Contos de Fábulas
Conto/crônica
No passado não tão distante cometeram-se injustiças
com o "conto" - e incluo também nesse artigo à
"crônica" - Não lhes dando o devido valor. Os tendo
como narrativas inferiores,desprezíveis,...
Na Europa já havia um certo reconhecimento desses
segmentos. Aqui ainda não, pelo contrário. Pouco ou
nada se produzia nesse sentido.
Naturalmente, literatos, escritores de um modo
geral, desmotivados quanto a isso, deixaram de
produzir muitas coisas relevantes, necessárias, na
literatura brasileira. - Optando por outras produções
de naturezas diversas.
O romance era o "queridinho" da época; vivia de
mãos em mãos e de boca em boca, na "crista da
onda" como se dizem.
Até que apareceu um "salvador da pátria" com muita
maestria... Cabedal. O Pelé da literatura. - E quebrou
de uma vez por todas o injusto estigma que se
construíram encima desses dois gêneros literários
fantásticos. - O conto e, consequentemente a crônica: Machado de Assis.
O conto "não contava com prestígio nem tradição
consolidada na literatura brasileira" - antes do aparecimento desse expoente máximo da escrita.
Não há de se duvidar que Machado de Assis atribuiu
por meio daquilo que produziu como escritor,
"densidade artística à narrativa curta". Valorizando
Grandemente os gêneros em questão.
Não se pode achar apenas que essa expressão máxima das letras
de nossa terra Brasil, tenha sido somente o "inventor
do Romance contemporâneo". Tornou-se um tipo de
"Guru" da arte da escrita em todo o mundo.
De tanto esmerar-se no ofício de escrever o "conto"
este escritor brasileiro mostrou ao mundo que ele
(esse gênero) e a crônica não são menos dignos de
atenção. - Do que outras narrativas.
Não é atoa que o nosso "Machado" está entre os cinco
maiores escritores do Planeta Terra.
Se antes dele os gêneros, como os citados, eram
vistos com desprezo após ele muita coisa foram
revistas, e hoje são vistos com bons olhos.
Então podemos parabenizá-lo por essa louvável
contribuição no que tange ao "prestígio atual do
conto na literatura brasileira" e pegando carona nesse reconhecimento à crônica.
Continuemos a nos dedicar em escrever esse (s) gênero (s): "os contos es as crônicas" pois, fazendo assim teremos bastante alegria. - Como teve Diderot. E, quem nos leem também sentirá a mesma sensação prazerosa.
(01.12.18)
FACETAS DO DESTINO
CONTO
À tarde já avistando as casas do lugar e, começando a cair uma chuvinha, João César de Oliveira, que trabalhava na Agência dos Correios local, retornava de uma longa jornada que fazia por aquelas cercanias entregando correspondências, em lombo de animal...
Chegou o burro nas esporas e procurou abrigo na residência de um amigo mais próximo.
- João, sê num sabe da maior!…
- Conta logo cumpade Martiliano, a novidade!...
- Bernadete, sua noiva, fugiu de casa noite passada, com Venceslau, o fio de Seu Juquinha.Escafedeu-se; somente na manhã de hoje é que ficamos sabendo.
- Não fala isso!...Santo Deus!...Bem que eu vi: ela andava muito estranha comigo ultimamente!...
O boêmio João César, que amava entreter-se em serestas e bebidas, com colegas de farra; a partir desse tsunami sentimental, ganhou mais forças no entretenimento e hábito, mas, em alguns momentos, se recolhia em seu silêncio.
Seguia seu destino duvidoso, naquele desvario sem fim, pelas ruas,praças e bares da cidade. Parecia mesmo que o mundo havia desabado sobre si, depois deste drástico acontecimento afetivo que lhe sobreveio.
Mas, “quem tem muitos amigos pode congratular-se”... Não lhe faltaram ombros e bons conselhos; no sentido d’ele se apegar mais a Deus e firmar o pensamento n’Ele; parasse ou diminuisse a bebedeira pois, com certeza se continuasse daquela maneira iria à ruína… Que, arrumasse uma boa moça que o amasse verdadeiramente: assim, não o abandonaria nunca.
“Na multidão de conselheiros há sabedoria”...
De alguma maneira às palavras daqueles ilibados senhores de mais experiência, os guiou mostrando-lhe alguma direção…
João César deu de por assunto naquelas sábias orientações. Precisava como nunca, dar a volta por cima. Iria lutar pelo “leite derramado”. “A vida é para os fortes”... Pensava.
Se a tormenta entristeceu seu caminho, sua força e garra, para vencer os desafios, e, a bonança advindo disso, lhe trouxeram o sol de volta.
Casou-se com D. Júlia. Moça séria e dedicada, de família humilde...Como professora, percorria a pé,consideráveis distâncias de sua casa à escola - ida e volta -, todos os dias, para ensinar “seus meninos” -, como os mestres gostam de chamar os seus pequeninos discentes.
