Frases sobre corvos

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AINDA O CORVO

Eis, agora, talvez seja todo o pior momento
Da poetisa cujo corvo vive nos umbrais...
Não por ter um quinhão à mais de lamento
Mas por estar sabedora de todo o "Jamais".

Outrora fora ainda o poema negro e belo
A noite inocente e a lua de prata no céu...
Hoje o amor não mais aguarda o anelo
Tudo não passa de barquinhos de papel.

Talvez agora sua ida seja mais fácil. Penso...
Não há o que a retenha nas sendas do vento.
Nem a dor . Apenas um ar morto de denso!

Há sim uma calmaria fria. Só um mau amorfo.
O medo ainda há aqui. Paira na renda do tempo
Tão real... Mas não amedrontador. O Corvo!

Anna Corvo
Pseudônimo de Elisa Salles

Inserida por elisasallesflor

PELOS OLHOS DO CORVO

Hoje vejo apenas pelos negros olhos do corvo...
Não desejo o sol enganoso do falsos dias. Calado
meu fiel guia, ao menos não me é um estorvo
Apenas um bicho à grasnar a verdade ao meu lado.

Não me conta velhos poemas de belas margaridas
Ao inverso, me apresenta à orquídea negra da noite!
É o lado afiado do punhal que subtrai a tola vida
É a parte mais crua, e cruel do impiedoso açoite!

Diz de mim, tu que não conhece a voz do desamor
Sou louca, algoz de todos os sonhos dos ancestrais?
Que sou a moça de roupas negras e alma sem cor...?

Sim, respondo-te à ti que pensas o véu costumaz
Que prefiro a crueza do corvo aos meus umbrais
do que viver na obscuridade da ilusão. Nada mais.

Anna Corvo
( Pseudônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

GRASNE LIVRE O CORVO!!

Porque haveria eu de não dessaber do sentir?!
Este amor mesquinho que revoou em meu umbral
Acaso foi ele um dia o rosa vermelha à florir?
Não__ Antes fora a peçonhenta mão do mau...

Há chegar nas horas ainda de esperança menina
Varrendo toda utopia do meu verso em arranjo
Envenenando a moça com melado e Estricnina
Podou ainda no anunciar as asas do casto anjo!

Pois então porque não deveria ignorar o amor?
Este maldito tormento das madrugadas frias
Quando nem o beijo falso trás mais o langor...?

Viver de amargura, melhor que existir no engodo.
Que jamais torne a entregar o coração de poesia
Padeça a poetisa lúcida e grasne alto, livre, o corvo!!

Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

O CORVO

Vago por entre os túmulos que me fitam com seus olhos de mármore
Sentindo a chuva que perfura a carne e sangra a alma
Tornando o dia cinza
Reflito assim sobre a morte
Transformo todo vão pensamento ou cada tétrica palavra em sonetos sombrios
E as escrevo com imagens em minha mente
Os homens de outrora vagavam como sonâmbulos
Desprovidos da leveza do espírito
Reclamões, céticos e agnósticos.
Cuspindo discursos doentios nos ouvidos mecânicos da laica classe operária
Agora jazem em silêncio sepultados
Não mais desejam, não mais sussurram, não mais amam, não mais sangram
Silêncio
Consegue ouvir?
Um corvo me olha imóvel sobre as pedras
Olho para as lápides e procuro por homens
Não os vejo
Penso em mim quando eu já não mais existir
Outro alguém procurará por meus olhos?
Desejará ouvir minha voz procurando respostas?
E assim como eu agora só ouvirá uma resposta
Morreu...

Inserida por p_h_wolff

O corvo e o canário

Havia um pequeno corvo que encontrava-se - o tempo todo - solitário, sozinho e inseguro.
Ele voava sempre na mesma direção à procura de proteção ou de abrigo. Às vezes, à procura de outra ave que pudesse fazê-lo feliz novamente, embora nunca tivesse a encontrado.
Ele voava sozinho, vivia sozinho e toda vez que a sua existência era negligenciada pelos canários mais bonitos de todo nicho, um buraco enorme em seu peito abria-se e ele sangrava, mas essa dor não era física, era da alma.
Enquanto isso - no outro lado do nicho - morava o canário. Uma das mais belas aves que existiam. Toda vez que cantava era como se deuses estivessem dançando nos céus, o corvo amava vê-lo cantando, o corvo amava vê-lo voando. Era a ave mais apaixonante de todas e, assim como o corvo, também tinha muitas cicatrizes
e tais cicatrizes sagravam toda vez que arrancavam a casca de ferida.
O corvo dizia a si mesmo “tenho band-aids a oferecer” mas sabia que eles não iriam cicatrizar a alma do canário que também estava ferida.
Então, partindo de um pensamento errôneo, resolveu ajudá-lo, ele amava tanto o canário que não poderia mais encontrá-lo naquele estado. Resolveu ajudar, mas de forma errada, então tudo o que ele fez foi jogar sal na ferida.
O corvo perdeu o canário.

