Coleção pessoal de YukiMedronho

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Em estado de dúvida, suspende o juízo.

Eduquem as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Temos a arte para não morrer da verdade.

Logo que, numa inovação, nos mostram alguma coisa de antigo, ficamos sossegados.

O homem é definido como um ser que evolui, como o animal é imaturo por excelência.

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.

Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.

As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.

A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.

Ter nascido me estragou a saúde.

Sou um coração batendo no mundo.

E, se você me achar esquisita, respeite também.
Até eu fui obrigada a me respeitar.

Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Porque há o direito ao grito.
Então eu grito.

(...) passava o resto do dia representando com obediência o papel de ser.

... estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda.