Contos de Fábulas

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Conto de Ilusão

Eu estava com meu grupo de amigos na praça da cidade. Estávamos bebendo. Fazíamos isso constantemente. Sempre à noite, claro. Mas tinha um garoto. Sempre tem um garoto. Eu e ele conversávamos bastante. Ele era muito inteligente e interessante. Naquele instante estávamos todos ali, conversando, rindo e ficando bêbados. À essa altura, alguns vão para um lado, outros para outro. Começa a rolar aquela história de pegação. Odeio essa parte porque sempre fico só. Mas tudo bem, apesar de tudo, eu ainda acho que o amor é lindo. Que meus amigos aproveitem. Então me sentei em um muro, acompanhada pelo copo de vodca, e fiquei olhando todos eles com um olhar meio vago, flutuante. E claro, fiquei me perguntando aonde o ele tinha ido. Não estava em nenhum lugar à minha vista. Imaginei que tivesse saído com alguma garota, mas todas estavam ali. Quando de súbito ele me deu um susto por trás.
- Caramba, que susto. Eu quase caí.
- Eu não ia deixar te deixar cair.
- Ah, ta bom.
- Posso sentar aqui?
- Sim.
Ele subiu o muro e se sentou ao meu lado. Fiquei olhando-o subir. Quando se acomodou, me encarou. Ficamos nos encarando por alguns instantes, e então ele perguntou:
- Por que você se diz tão pessimista? Não parece ser. Está sempre tão bem humorada, rindo...
Ele deixou a frase morrer no silêncio. Não esperava uma pergunta assim, mas respondi:
- Quando a vida nos machuca muito, nós acabamos por perder a esperança de dias melhores. Então tudo acaba por dar errado e você pensa que tudo sempre será errado. Você acaba se tornando pessimista. E então, quando algo bom acontece, você se surpreende. E você tenta aproveitar ao máximo esse algo bom. É o que eu tenho feito. Aproveitado cada segundo que estou com vocês. Meus amigos.
Ele me encarou por alguns segundos e perguntou:
- Quer ficar comigo?
Por esse eu não esperava. Sinceramente.
- Acho que não.
Ele pareceu se ofender, então me apressei em dizer:
- Não é nenhum problema contigo. Sério mesmo. O problema é comigo.
- Tudo bem, não precisa se explicar.
- Não preciso, mas eu quero. Eu gosto de ti. Me sinto atraída por ti. Em vários sentidos. E é exatamente por isso que eu não quero me envolver mais. Eu não quero ficar dependente de ti.
Ele pareceu surpreso. Deu aquele sorriso de canto e falou:
- Tem medo de se apaixonar?
- E depois eu que sou convencida...
- Não estou sendo convencido, só achei que fosse isso.
- É, pode ser.
- Não é você que vive dizendo que o amor é lindo? Porque não aceita a beleza dele?
- Porque, na maioria das vezes, ele não me mostra beleza alguma. Só me mostra seu lado ruim. Para os outros ele é bonito, mas para mim, não.
- Então você tem medo de amar porque pensa que vai se machucar, é isso? Já foi ferida por alguém, certo?
- Sim e sim.
Novamente ele me encarou. Desviei o olhar e bebi mais uns goles de vodca. Ele disse:
- Eu te acho muito interessante. Poderia me apaixonar por ti e te dar todo o meu amor. Mas, como eu já te disse, não está nos meus planos me entregar para alguém. Então não posso te prometer amor.
- Sim, eu sei. Não quero que prometa. Só quero me compreenda.
- Compreendi, sim. É uma pena que você não queira apenas se divertir.
- Gostaria. É uma pena que eu não saiba separar as coisas. E também uma pena que você não queira se entregar à mim. Por completo.
- É esse o seu desejo?
- Talvez. Acho que seria bom.
- Talvez.
Mais uns goles na minha vodca. Ele desviou o olhar para o nada. Pensei, vagarosamente, por uns instantes. Dei o último gole da vodca. Desci do muro e estendi a mão para ele.
- Desce aqui.
Ele aceitou a minha mão. Quando desceu, estávamos bem próximos. Olhei nos olhos dele e disse:
- Quer saber de uma coisa? Acho que já estou ferrada mesmo, então não faz diferença me ferrar mais. Aliás, sei que vou gostar.
Ele deu aquele sorrisinho de canto e eu o beijei. Na minha lentidão, causada pela bebida, eu imaginava que um dia ele me amaria. Um dia ele sentiria e acreditaria no verdadeiro amor.

