Contos de Fábulas

Cerca de 288 frases e pensamentos: Contos de Fábulas

Carta à paixão

Quando olho para ti com os olhos não mais apaixonados, vejo a mesma pessoa, com as mesmas roupas, com os mesmos costumes... Até aquele antigo perfume, único, que me aguçava o olfato, tornou-se comum. Sua voz, seu jeito de me tocar era tão únicos que naquele exato momento tudo se estagnava, tudo centralizava, tudo reiniciava! Cadê aquele momento? Foi-se! Deixou saudade! Não saudade de você, mas daqueles sinceros sentimentos que me faziam perceber o quanto sou capaz de amar alguém. Eu te amei! Talvez um amor maior que você, maior que a mim, maior que o tempo, maior que meu orgulho, maior que seu medo de deixar-se amar. Não há arrependimentos, não há raiva, e também não há mais aquela fervorosa paixão. Ainda te amo! Pode ser que o ame por toda vida! Só não quero apossa-me de ti! Isso é a liberdade! Dou-te a liberdade! A liberdade também é um ato de amor! A paixão é perspicaz. Com ela, ficamos espertos, qualquer instante é favorável para estar perto da pessoa amada. Aguardamos ocasiões com a paciência de quem um dia conquistará o maior troféu: sua presença. Não há necessidade de te tocar para perceber que o beijava com meu olhar. Você notava! Sei que notava! Não conseguimos deixar escapar um olhar apaixonado da pessoa enamorada. Tentei esconder de todos, ninguém percebeu! Mas você sim! Guardei esse amor, assim como guardei os antigos amores e aguardarei os futuros. Sou uma pessoa amante e itinerante! Não sei se amaria somente uma pessoa, no entanto, eu te amei!

Inserida por ThatySousa

Quero um amor que me alucine. Que me faça sonhar acordada. Que me tire o sono. O fôlego. A razão.
Quero um amor que me encante. Que colha flores do caminho para me encontrar. E que em cada flor, encontre um motivo para pensar em mim.
Quero um amor que queira saber o que eu penso. Sobre a vida. Sobre o tempo. Sobre tudo. E, sobretudo, que queira saber tudo sobre mim.
Quero um amor que se preocupe em ler o que eu ando escrevendo, porque isso é o reflexo do que eu ando pensando. E que se esforce para entender o que eu digo, mesmo que eu dificulte o caminho e o salpique de códigos.
Quero um amor que escreva epopeias sobre mim. Que seja criativo e sensível o bastante para encontrar em mim inspiração para escrevê-las.
Quero um amor que se importe com o que eu valorizo e que busque crescer aos meus olhos só para eu me apaixonar uma vez mais.
Quero um amor que se apaixone por mim uma vez mais a cada segundo. E que encerre uma briga com um beijo de surpresa, simplesmente por não conseguir se conter.
Quero um amor que tenha um jeito especial de se referir a mim. Um jeito que nunca caberá para nenhuma outra pessoa no mundo.
Quero um amor que me acorde com café na cama vez e outra. Que me faça dormir no colo vez e outra. Que me desperte no meio da noite vez e outra por não conseguir esperar até o outro dia.
Quero um amor que me desenhe numa folha de caderno. Que me pinte numa tela. Que me rabisque umas palavras sacanas num guardanapo. Que me dedique uma música. Que me faça uma canção.
Quero um amor que encontre sempre uma nova razão para olhar para mim. Que continue me lançando os mesmos olhares de admiração dos primeiros encontros toda vez que eu chego. Que me beije com a mesma intensidade do primeiro.
Quero um amor que leia os meus livros favoritos, assista aos filmes que eu mais gosto, conheça a minha família e os meus melhores amigos, se envolva nos assuntos que eu domino, numa tentativa de desvendar a minha mente.
Quero um amor que busque se conectar comigo para além das leis da física. Que busque me conhecer como ninguém conheceu. Que busque me entender como ninguém entendeu. Que busque me possuir como ninguém possuiu, sem jamais me prender.
Quero um amor que me mostre um novo mundo. Que me ensine. Que amplie os meus horizontes. Que me estimule. Que alce comigo um voo ao inimaginável.
Quero um amor que me deixe recados. Que me traga um bombom. Que encontre maneiras de demonstrar que andou pensando em mim na minha ausência. Que encontre maneiras inusitadas de dizer “eu te amo”.
Peço demais sim. Sei que peço. Mas se essa é única vida que eu vou viver, eu não tenho porque me contentar com menos do que um romance de conto de fadas quando decidir viver um.