Viviam tão bem que não era de duvidar ter nascido um para o outro. Umas rusguinhas haviam de ter, mas muito raramente. Dessa união tiveram três filhinhos adoráveis: Nonô ( Jescelino) e Naná (Maria da Conceição) e Eufrosina que logo falecera.
Quando do nascimento de Nonô, como não era pra ser diferente, a felicidade transbordou naquele casal... Logo a cidadezinha sabia da novidade em forma de “gente nova”, que alegrava aquele “doce lar”. Pois o orgulhoso papai, João César, vivia anunciando as “boas novas” aos quatro cantos:
“Lá em casa nasceu um ‘Presidente da República’ ”. Seu lindo garoto veio ao mundo saudável. Benza Deus!...O que ninguém sabia era que o orgulho daquela família mineira, mais tarde, se tornaria também o orgulho do povo brasileiro. Pelo ilustre filho estadista inconteste, que a nossa “Pátria Amada” abrigou.
Um pouco mais adiante Nonô, já na vida adulta, tornou-se amante das serestas; parceiro e amigo inseparável de Dilermano Reis. - Expoente máximo do mundo artístico brasileiro.Quando executava seu velho pinho o rouxinol, o uirapuru... Se os ouvisse, interromperia suas atividades e cânticos, nos galhos das árvores, para o reverenciá-lo no mais profundo silêncio.Esse violonista, ao dedilhar o seu instrumento de cordas, nos passava (ou passa) a impressão de haver vários outros instrumentistas o acompanhando nas suas execuções melódicas.Está para nascer outro maior.
Como vinha discorrendo: João César não viu, governar o Brasil, o Presidente da República que ele mesmo vivia apregoando ter nascido em sua casa – ao nascer; que o colocou no mundo para o “bem de todos e felicidade da nação”.
Curtiu muito pouco o filho - uns dois anos e pouco - e este, por sua vez, também não teve o pai ao seu lado, por muito tempo, acompanhando seu crescimento e trajetória de sucesso.
Juscelino fez uma revelação surpreendente sobre o pai numa mídia impressa que acho ter sido na revista “O Cruzeiro”; lá pelos anos 70, mais ou menos assim: “Me lembro muito do papai quando ficou “isolado” do nosso convívio por causa de uma lepra - hoje hanseníase; eu tinha beirando três anos de idade. Quando íamos com a mamãe, visitá-lo, eu corria na frente para abraçá-lo, mas não me permitiam ficar com ele: logo eu era interrompido disso. Vi uma multidão o conduzindo na rua da minha casa para sua última morada...”.
Tal matéria jornalística ainda pontuava que João César, sabendo que não sairia com vida daquela terrível enfermidade e, pressentindo as cortinas da sua existência se fechando, orientou à esposa:
“Eu tenho duas mudas de roupas mais conservadas, me vista com a melhor delas para o meu enterro. Em poucos dias assim foi feito...
Naquele tempo os pais sonhavam pelos filhos; e se empenhavam ardentemente que os mesmos seguissem a carreira de clérico,de advogado ou de médico. O ofício do religioso contava mais. Por acharem “a vida de padre santa e bonita”. Então D. Júlia se encarregou de matricular o seu garoto num seminário católico. Para a alegria de todos, teria um “padre” na família num futuro não muito distante.
Seria um ledo engano aquela pretensão?!... Sim, com certeza:seu rapaz sempre deixou claro à instituição católica que, não levava jeito para aquilo; e confirmou também à sua mãe a surpresa desagradável: não iria mesmo usar batinas e nem dizer missas... “Não tinha vocação para a vida eclesiástica”.
Imagino o quão doloroso foi para aquela mãe saber disso. Mas, fiquemos com o que escreveu Machado: “Antes um padre de menos que um padre ruim”.
Resoluto, Juscelino rumou para capital mineira...Com 200 mil réis, montante proveniente da venda da única jóia que D,Júlia havia recebido de herança.
Em Belo Horizonte seu primeiro ofício foi de telegrafista dos correios; posteriormente, tornou-se médico e entrou para a Força Pública Mineira (hoje Polícia Militar PM); - eu soube disso numa visita ao Museu JK, ano passado; Secretário de Estado, prefeito,Dep. Federal,Governador…
A barragem da Pampulha rompeu-se no final de seu governo, em 1954. A fúria das águas foram tantas que levou embora inúmeras aeronaves do Aeroporto Tancredo Neves, que fica logo abaixo da represa; eu vi as ruínas de uma ponte atingida por este acidente; suas ferragens foram rasgadas como papel.
Então, Juscelino ainda no seu cargo majoritário, providenciou uma nova barragem no mesmo lugar da anterior, para “não mais se romper”. - Segundo ele. Conta-se que, na referida edificação, uma carreta, só dava conta de transportar uma única “pedra” em cada viagem que realizava.