Inserida por MarianaMarkes14

Anna e o Corvo

Quando o corvo pousou no caibro do quarto de Anna
Chovia uma chuva fina, o ar estava parado e denso
Em seus pensamentos não havia nada. Alma vazia
de qualquer sentimento;debilidade e alheamento...

Entreabriu os olhos, cerrou seus longos cílios negros
e fitou o olhar vermelho da criatura... Insondável!
Mas de certa forma, ela sentiu que o bicho sabia dela
Que podia ver além... Prescrutar seu ser desolado,cético.

Silenciosa, mas sem temor algum, Anna se moveu
Andou pelo quarto,tropegamente, porém sem temor algum
Nada havia naquela ave espantosa que a afugentasse
De certa forma, o universo de ambos se confundiram...

A escuridão da alma de Anna e da ave se substanciaram
Nada havia para ser dito, entendido ou explicado...Enfim,
ambos eram seres da escuridão... Mortos de calor ou amor!
Ela continuou a mesma; mas o corvo não partiu, nunca mais.

Inserida por ElisaFlor1973

⁠Na sombra do ébano, o corvo negro pousou,
Seu coração aflito, pelo vermelho se encantou.
Sonhou dedicar-se, amparar com ardor,
Mas no passado vermelho, feridas eram a flor.

Alado de carmim, o pássaro vermelho voava,
Um passado de dores, em seu peito pesava.
O negro ofertou amor, prometeu proteger,
Mas o vermelho, em sua dor, não podia entender.

O negro, tão leal, quis curar cada mágoa,
Mas o vermelho, ferido, não podia abrir a alcofa.
O amor era fardo, pesado demais a suportar,
E assim, triste e solitário, o negro o viu partir e vagar.

O ébano viu o vermelho alçar voo distante,
Seu coração sangrou, dor insuportável e constante.
Nas asas da saudade, o vento os separou,
O negro ficou, sozinho e abandonado, dilacerado.

E no ar, o lamento do ébano ressoou,
História de amor e dor, na escuridão ecoou.
Duas almas que anseiam, mas não podem se entrelaçar,
O negro, ferido, assiste o vermelho partir, seu coração a sangrar.

Inserida por azaelandrean

⁠AMIZADES TIPO CORVO OU COLIBRÍ?

O ser humano é especialista em julgar pelas aparências. Fazemos isso com as coisas e também com as pessoas. Às vezes olhamos para nosso semelhante e concluímos que aquela amizade é improvável ou, que seria uma amizade extraordinária. Seja porque aquela pessoa inicialmente não nos causou fascínio ou porque nos fascinou demais com a sua “plumagem sedutora”. A verdade é que podemos ser facilmente levados a cometer erros se nos firmarmos apenas na primeira impressão ou no que ouvimos falar a respeito destas pessoas.
No mundo do Marketing imagem é tudo, mas nas relações não precisamos disso. As relações não sobrevivem de belas imagens. Para nos certificarmos se uma parceria dará certo ou não, é preciso vivenciá-la, a menos, é óbvio, que tenhamos motivos comprovadamente legítimos para agirmos de modo contrário.
Vejamos por exemplo, estas duas criaturas do reino animal: (1) O corvo, ele está entre as aves que menos causa fascínio em nós, a começar por sua aparência. Sua fama, então, nem se fala, desde a antiguidade essa ave é associada á morte. Porém, a maior parte de tudo o que sabemos a respeito do corvo trata-se de mito, apesar de seus hábitos necrófagos e sua plumagem negra. Uma das verdades mais legais sobre os corvos é a sua capacidade de sentir empatia. Os corvos são ainda, monogâmicos, ótimos pais e bem inteligentes, além de brincalhões; (2) O colibri, ou beija-flor, não há como não se encantar logo de cara por eles, não somente pela beleza, mas também por seu desempenho no ar, capaz de prender a atenção de qualquer expectador. Os machos possuem uma plumagem mais vistosa e chamativa, para atrair parceiras para a reprodução. Eles são solitários, só ficam juntos para o acasalamento, pois acabam brigando muito. O cuidado parental é exclusivo das fêmeas. São elas que constroem o ninho, encubam os ovos e alimentam os filhotes sem ajuda dos machos, o que mostra o quanto são egoístas. Tão belos, tão atraentes, mas tão voltados para si mesmos.
Na vida lidamos com isso, com pessoas que tem fama de “corvos”. Não nos atrai nem pela sua aparência nem pela sua fama, mas quando nos aproximamos para conhecer melhor, nos surpreendemos com suas reais características e como a relação com elas nos acrescenta coisas boas.
É bem verdade que as pessoas “colibris” também existem e muito nos confunde, a princípio nos seduz com sua beleza e habilidades. Mas com o tempo podem se revelar egoístas e voltados para seu próprio mundo Seu desempenho para conosco vai depender mais de nossa admiração para com elas; Do quanto a aplaudimos do que da lealdade e amizade.
Saber lidar com esse último grupo de relações é um desafio contínuo para muitas pessoas , especialmente as mais empáticas e sensíveis.
Há outros que preferem desistir, por acharem que é a maneira mais fácil , afinal ter um convívio com tais pessoas é muito desgastante.
Mas, uma pessoa empática, sua sensibilidade não lhe permite abrir mão de seu semelhante, mesmo que estas sejam relações improváveis para a maioria das pessoas. E se a admiração falhar e for preciso recomeçar, ela o fará, quantas vezes forem necessárias. Obviamente que nem tudo depende apenas dela. Muitas vezes a empática até consegue abrir mão de seu bem estar, mas a outra pessoa não, neste caso, são elas que desistem, evidenciando a fragilidade da relação, o tipo que desaparece em fração de segundos. Como bem escreveu Zigmunt Bauman: “As relações escorrem entre os dedos”, mencionando o fato de que estas, estão cada vez mais superficiais.
Mas uma lição podemos tirar para nossa vida a respeito desse tipo de amizade: “se não nos respeita, se não nos ama pelo que somos se não é recíproco, então, não devemos insistir, "sermos respeitadas como pessoas é melhor que receber flores”.
Nenhum ser humano dá conta de viver de imagens, nenhuma relação sobrevive de aparências, nem mesmo no mundo virtual. Que sejam poucas, que sejam até mesmo improváveis, mas que sejam verdadeiras.

