Condenado
Eu jogo com as cartas certas nos momentos certos. E serei julgado, condenado pelas minhas ações. Mas ninguém compreenderá minhas verdadeiras intenções, eu sou a voz no silêncio, a luz que brilha na escuridão, o caminho a ser percorrido na mente dos fracos de espírito, sinta o calor! Não compreende sua existência, não compreende a grandeza do mundo. sejam mais do que pensamos, e nem o mundo saberá que desejas, é um único ser que não se pode esquecer, que o amor pela vida, transborda em todo o seu coração, e na sua existência, como ser humano.
Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o que faz está condenado a penar, entre tantos que não são bons.
O tribunal sempre condenará o mais fraco, e se por algum motivo o mais forte ser condenado é por que alguém mais forte o condenou
Quando olho pra cruz percebo que fui perdoado mesmo condenado,
Quando eu olho para o túmulo vazio eu percebo que sou amado e que é hora de reagir!
A única vingança justa de um prisioneiro e condenado, quando em liberdade é por meio de processos injurio, cercear a liberdade de todos que no passado próximo, lhe foram opressores.
Quem fala muito pode tropeçar nas palavras, pode ser analisado, confrontado ou até mesmo condenado pelo que disse. O que nada diz, ao contrário, está protegido pela aura do silêncio. O silêncio não julga, não condena, não mente e nem induz ninguém ao erro. O silêncio não fala nada e quando fala ninguém o pode culpar pelo disse.
O cavalo é um dos animais mais escravizados pelo homem, este ser infeliz é condenado a passar a vida trabalhando.
Cavalo livre é cavalo que nunca foi montado.
O condenado é julgado pelo erro do passado. E paga até que seja perdoado. Mesmo tendo o tempo passado, sempre será cobrado. Alterando a sua imagem perante os que fazem o possível para parecerem perfeitos. Estão ocultando seus erros em prol de uma miragem aos olhos alheios.
É ser um condenado de mais, escutar as pessoas a falarem mal de ti, até aquelas que você sorri com elas.
Daniel Perato Furucuto
Estou sendo condenado por um silêncio, o que na vida é absurdo transforma tantas coisas em absurdo. Por isso meu silêncio é apetitoso, mesmo que alguém não o perceba
Condenado Espaço Confinado
No total
De sua
Plenitude
Ocupa
Todo
O tudo
Sem deixar
Por onde
Egoísta
Em tempo
Integral
Politicamente
Incorreto
Delicioso
Envolvente
O muito
É sempre
Pouco
Infernal
Em sua
Inquietude
Celestial
Na plenitude
De ser
Total
Metódica da Verdade
Uma gaiola está sempre à procura de um pássaro, e homem não está condenado à morte, está condenado a viver.
Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós, e a culpa de todos os erros humanos, é a impaciência, que se torna uma interrupção prematura de um trabalho metódico.
Em filosofia, uma designação tradicional de verdade, diria que é aquilo que permanece inalterável a quaisquer contingências, um conceito que não está em concordância com o senso comum e que trás um problema.
A verdade é, tudo aquilo que o homem precisa para viver, não pode ganhar nem comprar dos outros, todo homem deve produzí-la sempre no seu íntimo, se não ele se arruína. Viver sem a verdade é impossível, mas não exagere o culto da verdade. Não há um único homem no mundo, que não tenha mentido muitas vezes e com razão.
Depois de ter dado abrigo ao mal, ele não mais pedirá que você acredite nele,desde que alberguemos uma única vez, este não volta a dar-se ao trabalho de pedir que lhe concedamos a vossa confiança.
Quem busca as caras
do amor pode ficar
condenado a jamais
encontrar porque
o amor verdadeiro
tem a ver com
o quê é do espírito,
e nada tem a ver
com o quê é físico.
ELEGIA AO PRIMEIRO AMOR
(Apaixonado, arrebatadoramente apaixonado. Amante confesso e condenado)
Chuva.
Tarde.
Pôr do sol.
E versos morenos sobre a areia.
Calor.
Noite.
Lua cheia.
E um banco de jardim com dois amores.
Adolescência.
Descoberta do outro.
Beijo das mãos.
Toques de lábios carnudos.
Desnudos, os corações se apaixonam.
Como é possível?
primeira tarde
primeira noite
alma ansiosa
amor platônico
tomar conta de tudo?
Instalar-se para sempre
“feito um posseiro”
dentro do meu mundo!
(jan./1992)
A PÁSCOA
Páscoa, tempo de Jesus,
por Pilatos condenado,
carregou pesada cruz,
também foi chicoteado.
Glória a Deus, digo amém,
túmulo tinha ninguém,
foi aos céus, ressuscitado.
O CONDENADO
O sentimento está triste. Tão calado
O pensamento solitário, num canto
Com agonia, ali, assim, compassado
E os olhos lacrimejando entretanto...
E no sofrimento de um crucificado
Pulsa na dor e chora árduo espanto
Se sentindo, um tal tão desgraçado
No drama e paixão, sem encanto...
Do algoz, cruento, e seco cerrado
O silêncio lasca o peito com tensão
Que suspira em pranto, fulminado
Tal um réu, um desafortunado, então
Largado na ilusão, e se vendo de lado
Soluça saudades o condenado coração!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 de agosto de 2020 – Araguari, MG