Aproveitando o ensejo, ainda impulsionou o turismo local e mundial quando construiu no entorno da obra, o Complexo Arquitetônico da Lagoa da Pampulha; hoje, tombado pela ONU, como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.
Como se tudo isso fosse pouco Juscelino deu de escrever e como tudo que fazia se dedicava ,virou escritor; depois de publicar várias obras literárias de grande relevância,dentre elas “Porque Construí Brasília” e “Cinquenta Anos Em Cinco”, tornou-se membro da Academia Mineira de Letras.
Perdendo uma vaga na Academia Brasileira de Letras (ABL) para o goiano Bernados Élis, disse que era mais fácil ser presidente do que acadêmico naquela instituição literária.
E conforme a “profecia” de João César, o Presidente da República que dizia ter nascido em sua casa, em Diamantina - MG, já como tal, convidou dois amigos: Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, para construírem uma nova Capital Federal para o seu país, nos ermos de Goiás. Cumpriram com denodo os enormes desafios.E eis que tudo se fez novo.
E Brasília – DF se tornou uma das capitais mais modernas do mundo...
Em 1960, na sua inauguração, perante um mar de pessoas que se podia contar, Juscelino Kubitschek de Oliveira, Presidente da República do Brasil,cantou abraçado com a mãe, D. Júlia kubitschek, “O Peixe Vivo”, uma de sua canções preferidas.
Como pode um peixe vivo/ viver fora d’água fria/como poderei viver/ sem a sua companhia/...
(29.07.18)
Texto inspirado no conto “Não me acorde” de Luís Fernando Veríssimo e na Carta-Testamento de Getúlio Vargas.
O passado é prólogo. Certos eventos consolidam essa frase, tudo que veio antes se torna uma história de superação, um prefácio. Você se da conta de que tudo que houve até ali, 500 anos de uma história foi simplesmente preparação para aquele certo momento. E o passado ganha uma lógica que não tinha. Você passa a entender tudo em retrospecto, tudo ganha um sentido. O golpe de 64, os anos de ferro, a distensão lenta, segura e gradual, as guerras, os impeachments, tudo é prólogo para o amanhã. Está claro, a própria fuga de Dom João para o Brasil fez parte da preparação. Tudo é armação para aumentar a nossa glória, tudo se encaixa, ou você acha que a chegada de Cabral foi obra do acaso? Tudo está sendo construído aos poucos, desde antes de 1500, antes das cruzadas, antes de Jesus.
Forças se articulam contra o povo, contra a liberdade, contra o progresso, não nos dão direito de defesa, sufocam a nossa voz, impedem nossas mãos. Seguimos o destino que nos é imposto, calados e estamos desamparados. Mas devemos ter força, dar nossa vida, não se deixe humilhar, precisamos reagir, mas ao ódio responderemos com perdão, a opressão responderemos com o nosso sangue em direção à glória.
Eu vi você na rua, estava cercado por ignorância, por corrupção, por desrespeito, pelo jeitinho... Eu não sei o seu nome, nem de onde você é ou o que faz, mas você continuava lá, firme e forte. Posso imaginar como tem sido sua vida, o martírio, as decepções, a desilusão. Muitos da sua geração se perderam, levaram pais e avós ao desespero. Não tiveram acesso à educação, não tiveram acesso à noticias, não tiveram como dar asas a mente, e acredite, são muitos!
Você não sabe, mas é um herói, e quando chegarmos ao topo, seremos certamente o povo mais dedicado, fiel, convicto e feliz do mundo, porque será o país dos que resistiram. Aguente só mais um pouco, meus respeitos.
Pequeno conto sobre contar contos
Contador de histórias, narrativas, crônicas, contos, recontos, relatos, porandubas, gestas, gamelas, percursos, enredos, fatos, piadas, historietas, anedotas, suscetibilidades, melindres, perplexidades, sentimentos, aborrecimentos, gostos, tramas, teias, intrigas, entrechos, fabulas, romances, troços, urdiduras, alegretes, invenções...
Contador de HistóriAS
eis aqui o livro da minha vida
conto aqui as minhas flores
e os meus amores
os meus dias
e as minhas dores
as minhas alegrias
e as minhas cores
as minhas palavras
e os meus rancores
os meus desabafos
e os meus ardores
as minhas friezas
e os meus calores
as minhas dúvidas
e os meus clamores
as minhas dívidas
e os meus credores
as minhas amizades
e os meus favores
a minha fé
e os meus fervores
a minha preguiça
e os meus labores
os meus medos
e os meus horrores
as minhas preces
e os meus louvores
os meus anjos
e os meus Mentores
os meus sorrisos
e os meus humores
os meus perfumes
e os meus odores
os meus tédios
e os meus pavores
a minha liberdade
e os meus rigores
os meus gostos
e os meus sabores
as minhas dificuldades
e os meus terrores
os meus malfeitos
e os meus benfeitores
os meus "eus"
e os meus valores!!!