Inserida por SabrinaNiehues

"Paraíso é um conto de fadas para pessoas que temem a escuridão".

"Há uma diferença fundamental entre a RELIGIÃO (que se baseia no dogma, na autoridade, no autoritarismo) e a CIÊNCIA (que se baseia na observação e na razão). Claro que a ciência vai ganhar porque ela funciona".

Inserida por fernando_freire_1

Poesia:Vou te amar outra vez.
Autor: Vítor Mathiolly.

Conto as estrelas lá do céu...
Vejo o teu tocar no meu jardim
Cada botão que a Rosa abrir...te vejo sorrir

Cada amanhecer que o sol brilhou
E ao por do sol te encontrei
Eu fui feliz
Foi sonho real que eu vivi...

Vou te amar outra vez
Está guardado tudo que um dia eu prometi
Passe o tempo que passar
Nada vai separar o nosso amor.

Inserida por vitor_mathiolly_vitor

"Qualquer semelhança com pessoas ou fatos, será mera coincidencia..."
Conto que este conto é um conto, simplesmente...
Ósculos e amplexos,
Marcial

EXISTEM AMORES QUE VENCEM O TEMPO
Marcial Salaverry

Existem amores que são atemporais. São almas que se encontram, e que vivem um amor intenso através das mais variadas épocas, e que tem diversos encontros durante suas passagens pelo mundo.

Em seus encontros, nem sempre vivem amores, por vezes são adversários, podem ser parentes, próximos ou distantes, mas sempre estão se esbarrando. Vivem amores interrompidos, e estarão sempre se buscando para o resgate desse amor. Em alguma passagem vão se encontrar, se identificar e viver o amor.

Giselda conheceu Antenor, e de imediato sentiu uma atração muito forte pelo rapaz. Estava noiva de Gualberto, e eles se amavam e estavam de casamento marcado.

Contudo, a paixão por Antenor falou mais alto, e estava disposta a deixar de seu noivo por causa dele, quase às vésperas do casamento.

Antenor hesitava, pois sentia que isso já havia acontecido antes. Mas como, se haviam se conhecido agora. Em sua dúvida, consultou-se com um amigo, que lhe sugeriu uma regressão, para conhecer seu passado. E ficou sabendo que em outra época houvera sido abandonado por Giselda, e que este encontro seria como que um resgate, pois por causa daquele rompimento ambos sofreram muito, e este encontro seria para viver o amor que deveria ter sido vivido séculos atrás.

Resolveram que apenas iriam viver juntos, pois assim desejavam suas almas, sentindo não haver necessidade de firmar compromisso. Antes, não fora um papel escrito que os mantivera juntos, e o que os manteria agora, seria apenas o amor de suas almas.

Este foi o "compromisso" proposto e mantido por Gilselda:
"Meu amor, para nós dois o não "escrito" passou a ter um valor maior, pois tudo nos é permitido. Acho que é por isso que não precisaremos de mais nada além do conhecimento do que nossas almas sentem e pressentem."

E Antenor confirmou:
"Então confirmo o que te disse à pouco: não existirá um adeus entre nós dois, nunca. Sei do amor que sinto, e te reconheço neste amor. Sei do amor que sente, e sei que me reconhece. Ainda que fique te implorando que o diga, que o repita por muitas vezes, não é por não sabe-lo, mas pelos muitos anos que esperei para ouvir, para te ter novamente.
Não existe a possibilidade de uma despedida com mágoas, pelo tanto que nos amamos.
Nossas almas voltaram a se ligar, e meu coração está livre da mágoa havida quando partistes.
Lembra que te disse ao nos despedirmos : EU TE AMO, e vou te esperar, mas não voltastes. E este amor ressurgiu agora, e temos que vive-lo em plenitude. E temos de faze-lo agora, quando ainda podemos resgatar este amor que permanece latente."

