Comparação
Jamais queira saber, se pra mim, você é a melhor. Não há comparação, pois para mim, você é a única.
A comparação mais justificável é quando nos comparamos a nós mesmos: o que fomos, o que somos e o que seremos.
“Tristeza e felicidade é uma comparação entre suas escolhas momentâneas passageiras entre passado e futuro, moderno e antigo.”
Os sentimentos de comparação e inveja permeiam nossas vidas, frequentemente nos fazendo sentir inferiores em relação aos outros.
A mera presença de alguém, quem quer que seja, muitas vezes nos leva a acreditar que estamos em falta, seja em termos materiais, físicos ou identitários.
Essa percepção nos lança em um turbilhão de emoções, desde raiva até tristeza e um profundo senso de inferioridade.
Especialmente quando nos pegamos confrontando nossas próprias circunstâncias com as de indivíduos que aparentam ter mais sucesso, beleza, riqueza ou privilégios.
Essas comparações incessantes podem minar nossa autoestima e distorcer nossa autoimagem, nos levando a uma constante luta interna para nos sentirmos adequados e dignos em um mundo repleto de avaliações implacáveis.
Uma tremenda insensatez usar a meritocracia como parâmetro de comparação entre aristocracia, burguesia e periferia.
Esse sistema só pode ter validade entre pessoas que possuam as mesmas condições sociais, econômicas e psicológicas.
Nascer em berço de ouro é bem diferente de nascer em berço de couro.
São contextos, conjunturas e realidades extremamente distintas, desiguais.
A felicidade no mundo globalizado é uma ideia construída na comparação entre uma forma ou outra de viver. Sendo assim, quem é mais feliz? Uma pessoa que vive submersa às diversidades sufocantes de uma metrópole ou outra que encara as limitações de um lugarejo, sem perspectivas de progresso? A dificuldade em responder a referida pergunta está na complexidade em definir felicidade, pois sendo um sentimento, logo é singular, portanto, imaginá-lo dentro de um padrão é um erro e esse erro aumenta quando teorizamos a possibilidade de alguém ser feliz, porque isso é impossível, justamente, por sermos portadores de uma falibilidade que não nos permite sermos perfeitos, pois somente com a perfeição poderíamos dizer: somos felizes.
"O planejamento, a lista de compras e a comparação de preços são aliados poderosos para economizar no supermercado e fazer o dinheiro render."
A comparação jamais resolverá o problema do descontentamento porque ela é justamente o que causa. A gratidão só é possível quando há uma disruptura com qualquer parâmetro que seja alheio ao próprio sujeito.
A competição tem como base a comparação! Toda pessoa que quer competir é porque tem um complexo de inferioridade com alguém.
Os padrões de beleza, status que foram implantados na sociedade é a causa de muitas doenças. Não devemos nos compararmos com a vida dos outros, precisamos nos aceitar em primeiro lugar.
Tive que fazer esta analogia para tentar explicar um pouco da individualidade de cada atleta, ou melhor, cada ser humano.
Sempre temos o péssimo hábito de comparar ou querer achar a falha nas situações.
No entanto, lancei a pergunta se a laranja ou maçã é melhor para pensar: bom, são frutas! Fazem parte do mesmo grupo, ambas têm seus benefícios, contudo, embora as qualidades de uma sejam distintas, bem como suas especificações, suas individualidades, seja de cor, gosto, combinação, funcionalidade, ações etc. Uma pode ser boa, ser melhor, para tal situação, já a outra pode ser muito melhor em outra. Isto depende das circunstâncias e do contexto que precisa ser utilizada.
Assim podemos pensar no atleta. Nenhum atleta é igual ao outro, e isso não quer dizer que um seja mais que o outro. Cada um tem suas qualidades, defeitos, características individuais. O atleta é único. Qual é o melhor? Seria arriscado a dizer, ou afirmar, pois os atletas não são como frutas. Que quando apresenta maturação deixa de ser verde (em geral), seu crescimento termina, ou melhor, o ciclo termina. Os atletas estão sempre em evolução, é um amadurecimento constante, mas para além disso, não é um amadurecimento só físico e tático, mas psicológico. Desportista tem sentimentos, sonhos, ambições, ficam doentes, etc. Então, existem períodos que podem fazer com que ele seja melhor em determinada época ou campeonato e pior em outro. Isto varia, é uma mutação constante, por isso das oscilações, que muitas vezes é ocasionado exatamente PELA COMPARAÇÃO. Comparação que proporciona certo desequilíbrio, ou seja, comparar não se torna eficaz.
Ainda quero salientar que cada atleta traz seus benefícios, um atleta é único. É por isso que tem que trabalhar essa individualidade. Algo pode até chegar a ser parecido com alguém, pode ter algo em comum ou que lembre. Mas parecido não é igual. Sempre tem algo que muda. Além disso, no grupo pode ser que suas características anulem um pouco, ou tendam a não se expressar. Exemplo: a maçã é mais dura para virar suco, terá que ser triturada, já a laranja, por ser mais líquida, é mais fácil, ou talvez possamos pensar na casca dessas frutas, a casca da maçã a maioria das pessoas consome, já a da laranja, para ser consumida, tem que estar seca, passar por processos.
Quero ainda dizer que sempre passamos por processos, porém cada um tem o seu processo, e cada um pode SIM ATINGIR, CHEGAR ALCANÇAR onde deseja. Porém, talvez, para alguns será mais difícil e doloroso. Assim como é para a maçã virar suco e a casca da laranja virar comestível, tudo tem seu tempo, seu trabalho e esforço, mas todos podem chegar ao mesmo destino.
Ah!! Por favor, atleta, não se compare com ninguém, o que você pode fazer é comparar suas falhas com seus acertos, suas qualidades com seus defeitos. E isto basta! Nem laranja, nem maçã, seja o fruto de seu sonho, seja fruto de você mesmo.