Coleção pessoal de yhuldsbueno

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⁠Crônica da Fronteira: Ponta Porã e Sua Diversidade histórica e Cultural.

Na linha tênue que separa Brasil e Paraguai, Ponta Porã emerge como um mosaico de histórias e culturas.

A cidade, que já foi um vilarejo modesto, carrega em suas ruas e campos a memória de tempos de exploração da madeira e da erva mate e desenvolvimento.

No final do século XIX, os primeiros migrantes sulistas chegaram, atraídos pela promessa de terras férteis e pela riqueza da erva-mate.

Esses pioneiros, com suas famílias e sonhos, desbravaram a região, fixando morada e iniciando o comércio da erva que se tornaria símbolo da cultura local.

O Porongo a cuia de chimarrão e de tereré, hoje, representam essa fusão cultural entre brasileiros e paraguaios herança dos povos originais, nativos desta região que deixaram sua marca cultural para todas as gerações.

Com o passar dos anos, a exploração da madeira das matas e a criação de gado transformaram a paisagem. Viajantes e tropeiros cruzavam os campos, levando café e outros produtos agrícolas para mercados distantes.

A agricultura floresceu, e Ponta Porã se tornou um centro de produção de soja, trigo e milho entre outros produtos aos poucos a erva mate foi esquecida, está que foi a mola mestra do desenvolvimento econômico da região nos tempos da exploração do ouro verde pelos ervateiros locais.

A emancipação do vilarejo em 1912 marcou o início de uma nova era. A cidade cresceu e se desenvolveu economicamente, atraindo novos moradores e investimentos.

A construção do 11° Regimento de Cavalaria Independente, que mais tarde se tornaria o 11° RC MEC, foi um marco importante. Marechal Dutra, que comandou o regimento, viria a ser presidente do Brasil, deixando sua marca na história local.

Personagens históricos e eventos significativos moldaram a cidade de Ponta Porã. Revoluções e divisões territoriais, a proteção da fronteira e a visita do presidente Getúlio Vargas são apenas alguns dos capítulos dessa rica narrativa da formação histórica e cultural da fronteira.

A criação do Aero Clube de Aviação e do Centro de Tratamento de Zoonoses são exemplos do progresso contínuo da cidade em meados da década de 1940 e 1950

Entre 1943 e 1946, Ponta Porã foi elevada a Território Federal, destacando-se pela sua importância estratégica e econômica. Na década de 1950 chega a extensão do Ramal ferroviário Noroeste do Brasil ligando definitivamente Ponta Pora ao centro industrial do Brasil.

Esse período de autonomia dentro do estado de Mato Grosso, que posterior se dividiu criando o Estado de Mato Grosso do Sul reforçou seu papel na história nacional.

Hoje, Ponta Porã é um testemunho vivo da diversidade cultural varuos povos convivendo dentro de uma região unica.

O espírito pioneiro
que moldaram sua identidade. Cada esquina, cada praça, carrega consigo as histórias de um passado vibrante e de um futuro promissor.

⁠Poema Fronteira sem portão sem porteira.

Ponta Porã e Pedro Juan Caballero
Na linha divisória, um muro imaginário,
Sem porteira ou portão,
Um passo em Ponta Porã,
Um pulo em Pedro Juan Caballero,
Duas nações, um só coração.

Cidades gêmeas, fronteira seca,
Onde culturas se entrelaçam,
Chipa, tereré, mate e chimarrão,
Sopa paraguaia, parrillada e polca,
Churrasco e a tradição do barbacuá.

Histórias antigas, memórias vivas,
Tropeiros e viajantes,
Estâncias e fazendas,
Erva-mate nativa,
Que ajudou a construir,
Essas cidades irmãs.

Valentes patrulhas,
Expulsaram os bandidos,
Lendas e causos,
Contos de um passado,
Que ecoa na história,
De um povo misturado.

Ponta Porã e Pedro Juan,
Unidas pela tradição,
Onde o Brasil encontra o Paraguai,
E a vida segue em comunhão,
Duas cidades, uma só canção.

Crônica da Linha de Fronteira Seca: Ponta Porã e Pedro Juan Caballero

A linha de fronteira seca entre Ponta Porã, Brasil, e Pedro Juan Caballero, Paraguai, é uma região única, repleta de histórias antigas e memórias culturais. Este território, que hoje une dois países, já foi palco de inúmeras rotas e caminhos antigos, cruzados por povos indígenas, portugueses, espanhóis e missões jesuítas.

A Formação Histórica.

Desde tempos imemoriais, a vasta mata e as grandes áreas de erva-mate nativa atraíram colonizadores, migrantes e emigrantes de diversos lugares. Os tropeiros e comerciantes viajantes que por aqui passaram deixaram suas marcas, e muitos decidiram fixar-se, dando origem a estâncias e fazendas que, cada uma, conta sua própria trajetória e história.