CONTO DO MEIO
Quando pequeno, eu estava no aniversário de um amiguinho
e pus meu dedo no bolo.
Não coloquei e tirei. Não passei o dedo.
Apenas enfiei a ponta do indicador naquela parte branca.
O dedo permaneceu lá, parado, enfiado, intacto.
Todas as mamães me deram um sorriso falso.
Os papais estavam bêbados no quintal.
O único homem ali perto era o tio Carlos.
Tio Carlos se escondia atrás dos óculos e da câmera fotográfica.
Era bobo, agitado e gorducho.
Quase sempre sorrindo.
Tinha poucas, raras, nenhuma namorada.
Tio Carlos atrás dos óculos, da câmera e de namorada.
Meu braço esticado era a Golden Gate.
Uma conexão entre minha consciência
e aquele montante de açúcar.
A ponta do dedo imóvel, conectada, penetrada no creme branco.
Uma das mamães resolveu liderar a alcateia
e me pediu para tirar o dedo.
Pra que tanta coragem, perguntou meu coração.
Porém meu dedo,
afundou um pouco mais.
Olhei-a nos olhos sem docilidade.
Meu corpo imóvel.
O dela recuou.
Minha mamãe, sem graça,
falou que isso passa.
Eu atravancava, ria e dizia:
- Vocês passarão, eu... - estendia a aporia.
Eu era a Criação de Adão na Sistina.
Era mais que Michelângelo,
Era Adão no Bolo,
Era Bolo em Deus.
Mamães desconcertadas. Olhando umas para as outras.
O silêncio reinava,
o reino era meu.
Mamães desorientadas. Olhando para mim.
Tio Carlos com a câmera fotográfica
olhava para as mamães.
Acho que ele era apaixonado por umas três mamães,
ou mais,
ou todas.
Esperei um não.
Esperei um pare.
Ninguém era páreo
para um rei.
Tirei.
Amor para mim eu conto como uma ano e seis meses. Meu bem, eu te amo de graça. Não quero nada além do seu amor em troca. Pois este sentimento, quando recíproco, fortalece o coração e possibilita coisas lindas. Obrigada por 1 ano e seis meses de relacionamento. Me abrace e me beije devagar para eu guardar esses momentos comigo. Hoje comemoramos 1 ano e seis meses de namoro, e não cabe em mim a felicidade que sua companhia me traz.
Ta bom ja estou na crise de meloso e você amor deve me achar como doido ou maluco tenho que me conter parar não é vc ja deve está abusada mas te amor um feliz nós 25/10/2019
A vida é um conto de falhas
Tenho um paciente muito bem humorado, que algumas vezes fala com ironia sobre seus planos, dizendo que podemos ficar tranquilos porque “não tem o menor risco de dar certo”.
A vida é uma invenção, e nesse conto de existir oscilamos entre heróis e vilões, vestindo roupas que alguns outros nos deram, e que por culpa, medo ou pertencimento, vestimos.
Sonhamos com castelos e tronos, e onde mais reinamos é no vaso do banheiro. Somos errantes, capengas, corcundas da Candelária às vezes, mas ainda sonhamos.
Sonhamos em ser aquilo que nosso cachorro pensa que somos ou aquele que nossos pais tanto desejaram e falhamos.
Criamos romances coloridos, mas nos empolgamos com os tons de cinza, pois não somos tão coerentes e racionais quanto gostamos de acreditar.
A vida é um conto de falhas que se passa entre o trabalho e a casa, nas mensagens de texto, e nas conversas fiadas. Nas paixões impossíveis e nos amores confusos, no que sabemos da gente e do que jamais poderemos saber.
Falhamos pois a vida precisa ser inventada, e ela começa bem depois que se encerra os felizes para sempre que finalizam toda história mal contada.
Bruno Fernandes Barcellos
Psicólogo Clínico - CRP: 05/39656
Quem me dera,
um amor de verdade
Destes que só existe em conto de fadas
que o amor surgisse do nada
Quem me dera,
acredita que o amor existe
Pudesse vivenciar
esta existência...
Quem me dera,
ver um sorriso belo que fosse assim só meu
Poder andar de mão dadas
ao longo dos caminhos
Quem me dera,
encontrar um sonho lindo
Para com este viver uma historia
de amor... Quem me dera!
Shirlei Miriam de Souza
Teria...
Sera que algum dia encontrarei o amor...
O amor não existe...