Inserida por Anninhavargas

PRIMAVERA DE SONHOS

O perfume de jasmim exala pelo quarto, uma leve lufada passeia pelo seu corpo,a lua cheia brilha encantando os apaixonados.
Evelyn não sabe como acontecera,mas a angustia ainda toma conta de si,em seus olhos as marcas das lágrimas,a maquiagem a qual usara para ele,agora são marcas de dor em sua face.
Não conseguira dormir,apenas ficara noite toda olhando a foto que tiraram juntos,lembrando cada segundo,cada sorriso,lembrando as belas poesias recitadas naquela tarde de primavera,dizia que o amor era eterno,que nunca iriam se separar...mas o destino interrompera suas promessas,seu planos.
Ele se foi,subiu aos céus,como um anjo de asas perfumadas,levando consigo a poesia de um sorriso que tivera antes ...hoje completam-se dois anos após sua morte,dois anos em que as primaveras murcharam,as rosas não perfumam como antes,os pássaros não cantam de alegria,a cachoeira esta vazia e o seu sorriso,hoje mais parece um soluço.

ELe se foi e no seu lugar, ficara apenas as lembranças d'uma "PRIMAVERA DE SONHOS''

Inserida por GABRIELSOUZAPOETA

Um faz de conta que nada conta...
Nosso erro começa na infância, ah criança se tu soubesses!
Se tu pudesses ter uma amostra grátis aqui de fora, pediria ao Papai do Céu que nunca lhe deixasse crescer.
Aqui fora nada é tão bonito assim, na verdade chega até assustar.
Não é o país da Alice, nem tão pouco o mundo de Branca,
Aqui você percebe que nem toda dor se cura com Band-Aid, nem todo beijinho sara e quando casa não passa.
É criança, o mundo adulto é assombroso. Aqui você entende que mais dolorido que a palmadinha da Mamãe, é a agressão das palavras.
E que divertido mesmo é apenas a disputa pelo brinquedo mais novo.
Olhe pra cima pequena, veja, a crueldade das pessoas é do tamanho de tua inocência.
Se pudesses espiar aqui, tu não acreditarias, os adultos tem a audácia de transformar a pureza do sorriso em algo sarcástico, usar para machucar.
No mundo adulto minha criança, os monstros não moram mais embaixo das camas, eles se mudaram pra dentro de muita gente.
Sabe aquele tapinha nas costas pra desengasgar? Aqui é sinônimo de traição. Nem todo mundo que se aproxima é pra te ajudar.
Uma vez que aqui não tem atrás de guarda-roupa pra se esconder, colo da mamãe para chorar, quintal para correr, inocência para brincar. Aconselho-te minha criança, fique por ai por muito tempo, não tente adiantar e quando não houver mais tempo, peça a Deus sabedoria pra lidar como esse mundo tão diferente, que está acostumada a pintar.

Inserida por tabatac

Eduardo,

De todas as cartas que eu já te escrevi, creio que não foram poucas, essa foi a que eu mais sentira dificuldades. Escassas, pequenas e de pouca relevância são as palavras nesse momento, nem mesmo aquelas mais sublimes encontradas nos mais lindos e emocionantes romances fizeram alguma diferença. Aqui, além de dizer-te os efeitos da sua pessoa sobre a minha, tento descrever a mágica sensação que existe entre nós.
Palavras me fugiram. Tão poucos são os vocábulos. Vi-me angustiado a procura de termos que pudessem exprimir o amor. Separei uma lista enorme contendo os mais belos adjetivos encontrados na nossa língua, tão pequenos e insignificantes perante o sentimento que você fizera surgir.
Pensei em dizer tudo isso em um carro de som, para que todos pudessem ouvir, porém existem empecilhos no pensamento de muitos e eles jamais entenderiam a nossa intensa ligação. Não foi por covardia, nem mesmo vergonha de declarar-me a ti. A possibilidade de algum indivíduo te machucar, te espancar ou até mesmo matar-te ao descobrir e ver quão imenso é esse sentimento que possuímos um para com o outro, me fez desistir de imediato. Se virássemos o mundo de cabeça para baixo para explicar o nosso amor, ainda assim existiriam muitos que jamais entenderiam. Talvez por serem leigos, por não raciocinarem ou nunca terem de fato sentido o amor.
Longe de coisas como: você é o ar que respiro, meu amor é do tamanho do universo ou eu te amo do fundo do meu coração. Você não é o meu oxigênio, nem tampouco uma barreira que me impede de respirar corretamente. A única ligação que vejo de você com a minha respiração é o modo lento e profundo que a executo quando passo fortes emoções que envolvam você, sejam elas boas ou ruins. Meu amor não é do tamanho do universo, sei que ele faz parte deste gigantesco, todavia não encontro possibilidades de medi-lo. Por mais que meu coração salte assustadoramente quando estou ao seu lado ou quando ele escuta qualquer coisa relacionada a você, não te amo do fundo dele e sei que não foi lá que o amor surgira. Quem mais vibra e sente sua falta no interior de mim é a minha alma, e sei que é ela a principal parte minha responsável pelo nosso vínculo, ela se vivifica quando sente a sua presença.
Inexplicáveis são os efeitos que o seu corpo causa ao meu. Seu toque espalha uma enorme energia que se expande por toda a extensão da minha pele. Meu coração salta feito um prisioneiro desesperado em busca de liberdade e minha alma sente-se confortada como um filho que volta a sua casa após uma grande jornada.
Eu te amo não seria o termo adequado para expressar todo o meu amor por você. O que sinto por ti está muito além de uma frase, três palavras, sete letras e das definições chulas que muitos deram ao amor.