Emocionada, Giselda disse-lhe:
"Naquela vez, quis voltar atrás, e dizer que te amava, mas estava por demais envolvida pela ideia daquela aventura que tanto mal me fez. E agora, digo que te amo, pois não sei quando eu não vou poder mais falar ou ouvir, juro que não sei. Portanto digo agora, e imploro que o diga todas as vezes que podemos dizer e ouvir. Não podemos mais calar nosso amor."

E para conciliar de vez a situação, disse-lhe
"Quando discutimos, não fico magoada com você. Não cabe mágoa no meu coração quando se trata de você. Fico na hora triste sim. Mas basta um minuto e a tristeza vai embora, pois o amor que sinto é maior do que qualquer outro sentimento."

Com toda a certeza, é muto dificil equacionar um sentimento assim sem o olho no olho, e é justamente por isso que é importante manter diálogos francos assim, para conseguir superar as pedrinhas encontradas pelo caminho.

"Eu amo você", esta é a verdade que se deve guardar dentro do coração. Esta é a verdade que deverá ecoar no coração por toda a eternidade.

E assim, esse amor atravessou vidas, para finalmente ser resgatado em sua plenitude, permitindo que os enamorados vivesem uma feliz sucessão de LINDOS DIAS...

Inserida por Marcial1Salaverry

JUSTIÇA (Conto)

– Deus abrirá as portas do Céu para eles? – perguntavam-se os Anjos ao pesar os corações de dois homens.
Para o ateu compassivo, de coração bondoso, Deus abriu as portas do Céu. Fechou-a para o fanático religioso, que, cheio de arrogância e sem compaixão, julgava-se superior ao ateu e o condenava.


“Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará”. Marcos, 4-24.

Inserida por IsabelFurini

ARTE (Conto de Natal)
Enlouqueceu depois de muitas exposições sem êxito. Seu trabalho não repercutia na mídia. Abandonou a casa. Começou a morar na rua. Continuou pintando compulsivamente. Era alto, elegante e belo. Meu irmão e eu o observamos enquanto comia. Não parecia um indigente. Tinha a postura de um príncipe. No Natal pintou barcos carregados de presentes nos muros de uma fábrica. Os adultos nem paravam para olhar, mas meu irmão, eu e outras crianças do bairro de operários, admirados, aplaudíamos o artista louco.

Isabel Furini

Inserida por IsabelFurini

Conto do Desmantelo Azul

Uma vez, durante a primavera, eu vi o mar. Era fim de tarde, eu era criança, pouco mais de seis anos. Foi a primeira, foi a última vez.
O encontro, no horizonte, do céu azul com um mundo de espelho azulado com moldura azul-dourada invadiu meus olhos, arrebatou minha alma. Nunca nada mais enxerguei.

Uma vez, durante a primavera, ouvi o mar. Era fim de tarde, eu criança era, pouco mais de seis anos. Foi a primeira, foi a última vez.
O encontro do marulho azul com o silêncio azulado do infinito estourou meus tímpanos, ensurdeceu minha alma. Nada nunca mais ouvi.

Uma vez, durante a primavera, cheirei o mar. Era fim de tarde, criança eu era, pouco mais de seis anos. Foi a primeira, foi a última vez.
O encontro da maresia de azul salgado com o aroma celeste de um céu azulado quase noite entranhou-se pelas minhas narinas, embrenhou-se em minha alma.
Nunca mais nada cheirei.

Uma vez, durante a primavera, degustei o mar. Era fim de tarde, era eu criança, pouco mais de seis anos. Foi a primeira, foi a última vez.
O encontro de minha doce inocência com o azul salgado segredo das águas engravidou meu peito, emprenhou minha alma. Nada nunca mais provei.

Hoje, toda tarde, sento em frente ao mar, e uma suave fluida mão anil acaricia minha pele instantes antes de meu corpo se diluir na brisa marinha e meus poros explodirem em azul ao serem penetrados pela alma do mundo.

