Coleção pessoal de Ysantos
Essa noite tive um sonho.
Sonhei que estava vivo,
Esgueirando-me do mundo físico.
Então vi teu riso, doce e meigo
me deixei resvalando pelas curvas de teus lábios, me perdendo no canto de tua boca,
apaixonando-me por cada traço.
Há tanto que eu queria te mostrar.
Tanto para te dizer
Eu queria pôr tudo em um livro, pois sei o quanto você aprecia ler.
E eu...
Eu simplesmente amo escrever pensando em você.
Em meu caderno, você está por toda parte.
Eu já te levei para inúmeros castelos, campos e lugares.
Há um mundo em que você é pura euforia, em outro, você é a própria poesia.
Existe um planeta onde você é minha deusa.
Em certos momentos, é a razão de minha melancolia.
Em alguns textos, te venerava. E em todos os momentos eu a desejava.
Eu queria poder te lavar para este plano metafísico, longe dessas essas pessoas ruins, longe de todo esse caos, risco... Decepções...
Onde fosse só você, me contando sobre seus traumas, medos, frustrações. Pois quero conhecer-te em cada face, saber o ritmo médio em que seu coração bate, saber o que o acelera e te faz ofegar.
Entender os motivos pelos quais você sorri, saber o que te entristece. Então cuidaria de você, de uma forma que só você sabe que merece.
Mas no fim, sou como Hesíodo em La Teogonia, somente um semi-poeta fascinado pela sua forma de beleza, apenas um mortal apaixonado por uma deusa.
Tem um pouco de loucura em tudo que sinto
Mas a verdadeira loucura é você,
pois tudo que sinto é por sua causa.
E as lágrimas agora se misturam com as páginas, afundando em profundas mágoas, sem previsão de voltar.
Eu lembro do passado como um replay,
Amizades que cativei e as que neguei,
Eu falhei em tantas vezes em que tentei.
Estou pensando nas pessoas que deixei.
Minha vida eu só desperdicei?
Coisas que comecei e não terminei
Sinto-me sozinho, mas me sinto bem.
Não há mais volta, eu sei!
Quando tudo escureceu,
havia um brilho cada vez mais próximo.
Enxerguei minha luz em meio ao breu,
vi então o brilho dos teus olhos.
Como eu queria que tudo voltasse ao normal, poder voltar pra nossa realidade. Aproveitar a nossa vida real, e nunca mais sentir saudades.
Ei, moça!
Estava pensando aqui;
Seria inapropriado escrever uma poesia a ti?
Bom, é que alguém como você, todos os dias esse tipo de bajulação deve ouvir.
Estou apaixonado...
Estou apaixonado por uma deusa e de fato este é um pecado do qual eu não devesse concernir. Porém, deste pecado eu não quero me redimir.
Apaixonado desde os 8 anos de idade...
Eu não sei dizer exatamente o que mais me chamou atenção em você. Mas sei dizer as coisas que não consigo esquecer;
Os teus olhos, teu sorriso, tua voz.
Sinto-me aquela criança ao saber que vai chegar, fico apavorado quando estamos a sós.
Tento compreende-la mas você é complicada, me sinto um tolo, pois você é tão misteriosa e fascinante quanto o universo em si.
Seria eu um grande egoísta por querer ter tudo isso só pra mim?
Naquela noite, memorizei cada palavra, desde o jeito que sorria, até o modo que gesticulava.
E depois? depois escrevi um poema. E nele, contava como resvalava sempre que me olhava, que meu coração se agitava sempre que você falava.
Foram as horas mais rápidas de minha vida, e eu sabia que não mais as teria, mas mantenho a esperança de um dia repeti-las.
Eu te odeio...
Odeio o jeito que você sempre é fria e apática.
Odeio quando você é grossa e ríspida sem motivo.
Odeio quando retribui com indiferença algo que eu queria te mostrar.
Odeio o jeito que você ignora quando te conto algo que estou sentindo.
Odeio você fingindo ser durona pra disfarçar o seu sentimentalismo.
Odeio tudo isso em você porque lembra de tudo em mim.
Dizem que o ódio nasce para proteger um amor verdadeiro, isso não é narcisismo. Apesar de você se parecer muito comigo, todos os traços da sua personalidade são autênticos, e eu amo isso.
Amo que você apática seja fria e apática, por que quando você se importa comigo, percebo que sou especial pra você.
Amo que você seja grossa e ríspida porque assim consigo ver com mais clareza o seu lado fofo e apaixonante.
Amo que você seja durona porque assim fica evidente o seu lado sentimental.
Te vejo como alguém muito forte, te admiro por não ter medo de correr atrás do que você quer.
Talvez você não reconheça nada disso, talvez você negue tudo o que eu disse, mas se pudesse enxergar através dos meus olhos, você também veria, e também admiraria quem você é!
Odeio tudo de mim em você, mas amo-te por ser tudo o que você é.
Me deixe lastimar, pois sinto que eu já morri há décadas.
Não quero desabafar, oh estética, permita que eu possa a todos enganar.
Eu não quero que o mundo me veja,
porque não acho que eles entenderiam.
Eu não quero que você me note,
quero apenas que saiba quem sou eu.
E naquela noite minhas mãos ficaram pesadas, como se fosse a primeira vez que tivesse mãos, não sabia o que fazer ou como escondê-las. Minhas pernas tremiam.
E quando você desviou o olhar, meu coração se agitou.
E quando você falou comigo, todo o universo ao meu redor parou para observar, porque naquele momento nada era tão fascinante quanto observar seus lábios, ouvir sua voz, sentir sem tocar-te.
O naufrágio na minha cabeça. Se pudesse por apenas um instante te mostrar, entenderia o ponto em que me perdi.
E se tudo o que temos for este momento?
E se tudo o que temos for até a chuva passar?
Até sua carona chegar?
Até o dia em que eu morrer?
E se tudo o que temos for este olhar pela janela?
Eu topo o que temos.
Não sei como ou quando isso começou,
Talvez eu a esteja idealizando demais,
Ou talvez sua perfeição esteja além de minha imaginação.
Os olhos, os cabelos, a voz...
De repente todas essas coisas existem,
e eu já não sei viver sem tê-las.