Coleção pessoal de xandrejp
Tudo que nos faz rodar em círculos é prejudicial
Mais ainda, quando nos faz repetir erros e conviver com problemas criados por nossa incapacidade de perceber quando algo ou alguma coisa tem de ser quebrado – rompido!
Começa por nós mesmo, com nossas manias de apurar-se em demasia, e dizer que somos capazes demais ou incapazes demais de aprender ou desaprender determinados conceitos.
Aquilo de reafirmar-se perante pessoas e se esconder na cama quentinha é muito conhecido já. Uma fortaleza da solidão em pessoa.
Tudo tem que ser no seu tempo. Na sua vontade. Na sua forma.
Caso contrário, não serve: chamo de insanidade dos novos dias.
É um tal de ritualizar aproximações. Determinar quem pode ou não se aproximar.
A pessoa acaba sofrendo daquilo que se serve para usar como arma de se defender
Tem até quem saiba que esta presa ao circulo nefasto
Mas é permissivo e negligente consigo
Para sair da casca ou do casulo, temos de romper com tudo. Criar uma forma diferente de ação perante os problemas; reagir de modo que até você mesmo duvide de si ; a fim de descobrir-se persistente por algo que não esteja próximo de seu umbigo.
Não se luta por nada! Só de valor material. Isso é desperdício!
Metades dessas pessoas sofrem do processo chamado: PASSADO
Demoram anos perdendo tempo em aceitar ajuda. Em identificar novas rotas. Apelam por apontar culpados por tudo, mas nunca querem soluções- principalmente as que dependam delas mesmas.
Acabam por não se aceitarem por completo, e não aceitando a si – rejeitam a todos.
Acham que algo se quebrou – partiu – não tem mais jeito.
Vou dizer uma coisa: coração não quebra, pode até partir aos pedaços, mas daí jeito algum no mundo pode dar, é morte.
Fora isso ele não precisa de cola, remendo ou quem o segure. Ele precisa de amor próprio, carinho, atenção e uma dose exagerada de audácia em perder medos e romper vínculos com passado. Não estou aqui dizendo que se jogue no mundo feito doido(a) e o subtraia até que nada mais te satisfaça, até porque se você leu até aqui e se achou no texto, um fato é certo: Nunca foi tão bom como antes de se ter medo. Nunca foi feliz de fato. Nunca soube o que era bom.
Conhece retalhos de lençóis de cama demais e preenchimento de conteúdo de menos.
Não adianta pregar liberdade conquistada. Homens ou mulheres não sabem o que fazer com isso, até que se tenha experimentado de todos os sabores da vida.
O amargo existe para dar o tom do doce
O beijo frio para nos lembrar de como é bom o que nos aquece
A solidão, para valorizar a boa companhia.
Gente com vocação de discípulo de Narciso pula no lago cedo demais
Não tem contexto ou força para batalhas internas.
Parar de nadar contra sua vocação de estar sempre certo a respeito de tudo.
Cansei de ver gente sentada na pedra, vendo o tempo passar e pregando qualidade de vida.
Certa feita fui cobrado por não contar uma coisa bem importante que ocorreu comigo num ano qualquer:
-Ué nem me contou?
- Você nunca teve vontade de querer saber nada ao meu respeito, pensei em dizer, mas não disse por considerar palavras jogadas ao vento.
Mas, sou daqueles que assumo minha fé depositada nas pessoas. Um reconhecimento de que fracassei em ser forte pelos motivos errados. É quem sabe... eu ainda veja isso.
Dizia Paul Young: "Quebre as correntes do mundo, e um bom sujeito emerge do nada"
Até que se aprenda a conviver, somos todos infantis envelhecidos pelo peso de nosso nome, pelo peso de nossa idade e pela convicção falseada de certezas, não mais tão certezas assim.
Eu faço o que faço, eu sou o que sou, até que o sou de mim mesmo não seja mais tão representativo da minha personalidade. Mudo ou o mundo muda em mim.
Em um mundo onde todos são quase que supérfluos , celulares são os melhores amigos, redes sociais são as nossas referências, falar de gente de carne e osso, soa démodé.
Falar de sentimentos e percepções soa como um antiquado passado remoto.
Eu sei, nasci no outro século.
Mas vivo para aprender neste, como todos, ainda preciso pedir perdão sob pena de não conseguir convergir comigo mesmo.
Meritocracia é um bônus para o final da vida cheia de construções, alicerçadas em condutas verdadeiras.