Inserida por joao_andrade_2

Nuance emoção,
Sintonia talvez de conto de fada.
Vivenciando paixão,
E meu quarto exala amor,
Esse amor sem pudor que fizemos na noite passada.

As lembranças vêm,
Dos simples momentos porém,
Do carinho que emana.
Dos afagos e dos gestos sinceros,
Do jantar ou até mesmo uma foto sentados na grama.

Inserida por Ricardosambista

CONTO: IDOSO SORRI, FELIZ
"- Alô, é da casa de Josué Dilva? Bom dia."
"- Bom dia, ele mesmo falando..."
"- Seu Josué, meu nome é Maria e falo aqui é do Abrigo Casa dos Idosos. Estamos lhe telefonando para desejar um dia muito feliz."
"- Nossa... Obrigado!" respondeu surpreso o idoso.
"- Percebo que o senhor está sorrindo. Esse é nosso objetivo."
"- Estou sorrindo sim e até emocionado. Muito obrigado por me fazer sorrir. estava precisando. Espera um pouco, vou assoar o nariz e enxugar as lágrimas. São de alegria, não se preocupe."
Após alguns instantes ele retorna:
"- Me desculpe a interrupção. Pode continuar, minha jovem."
"- O senhor poderia nos ajudar, fazendo uma declaração para transmitirmos aos nossos internados? Vou gravar e depois reproduzir para eles."
"- Com satisfação, Menina: Grave aí: Bom dia, mas bom dia mesmo, minha gente. Bom dia com muita alegria e gratidão. Desejo a todos muita paz, saúde, amor e companheirismo."
"-Ótimo, seu Josué. Agradecemos sua preciosa colaboração. E por gentileza, anote nosso telefone, quando puder, ligue para nos alegrar."
-"Ok, já está anotado no "bina". Vou incluir na Agenda e ligarei com muita satisfação. Quais os melhores horários?"
"- Estaremos aqui 24h. Plantão direto."
"- Maria, me diga, qual a sua função no Abrigo?"
"- Sou voluntária. Minha avó foi acolhida aqui há 10 anos, falecendo 3 anos depois. Eu me engajei no voluntariado logo depois."
"-Obrigado, Maria. Fiquem com Deus." O idoso desligou rapidamente, pois as lágrimas escorriam e os soluços o impediriam de continuar falando.
Lavou novamente o rosto, refletiu durante alguns minutos.
Em seguida, telefonou para aquele familiar que há anos não falava. E depois de fazê-lo sorrir e gargalhar ao telefone, ligou para outros familiares e amigos com os quais só Curtia e Compartilhava pelo Facebook.
Agora, é com vocês: Sorriam e tenham uma boa semana.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)

Inserida por Superjujar

Será mais uma nova paixão em desenvolvimento;

Alguns dias conto as horas, e os minutos
para esta hora chegar, e eu poder novamente te encontrar.

O tempo parece parar,quando estou ao seu lado.
Pena mesmo é você nem saber, do que sinto, pode até ser um ponto fraco, ou talvez até forte, pelo fato de eu mesmo saber que tenho tempo de sobra para poder te conquistar.

O tempo a maioria das vezes é um forte aliado, porém quando demora tanto tempo para concretizar algo pode se tornar triste e amargurado.

Se eu demorar sei que posso te perder.
Não sei quanto tempo pode me esperar,mesmo eu sabendo que eu sinto referente a você, nem isso você ainda pode saber.

Hoje será mais um dia, que sua beleza poderei contemplar, conversa vai, conversa vem quem sabe eu tome coragem e realmente digo o que sinto.

Meu maior medo é ouvir um não, porém um não também pode nos motivar, quantos não a gente ouvi ao longo de nossas vidas.

E mesmo assim não desistimos, claro que um sim é muito mais agradável, mais pelo sim ou pelo não ao menos tentarei, porque ficar no meio de varias virgulas e pontos de interrogações nos deixa muito frustrado....

