Coleção pessoal de xandrejp

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Toda zona de conforto é burra

Passar a vida inteira sem se expressar por amor é o equivalente a não viver. Em algum momento,vai quebrar ou acertar na mosca. Mesmo que que não tenha a devolução de sua história, mesmo que seja necessário recomeçar do zero, sozinho e endividado.

Ganha tudo quem se arrisca a perder tudo.

As oportunidades desperdiçadas não voltarão a se repetir. A ocasião faz o herói.

Como reconhecer o tamanho de um sentimento sem testar os seus limites? É como morar em uma casa e conhecê-la pela metade, é como manter vários quartos fechados ao longo do corredor e não ter nem a curiosidade de povoar inteiramente o desejo.

A loucura no amor é que garantirá a serenidade na velhice, a tranquilidade na velhice, a certeza de que não restou covardia para se lamentar, a confiança de que não houve nada a ser feito e de que as palavras não se distanciaram dos gestos.

Você pode ser uma pedra, não falar nada, mas até a pedra um dia será amaciada pelo musgo.

Não adianta sonegar emoções, traficar amores, camuflar problemas, porque será descoberto. Entregará o que vem lhe preocupando pela aparência. Somos horóscopos ambulantes, biscoitos da sorte prestes a serem quebrados por uma mensagem.

Eu tinha 14 anos e não sabia fechar um único pensamento concreto. Pior queria todos para mim. No final nunca vencia uma discussão, com seu ninguém, até que um dia, cursando oitavo ano do ginásio, fui convidado ( acochado mesmo) a sair com uma menina do terceiro ano ( ensino médio), ela logo logo estaria na universidade. A gente sentado um de frente pro outro no parque, e aquele silêncio horroroso, que só nerds como eu conseguia impor. Resolvi pegar a caneta e rabiscar coisas na mochila, vez em quando levava a boca...

– Enquanto não morder o tubo, está tudo bem.

Eu ri de nervoso e demonstrei curiosidade.

– Morder a tampa significa alguma coisa?

– Significa que não fecha as conversas, que foge das discussões com medo de dizer a verdade, que reprime o desejo e vira as costas remoendo sozinho as suas frustrações e decepções, jamais repartindo a sua verdadeira opinião com ninguém, nem com seus melhores amigos.

Não revelei coisa alguma durante uma hora do encontro, mas ela me decifrou inteiramente apenas analisando a tampinha mordida da caneta. Uma mera, idiota e banal tampinha iluminou o meu comportamento.

A partir daquele dia, nunca mais subestimei o poder de uma mulher observadora e cuidei para morder somente a insossa borracha nos momentos de maior ansiedade.

Difícil é não pensar sobre

Ontem logo início da noite, minha mãe veio falar de uma pessoa que era sua amiga e que estava no atual momento passando por problemas de ordem familiar como separação, abandono de filhos e grande solidão.
Eu escutei e não me motivei a opinar em nada, mas conhecendo os dissabores da vida, e sabendo também sobre determinadas coisas dessa pessoa e seu caráter não é de se esperar outra coisa:
A GENTE COLHE O QUE PLANTOU!
Não é algo de regra geral e nem sistemático. Não é todo mundo que sofre aquilo que infringe as pessoas, Deus não estabelece um OLHO POR OLHO simplesmente porque tem de ser. Há tantos pormenores, tantas mudanças na vida de uma pessoa que erros podem ser reparados ao longo do tempo por mudanças interpessoais. ( De dentro para fora ). Todavia são poucos os que por si só percebem há tempo os erros e mudam seu comportamento. A maioria toca a vida como se fosse INVENCÍVEL. Nunca pensa no hoje, no que esta fazendo ou como age para com os outros. Acredita erroneamente tudo pode ser feito – tudo é permitido enquanto se tem vida. Serve como frase de poeta, não como experimento de vida.
A beleza é tão breve como uma chuva fina de primavera, refrescante para a pele, mas não molha suficientemente um caráter para dar conteúdo – Machado de Assis.
Nem o dinheiro estabelece conduta séria, tão quão bens materiais. Devemo-nos estar acima disso, ou então pagaremos por não valorizar o indivíduo.
Vejo muita gente valorizando o superficial porque é dele que se sustenta.
Você alimenta aquilo que te alimenta; é quase uma droga injetada na veia do cérebro. Pessoas normais se alimentando de superficiais, até que uma não se separa da outra e no fundo a mesma coisa.
Mas a vida um dia sinaliza para a necessidade de VOLTAR PARA CASA: o nosso EU. Um voltar com caráter amoroso e não egoísta; como fica? É nessa ocasião que se aprende que o que não preservou ou não se valorizou – não esta mais disponível. Amigos, amores, família. Todos passaram a viverem as suas vidas sem você – e não é de menos, hoje você é uma pessoa “não essencial” na vida delas.
O aprendizado é nas pequenas coisas, nas pequenas falhas de caráter. No bom dia que você não retribuiu. No fora que você deu, e achou graça. Na amizade que você deixou passar, porque achava que tinha mais razão. No sentimento desprezado, porque se julga merecer mais e melhor.
Da balança que tu pesa, será pesado – Sócrates.
Depois não entende, porque entra e sai de relações sem explicação. Porque pessoas aparecem e somem. Empregos não duram, dificuldades na vida, tudo é uma questão de como buscou as essências principais da vida. Uma rosa morta não exala cheiro – Cury.