Lendas e Memórias.

As lendas locais falam de quadrilheiros e bandoleiros que cruzaram a região, mas também das patrulhas volantes, formadas por valentes da região, que expulsaram os bandidos. Essas histórias são contadas através de crônicas locais, lendas e causos de outros tempos, memórias de um passado que deixou gravado na história contos para serem contados.

A Riqueza Cultural.

A riqueza cultural e histórica da linha de fronteira seca é inegável. Cada canto dessa região guarda memórias de um tempo em que a fauna e a flora exuberantes eram observadas com admiração pelos primeiros exploradores. As missões jesuítas, com seu legado de fé e conhecimento, também deixaram marcas profundas na cultura local.

Conclusão.

Hoje, Ponta Porã e Pedro Juan Caballero são cidades irmãs, unidas por uma fronteira que, mais do que dividir, une histórias e culturas. A linha de fronteira seca é um testemunho vivo de um passado rico e diversificado, que continua a inspirar crônicas e contos, mantendo viva a memória de uma região única e cheia de histórias para contar.

⁠A Guerra do Paraguai, também conhecida como Guerra da Tríplice Aliança ou Guerra Guasu, foi um dos eventos mais marcantes da história sul-americana.

Entre 1864 e 1870, quatro nações: Uruguai, Argentina, Brasil e Paraguai, se envolveram em um conflito que deixou cicatrizes profundas na região da grande província de Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul, foi o passado o palco central da guerra.

Homens, mulheres e jovens lutavam, cada um defendendo sua pátria e seus ideais.

Os Impérios se confrontavam, e a Europa observava atentamente, com França, Inglaterra, Espanha, Portugal e até os Estados Unidos acompanhando o desfecho deste conflito. Batalhas épicas e históricas foram travadas em locais como Riachuelo, Colônia dos Dourados, Humaitá, Itororó, Avaí, Angostura e Lomas Valentinas, até o desfecho final na última batalha do Cerro Corá.

Quem venceu, quem perdeu, quem foi o culpado e o inocente, essas são perguntas que ainda ecoam no imaginário popular. As histórias e lendas da guerra se misturam com o cotidiano das pessoas, e os tesouros pós-guerra, reais ou imaginários, alimentam a curiosidade e a esperança.

A fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, com seus caminhos, estradas e povos diversos, guarda a alma daqueles que partiram e as cicatrizes dos que ficaram.

Os eventos que o tempo não apaga se tornaram parte da formação socioeconômica dos povos, influenciando o desenvolvimento cultural por gerações.

⁠As cidades gêmeas de Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, é o mais emblemático e fascinante exemplo de desenvolvimento sócio-histórico e cultural na região fronteiriça.

Essas cidades, separadas apenas por uma linha imaginária, compartilham uma rica diversidade de povos vindos de várias partes do Brasil e do mundo, criando um mosaico cultural único.

A mistura de culturas é evidente na gastronomia local, onde pratos brasileiros e paraguaios se encontram, resultando em uma culinária rica e variada.

Além disso, a diversidade religiosa é marcante, com igrejas, templos e centros de diferentes denominações convivendo harmoniosamente. Essa convivência pacífica é um testemunho das lutas e superações que a região enfrentou ao longo dos anos.

A história dessas cidades é repleta de conquistas e desafios. Desde a sua fundação, Ponta Porã e Pedro Juan Caballero têm sido palco de importantes eventos históricos que moldaram a identidade local. As lendas e histórias locais se entrelaçam com o cotidiano do povo, criando um ambiente onde o passado e o presente coexistem de maneira única.

A riqueza cultural também se manifesta nas artes, com poesias e versos que capturam a essência da vida na fronteira. Figuras ilustres e anônimas, cada uma com suas próprias histórias de vitórias e derrotas, contribuem para o tecido social vibrante dessas cidades.

A região de fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero se torna um é um portal único no espaço e no tempo, pois várias culturas se encontram transformando-se e criando desta maneira uma identidade única e rica em diversidade.

⁠Aprender dentro da diversidade; A melhoria no processo de ensino e aprendizagem em contextos multiculturais e bilíngues, como nas regiões de fronteira entre Brasil e Paraguai, exige um compromisso contínuo com a formação de educadores, a valorização da diversidade e a implementação de metodologias inclusivas. Ao reconhecer e integrar os saberes locais e globais, podemos criar um ambiente educacional mais justo e equitativo, que prepare os alunos para serem cidadãos do mundo, respeitando suas raízes culturais.

Desafios da educação multicultural; ⁠O bilinguismo nas regiões de fronteira apresenta desafios específicos, como a necessidade de desenvolver proficiência em duas ou mais línguas e a possível resistência de algumas comunidades à inclusão de línguas minoritárias no currículo.