Inserida por Boysdontcry

►Apenas Um Conto

Eu comecei a refletir novamente
Pensei que daria um tempo, folga, de repente
Mas foi sem querer, por acidente
Atos e fatos me deixaram perdido, como sempre
Por isso me vejo aqui, escrevendo, sem parar
Deixado para trás, me pego a duvidar
Enganado, eu reflito melhor sobre o cenário
E chego à conclusão de ser apenas mais um otário
A desconfiança que tanto confio, agora se faz minha amiga
Talvez a única que nunca me decepcionou
Esta é a minha vida, que sigo cabisbaixo, com vários tombos
O que aconteceu comigo hoje me magoou, mas não estou em prantos
Sigo firme e forte por dentre o pântano,
Que é a odisseia a felicidade, que estou há anos.

Eu comecei a duvidar dos meus sentimentos
Estou ciente que eles não sabem o que fazem
Eles são frágeis, se agarram a qualquer tolo momento
São involuntários, eles me impedem de ser como um concreto.

Eu sempre busquei romantizar as mulheres
E jamais direi uma ofensa para nenhuma delas
Mas, o tempo e as diversas situações estão me mudando
Elas mesmas me colocam dúvidas, por isso estou falando,
Que talvez eu esteja errado, talvez evitei um fato,
Que Romeu e Julieta são apenas um conto de fadas
As palavras de amor hoje não estão mais navegando pelas águas,
Que se tornara escura pelo amargo fardo, que tanto me deixara chateado.

As lágrimas que antigamente caíam pela tristeza
Hoje, secas, permanecem desaprovando minha sentença
O controle que exerço se tornou um defeito,
E, sobre as páginas e mais páginas do caderno, adormeço
Meus sonhos me salvam de um pesadelo, que às vezes tenho
Vou escrevendo, mesmo com o coração partido, a minha dor
Apenas para quando, de mãos dadas com a alma gêmea,
Eu sorria, reflita sobre os tempos sofridos, e diga "Já passou".

Peço, não, imploro que não demore
Que eu encontre a felicidade ao badalar do relógio
Estou triste, minhas lamúrias me deixam mais triste
E, mesmo contra a minha vontade, me vejo cativo
Pensando se fui muito sincero, se me deixei ser iludido
Talvez eu nunca saiba onde errei, onde acertei
Talvez o que eu sabia era uma ilusão, nunca saberei
E, utilizando de palavras, escrevo mais uma história depressiva,
Que infelizmente não será esquecida, graças a essa rima.

O meu coração está se refugiando em um canto frio
Ele não quer conversar comigo, diz que não sou seu amigo
Isso só me deixa mais deprimido e sozinho
Pois, se até ele não fala comigo, acabarei ficando louco
O meu espírito, antes puro, hoje está irreconhecível
Está se tornando ignorante, agressivo, distante
O amor que tanto fora o ator principal de meus versos,
Hoje está trancafiado em um baú, em um lugar secreto
Ah, eu queria escrever sobre ele, mas me sinto cético, incrédulo.

Inserida por AteopPensador

Sempre pensei que o amor fosse como um conto de fadas... afinal sempre estive errada. Parece que somos uma esponja de lavar loiça, ao inicio está perfeita mas com o tempo vai se desgastado devido ao uso.
Eu costumo pensar para mim mesma que o amor é como se fosse um dente-de-leão, um ligeiro assopro e lá vai todos os momentos que passámos ao pé da pessoa amada.
Apesar de tudo, eu nunca esquecerei dos bons momentos que passámos mas também nunca esquecerei os momentos em que me fizeste sofrer, cada lágrima que derramei foi uma prova de amor por ti.
Fui tão burra em ter-te dado imensas oportunidades, cada oportunidade que te dava era sempre trocado por momentos.
Hoje em dia passamos um ao lado do outro e fazemos de conta que somos uns desconhecidos, o silêncio às vezes é a melhor resposta.

Inserida por A_World_With_Stars

POESIA URBANA

Escrevo
Quase verdades...
Cultivadas entre
Loucuras
Conto dramas e
Desafetos
Inventando mentiras
Espalho a dor
Com tinta e lagrimas
Sobre o papel
Envolvo-me com
As putas, bêbados
E viciados caídos
Pela cidade
Faço do homem
O que eu quero
Já á mulher
Eu transformo,
Em mil fantasias
E assim tudo misturado,
Uma selva de sentimentos,
Se nasce e morre, e vira
Poesia urbana.