Mutação de mim
(...( Até porque você nesse
momento é o hoje.
O passado serve de
experiencia para o que se
vive no agora e de
semente para o futuro
Pensamentos

Atitude é tudo

Vou contar uma breve história. Sabe quem são esses caras? O povo Masai. Esse povo é muito antigo na região africana, e por milênios cruzam toda savana à procura de caça, armados apenas com lanças. Um masai pesa em torno de 60-65 quilos homem, algo que o faz atingir longas distâncias com pouca água, comida e muita resistência. Sabe quem tem medo deles, verdadeiro pavor só de visualizar ou cheirar de longe? Sabe não? Os leões. Os grandes felinos com mais de 280 quilos de puro músculo. Capaz de derrubar búfalos de 1 tonelada, e atacar hipopótamo de 4t, quando sabem que tem um masai perto, eles mudam de direção. Não é porque eles são só valentes contra o grande felino; não é porque eles não tem medo também; é muito porque eles têm atitude, valentia e soberania da área. Um masaí não dá as costas e nem se abaixa para um felino. O leão por mais forte, agressivo que seja, evita confrontar um masai porque dele não exala nenhum medo. Nenhuma dúvida de quem vai atacar primeiro no confronto, nenhuma hesitação de quem vai sobreviver no confronto. Entretanto, grandes caçadores europeus, homens corpulentos, fortes armados com espingardas já morreram ou tremeram feio perante os leões. E quase sempre são atacados em carros, montados em elefantes, em cima de arvores, onde estiver. Pois o leão fareja o medo. Fareja a hesitação do adversário. Não é só a arma que impõe respeito e medo, para a selva atitude é tudo ou nada. Tomar seu espaço,garantir sua proteção, agir com segurança é o que te faz diferente em qualquer espaço. Tanto na selva africana, como na selva de pedras urbana, não ter atitude te coloca para baixo.

Resumindo:
Não é ser grande, é ser homem!
Não é ser forte é ser convincente!
Não é ter medo, é ter respeito!

Filhos – Por que tê-los?
Acho que nosso maior dever é dar aos nossos filhos a independência necessária para se construir um ser humano forte e de caráter.
Qualquer outro incentivo fica na casa dos pormenores. O problema todo é quando os obrigamos através do nosso excesso de carência a substituir tudo que não fomos capazes de realizar. Começamos quase sem querer, depois tomamos posse da vida deles e jogamos a responsabilidade no colo.
Começa assim:
“Meu maior amor – minha vida” –” É tudo para mim!” - “Meu maior amigo (a)”.
Lógico que é! Lógico que se ama profundamente a pessoa que se deu a vida; mas será necessário mesmo colocar de um jeito tão escancaradamente impositivo, de forma a obriga-lo a corresponder em grau e forma?
Será que não estamos cometendo os mesmo erros que cometemos com nossos parceiros e parceiras, a qual jogamos toda responsabilidade por nossa felicidade pessoal e intima?
Veja como você trata quem você ama, e observe como esta sendo egoísta em exigir (mesmo sem querer, ou de caso pensado) que este mais tarde retribua seu investimento nele. É disso que se trata toda relação demasiadamente sufocada em toda sua vida. Você sufoca as pessoas e passa ser rejeitado, daí volta toda sua atenção aos filhos, porque deles espera só entendimento, amor, consideração, respeito e RECIPROCIDADE.
Dá até medo na espinha, de como essa criança vai crescer, cheia de peso nos ombros de substituir para mãe ou para o pai, as pessoas que ela (ele) deixou passar, os fracassos emocionais, as perdas, os erros e tantas coisas que acabamos deixando pelo caminho.
Em um mundo atual, onde tudo é líquido e raso, ter pessoinhas perto que precise de seus cuidados, aceite seu amor incondicional; passa a ser um alento ao ego.

A gente tem tomar muito cuidado é com nosso verdadeiro papel de curador dos filhos. Educador, corretor, exemplo, construtor de caráter, tudo isso e mais alguma uma coisa é que verdadeiramente importa e consta na nossa lista de deveres para com os filhos. O amor e os carinhos são prêmios por bom comportamento. Não devem ser administrados a torto e a direito.

Sem uma promessa de tempos difíceis, a criança cresce achando que a vida foi feita só para ela. Que o pai ou a mãe são eternos benfeitores. E não existe isso. Bem sabe quem perdeu um deles, como é duro viver sem. Filhos são reflexos da gente. Eu quero que cresça a melhor parte de mim. E a melhor tem muito a ver com esforço, luta persistência, respeito e tantos predicados que um só ser humano não consegue reunir. Antes de cobri-los de beijos e mostrar o sol que brilha todos os dias, devo também alerta que haverá dias chuvosos e negros.

O último da terra.
Eu estava vindo de uma festa para casa, era 03h30 da manhã do sábado para o domingo, caía uma chuva bem fina, no para-brisa do carro, à noite e o dia todo foi de chuva e a pista estava úmida, dirigindo com calma, observei que em todo trajeto da saída do local em que estava, até em casa, um único carro eu não encontrei. Parecia que havia acontecido um apocalipse e o mundo estava vazio, tal qual acordou o xerife de Walking Dead – um mundo sem pessoas, sem carros. O céu fechado, com vontade de desabar desaforos a quem ousasse passar naquele instante.
Nessas horas dá pra pensar em muita coisa, inclusive esquecer a renite alérgica, que teimava em fechar a passagem de ar; uma hora ou outra a gente se pega só na vida e tem oportunidades de observar vazios, compreender silêncios e sentir saudades de coisas que se foram. Talvez seja a tal viagem que os escritores falam, que todo mundo devia se atirar. Um mundo assim tão só, pouco se vê em época de muito descontrole, gente demais, barulho sem fim. Talvez eu pudesse até lê pensamentos naquele momento. Os meus... eram todos audíveis – tocavam músicas antigas, avisavam de memórias passadas. Um dia talvez, eu possa de novo estar me sentido o último homem do mundo na terra, e quando eu chegar, saberei que não era mais o mesmo.