Do homem que não escolheu te amar, mas que escolheu ser seu por inteiro:
Alex

Inserida por dhiefersonlopes

Já fazia algum tempo que ele a observava de longe, seu jeito, seus modos, tudo nela o agradava perfeitamente e ele sentia a sua retribuição, mesmo que discreta. Decidiu naquele dia que revelaria seu sentimento pra ela, descobriu onde ela morava, e durante a tarde preparou-se com zelo, passou um excelente perfume e desceu a floricultura, comprou as flores que mais achou parecida com ela, ele estava ansioso, mas não tinha dúvida. Havia orado e pedido a Deus guiasse sua decisão por longos dias e cá estava ele.
Tocou a campanhia e esperou que ela abrisse a porta, foram os 5 segundos mais longos de sua vida.
“Agora Deus me dê forças” - sussurrou ele, quando ouviu a doce voz dela dizendo: “Pois não?” Ele meio que trêmulo parou um segundo e disse: “- Bem, já faz algum tempo que venho te observando, eu havia guardado meu coração, para uma moça que pudesse merecê-lo de verdade, eu bem… não sei como dizer… bem… acho que essa moça é você.” Ele entregou as flores nas mãos dela, e a viu baixar a cabeça e não pronunciar nenhuma palavra.
Por um momento ele sentiu raiva de si mesmo, como fora tolo! Fazer tudo aquilo, vir a casa dela e dizer que lhe dava seu coração? e agora ela nem o tratara com um mínimo de dignidade, podia dizer apenas que não tinha interesse nele, e ele iria embora, mas fazê-lo de palhaço, isso não!
Ele deu um passo para traz o suficiente para ver ela levantar o rosto e perceber que uma lágrima escorria dos seus olhos. Ela correu ao seu encontro, o abraçou e disse:
“- Eu fiz uma oração e pedi a Deus que se você fosse dEle pra mim, que você viesse até aqui na minha casa com as minhas flores preferidas, rosas brancas, e aqui está você, hoje, com rosas brancas!

Inserida por bellitta

Doce Novembro

"Não importa a ocasião, ou a estação do ano... Também não importa quantos anos você tem, qual é seu o manequim ou sua estatura... Tudo isso é relevante... Um dia simplesmente acontecerá e pronto! Será de repente. Te virará pelo avesso. Nada mais será como antes. O mundo, as pessoas, você estará diferente. E não há nada que possa fazer para impedir que o amor floresça sua vida e torne seu mundo uma aquarela. Será inútil fugir! Mas se puder escolher, torça para que aconteça na primavera, em novembro... Renata não escolheu, tudo aconteceu em novembro... Um recomeço. Uma nova chance de amar e ser amada... Uma linda história de paixão e amor... Ah, a paixão sempre vem antes(rs)"

Sinopse do Conto Doce Novembro

Inserida por AlessandraBenete

Poema

Certa vez eu estava sobre o topo de uma montanha. Dali podia ver tudo ao meu redor. Fiquei ali admirante e entristecida, vendo sua beleza e destruição! Suas riquezas e pobrezas! Suas alegrias e tristezas! Homens cantando, homens chorando! Crianças nascendo, crianças morrendo! Velhos amparados e velhos abandonados! Enfim, tudo o que há em nossa terra amada. Um homem ali ao meu lado que também observava tudo perguntou-me:
— O que vê?
— Um mundo tão desigual que beleza não tem igual. Seus verdes e montanhas, seus coloridos me fazem delirar, mas, a desigualdade me faz chorar.
— O que pensa sobre isso? — perguntou-me novamente o homem.
— Não sei! Daqui de cima nada posso fazer pelas crianças que choram e pelos homens que não tem o que colher!
— Então, fique com isso e jogue até eles! — pediu o homem, me entregando uma âmbula cheia de grãos, e antes que eu fizesse uma pergunta ele desapareceu. Então, olhei ao redor, e dali do alto eu fui jogando os grãos, e as pessoas, cada qual foi pegando um. De repente percebi que os grãos havia se acabado e chorei, porque muitas pessoas não tinham pegado e nem para mim havia sobrado um. De repente me transformei em um pé de milho, e, algumas pessoas que sobraram se tornaram animais e começaram subir a montanha para me devorar, mas não conseguiram chegar até mim, porque, fracos, morreram pelo caminho. E a esperança novamente em mim nasceu, porque pude florir, e, espigas de milhos brotaram em meu caule, e, aos poucos fui me espalhando e descendo pela montanha, onde até hoje, sou alimento e esperança de muitos.
Assinado: Um grão de milho.