O conto de fadas é uma imaginação
Quem me dera entender o coração
Que de fato me entrega a cada novo sentimento
Seria eu feliz algum dia
Quem dirá serei
Só o tempo permite a dizer
Que o destino são fragmentos de historia
Que por segundos e segundos acontece
O futuro só a Deus pertence
E virá com certeza
Se amor um dia acontecerá só depende daquele que quer me amar!
Shirlei Miriam de Souza
CONTO DE NINGUEM
Essa história poderia ser a minha, mas é conto de ninguém.
- Uai sinhá Ineizinha!
- Ninguém se não é nenhuma pessoa é quem?
- Uê!
- Poderia ser vosmecê ou alguém, mas é conto de ninguém.
- Ah! Sinhá! Alguém eu não identifico quem. É ninguém?
- É!
- É ninguém com alguém, como eu e vosmecê. Slave and mistress. Black and white.
Bem assim: num vocábulo do tempo da senzala em tempo de se cuidar do linguajar. Onde toda palavra que se diz tem outra interpretação e pela conotação reação mediática.
Num?
- É! No interior de... Tá tudo mudado.
- Tá, Sinhá?
- Alto lá, tá é tá e basta!
Pré conceito é agressão aos novos conceitos. E armar o povo, não é mais instruir e ofertar conhecimento. Voltou ser outro tempo. O tempo do Lord of slave! Até açoite tão dando. Outros mandando. Éh! Vosmecê precisa entender. Tão é tão.
E alguém evoluiu mesmo sem saber quem! E ninguém regrediu, só se descobriu!
- Sinhá, ninguém ficou nu com dorso de fora como outrora?
- Não!
- Ah! Sim! Parece bem assim.
E agora é hora de black on white como a sinhazinha que ouviu ser ninguém, e que chegou na idade que ela se dá ao direito de usar o suporte que lhe convier com a palheta da sua vivência e se colorir como quiser.
E hoje quer ser Black! Mas é white! E é Indigenous! E all the people of the land.
E a tal que ouviu ser ninguém, sabe. Criar é de graça. Só pode alguém que entende ser não a graça do nada que custa ninguém. E sim a graça da superioridade que dons lhe concedeu. E ninguém sabe o quanto estes dons muito lhe custa. Money não compra dom e money ninguém tem. E se money não têm para alguém é ninguém.
E se vosmecê ouve bem entenda, sinhá compreende que se tudo que alguém tem é money, não compra o saber de ninguém. E ninguém vale nesta vida mais que alguém!
E bom evitar contenda de alguém com ninguém por vintém. E conserva o money que é tudo que tem.
E ninguém, que money não tem, conquista com seus dons mais que vintém ou money de alguém.
Falo por falar, vosmecê deve saber, Conselho igual ninguém nada deve valer.
Autoral: Cleuta Paixão
Todos os direitos reservados a autora protegidos por lei específica até que alguém lhe tire esse direito também.
Conto os dias
O moça só em está
Perto de você sinto
Que atmosfera muda e
Você da cor aonde
não tem cor
Seu sorriso é como
Um cristal que ao
Ter contato com a luz
Surge um brilho maravilhoso
Que me trás felicidade
E é tão bom te amar sem
medo de me entregar
Contos os dias
Pra te vê
Toda vezes
Que você nao está aqui
Eu Fecho os olhos
Pra eu lembrar você .
Minha epifania
Minha epifania
Minha fina sintonia
Meu âmago
Meu encontro
Não sei se te conto
Minha descrição indescritível
De algo que aconteceu,
De algo tão sensível
Minha epifania
Minha tênue linha
Algo tão singelo
Que só eu sei
Algo sem lei
Algo que não posso dizer
Minha epifania
Que pode ser com o Senhor
E com meu amargor
Ou comigo mesmo
No dia que percebi
De tudo que se passou
De tudo que perdi
Esta é minha epifania
Algo que não vou te contar
Algo que passou na vida minha
Não conto mais os dias ,nem as horas ,muito menos os minutos e segundos, minha vida sem minha mãe se tornou outra dentro da mesma, uma ideia fora do comum, algo que não vou nunca saber lidar.
Vivo buscando nas coisas , no rosto dos que estão próximos , procurando traços semelhantes, trejeitos ,ações que lembrem algo dela.
Minha cabeça ,uma parte do meu cérebro parece não parar com as lembranças.
O que eu quero agora?...não sei !quando tinha ela não me preocupava com nada sobre ela, sobre mim, pois ela sempre esteve ali, agora não posso nada mais com ela.
Não choro ,não me revolto ,não busco explicação, só penso!
Amanhã será a mesma coisa, sempre, dia a dia vai ser assim ,minha vida sem a vida dela ,que fazia parte de tudo que eu sou hoje e represento!
Hoje sou nada sem ela, sou talvez o que ela tenha sonhado para mim , apenas 1%.
A ARMA DO SALVO
CONTO
Depois do baque do copo de alumínio no piso, a princípio, não soubera precisar de onde veio o barulho, mas a sua intuição dizia ser no plano inferior da residência.