Inserida por nina_fey

Eu aprendi com águias a voar, pois além da sensação agradável, também aprendi que corvo nenhum chega perto aqui nas alturas.
Daqui de cima vejo o desespero deles em
Tentar me alcançar sem sucesso.
Eu daqui só consigo sorrir deles.

Inserida por YollaMarca

Antes, as pessoas acreditavam que quando alguém morre, um corvo leva sua alma para a terra dos mortos. Mas, às vezes, acontece algo tão ruim que a alma carrega uma tristeza terrível e não consegue descansar. Às vezes, só às vezes, o corvo pode trazer essa alma de volta para corrigir o que está errado.

Inserida por pensador

O corvo saiu da arca e não voltou. A pomba voltou. A natureza da ave revela suas preferências.

Inserida por Achologia

Perguntaram: o que é arte contemporânea? Responderam: É um corvo acreditando que quando grasna tem o mesmo efeito de um canário quando chilreia

Inserida por oriebirsocram

Se queres voar como uma borboleta, não bata as asas como um corvo!!

Inserida por ILZA29

⁠O mundo é cheio de árvores secas onde nem um corvo ousa pousar... O mundo é cheio de pessoas agredidas, com marcas no corpo, o mundo é repletos de ninguéns.

Inserida por GraceKaller

Quero ser que nem o corvo,quero gritar e chamar atenção pela manhã com meu bando,quero mostrar a todos que posso sobreviver por mim mesmo.Não quero ser uma águia,n quero ter uma vida para viver na solidão e se abandonada por quem criei,n quero ser venerado só por causa da minha raridade,n quero passar,ser olhado e depois ser guardado só como uma lembrança de algo vago.

Inserida por rillary_gontijo

⁠"Deus usou um pombo, um corvo, uma jumenta, e hoje é capaz de dá credibilidade a um cachorro, pois o homem está contaminado com a corrupção da identidade do próprio caráter."
Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

⁠ Eu sou o pássaro negro dos contos, e como um corvo sou esquecido por todos, vivencio o silencio anoitecer, e cada vão momento, eu planeio nas belas nuvens do céu escuro, desenhando a lua em um ato de reverência. Dedicado, astuto e perigoso para todos que se aproximam-se sem conhecer, mas perigoso para os que me conhecem, vivo nos lugares aonde os mortos repousam, sou à mensagem dos ventos, e os olhos dos inimigos, e apenas os escolhidos darei o meu conhecimento, Se resistir ao meu encanto.

Inserida por fabriccio_lanzi

"HAIKAI 25"... "CORVO"

"Imagem de corvo
No galho seco da árvore
Lua iluminando"

O corvo é um passarinho que se perdeu por dentro.⁠

Inserida por eusdemim


O VELHO CORVO

Anda um velho corvo
Murmúrio do reflexo
De algo que desconheço
Na escuridão, coisa sem nexo
Frutos podres envenenados
Que não sendo parecem
Corpos mal formados
Para repousar no destino
Mas que logo esqueço
No especular anseio ao precipício
Pelo que perplexo a sete palmos
Tudo isso que não reconheço
Como se a vida fosse um anexo
De uma existência que não mereço
Que não conheço, desconheço suplicando
Nas árvores que sangram agonizando
Na mente de cada um
Que avistam o velho corvo.

Inserida por Sentimentos-Poeticos