Inserida por fatimafriozi

O potencial para o bem e o mal que existe em todos nós é bem expresso uma antiga "história" zen-budista.
Um samurai turbulento e arrogante desafiou um mestre zen a explicar a diferença entre o bem e o mal. O mestre respondeu, com evidente repulsa:
-Não perderei meu tempo com uma escória como você.
O samurai teve uma acesso de raiva, desembainhou sua enorme espada e gritou:
-Cortarei sua cabeça pelo insulto!
Calmamente o mestre zen declarou:
Isso é mal.
O samurai acalmou-se, compreendendo a sabedoria do que dissera o mestre.
Obrigado por sua percepção,meu bom mestre - murmurou o samurai, humilde.
Ao que o mestre zen arrematou:
- É isso é o bem.

Inserida por IranAndrade

A alma encontra uma parte de si mesma,
em um amor do a alma foi esculpida,
no começo dos tempos todos era um só,
ate um dia a flor se partir por sonho,
no qual foi o primeiro desejo,
nesse desejo um anjo dividiu sua alma,
procurando o prazer mais intenso,
seu corpo era carne e o prazer foi...
profundo tão fundo que tempo parou...
todos tiveram mesma ideia,
ate que templo fica se vazio,
as almas tornaram se solitárias,
no vaco da esperança a unica...
virtude seria a busca do pedaço perdido,
deram lhe o nome de amor...
pois a busca seria profunda em cada ser,
mostrando que a eternidade...
é pequena diante do amor.
por celso roberto nadilo

Inserida por celsonadilo

O gato rajado e a mulher de cabelos dourados

Ela tinha os cabelos dourados e longos mais lindos que eu já havia visto em toda minha vida, seus olhos eram castanho-escuros. Seu rosto era meio arredondado e seus cabelos traziam certa paz. Uma espécie de segurança e quietude. Algo que realmente me confortava e só que as pessoas que estivessem em paz conseguissem sentir. Seus olhos, pelo contrário, demonstravam tristeza e solitude. Seu rosto era bastante fofo. Katharine era o seu nome. Soltou um suspiro com ar de tristeza. Passou a me olhar sem dizer sequer uma palavra. Depois perguntou como eu estava.
- Você está bem?
- Estou com você Katharine – disse a ela – então estou mais do que bem.
Bem, isso era um incomum uma vez que nossos diálogos eram ricos em risadas e não apenas sobre “- Você está bem?”
Abriu a bolsa, removeu uma pequena fotografia e tirou algumas notas fiscais e as colocou sobre a cama. Tinham aproximadamente dez ou vinte notas fiscais, todas esparramadas ali em cima.
Ela voltou a se sentar.
- Você se lembra destas fotos? – disse ela – são as nossas primeiras fotografias juntos. Olha como sorriamos e olha só como a câmera capturou bem seu sorriso doce enquanto eu te falava a raças de gatos.
Ela continuava a segurar a foto em suas mãos já tremulas e suadas. O que você quer dizer com isso Katharine? Perguntei.
E ela inclinou-se com a cabeça diante a cabeceira da cama e começou a soltar pequeninos soluços. Como se as lágrimas quisessem fluir. – Você me ama – perguntou Katharine – o quanto você me ama? – Muito – respondi – eu te amo muito.
Ela passou então a chorar, ela me agarrou e começou a limpar suas lágrimas em minha camisa.
- Kevin – disse ela – eu quero terminar o namoro.
- Por quais motivos? – Perguntei.
Tivemos então ininterruptos minutos de tristeza e dor. Olhares imaculados e sem sentido. As vezes tais minutos em silêncio, nos trazem tamanha dor, angústia que nem sequer nos esforçamos para ver, mas por outras vezes é bom – digo – eles nos ensinam a ouvir, aprender e analisar o que está por vir.
- Não damos mais certo – disse ela se levantando – pode me abraçar pela última vez?
E então me levantei e em prantos fui em sua direção, Katharine que agora guardava as coisas de volta na bolsa, dobrava a foto e colocava entre meus travesseiros. Puxei-a então pelos braços e num movimento brusco ela se virou. Beijei-a.
Eu te amo – disse a ela – meu coração sempre estará de portas abertas a você. O meu braço era longo e apertado e acabei por soltá-la.
- Perdão – disse ela – mais não damos mais certo. Você é meio louco.
- O que eu fiz? – Perguntei.
- Eu não quero falar sobre isso – respondeu – mais seu amor é obsessivo. Não quero mais viver esse triangulo amoroso entre euforias, alegrias e tristezas e com você eu já senti dores demais.
- Egoísta - respondi – e meus sentimentos e o tempo de nada valem?
Virou-se num brusco movimento e saltou para a porta do quarto, passou pela sala e correu até seu carro.
- EGOÍSTA – gritei novamente – EGOÍSTA!
- Kevin – disse ela – você esta me matando verbalmente há cinco meses. Você é obsessivo. Você não entende? Seu amor. Seu amor mata.
- Cinco minutos – disse a ela – se você me ama espere.
Katharine desligou o carro e me esperou. Saltei sobre o portão em longos passos, passei correndo pela sala e fui direto ao meu quarto, abri a última gaveta e tirei um revólver e uma bala. Voltei ao carro.
- Aqui está – gritei – aqui está, atira em mim, atira. Se você se for eu me mato. Atire!
Katharine passou a chorar mais uma vez, deu partida e eu joguei a arma sobre sua janela. Ela se foi. Não houve vestígios de volta. Voltei pela sala e fui até a cozinha, abri uma garrafa de vinho de cinco litros e comecei a beber. Já bêbado dei um salto pro meu carro e saí. Cheguei a casa de Katharine.
- SAIA JÁ – gritei – EU VOU ME MATAR. ESTOU MORRENDO, ME AJUDE.
Katharine abriu as portas e entrei. Sentei-me no sofá e passei a chorar e vomitar líquido vermelho. Era o vinho descendo.
- Espere. – Disse ela.
Esperei. Katharine voltou com o meu revólver engatilhado, apontou-o sobre mim.
- Ah Deus. – Disse a ela.
Ela se sentou tirando o revólver que estivera apontando em mim e o apontou sobre suas têmporas e se foi. O amor se foi e há tantas maneiras das coisas saírem erradas.