A Irmã Maria abriu a porta do quarto bem devagar, acessou a sala, transpondo-a, em profundo escuro;
qualquer esbarrão poderia estragar o seu plano: pensava no que poderia acontecer se o Raul, seu esposo, acordasse, por certo daria com os “burros n’água”, principalmente se fosse uma visita indesejável àquelas horas.
Raul, de temperamento, não totalmente domado... Disse certa vez que:
“É um fato que meu facão corta ‘asas de mosquito’: de tão amolado; mas não é para fazer o mal a ninguém!” Dissera certa vez. Mas nesse quesito, a Irmã Maria não confiava nele, nem em suas armas.
No percurso que fez dentro de casa - para ver o que estava acontecendo - não acendeu as luzes de nenhum dos cômodos, em momento algum; para não “espantar a caça”: ela queria dá um fragrante. Porque desconfiava de ser alguém amigo do alheio.
Chegou sem tropeços à cozinha, abriu a porta cuidadosamente e sentiu o fino cheiro da noite, entremeado ao odor horrível da “erva- do- capeta”. O chá alucinógeno da vadiagem que, exalava naquele ambiente cristão o seu horrível odor.
Aquela santa casa de tanto respeito que até cheirava a Deus, agora, estava sendo impregnada, com cheiro do "cruz-credo”.
“Que coisa estranha é essa meu Pai?! Ai meu Jesus amado, cubra-me com o teu manto precioso!” Clamou em espírito.
Com um pouquinho da luminosidade da rede de iluminação pública, viu na penumbra, a silhueta escura de um homem, com cabeça e pescoço - o mais esticado possível-, introduzidos no espaço entreaberto da janela, olhando para um lado e para o outro;
O meliante, na expectativa de encontrar algo que fosse interessante para ele, tentava entrar naquele ambiente familiar de qualquer jeito, e assim, encerrar a sua longa e sofrida, jornada noturna; pois o dia já estava prestes a dar o ar da graça.
Por ocasião desse episódio, a Irmã Maria já servia verdadeiramente ao Senhor: havia se convertido ao cristianismo ainda na sua juventude. Sua decisão por Cristo aconteceu em Campos Belos, onde morou com seus pais - até se casar -, depois de ouvir uma genuína exposição das verdades Divina, ministrada por um evangelista na Igreja Assembléia de Deus local.
Passou pelas águas batismais e não parou mais de crescer na graça e no conhecimento da palavra de Deus, e nos trabalhos da igreja, era assídua e pontual com as obrigações religiosas e, no seu modo de vida, era um exemplo a ser seguido.
Falava calmamente e andava devagar, a visão ajudava pouco, porque a catarata, não lhe dava tréguas, naquela altura da vida. Já passava dos setenta anos de idade – e, foi nesse período de vida que se deu esse acontecimento -, mas ainda estava muito sóbria.
Com ela não tinha esse negócio de brabeza, nunca teve. Agitação, armas, violência, pra resolver os problemas, isso não.
“Entrego meus problemas pra Jesus, sempre. E em casos de urgência clamo por Ele e sou atendida.” Dizia.
Não conseguia ser deselegante, com ninguém, nem mesmo sendo esse alguém um marginal, que tentasse invadir o seu espaço, pra lhe subtrair algum pertence. "Um bom tratamento nunca é demais." Afirmava.
Com a paciência e sabedoria que Deus lhe deu, perguntou com voz macia - sem dureza:
- Ô moço, diz pra mim como é o seu nome?!
- Alexandre!
O tal ente, desprovido de coragem pra procurar um trabalho digno, parou de girar a cabeça e ficou inerte, contido, por um pouco de tempo.
Se fosse o Raul que estivesse lá... Ah, se fosse ele... No mínimo poria tudo a perder: e mofaria atrás das grades, por longos anos. Mas a cabeço do ladrão rolaria.
Maria não golpeou o sujeito, mesmo tendo uma foice tirando cabelos, atrás da porta. Ela tinha a quem temer: temia a Deus sobre todas as coisas e a lei dos homens também:
Não ia ser uma oportunidadezinha daquelas que a tiraria do sério, levando-a a fazer justiça com as próprias mãos.
Não fez nenhum alarde ou escândalos, se quer maltratou ou enxotou o intruso, com palavrões, e nem precisou feri-lo de morte com instrumentos de crime, como possivelmente muitos o fariam, se estivessem em seu lugar. Não!
Ela contava mesmo, era com as armas espirituais: com a providência do altíssimo. Ainda estava fresquinho em sua memória o que dissera o apostolo Paulo no texto Sagrado:
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra [...] as forças espirituais do mal [...]” (Efésios 6: 12).