Inserida por carlospoeta64

Um certo dia, em um conto de fadas, um personagem disse a um menino:
quando de repente você procurar por mim, ou tentar saber de mim,
e não tiver nenhuma noticia, e você esgotar todas as possibilidades,
Cartas, Telex, Pombo correio, mensagem em garrafas ao mar, sinais de
fumaças indígenas. Não se desespere! me procure entre dois túmulos,
eu posso estar descansando na eternidade...(Patife Mario Valen)

Inserida por SaulBelezza

O tempo é meu martírio, meu inimigo, não aliado.
Conto as horas, conto os minutos, conto os segundos pra te ter ao meu lado.
Toda hora no meu relógio é tempo de tristeza e solidão.
Não sou senhor do tempo e muito menos senhor do meu coração.
Coração esse que sofre calado contando as horas querendo te ver.
Coração que já perdeu muitas horas, tentando em vão, te esquecer.
Tempo de tristeza, marca meu relógio, na hora da despedida.
Nem mesmo o tempo, inexorável, pode curar certas feridas.
Me acostumo com o tempo, relógio correndo e com as mazelas da vida.
Espero aqui fora, de qualquer forma, a nossa hora chegar.
Então percebo com o tempo que é mais fácil o tempo parar, do que, eu com o tempo, desperdiçando tempo, algum dia deixar de te amar...