Inserida por Kevinrs

Um Conto bobo.

Era uma vez em um reino
Confundido entre eterno e para sempre
Onde no reino há um bobo
Que diz o que pensa
E não pensa o que sente.

No reino não havia só bobo
Havia o rico
Chamado Eurico
E havia o herói
Chamado Leroy
E havia Anciã
Irmã de Jean
Mas entre toda população
Aquele bobo
Era o de melhor coração.

Como era certo e certamente todos sabem
Eis que o reino um incerto dia os males invadem
O reino distante confundido
Entre eterno e para sempre
Estava agora ameaçado e perdido

Entre toda confusão e os gritos da nação
Havia o rico
Eufórico e aflito
Corria e chorava Eurico
Gritavam ao herói:
“-Pega a espada e destrói!”
Este grande dragão
Mas nosso grande Leroy
Era frouxo que dói
E correu em outra direção
Então disse Anciã
Irmã de Jean
Que herói fanfarrão!

Dentre a correria e as chamas
Um rosto ao alto da torre nos chama
E vamos então apresenta-la:
Loura, linda, Kiara.
Seu rosto era tão belo
Mas agora esta chorava
Ao ver a chama brava
Temendo o destino de seu povo
Na torre do enorme castelo

E o bobo com suas bobagens
Escondido entre suas miragens
Tinha como plano planejar
Sem fraquejar uma idealização
Uma certa forma de lutar contra o dragão
Ou se possível contar-lhe uma piada
Para que o coração da fera parasse
Com sua forte gargalhada
Ou que ao menos se engasgasse
E caísse desmaiada.

Com suas piadas na cabeça
E seu coração na mão
Foi o bobo muito aflito
Ao encontro do dragão
Todo o reino escondido
Assistindo àquele conflito
Que parecia ser uma explosão

Eis que o bobo começa a falar
E o dragão a fogo soltar
O bobo correndo a esquivar
Engole o medo
Segura o choro
E decide ganhar

O bobo entra em uma casa
E o dragão o persegue cuspindo brasa
O bobo se esconde com um garfo de metal
O dragão o vê e cospe uma bola de fogo fatal
O bobo muito bobo se esconde atrás da parede
Mas o garfo fica em brasa em sua mão
Sem pensar em sim ou não
O bobo corre e espeta o nariz do dragão.