Meritocracia não é para hoje e no agora. Isso é plantio.
Eu já fui tão longe que pensei que não retornaria mais
Como também nada fiz e paguei por não tentar
A minha vida é uma somatória de aprendizados
Os maiores eu guardei para mim
Os que são fáceis de contar são todos os outros que falhei com pessoas
Pessoas que não podia falhar
E quem disse que quando estarmos no alto, enxergamos abaixo?
Orgulho é uma moeda de dupla face: cinquenta por cento de você estará certo
- e toda uma vida para se lamentar quando estiver no errado
Antes eu caminhava apagando meus rastros. Soberba de quem se acha pronto para vida
Hoje caminho sempre pra frente, mas não me esqueço de parar e olhar quem me segue atrás.
Perder pessoas não e mais opção.
A vida não premia justos – muito menos os maus
Isso é pratica. Pratique sair de si mesmo e se enxergar no outro, talvez - só talvez tenha um vislumbre da verdadeira importância que nos damos a nós mesmos, sem merecimento.
Você está preparado?
Não há busca sincera, nem caminhos iluminados pela consciência que sejam em vão. Eles darão em algum lugar e, se de fato for o que você quer, sim, você encontrará o que busca. No entanto a grande questão é: você está preparado?
Será que realmente está pronto para saber que não é necessariamente quem pensa que é? Acha que pode relativizar suas crenças, seus valores, seu “roteiro” de vida sem maiores consequências?
Abrir os olhos muitas vezes implica em ser mal visto por determinados grupos, hostilizado por outros, questionado por muitos que perguntarão “Todo mundo pensa assim, todo mundo faz igual, sempre fizemos, ninguém fala nada e agora vem você com esse papinho de doidão? Relaxa, ligue sua TV e pare com isso”.
Se você está buscando a verdade, se percebe que só temos parte da história, se sente que precisa das respostas, vá em frente ! Mas antes de chegar aonde pretende, responda se puder: você está preparado? Você quer mesmo?
Meu pai e o mágico - minha lembrança...
Ontem eu sonhei com meu pai a noite toda, e deu aquela saudade imensa dele. A gente sempre teve um bom companheirismo, sobretudo na fase adulta, riamos das mesmas coisas e de vez em quando passávamos horas vendo filmes.
O que me fez remeter uma lembrança antiga, de uma única vez que levei um cascudo dele; e pensando hoje: bem dado, fiz por merecer.
Era um mês de julho chuvoso em São Paulo, não parava um só dia de chover, eu de férias com 11 anos, minha mãe teve que viajar para o nordeste com meu irmão e só tinha em casa eu e meu pai. Meu velho trabalhava de motorista de frota de ônibus quase o dia todo, só retornava à noite, eu ficava na vizinha, mas chovendo e cheio de ordens dele para não dá trabalho, eu quase tinha virado um monge budista mirim.
Com minha mãe eu aprontava, apanhava, mas dava para levar, porque quase não doía nada e ela já estava acostumada com minhas zoeiras de brigar na rua, escalar paredes, subir em árvores e etc. Já com meu pai que quase não sabia dessas coisas e visto a sua postura austera, eu não tinha a menor ideia de como ele reagiria. Só imaginava uma surra tremenda e um sermão das montanhas quando terminasse.
Então por uma semana e meia eu me portei exemplarmente! Até que na sexta-feira seguinte, fui como sempre à banca de revista para comprar um gibi da Marvel, quando me deparei com uma revistinha que ensinava “Aprenda a ser um mágico”; putz! Gamei na hora! Investi toda minha mesada de bom menino que meu pai me deu nessa revistinha de mágico; até porque vinha nela um brinde: “Fósforo mágicos”. Consistia numa caixa similar a qualquer outra, com palitos iguais, nada de mais de diferente, entretanto “explodiam” feito bombinhas de São João. Nessa época nada era politicamente incorreto e pregar peças ou comprar coisas assim era o show. Comprei a tal revista, levei para casa e contei 24 palitos de fósforos “mágicos”, testei três deles, e realmente fazia barulho e emitia uma luz azul clara intensa.
No sábado meu pai ficaria em casa o dia todo, e lógico que eu apresentaria meu número principal a ele; assim pensei...
