Crianças Doentes
Apenas já não somos mais crianças e desaprendemos a cantar. As cartas continuam queimando. Eu tentei pensar em Deus. Mas Deus morreu faz muito tempo. Talvez se tenha ido junto com o sol, com o calor. Pensei que talvez o sol, o calor e Deus pudessem voltar de repente, no momento exato em que a última chama se desfizer e alguém esboçar o primeiro gesto. Mas eles não voltarão. Seria bonito, e as coisas bonitas já não acontecem mais.
Por que ensinam as crianças a terem essa pose de adultas?
Não, não tem a mínima graça... (pelo menos não para mim)
Bom mesmo seria se elas nos ensinassem a ser criança.
Faço trabalho voluntário com crianças de 4 a 8 anos e tenho certeza que aprendo muito mais do que ensino. A minha função nesse trabalho voluntário é ensinar um pouco sobre Jesus, sua vida e o evangelho. Mas não é nada de oração e rezas, e sim ensinar o amor na prática. Ensinar que o amor vivido e experimentado vale bem mais que palavras soltas de "eu te amo". Me ama? Então prova!
Então eu ensino que amar é obedecer à mamãe e o papai, mesmo que você não esteja a fim.
Amar é dar um copo de água para vovó que pediu e estava com sede e cansada.
Amar é acordar cedo e andar de pontinhas dos pés para não acordar ninguém.
Amar é ajudar a mamãe nos afazeres domésticos, mesmo que seja apenas enfeitar a mesa para o almoço.
Amar é fazer ao outro o que gostaríamos que fizessem à nós. Amar é reconhecer que errou e procurar não fazer de novo.
Às vezes para amar você só precisa ouvir ou sorrir, chorar ou pular junto.
Criança é Criança
Amo crianças com vestidos, frufrus, jeitinho de criança, tênis, roupa suja, parque de diversões, lápis de cor, choro, birrenta, mas criança que é uma pequena mulher ou um pequeno homenzinho, aqueles que quebram etapas significativas da vida, não brincam, não se sujam, não fazem peraltices, são adultinhos em miniatura para mim é tão estranho, ver crianças de salto, ver crianças maquiadas, ver crianças de roupas de adulto, tomara que caia, ver criança de bolsa, unhas pintadas. Crianças que não curtem brincadeiras de criança, crianças que se ofendem em ser denominadas como crianças, crianças que não sabem ou não aprenderam brincadeiras lúdicas, crianças em rede sociais. Aí o tempo passa e as crianças querem voltar o tempo, querem não ter preocupações, querem brincar, querem curtir, querem ser o que nunca foram e então a sociedade ganha de brinde um monte de adultos infantilizados.
Cidade pequena, onde a vida passa desacelerada, onde só há crianças e senhores, os jovens saem para ganhar a vida e voltam quando velhos, para perdê-la em paz.
- Eu esperei muito tempo por esse dia, sua partida em busca de algo melhor. Você, leve e linda, cheirosa e meiga, não merece ficar estagnada em algo sem mobilidade nenhuma como esta cidade soturna.
- Mas papai, não vai dar. Como vou deixar o senhor aqui? Acho melhor eu rejeitar esta proposta de emprego. Não consigo meu pai, não consigo. Venha comigo, por favor?
- Deixe-me aqui, esse lugar já faz parte de mim filha. Seu querido paizinho já está muito velhinho para essas aventuras.
O Sol do entardecer batia em seus olhos em pranto. Mariano irredutível com um abraço sussurra em seus ouvidos.
- Querida, você precisa ir. Venha meu bebê sente-se aqui.
E uma pausa, um silencio lutuoso fica no ar.
- Sabe filha, não se preocupe comigo, aqui é minha terra, mas não é a sua. Não tenho vontade de partir, já vivi tudo que tinha que ser vivido. Você é jovem ainda, sua alma está inquieta agora, e isso é ótimo. Seu velho vai ficar bem aqui, ta bom? Agora vaia logo antes que escureça. Leve com você isto.
Mariano tira do bolso uma bússola, velha e quebrada.
- Olha minha querida, quando eu saí de casa meu pai me deu esta bússola me disse que ela me indicaria o caminho da felicidade. Leve com você. É tudo que eu tenho de mais valioso.
Ela olha aquela bússola surrada pela vida, olha para o pai como se esperasse que ele falasse mais alguma coisa. Ele captando no ar responde.
- Valioso aos olhos do coração minha filha, é o que importa. O coração.
Quando somos crianças:Quero ser adolecente!
Quando somos adolecentes:Quero ser adulto, ninguem me entende!
Quando somos adultos:Queria voltar a ser adolecente!
Quando somos idosos:Nossa... Daria tudo pra voltar a ser criança...
Queria ser criança novamente.
Hoje em dia, tem crianças que se acham adulto.
Mas, quando forem pais adultos, não soube o que era ser criança.