Então a Irmã Maria sacou da arma mais poderosa que o salvo pode conduzir: "a autoridade do nome de Jesus." Juntou forças nos pulmões e disparou:
- Aleixandre você está repreendido no nome de Jesus!...
Há poder no nome de Jesus. E a ordem da Irmã Maria para o invasor, fora como uma forte pancada: a vibração sonora daquelas palavras soara com tanta intensidade no sistema auditivo daquele indivíduo, que pareceu equivaler a uma bomba, explodindo sobre ele.
Poouuumm!
Na fumaça da pólvora e com o estampido imaginário da "bomba", a vitima entalada na janela estremeceu em gritos estridentes, na estagnação noturna da casa.
E, vendo eminentemente a morte, se aproximando,reuniu as forças que ainda lhe restavam, deu um arranco tão grande que despedaçou a vidraça em milhares de pedaços e aluiu o basculante do seu lugar.
Por pouco, por muito pouco não deixara a cabeça para trás, agarrada nas ferragens.
Raul aparecera no mesmo instante como um raio, apavorado, ainda com as roupas de dormir, e com o seu instrumento cortante na mão, querendo saber do acontecido:
- O que está acontecendo Maria? que barulho dos infernos é esse?! - Ainda não havia deixado o linguajar antigo,apesar de convertido ao cristianismo.
- pelo jeito, deve ter sido um ladrão: queria entrar de qualquer maneira pela janela, mas eu estava lá atenta, e o repreendi no "nome de Jesus." – O nome que é sobre todos os nomes.
Se morreu, foi muito longe dali, pra não incriminar a portadora da arma mais poderosa do mundo. - "A autoridade do nome de Jesus"-, ou será que aquela vida está correndo até hoje? Isso não se sabe.
O que se sabe é que, o pavor daquela alma vivente foi tão grande, que na hora do desespero e da correria deixara para trás, o produto do roubo- ou, fruto do seu trabalho desonesto daquela noite, em cima d'uma mezinha na varanda: sacolas com todos os objetos que furtara de outras vítimas.
Nas proximidades do cenário desse acontecimento por muito tempo ainda se via, vestígios desse delito:
estilhaços de vidros, cantoneiras retorcidas, chinelos, manchas de sangue,... Servindo de prova do poder de fogo da arma da Irmã Maria Graciosa: "O nome de Jesus".
(10.07,15)
Um conto sobre a perfeição
Em uma pequena aldeia existia um ancião, muito sábio, o qual todos o chamavam de mestre. Ele era muito respeitado por seus ensinamentos que eram repassados a outros, principalmente os jovens.
Certa vez, um jovem muito inteligente e perspicaz, buscou o mestre com uma grande dúvida a qual o angustiava muito:
- Mestre, por que a perfeição é algo tão difícil de se alcançar?
O mestre muito calmamente o respondeu:
- E você saberia me dizer o que é a perfeição?
O jovem pensativo, depois de alguns segundos em silêncio disse ao mestre:
- Perfeição para mim é fazer tudo certo e no tempo certo.
- Pois bem jovem, vou te convidar a fazer um exercício, talvez com ele você possa realmente saber ou confirmar se sua percepção sobre perfeição está correta, disse o mestre.
O jovem curioso logo se mostrou interessado. E então o mestre continuou:
- Vá para sua casa e amanhã nos encontramos, porém traga consigo um lápis e algumas folhas em branco. Assim o jovem o fez. No caminho para casa os pensamentos borbulhavam em sua mente:
- Por que será que um grande mestre como ele não teria a resposta para o que busco? E por qual motivo ele pediu que eu voltasse amanhã? E ainda trazendo lápis e folhas em branco?
E assim o jovem foi caminhando rumo a seu lar. A noite chegou. O sol raiou. E o curioso jovem se preparou para o encontro com o mestre, conforme suas orientações: papéis em branco e lápis nas mãos e assim seguiu ao encontro do sábio.
Chegando a casa do mestre ele já aguardava o jovem, e pediu-lhe:
- Jovem, vejo que seguiu minhas orientações, e traz consigo os papéis e o lápis. Muito bem!
O jovem olhava o mestre com muita ansiedade e então o mestre continuou:
- Pegue um de seus papéis e seu lápis e desenhe para mim aquilo que nesse momento você considera perfeito.
O jovem com muita avidez pegou o lápis e o papel e desenhou uma mulher e entregou ao mestre:
- Poderia me dizer quem é essa mulher jovem?
- É minha mãe mestre.
- E por que sua mãe seria a referência de perfeição para você?
- Ora, porque ela é uma boa mulher, se dedica a família e cuida muito bem de todos.
O mestre com sua costumeira calma se dirigiu ao jovem:
- E você já a viu errar?
O jovem se pôs a pensar alguns segundos e respondeu:
- Sim. Uma vez a vi deixar o leite derramar ao ferver.
