Coleção pessoal de yang_writer
Nesses tempos de extrema velocidade, a aceleração da informação em partículas.. já não toca às pessoas.. Como era tocante a história passada de boca a geração e à gente da gente.. q no momento, sentia o momento presente. O presente momento.
O presente não é mais nada.. do que um presente que se troca por moedas, nada diferente de antigamente. Tempo que não vivi, minha memória, ainda em mim.. coisa ausente.
A propósito.. Não acha que sua vida está passando rápido demais, sem que ao menos dê tempo de passá-la frente seus olhos.
A cada piscada, é um flerte a menos com a vida.
poesia: substantivo feminino
Seu 'fazer doce' está em:
que caminho tomar?
(se há essa de sentido correto na vida,
"tudo é uma questão de perspectiva.."
então.. sejamos cada vez mais
hipócritas.
Prefiro ser o bobo de, G.H. e C.L. ...
a ser mais um personagem
perdido,
introspectado fora de mim.
ir atrás,
é, a poesia chamar?
ou ela que, até, vem..
poesia é assim,
querendo ou não
há sempre regras
métricas de convivência
poesia é sim
escrito como não
em letras minúsculas.
poesia a que me forço,
faz de mim gente bruta?
Q são eu,
ensimesmado.
Palavra que gosto, por expressar
o quão é.. (digamos) patético
usar de palavras difíceis/bonitas
só pra surtir efeito em deslumbrados.
são tempos difíceis,
a vaidade, já não mais, excita.
viajo no tempo
não a fim d'algo que faça sentido a mim
fiz tudo e qualquer coisa
só pra matar
o homem
que matou
dEUs
Vestido de bigode,
endeuso uma pedra
pedra que mata..
ao cruzamento.
Um dia para não se acordar nada
Uma linha, segmento ou coordenada
Uma linha a que se espere um gesto que
não quer dizer nada
Um dia sem olhos que se abram
Um dia que se deixe subentendido
apenas.. apenas...
Enquanto os grandes homens dormem tarde,
porque são criativos à noite.
Os pequenos apagam bem cedo, porque já pensaram tudo durante o dia.
Enquanto os homens grandes dormem até tarde,
Os pequenos acordam cedo e dormem até cedo.
Meu corpo ao Sol - beiramar
Na língua cortei o nariz
No vale virei guaraná
Do teto caí sem me vê
Frescobol com culher de chá
Marisco com carne de coco
Tapioca e jerimum, quindim!
Ervilha sem tripa
pra descansar
O olho do moço avoou
De mármore marrom
Vou servir o jantar
Urubu alumiou o 7 Caboclo.
Matemática estranha essa: 50 < 20
O chão já dava uma prévia do resultado
Era irônico o valor pago à oposição panfletária.
Foi irônico o percentual e o número de coligações?
Cadê o povo da Candelária..
É irônico, a história se repete..
Ponto!
Pior que perder a Copa
Em tempo morremos,
sem mesmo chegar à cozinha.
O peso pela garganta desce
Não fomos abatidos
Não adianta pintar a cara
São vinte tons de óleo de peroba
e O veículo certo de comunicação.
De uma decisão que muitos tomaram
todos hão de pagar.
Eu? Ah, eu, digamos..
tenho crescido de dentro pra fora.
Acostumando com a imagem de fora pra dentro..
Algo do tipo e coisas q ñ comento.
O remédio que estou tomando e quase
nin-guém sabe..
pro carteiro estou bem
bem acima de onde vem
pra roseira estou
só..
de sa-ca--nagem
porque há dias
não a molho de
ver--dade
pro isqueiro eu nem sei..
mas o fogo de onde
vem..
juro que nin-guém
sabe..
O paradeiro
nin-guém
sabe..
nem o porteiro
nin-guém
sabe..
nem o obreiro
sem água, luz..
nada de gato paga..
nin-guém
sabe..
Seu nome inteiro
nin-guém
sabe..
Nem o coveiro
nin-guém
sabe..
nin-guém
sabe..
nin-guém
sabe.. . . .....
Nem o espelho..
Só..
Só.. O mun--do
inteiro.
Minha boca fala negro
Meu nariz não é cor da pele
Meu cabelo é descendente
de homens e mulheres
Meus pés tem a mesma forma
mesmos pés
há milhões de alqueires
Meu sangue é tingido de terra, terra
e terras..
De ferro fui corrente,
de tinta, a tatuagem,
Do pandeiro,
Neto de Fiel à malandragem.
Do circo, sou estrábico
Do rítmo pedi passagem
Porque de homem das facas..
nasci com mais
cri--atividade
Fazendo algo do calor do dia sem refrão.
Quando o calor é tanto que o pensamento evapora antes mesmo do pensar.