Inserida por wikney

Conto da vida real - 1

Dalila deixou a sua vida segura para ir viver com Augusto. Partiu sem olhar para trás, fascinada em conhecer o que havia de interessante do outro lado do atlântico, culturas, novos lugares e estar com a sua paixão, o Augusto.
Não se passou muito tempo e Dalila estava encantada com tudo que vivia. Mas, em uma ocasião, sem que ela tivesse astúcia para perceber, lá também tinham as suas coisas esquisitas.
Depois de viver muitos anos por lá e desistir de tudo, Dalila começou a recordar de muitas dessas coisas, situações que a paixão não permitia que enxergasse. Foi então que Dalila me contou uma delas, dentre tantas outras que veio a contar mais tarde. Vou relatar a primeira, deixando as outras para adiante.
Era uma noite fria, ela não se lembra bem se já era inverno, poderia ser uma noite de outono. Augusto ainda não se tinha deixado conhecer plenamente por Dalila, aliás, nunca se deixou conhecer, mas sempre a tratava com muito carinho e desvelo. Os dois saíram naquela noite e foram à Nazaré, um sítio de praias bonitas e turísticas, lugar que Augusto conhecida muito bem, pois passou a sua infância, adolescência e continuou a frequentar freneticamente na vida adulta, conhecia cada ruela de casas antigas e bem conservadas, muitas ruelas não se entrava com o carro.
Dalila já não muito jovem, estava entrando na idade dos seus 40 anos, mas ainda tinha lá um charme que encantava e, em sua cegueira por Augusto, lhe confiava a sua proteção diante do novo. Tanto Augusto quanto Dalila gostavam da boêmia e bebiam uns copos para se divertirem.
Naquela noite, depois de não beberem muito, estavam alegres e sorridentes, quando Augusto encontrou três pessoas, uma mulher e um senhor, ambos de meia idade, e um terceiro senhor mais jovem e de boa aparência, usava um sobretudo, talvez de cor preta ou cinza escuro, na luz da noite não se fazia possível perceber bem. Foi então que algo muito estranho aconteceu.
Dalila não compreendeu o que Augusto conversou com eles, estava mais para sussurros do que para uma conversa descontraída. Augusto pega na mão de Dalila e a puxa, quanto ela pergunta para onde iriam, ele responde, vamos até um lugar com essas pessoas, pessoas mesmo, que ela nunca soube os seus nomes.
Caminharam um pouco pelas ruas estranhas da Nazaré e o senhor mais velho abriu uma porta, vagamente Dalila se lembra que mais parecia estarem entrando em um porão. O ambiente era mesmo muito estranho com algumas mesas e bancos de madeira, e também algumas cadeiras, não havia muita coisa lá dentro, e com pouca iluminação, era como se estivessem num mausoléu de tamanho maior, tudo muito fúnebre.
Dalila se lembra que serviram uma bebida que continha álcool, não sabe que tipo de bebida, também não sabe o que adicionaram na bebida, porque ela se sentiu diferente depois de ingerir alguns goles, e parou imediatamente de beber. Augusto ficou conversando com o senhor e senhora mais idosos e deixou Dalila sem muito ambiente e a solta. Dalila são sabe dizer se Augusto estava a fazer tudo com algum propósito, com certeza Dalila sabe que Augusto, homem da vida e bem vivido, de inocência não tinha nada.
Passado alguns minutos, o senhor de sobretudo e mais bem aparentado, começou um diálogo com Dalila, conversa estranha de gente esquisita, ao ponto de dar uma cantada na Dalila como se ela fosse uma mulher da vida. Ela percebeu que tudo aquilo era extremamente novo para ela, era o submundo que nunca havia conhecido e, sutilmente se achegou a Augusto e disse para irem embora que a conversa não era agradável. Mais estranho foi a atitude de Augusto, sem titubear e nem pegar na mão dela, saiu muito furioso e a andar depressa sem esperar por Dalila, que saiu correndo atrás de Augusto que já se retirava do recinto.
Caminhando apressadamente, Augusto na frente e Dalila atrás sem entender nada, foram até o carro e se dirigiram para casa e, nunca mais falaram sobre o ocorrido.
Dalila e Augusto voltaram muitas vezes na Nazaré e, Dalila se lembra em ter visto o tal senhor do sobretudo, mais de uma vez, ele fingia que não a conhecia e ela também. Dalila nunca comentava nada com Augusto.
Passaram-se alguns meses e Augusto falou para Dalila que o tal senhor mais velho havia falecido. Dalila pensou... estranho Augusto se interessar sobre a vida e a morte de uma pessoa tão esquisita... Teria Augusto mais conhecimento naquelas pessoas que ela não percebia? Seria Augusto tão estranho quando eles? Queria Augusto em conluio com aquelas pessoas testá-la, por não a conhecer bem e não ter certeza de quem ela realmente era? Queria Augusto que Dalila fosse uma mulher da vida para conseguir proveitos financeiros? Era Augusto um atravessador de prostitutas e se deu muito mal com Dalila?
Hoje Dalila sabe o quanto foi míope durante alguns anos. Sim, o homem que ela prezava tem como resposta, para todas as perguntas mais negativas que ela se fez e faz sobre ele, positiva. Augusto é do submundo.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Este, é um conto que eu gosto muito. Escrito por alguém muito especial. ❤


Desejo Noturno



Que a noite te envolva

Em seus braços,

Acariciando teu corpo cansado,

Mesmo que embaraçando

Teus lindos e dourados cabelos.



Que este repouso noturno

Possa revigor tuas forças

E desafogar tua mente

De todo e qualquer cansaço,

De toda e qualquer dor,

Tristeza ou sofrimento.



Mas que antes de tudo

Te faça sempre inteira,

Tua completamente,

Segura,

Feliz

E presente!







W.J.G.F.

Escrito por WGJF às 03:22

Inserida por JoanaCarla29

QUANDO FICO SEM VOCÊ

Quando fico sem você,
Perco a noção do tempo,
Conto por séculos os minutos,
E as horas por milênios!

A tua ausência pra mim é demais ,
Quero sair correndo pra te encontrar,
E te dizer que não suporto mais,
Ficar sozinho nesse lugar!

Quero sentir o teu abraço,
E não tenho os teus braços.
Quero desfrutar do teu beijo,
E nem por um momento a vejo!

Meus dias passam monótonos sem a ver
A dor é tanta que chego a delirar,
Clamando repetidamente por você,
Mas onde meu bem estará?

Mas só saber que você existe,
Já me dá força pra suportar,
Quero ir além dos meus limites,
E tentar a saudade controlar!