⁠O historiador, através do pensamento crítico e da narrativa, não só preserva e interpreta o passado, mas também influencia diretamente a formação cultural e o desenvolvimento das regiões, ajudando a construir uma sociedade mais consciente e informada.

⁠História do valente Tenente Antônio João:

Na vastidão dos campos da Colonia dos Dourados, Ergue-se a história de um bravo soldado. Tenente Antônio João, nome que ecoa, Na memória de um povo, sua história ressoa.

Quatro nações em guerra, um conflito sul-americano que parecia sem fim, Brasil e Paraguai protagonista desta história, defendendo seu jardim.

Na Colônia distante, o tenente se ergueu, Com uma dúzia de homens, seu destino escreveu.

Cem inimigos à frente, sem hesitar, Antônio João e seus homens prontos a lutar. “Sei que morro”, disse, com coragem no olhar, “Mas meu sangue será protesto, a Pátria a honrar.”

O chão da Colônia dos Dourados, com sangue regado, Testemunhou o sacrifício de um herói consagrado. Seu nome gravado na história, jamais esquecido, Tenente Antônio João, o valente, para sempre querido.

⁠Tereré na Fronteira

Na fronteira onde o Brasil e o Paraguai se encontram,
Ponta Porã, princesinha dos ervais, se destaca.
Histórias gravadas nas memórias dos ancestrais,
Nativos guaranis, bravos guerreiros,
Que através da bebida fresca, o Tereré,
Reverenciavam os antigos nativos,
Cujas memórias ainda vivem nestas terras.

Tereré, símbolo de amizade e cura,
Do corpo e da alma,
Bebida com água pura ou com ervas medicinais,
Os yuyos, plantas nativas que trazem fragrância e cura.
Em cada gole, uma conexão com o passado,
Uma reverência aos que vieram antes,
E uma celebração da vida e da cultura,
Na fronteira onde histórias e tradições se entrelaçam.

⁠Somos no presente a construção do nosso passado.

⁠Erva-Mate: Alma e Tradição

No coração da terra guarani,
Nasceu a erva-mate, presente divino,
Histórias de lutas, glórias e dor,
Enraizadas no solo, no amor.

No passado distante este fato ocorreu, conta a lenda que um velho guerreiro,
Cansado, sem forças, sem paradeiro,
Foi abençoado por uma divindade Guarani com uma muda de erva-mate, símbolo de união força e amizade

Na roda de Tereré, a sede se desfaz,
Entre amigos e desconhecidos, a paz, erva-mate.

Patrimônio imaterial da humanidade,Unindo povos, criando irmandade.

Ponta Porã e Pedro Juan, cidades gêmeas, Na fronteira, histórias que o tempo semeia. De um passado cheio de lutas e glória,

A erva-mate, se torna a guardiã da amizade e da memória.

Seu poder de curar a alma e o coração,
Transforma a dor em união.

Na roda de Tereré, surge a boa conversa,
Erva-mate, tradição que nunca cessa.

Prof. Me. Yhulds Bueno

⁠Fronteira de Histórias e Lendas.

Nas margens da Laguna Porã,
Nascem cidades gêmeas, irmãs,
Ponta Porã e Pedro Juan,
Unidas pelo tempo e pelo chão.

No vasto Mato Grosso do século XIX,
Emancipado, tornou-se Mato Grosso do Sul,
A Princesinha dos Ervais, Ponta Porã,
E Pedro Juan, homenagem ao herói da independência.

Mistura de raças, culturas e histórias,
Lendas surgem, figuras conhecidas e desconhecidas,
Povoaram esta região de amor e música,
Polca paraguaia, vanera e pericón.

Tradição do tereré, mate e chimarrão,
Amor ao povo fronteiriço, brasiguaio,
Aos que chegam e ficam,
Aos que passam e seguem sua jornada.

No peito e na alma, a saudade,
Desta cidade rica em história,
Ponta Porã, sempre hospitalheira,
Guarda na memória as lembranças vividas.

Prof. Me. Yhulds Giovani Pereira Bueno.

⁠Não desperdice tanto tempo pensando o tempo que perdeu.

O historiador sempre será um escritor solitário de um livro infinito, com inúmeras páginas em branco para serem preenchidas.

⁠O tempo é a subtração da vida ao mesmo tempo que a vida é a somatoria do tempo.

⁠O olhar expressa o desejo, o sorriso a vontade e o corpo o querer.

O fotografo está congelando uma memória por meio de uma imagem que ficará congelada no tempo.

⁠todos nós de certa maneira somos turistas nesta vida, estamos só de passagem, sendo assim temos que aproveitar os momentos antes que a viagem acabe.

⁠O historiador é um viajante do tempo, sempre buscando informações no passado para entender no presente como poderá ser o futuro.