Quando tudo enconstado é gota e suor desse seco ar.
Quando assistindo a tv,
sobre a previsão
pensei,
Vi as chuvas de Manaus,
que mal eu fiz
pra merecer 44°
Quando a chuva lá fora,
de dia demora
e à noite teima em não estar.
Quando da saudade do gelo,
sonhei que morava na geladeira e
minha única ambição era
ascender pro freezer sem elevador.
Quando..
Só se quer, ser molhado de mijo pelo bafo que teimo em chamar de ar.
UM HOMEM SEM AMIGOS
Sempre fui assim,
e hoje me vejo,
reflito sobre meu reflexo,
espero que não.. o desfecho.
perdido na poça de sombra.
Ao retorno de um estado anterior
eterno
Medro o eixo,
nele há o foco aparente,
inibe a essência e sustenta a preguiça
de não tentar, da tentativa de medir
tudo como o, já, convencionado.
O novo que me assusta,
assim como, nem sempre assustou,
o vento que cisma e insiste em soprar
sem deixar de tremular minha imagem
e as paredes internas de meu palco.
O velho, o conhecido,
me mantém à segura.
O que vim, onde vim e
a quem vou me tornar?
Hoje penso
em minha confusão de memórias..
Já esqueci como se usa o terço,
não quero ter de aprender a abotoar
um terno que a mim e em mim cabe.
mesmo que do meu lado, eu esteja ao avesso..
Tenho mais pressa de ser do que.. estar.
Minha existência tem sido marcada por um hia-to.
Eu, de cuja única vogal sou feito,
em meio a essas consoantes tímidas
e ensimesmadas, a quem dedico meu efeito,
pois aprendo que o menos risório entende-se por
causa e efeito, por prazer e (des)respeito
De erros em separar
o aprazível do sincero,
daquilo que nunca se aplica.
Sou tolo em acreditar que passo a ser algo,
Um bobo em acreditar e, tentar me enganar
de que sou.. alguma coisa para.. ou quem?
Ser, em si é uma filosofia que não consigo reter como realidade.
Um bobo ao soletrar com toda a certeza:
aquele que se finge de bobo é um sábio.. !?
E quem liga para ‘esses’, que não passam de.. ‘esses’
Pessoas sem boca e bigode a vista.
Ligo, não me vejo, sou alguém que já foi dito
ou uma cópia de quem será pensado.
Um pé atrás de três degraus
Não havia me dado conta da quantidade
de escadas que me cercam
nunca pensei que só faz sentido subir degraus a quatro pés,
enquanto os andares passam,
espero que o tempo me aleite,
já que de lentes não preciso [mas assim mesmo,
ainda é trabalhoso, seja lento, seja preguiçoso a passada,
o último degrau está cada vez mais próximo,
e o fim dessa parque não se encerra em diversão.
A nostalgia antecipada
toma conta
dos que temem,
dela ter alta.
De lá ter alta.
Penso que a gesticulação vem da incapacidade total e complemento da fala..
As mãos são uma extensão necessária, quando a verbalização não é suficiente!
SP: de Sertão
É, pão custa,
custa caro o 'p' de peão,
o 'e' de escola [, ou de isqueiro
todo um 's' de sertão
o 'a' de "Ah, você não!"
E aquela 'cola' de mundo moderno
que não vou assumir,
Eu uso terno!
Não existe amor
sem RG..
Paraíso do fisco
Que quase todos criticam
Não dá pra concorrer
Num lindo projeto de cidade
Querela de pão doce..
Cuidado com doce
Erre Jota é um o quê?
Um quê de propostas
Num lindo arranjo
Arranjo lindo feito pra você
Não existe amor
sem comitê..
Sem discussão e eixo
Ruas cheias de pedras tão vazias
Devolva minha vida
e morra alienada
com seu próprio troféu
Capítulo sete versículo oito, Mateus
“Pois só se abre a quem bate,
só recebe quem pede”
Vou me embora,
me emborar
pra qualquer lugar,
me embronhar
em alguém não menos vulgar,
nos destroços dessa sensação,
no telhado, que desse meu colchão [sei q ñ passo
que cisma em me chamar de ‘mim’
o que tempo que passei sem ‘sim’
o tempo que fui eu mesmo
eu mesmo, por alí,
sempre a esmo,
sem jeito,
demorou a vir
do léxico da falta de dente,
Do verso sorrido dessa gente,
menos do lugar que é aqui, [ñ digo decente
vou me pro interior
pra’quela terra que nunca mais vi.
Volto desse terrero pro meu cobertor
sem nenhum remorso
Piso em solo descalço,
sem precisar de doutor.
É melhor sair antes que tenha um troço,
ou que a conta seja ao portador!