Choramingando foi embora o dragão
Muito contente ficou toda a nação
Aliviado por estar vivo sem um borrão
O bobo chora e ri de emoção
Porque não há má condição
Quando existe um bom coração

E o bobo agora herói
Riu da cara de Leroy
E a Anciã
Oferecendo um cesto de maçã
Com toda convicção
Gritou:
-Diga seu nome herói!
E o bobo disse:
-Meu nome não é bobo
E agora quero que berre
Para toda essa gente do reino
Que meu nome é Pierre!
E seu nome todo o reino gritara
E sorriu para Pierre, Kiara.

Inserida por Iuledomingues

O gato

Um casal vivia em plena alegria, paz e harmonia. Eram recém casados, e faziam planos em construir uma família bem grande. Adotaram um gatinho que o homem encontrou abandonado. O bichano, compadecido pelo aconchego amor e carinho, passou a seguir os passos do acolhedor. Onde estava o homem, lá estava o gatinho, trançando em meio as suas pernas, todos os momentos. Chegado um dia, o homem teve que fazer uma viagem, despediu-se de sua amada esposa e adorado gatinho. Quando retornou, a esposa o recebeu com o mesmo amor... E o gato? O gato desapareceu horas depois que você seguiu viagem. — explicou a mulher. Horas mais tarde, o gato se colocou aos pés do seu dono, estava magro, desnutrido e faminto. A mulher também recebeu o animal com alegria, e fez questão dela mesma cuidar do animal que, em pouco tempo estava novamente recuperado. O homem então saiu em outra viagem, deixando a esposa e o gato. Quando retornou, tempo depois, encontrou a mesma situação. O gato outra vez havia desaparecido, e assim que ressurgiu, a mulher se colocou outra vez a cuidar do animalzinho. O homem, indignado, pela segunda vez, em ver os maus tratos que o bichinho viveu, começou uma longa discussão. Mulher ingrata, mentirosa, falsa, e tudo mais ela ouviu, mesmo procurando se defender pelo desaparecimento do bichinho. O lar não era mais o mesmo. Mal conversavam, mal se entendiam, e o gato era a razão de sempre começar um novo desentendimento. A paz já não mais reinava e o amor estava em segundo plano. Uma nova viagem surgiu. O homem antes de seguir o seu destino, colocou o gato nos braços da esposa.
— Quero que cuide do animal como se fosse nosso filho! — disse ele. — Não maltrate, não deixe passar sede e fome. Quando eu retornar, se encontrá-lo magro, desnutrido como já aconteceu por duas vezes, será o fim do nosso casamento. — e saiu sem mesmo dizer até logo. Quando retornou, não encontrou a esposa esperando por ele. Procurou com visinhos, parentes, e ninguém lhe deu notícias. Amargurado, desapontado com a mulher que tanto amava, chorou desiludido. E o gato? Lembrou-se ele do animal e o avistou vindo pela estrada, caminhando vagarosamente, se colocando aos seus pés, e vindo no mesmo caminho, a esposa seguindo o rastro do animal. Ele correu ao encontro dela, o abraçou com alegria:
— Mulher o que aconteceu? Onde estava? Porque saiu assim?
A esposa, desnutrida, faminta apenas respondeu:
— Da próxima vez que sair de viagem, leve o gatinho com você, assim vai poupar o bichinho de andar tanto, seguindo os seus rastros.

Moral da história — Para manter a paz, o amor e a felicidade tão desejada, muitas vezes o sacrifício vale a pena.