- Pois bem jovem, sinto lhe dizer que sua nobre mãe não é perfeita, em alguns momentos ela se descuida. Mas vamos continuar nossa tarefa. Pense mais um pouco e pegue mais uma folha e desenhe um outro alguém ou coisa que te remeta a perfeição.
E lá foi o jovem se debruçar sobre o papel em branco e dessa vez desenhou uma criança e mostrou ao mestre.
O mestre olhou e perguntou:
- És uma criança. Quem seria?
O jovem sem titubear respondeu:
- Meu irmão de cinco anos.
O mestre então lhe questionou:
- E essa doce criança já te desapontou?
O jovem se pôs a pensar e respondeu:
- Sim, ele já brigou com um amigo.
E assim o mestre se dirigiu ao jovem:
- Perceba jovem que essa doce criança não é perfeita, pois já experimentou do gosto da raiva e com ela tentou ferir o outro. Tente mais uma vez.
O jovem se debruçou sobre o papel empunhando seu lápis e assim surgiu uma paisagem. Ele mostrou ao mestre e ele disse:
- Uma linda paisagem! Podes me dizer onde é?
- A vista da janela de minha casa, disse o jovem.
- E me diga querido jovem, essa paisagem representa a perfeição para você?
- Sim.
- E por que? Interrogou o mestre.
- Porque é uma obra divina! Exclamou o jovem.
O mestre com muita calma se dirigiu a janela de sua casa e pediu ao jovem:
- Então tenro homem, desenhe o que entendes por divino.
Com afeição assustada o jovem se manteve imóvel por alguns segundos olhando o papel. Após um longo tempo ele disse ao mestre:
- Mestre, sinto muito, mas não consigo!
O mestre com toda a serenidade disse:
- Mostre-me o que não consegue.
O jovem então expôs o papel puramente branco, sem nenhum sinal de grafite.
O mestre fixou o olhar no papel e então se dirigiu ao jovem:
- Você acaba de saber o que é a perfeição, meu querido!
O jovem muito confuso questionou o mestre:
- Mas como? Eu não toquei o grafite do meu lápis no papel!
E o mestre com um leve sorriso ao rosto se aproximou do jovem e disse:
- O divino é perfeito, por isso ele não tem forma, cor ou traços. A mais pura perfeição está no papel em branco! Não há definições, nem traços! A perfeição pertence ao divino e não aos homens! Por isso a perfeição se torna um mistério desafiador para você meu jovem! Deseje viver, tenha compaixão, empatia e confie na força divina e deixe a perfeição por conta do universo!
Assim o jovem seguiu seu caminho com a resposta perfeita em suas mãos.
Pelos contos que eu não conto
Dá um desconto ao meu silencio
Não conto dos versos tristes
Não conto da estrela cadente,
Dos girassóis reluzentes
Que reluzem nos meus contos,
Não conto do meu silencio
Pois assim não o seria,
Não conto da minha alegria,
Que não valem nem um conto,
Pelos contos que eu não conto,
Conto pelos e apelos
Só não conto meus segredos
Pelos contos que eu não conto
acho que todos na vida ja sonharam em vive em um conto de fadas, que um dia iraia tem seu castelo, sem tem medo de tudo nao acaba bem ,so que infelimente caimos na realida e vimos que a vida não é assim nunca sabemos oque vai acontece na próxima pagina de nossas vidas.
Sempre vai te uns obstáculos no meio do caminho, uns que talvez a gente acha que nunca vai superar.
Mas acho que pra gente te certeza em passa pro cima dos obstáculos temos que deixa nosso medos de lado e ter coragem pra ir enfrente sem olhar pra trás. ..
Bom dia 21/08/2016 (Domingo)
Às vezes paro e conto a quantidade de cicatrizes que acumulei durante toda minha vida, algumas boas outras ruins, outras insignificantes, e quando paro e penso que não há mais espaço em minha alma para novas cicatrizes Deus vem e mostra que enquanto respirar haverá uma infinita quantidade de espaços vazios para elas, cabe a eu escolher o caminho correto para que elas aumentem ou se estabilizem.
Conto de fadas
Amar é como a brisa,
Paixão, fogo ardente...
Sonhar faz parte da vida,
Mas a despedida vem de repente...
Saudade é dor sofrida,
De alguém que ficou sem chão.
Mas com o tempo tudo suaviza
E revela toda intenção...
A alma se escraviza,
Quando age na mais pura emoção...
Ali habita a tristeza recolhida,
Ao não se vê pela razão.
A ausência é sempre sentida,
Pelo apaixonado coração.
Conto de fadas para quem dormita.
Aqueles que vivem na pobre ilusão...
Ao dar rosas desfolhadas,
Em troca, receber desprezo profundo...
Percebe-se que não viu a orgulhosa,
O gesto do sentimento mais lindo do mundo...
O amor!