).
Não me pergunte porque sou tão sozinho.
É melhor assim só eu e minha solidão.
Não quero que sinta pena de mim, e nem que tente me ajudar.
Você só ira naufragar comigo nesse barco.
É irá ser minha culpa,
É só meu jeito torto de enfrentar o mundão.

Ps: Mas se você estiver precisado de ajuda, eu pulo do meu barco e vou nadando te ajudar. Mesmo nadando contra os tubarações que me cercam eu vou te ajudar. por que eu sou humano e da minha natureza ajudar, por que me machuco pra ver os outros felizes. Eu sou assim...

Sei que o que escrevo aqui
não se pode chamar de
crônica nem de coluna nem
de artigo. Mas sei que hoje é
um grito. Um grito! de
cansaço. Estou cansada! É
óbvio que o meu amor pelo
mundo nunca impediu
guerras e mortes. Amar
nunca impediu que por
dentro eu chorasse lágrimas
de sangue. Nem impediu
separações mortais. Filhos
dão muita alegria. Mas
também tenho dores de parto
todos os dias. O mundo
falhou pra mim, eu falhei
para o mundo. Portanto não
quero mais amar. O que me
resta? Viver automaticamente
até que a morte natural
chegue. Mas sei que não
posso viver automaticamente:
preciso de amparo e é do
amparo do amor.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica O grito.

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Crônica: Quando eu não estiver mais aqui.

Hoje escrevo para meus quatros filhos: Priscila, Rafaela, Camila e Felipe. Embora a carta demore muito em chegar às suas mãos, ou talvez nem chegue, mas quero que saibas o quanto eu amo vocês, o quanto são importantes para mim.

Mas se por acaso amanhã eu não estiver mais aqui, peço que não chores, e nem fiquem com raiva de mim, eu tentei ser o melhor pai para vocês, desculpem-me pelos os achaques de seu velho pai, que anda e vive muito estressado com todo o contexto, mal humorado, impaciente, rabugento, sensível até demais, etc., e que não vem conseguindo sorrir e principalmente fazer sorrir a suas próprias famílias e filho.

Me perdoem quando por a caso estiver chorando e eu não puder estar presente para enxugar as suas lagrimas, eu serei aquela brisa gelada, o vento calmo e o raio de sol pela manhã. Só peço que sempre que tiverem um tempinho olhem para o céu e ore por mim. Sei que vai ser estranho acordarem no dia seguinte e não receber uma mensagem minha no celular ou alguma chamada perdida. Vocês irão acordar e ainda não terá caído a ficha que não estarei mais aqui. E, então, irá bater um desespero e vocês tentará ligar pra mim, mandar várias mensagens, deixar recados e nunca irão ser retornadas e quando vocês pensarem nisso, mais uma lágrima irá escorrer. Me perdoem, novamente, por não poder enxugá-las. Quando isso acontecer, apenas olhem para o céu e diga “eu te amo, você foi uma pessoa importante para mim e sempre esteve comigo”. Não precisa se desculparem e nem se arrependerem de nada. Não precisa chorarem sempre, mas chorem um pouco ao lembrarem de mim ou sorriam, só pra eu saber que vocês ainda se importam comigo.

Beijos minhas filhas e meu filho!

Crônica de Minha Infância


Já fui casinha, fantasias e bonecas.
Mãe, jornalista, advogada e atriz.
Chocolates, biscoitos, chicletes... também patins, bicicleta e cicatriz.

Amiga, irmã, namoradinha e vilã.
Danada, sapeca, serelepe, também dissimulada e esperta.
Morria de medo de ser analfabeta.

Também já fui medo, choro e receio,
porém, tudo superado com aulas, professoras, sobretudo amigos amáveis e recreios.

Desenhos, chaves, histórias?
Branca de neve, a bruxa e toda aquela armação...
Ursinhos carinhosos, Power Rangers, sempre atenta à programação.

Viagens, família e aventuras.
As férias de dezembro, nas casas das avós...
Nada de ditadura.

Mas nem tudo é perfeito,
já fui hospital, asma e internação,
médico, jaleco branco, total aversão.

Às três da tarde como posso esquecer,
eu, papai, meu irmão e a TV...
de todos os compromissos, esse era o mais gostoso
historinhas, perguntas sem fim... e sempre um lanchinho delicioso.

Às quatro da tarde um momento chatão.
mamãe, livros e cadernos.
meninos, hora da lição,
enquanto isso, nosso super-herói voltava pra mais um plantão.

Dos momentos mais felizes da vida,
impossível não lembrar da infância bem vivida,
papai, mamãe sempre sorrindo, Deus sempre presente,
familia superunida.

Às cinco da tarde, hora do banho,
a minha amizade com Jackeline não tinha tamanho,
embora ela sempre alimentasse seu sonho estranho,
ser enfermeira somente de fanhos.

Aos 6 anos um sonho realizado,
finalmente havia ganhado um gato,
pula daqui, pula dali e finalmente pulo em cima...
tadinho do gato, precocemente foi para o andar de cima.
Meu primeiro drama.

Crônica do amor
Se amavam, mas moravam distantes.
Um se declarava ao outro e se davam bem, mas o egoísmo os distanciavam cada vez mais.
Um dia se encontraram e viveram momentos mágicos e intensos, depois cada um foi pro seu canto, daí nassceu o dilema do amor. Como viver esse relacionamento com tanas indiferenças entre eles?
Não viveram, só brigaram, só se distanciaram.
E assim o amor deu lugar ao acaso, e marcaram encontros nunca concretizados, com o tempo o amor se defez e só a incerteza falava mais alto.
E hoje foi a gota, por ironia ou capricho do destino todo amor que se tinham fora posto a prova, mass como assim? Penso eu que tenha sido desta maneira, ele tem o dom do orgulho e ela a artimanha de subestimar, dois lados postos de uma mesma moeda, mas o amor não é uma moeda de troca e nem um troféu no plano terreno, o amor é um estado, um sentimento completo, indivisível, limpo, transcedente e humilde, assim escrevi a crônica do amor não correspondido, a história daria um livro, mas pelo fato de não ter frutificado ficou nessa pequena crônica.
Ela vai me matar quando ler nossa história resumidas numa mísera crônica de um poeta escritor que nem é um e nem outro, mas como dizem quem escreve é escritor, mas não autor porque autor talvez nunca seje, pra isso é preciso publicar, assim se encerra a crônica mais sem sentido ue se possa escrever.

César Ribeiro