Você é uma jóia que não se pode comparar,
Da qual Salomão em seu proverbio diz,
Mulher virtuosa, quem a achará,
Pois sua valia excede a dos rubis!

Não consigo evitar essa dor,
Que a cada momento cresce,
A ausência pode aumentar esse amor,
Mas somente a tua presença é que o fortalece!

Rodivaldo Brito em 23.07.1987

A PRESENÇA DA BRISA
(28.11.2018).

Conto com a presença constante da brisa,
Que o mar deixa em minha alma,
Pois com ela posso sentir a face pura,
E sem pensar em qualquer problema.

Sempre sendo acolhido pelo tempo...
Misturando-me ao espaço existente,
Como se não houvesse outro dia,
Por estar em uma dimensão: MINHA VIDA!

Então, em mim posso enxergar,
O repouso das página do livro...
Andorinhas voando e fazendo ninho,
Desconstruindo todos os seus medos.

Desbravo-me no silêncio que me surpreende,
Guiando meus passos até a entrada principal. Entrada? Principal?
Sim! O encontro com meu verdadeiro EU.

Inserida por ricardo_oliveira_1

UMA ASA LAVA A OUTRA

conto de Ádyla Maciel

Era 25 de junho, já chegando o finalzinho do semestre. Tiê usava um óculos boca de garrafa e sentava-se sempre nas árvores da frente, dedicada e silenciosa.
A professora Coruja entrou na mata e disse aos alunos:
—Boa tarde passarada! Já terminamos o nosso conteúdo de aritmética, agora aprenderemos os algarismos romanos. Alguém aqui conhece algum número romano?
E uma voz gritou do fundo da sala. Era Juriti.
—A Tiê não sabe nem quanto é 1+1, não conhece nem os números brasileiros, como saberá os números romanos?
Todos os pássaros da classe começaram a rir. Tiê não deu importância aos comentários de mau gosto.
Alguns dias se passaram e saiu o resultado da prova de matemática, Tiê tirou zero, apesar de ter estudado muito e freqüentado todas as aulas da tia Coruja. Sentiu-se triste, desmotivada e com muito medo das possíveis broncas que receberia de seus pais.
Na hora do intervalo, Tiê voou até o parquinho e sentou-se num balanço, abriu sua lancheira e começou a comer seu sanduíche de alpiste. Quando suas lágrimas estavam quase secando, três passarinhos se aproximaram e começaram a falar da nota que tinham tirado na disciplina de matemática. A águia tirou 9, o beija-flor 8,5 e Juriti 10,00.
Perguntaram a nota de Tié e ela ficou muito sem jeito. Juriti, que tinha tirado a nota máxima zombou de Tié
—Aposto que tirou zero; eu tirei 10, sou a mais inteligente da mata.
A professora Coruja, preocupada com o desempenho escolar de Tié encaminhou-a para o gavião psicopedagogo. Lá descobriram que ela tinha discalculia, um transtorno caracterizado pela inabilidade de refletir sobre tarefas e coisas que envolve números. Logo que descobriu, iniciou o tratamento e foi entendendo aos poucos qual era seu lado direito e seu lado esquerdo, além de aprender a lidar minimamente com números.
Tiê tinha sempre notas boas em português e nas demais diciplinas e descobriu que Juriti tinha muita dificuldade em português, então resolveu ajudá-la, descobriu também que que Juriti tinha dislexia, dificuldade para compreender palavras e interpretar textos.
Juriti aceitou a ajuda de Tiê e em troca ofereceu aulas de matemática.
Tié passou a dar aulas de português para Juriti e Juriti passou a dar aulas de matemática para Tiê.
Juriti percebeu que uma mão lava a outra, e se ajudarmos uns aos outros aprenderemos a voar mais longe e mais alto para lugares belíssimos. Todos nós temos alguma limitação. Isso não significa que não somos inteligentes, temos diferentes níveis de aprendizagens. Existem diversos tipos de inteligência, entre elas a linguística, a musical, a espacial, a naturalista e muitas outras. Assim como os peixes que sabem nadar e os pássaros que sabem voar.

Inserida por adyla_maciel_emediato