Inserida por fatimafriozi

Depressão

Certa vez, sonhei que o mundo chegava ao fim. A terra não produzia nem mesmo água. A comida era raízes secas e ás vezes um lagarto que se encontrava escondido entre as rochas. Um animal sobrevivente como nós, talvez apenas para servir de alimento, mas, cada dia era mais raro encontrar um. O povo andava de um lado para outro sem rumo, sem ânimo, sem opções. O nosso grupo era grande, éramos todos da mesma família. Meu pai era o chefe de todos nós e não desistia como muitos chefes de outros grupos que se davam por perdidos, se entregando à depressão, e logo morriam da praga que dominava a alma até devorar todo o corpo, caindo em um canto no chão ficando ali até a morte. Os mais velhos do nosso grupo também começaram a ficar doentes. As crianças buscavam esperança no sorriso meio apagado de meu pai que pedia para não perdemos a esperança. Apareceu ali uma tropa de homens, mulheres e crianças pedindo água.
— Estamos a caminho da terra prometida. Não sabemos quanto tempo ainda devemos cavalgar, e não temos mais água. — disse o chefe do grupo.
Meu pai respondeu:
— Temos pouca água. O poço está quase seco e temos muitos velhos, doentes e crianças.
— Porque não pegamos toda água que você tem e vamos todos para a terra prometida? — falou o chefe do grupo. Meu pai olhou em volta vendo todos do grupo montados a cavalo, me disse:
— Temos poucos animais, não dá para todos.
— Vamos a pé — falei para o meu pai. — Coloca os velhos, os doentes e as mulheres com filhos pequenos nas carroças e o resto seguem a pé.
— Não sabemos quanto tempo ainda resta de caminhada. — falou novamente o chefe do grupo. — Com certeza a pé não chegarão nem à metade do caminho.
— Temos que tentar — respondi muito confiante. — Se lá é um lugar para todos, devemos tentar nem que demore uma eternidade. — Não haverá comida e nem água o suficiente para todos, se demorarmos pelo caminho — falou o chefe. — Devemos cavalgar dia e noite para poupar o que temos.
— Não importa — respondi. — Chegaremos depois de vocês, é só nos dizer o caminho.
Meu pai olhou-me profundamente aos olhos, e falou depois de uma leve pausa.
— Vamos conseguir. Acredito que sim!
Enquanto os doentes eram levados para as carroças, a água restante era tirada do poço enchendo os barris. Penduramos candorras com água nos ombros e partimos atrás das tropas. Aos poucos as pernas foram se cansando e logo perdemos todos de vista, nos restando apenas a indicação do chefe, pois não estávamos nem na metade do caminho. Os pés sangravam deixando junto com os rastros gotas de sangue, mas não desistimos até chegarmos a uma encruzilhada de três partes. Numa havia um portal, na outra não havia rastro dos animais, indicando que haviam seguido por ali, e á frente não teríamos como subir por um grande barranco. Olhei para trás e nada vi que pudesse indicar o caminho certo. Estávamos perdidos! As palavras do chefe voltaram à minha mente “Um portal azul”. Olhei para o que estava ali, era vermelho-escuro como sangue pisado. Achei que o chefe havia confundindo a cor e entramos por ele. Um homem de preto nos recebeu na entrada e pediu que seguíssemos. Enquanto, caminhávamos naquele lugar como se fosse outro mundo, pior que aquele que vivíamos, vi várias pessoas acorrentadas trabalhando como escravos. Pensei em perguntar alguma coisa ao homem, mas ele estava distante já entrando em um galpão, onde entramos também por ele e ficamos ali aguardando como pediu o homem. Ouvi barulhos nas paredes, bem abaixo, quase ao chão, e gavetas se abriram acorrentando todos. Saltei, quando se aproximou de mim e consegui me libertar. Vi todos serem arrastados como animais para outro lugar e obrigados a trabalharem na fundição de ferro debaixo de chicotadas. Corri para fora do galpão até o portal, mas não tive coragem de sair por ele, então voltei, não podia deixar meus companheiros e companheiras naquela situação de escravos. Procurei soltá-los das correntes, foi em vão. Procurei por chaves que pudessem liberta-los, não encontrei. O homem havia desaparecido e por mais que eu procurasse não o encontrava. Vi minha sombra, que parecia dar gargalhadas pelo meu desespero. Levei minhas mãos na garganta com a decisão de tirar a minha própria vida, e, vi minha sobra afastar-se de mim ainda dando gargalhadas de minha aflição. Ouvi gritos de pavor e quase em desmaio consegui correr. Vi minha sombra aproximar-se novamente de mim. Sem pensar saltei agarrando-lhe pelo pescoço e o homem nela apareceu. Era minha alma que naquele momento estava presa em minhas mãos e lutamos por horas pela sobrevivência, até que consegui acertá-la com um golpe jogando-a morta ao chão. Todos foram libertados das correntes e correram em direção ao portal enquanto eu olhava o homem morto no chão. Minha mente dizia ser eu assassina, mas não senti remorso. Olhei para fora não ouvindo mais ninguém e vi o portal azul. Lentamente aproximei-me e entrei por ele, vendo ali meu pai, minha mãe e meus irmãos, mas não consegui aproximar-se deles. Naquele instante fui condenada, jogada em uma cela, prisioneira do crime que cometi. Por vários anos paguei pelo meu crime. Matei minha própria alma que se perdeu na tristeza, angustia e sofrimento do meu próprio corpo.
Que Alívio! Acordei! Era apenas um sonho. E lutei contra meu próprio corpo que não desejava nada a não ser a morte. Venci a “Depressão".

Inserida por fatimafriozi

enquanto vc ta ae,longe,distante...a vida acontece para mim...e digo sim ,sim sim.
Quando não;eh desaponto,um ponto,no meu conto ,um conto que escrevo com muitas virgulas,reticencias...reticencias...interrogaçoes,exclamaçoes!! Esta ultima eh presente no meu presente,estigmas deixados pela sua presença.Saudade eh aperto no peito.e quem aperta?

