Coleção pessoal de xxevzw

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Nós escolhemos o nosso próprio caminho. Nossos valores e nossas ações, eles definem quem nós somos.

Esta manhã, antes do alvorecer, subi numa colina para admirar o céu povoado e disse à minha alma:
- Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?
E minha alma disse:
- Não, uma vez alcançados esses mundos, prosseguiremos no caminho.

Às vezes com a pessoa a quem amo

Às vezes com a pessoa a quem amo
Fico cheio de raiva
Por medo de estar só eu dando amor
Sem ser retribuído;
Agora eu penso que não pode haver amor
Sem retribuição, que a paga é certa
De uma forma ou de outra.
(Amei certa pessoa ardentemente
e meu amor não foi correspondido,
mas foi daí que tirei estes cantos.)

Eu sou contraditório, eu sou imenso. Há multidões dentro de mim.

Contradigo a mim mesmo porque sou vasto.

Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te.

Mesmo quando toda a nossa mente está repleta de algo, quando estamos dilacerados por alguma tristeza profunda, ou quando todo o nosso poder intelectual se acha absorvido por algum problema, o sonho nada mais faz do que entrar em sintonia com nosso estado de espírito e representar a realidade em símbolos.”

O que eu quero, eu posso – para o homem, nada é impossível.

O que sinto é agonia,
não quero acordar
também não quero dormir
farei,
mas não me mexo
linda,
porém distante
sem paz.
enquanto puder, nego
quando não posso
me entrego
não confunda com amor,
o que sinto é agonia

Sou feito de momentos inacabados e de palavras não ditas.⁠

⁠Se quer ir, vá. Mas antes, me ame bem devagar, que é para que eu sinta no peito meu coração se quebrando.

Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.

E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço.

Não se conta tudo porque o tudo é um oco nada.

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

Nada jamais fora tão acordado como seu corpo sem transpiração e seus olhos-diamantes, e de vibração parada.
E o Deus? Não. Nem mesmo a angústia. O peito vazio, sem contração. Não havia grito.

Por seco e calmo ódio, quero isso mesmo, este silêncio feito de calor que a cigarra rude torna sensível. Sensível? Não se sente nada.
Senão esta dura falta de ópio que amenize. Quero que isto que é intolerável continue porque quero a eternidade.

Sua sensibilidade incomodava sem ser dolorosa, como uma unha quebrada. e se quisesse podia permitir-se o luxo de se tornar ainda mais sensível, ainda podia ir mais adiante.

Ter nascido me estragou a saúde.

Sou um coração batendo no mundo.