Me irrita ver crianças achando que seus respectivos namorados de escola vão ser seus eternos amores para a vida e jurando suas vidas à eles. Dizem que não conseguem viver sem eles. Você pode até não querer viver sem, mas você CONSEGUE viver sem… ele não é seu ar, sua alma, sua vida e afins. Dizem também que amam mais que tudo. E sua família nessas horas? E Deus? É, você ama ele mais que tudo isso mesmo? Pareço ser malvada ao falar isso? Me perdoe. Mas um dia quando seu sonho acabar e você for mais realista você vai pensar como eu. Parece quando você é criança que sempre existe alguém que vai te dizer que contos de fadas, não existem. E ah, eles não existem.
"Crianças são crianças, deixe-as brincar, para que no futuro lembrem com saudade das suas brincadeiras, pois existem adultos que perderam essas memórias, pois cresceram priorizando responsabilidades dispensáveis, como crianças, desejariam voltar ao tempo onde a maior preocupação era de qual brincadeira iriam brincar."
Nossas crianças necessitam de exemplos de sucesso, respeito e integridade. Não pensemos que é função somente da escola educá-las para o mundo.
A educação tem que ser lúdica para as crianças, construtiva para os adolescentes, e compreendida pelos adultos!
Pois bem, crianças são como animais, quando vocês judiam bastante, a gente acaba acreditando que somos realmente culpados por aquilo. A isso eu me comparo, e assim me punirei, assumindo uma culpa que - não sei se sei - é minha. Vejo pessoas saindo para festejar, tão deslumbrantes, que me dá uma pontada de inveja automática, pois não consigo ser assim. Não consigo ver o - bonito - nisso. O bonito em tirar a camisa no meio de uma festa, pra mostrar a todas o quanto ele teve que malhar. O bonito em mulheres de roupas curtas descendo até o chão e rindo da cara daqueles lobos famintos por carne grossa. O bonito em beijar um aqui, outro ali, e alguns no meio termo, só pra não ficar entediante. Isso pra mim, chega a ser até feio demais. Essa frieza em que o mundo vem se tornado, e parece que aonde eu vou, estou andando sob os IceBergs - ainda não explorados - do Polo Sul. Porque não consigo mais sentir a chama viva do sentimento. Pessoas traindo, mentindo, humilhando... tão cruéis que chegam a achar graça disso. E aí eu me pergunto: Qual a beleza dentro desse corpo cheio de curvas, se a mente está completamente vazia? Pessoas que nunca leram Quintana, que nunca suspiraram com Caio F. Abreu, que nem imaginam a história de Lispector, inventam de dizer o nome deles porque "ouviu falar por aí".
Me culpo por ser completamente diferente, por ter que escolher dentre me modelar pelo que a sociedade quer ou ser excluído, reprimido, criticado. Que se exploda essa minha culpa desenvolvida por essas tais regras. Fisionomia acaba, físico sarado acaba, dinheiro, meu amor, ainda que muito... acaba. Eu quero mais é continuar amando a beleza que eu vejo em um sorriso sincero, em cabelos naturais e em corpos macios. Nada duro, nada estéticamente planejado. Quero o natural, quero o interior, quero mais desse cheiro que tem as ruas quando chove. Mais desse choro infantil do primeiro amor, mais dessas lembranças gostosas que nos fazem rir até doer a barriga.
E agora, sem mais delongas, me perdoem os homens que lerem este texto. Pra que dar atenção ao meu pseudo-pensamento insano? Sou apenas um garoto...
(Minha parte masculina - Senhorita Gobeth)
CRIANÇAS...
Crianças seres misteriosos curiosos.
Arrepio só de pensar já fui um curioso.
Crianças quando brincam correm como se o folego nunca lhes faltasse,
a como eu queria novamente correr e não me cansar.
Crianças com seus olhares de quem o mundo as pertencesse,
a como eu já fui dono do mundo.
Crianças do medo a esperteza destreza,
a como já fugi com destreza.
A criança em mim se foi,
restou o medo do mistério de buscar o ar pela última vez.
Sinto falta da inocência de antigamente, onde crianças acreditavam em Papai Noel ou a velha história da Cegonha. Lembro do tempo em que passava horas no karaokê ou brincando descalço na rua, onde empinava pipa ou brincava de pega se esconder e outros jogos que faziam passar o dia mais rápido. Era como se o amanhã não fosse tão importante. Aproveitava o dia de hoje, não tinha muita preocupação em saber se o dia de amanhã iria chover ou não, porque com ou sem chuva iria aproveitá-lo da mesma maneira.
Sinto falta de ver a inocência das crianças, das músicas bestas que me divertiam por horas em uma festa, de saber que as festas sempre acabariam cedo. Hoje em dia vejo barbaridades que muitos que realmente deveriam estar mais preocupados por serem mais velhos, simplesmente se acostumaram. Como sempre, se acostumam com tudo o que acontece. Crianças que hoje em dia cantam e dançam aquilo que eu na idade que tenho não tenho nem a coragem de dizer ou fazer. Crianças com a inocência perdida é o que eu vejo andando pelas ruas de adultos.
Todo mundo diz que as crianças devem respeitar os adultos. E os adultos? Não têm de respeitar as crianças? Este é um assunto sério mesmo...
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