Inserida por creschroeder

Não era pra ser uma data especial. Sem falar que a palavra "especial" me soa muito clichê, uma palavra bonitinha que todos usam descaradamente pra acobertar o falso sentimento de compaixão e harmonia. E sem falar que naquele dia você estava mais bêbado que frequentador de boteco numa quinta. Você transparecia o vazio, a necessidade de ser feliz saía como odor da sua boca.
Naquele dia senti seu verdadeiro lado, aquele que você escondia. Sentia que tinha textura de carne podre. Você estava apodrecendo, se segurando a um sentido de vida manipulado. Você se enganou, não é assim que as coisas acontecem. Você não é um coitadinho sem meios de sobrevivência mais digno.
Migalhas,
Migalhas de você mesmo
Migalhas de medo inventado
Migalhas
Grito de socorro induzido por um passado que você se recusa a superar.
Não era uma data especial. Acredite. Aquilo foi um golpe da vida que lhe socou o estômago e você preferiu achar que o mesmo arrancou-lhe suas pernas.
Você corre em círculos
Círculos milimetricamente feito por você mesmo,
Desprezível,
Eu sei de seu drama, eu sei quem você é. Eu sei o que você quer.

"...Ah! não acredito! Então vamos comemorar. Mas primeiro dê-me um abraço"

Inserida por writerbook

Você me abraçava forte, bem forte mesmo querendo ter forças suficientes para segurar uma alma que se partia enquanto eu tentava não surtar. Você dizia que o dia seguinte estaria tudo bem do mesmo jeito que alguém não menos importante já dissera há meses atrás. Eu não conseguia sair do transe que meus olhos vidrados na escuridão da madrugada impôs. Sentia que meu espírito se esvaíra para algum lugar. Minha alma se partia e vazava constelações. Mundos que deixei de viver por estender a mão a um mendigo faminto; eu só queria acertar. Não me restara segredos a guardar. Não me restara loucuras a fazer. Não me restou nada além da dor inexplicável por não ter os pés no chão. Por não entender o motivo das estrelas não terem esmagado o mundo com o brilho feroz que destaca um céu que eu um dia toquei e me decepcionei ao sobreviver à queda. Que me julgue egoísta, mas não desejaria tamanhos pensamentos sem respostas a quem já sobrevive a dias difíceis...

Você me abraçava forte e me trouxe de volta quando sussurrou ao meu ouvido “Você foi forte, você ainda é. Eu sei que vai conseguir...”.

Deixe seu coração determinar sua ida.
O mundo é um labirinto semi-conhecido, só vire à direita se quiser.

Inserida por writerbook

Transtorno de domingo


Aos olhos de todos - as vísceras - completamente expostas. Expostas feito quadros, feito instalações contemporâneas nas ruas da periferia. Sacadas ao meio dia na frente de todos, na porta da padaria. E o corpo, sem identidade ou cor revirado às avessas, a revelia de sua vontade. Caído de ponta a cabeça na sarjeta, após tamanha tormenta.

De repente, um grande alvoroço! As sirenes do carro de resgate interrompem o silêncio local - chegam primeiro que a polícia - essa chega instantes depois com todo seu aparato.Mas já é tarde demais!

Todos observam calados, incrédulos com o ocorrido. Ninguém fala nada, ninguém vai embora. E como se ainda esperassem acontecer algo permanecem no local, velando o corpo. O sangue encarnado que escorre do corpo já roxo, segue pela guia da calçada em linha reta, na direção do esgoto.

Já se passam das sete da noite e o corpo permanece ali, no mesmo lugar! Só que agora coberto com uma manta de papelão improvisada, feita de caixas de óleo de soja, doadas pelo dono da padaria. Ninguém parece ter pressa de tirá-lo daquele lugar. Só o dono da padaria se preocupa com o corpo, pois já é hora de baixar as portas, de fechar o comércio e acabar com todo aquele grande transtorno de domingo.

Inserida por JotaW

Ratos de porão invadiram a sala. Estão todos os lados, furam as embalagens com líquidos e comem todo o estoque do queijo. Espalham farelos por todos os lados, chamam a atenção dos outros e o grupo vai crescendo. Estão "refastelados" de tanto comer e beber. Sujaram tudo. Agora, não temos tantas ratoeiras. Os donos da casa não sabem como retomar e é uma correria por todos os lados.

Inserida por jozedegoes

Eu achei que face um conto de fadas más é que confundi meus sentimentos com a verdade!
- Agora meu coração está fazil e só agora eu sei que você não é um conto de fadas e que desejo feito às estrelas...
Não se realizam, como eu pude ser tão cega!
Á sonhos só com você entendi que sonhos são reservados para quando se está dormindo!