Nesta manhã, meu pai acordou cedo, foi lavar roupa nossa no tanque, não me chamou para ajudar, fez meu café e deixou-me acordar tarde. Quando eu tomei o café fui varrer a casa e passar pano, e ele me dizendo como era bom ajudar a mãe nessas coisas, e que não podíamos deixar a casa suja para quando ela voltasse. Enfim fizemos uma faxina completa, roupas lavadas, tivemos que deixar secando atrás da geladeira algumas e outras dentro do banheiro, improvisando um varal porque ainda chovia, mas fino, uma garoa no sábado em São Paulo. Meu pai avisou que iria fazer o almoço e depois iria jogar sinuca no bar do japa no bairro, me deixaria ir para jogar nas máquinas de fliperama porque eu estava sem brincar fazia dias. Lógico fiquei todo alegre e resolvi aprontar à mágica rapidamente, sem ele saber, afinal mágico que é mágico não revela seu truque, né?! Esperei que ele saísse da cozinha e troquei a caixa de fósforo normal pela do “mágico”.
Fiquei como um totem, duro, tenso na cozinha, esperando ele ir ligar o fogão para ver sua reação.
Não demorou não! O velho veio da sala pegou a frigideira e a carne que já estava toda temperada por ele previamente, e colocou as tiras de filé na frigideira e também foi colocando as panelas de arroz e feijão, ocupando todas as 04 bocas.
E minha hora chegando, a hora que eu mostraria um grande truque de mágica. Estava igual pinto na merda, ansioso com o evento que se aproximava. Meu velho pegou a caixa e nem olhou nada e começou abri-la pegando o primeiro fósforo... posso dizer a você que leu até aqui, que na minha cabeça isso tudo era como câmera lenta, eu estava muito focado na ação dele, e nem respirava de emoção com o desfecho chegando. E pronto, meu pai escolheu a panela da frigideira como a primeira à ser acesa... e assim riscou o fósforo bem pertinho da boca, o que eu achava antes que seria feito de longe, mas não... ele fez debaixo da frigideira, colado com a boca do fogão... e a mágica aconteceu:
- Foi um tiro de bala praticamente. A casa toda fechada e só nós dois, o eco foi de um revolver sendo disparado. A tensão toda fez meu pai sacudir a frigideira para o alto e o clarão azul tomou conta da cozinha; porque ele não pegou um, mas dois ao mesmo tempo para acender. E nisso todas as panelas caíram do fogão, pelo medo dele, saiu batendo e se apoiando em tudo que era canto da cozinha, principalmente querendo me proteger, só sei que na hora eu emiti um riso de nervosismo e por achar muita graça mesmo, dei aquela gaitada ampla de moleque o que me fez entender porque é que nunca tinha apanhando antes... Senti no rosto uma mão quente e dura sacudir minha cabeça igual um melão vindo no carrinho de feira e um cascudo tão grande que ele chegou a estalar os dedos nela só com o cascudo. Eu, nem tive tempo de chorar, corri feito menino com medo de apanhar e voei pela janela como um passarinho que descobriu uma fresta, na gaiola - fui parar na rua, enquanto eu o ouvia abrindo a porta e correndo a trás de mim.
Fiquei lá o dia todo, até a noite, enquanto ele prometia que o mágico iria ver a varinha balançar no meu traseiro. Não adiantou eu explicar lá de longe que era um número de mágica. Não adiantou eu fazer promessas. Não almocei, e a vizinha foi intervir e ficou comigo até que ele se acalmou. À noite fui pra casa e não apanhei, ele também não disse uma só palavra, por dez dias, ficamos calados dentro de casa. Até que minha mãe chegou e botou ordem. Fui rebaixado de mágico oficial para leso oficial. E nunca mais pude comprar coisas desse tipo e por 04 meses não li gibi algum.
Antes de morrer, meu velho ainda se referia a isso a todo mundo que perguntava sobre minha infância. Ele ria muito, porque agora ele achava graça, mas na época pensava que o botijão tinha explodido ou algo assim. Valeu pelo sonho meu velho...
A carta
Tenho uma mania nostálgica de ligar memórias às pessoas em pontos nas ruas ou lugares que passo de carro, sobretudo quando estou dirigindo em horários calmos, cujo transito é quase nenhum, tentando me perguntar o que fez aquela pessoa quando passou ali? Faço isso sempre que penso em alguém que se foi para sempre. Porque é como se eu dissesse a mim mesmo, eu passo agora aqui, mas ela não passará mais.
Dá até vontade de escreve uma carta tentando-me desculpar por não ter me despedido corretamente. Por sinal a gente vive tanto em torno do nosso próprio ego que nos esquecemos até de perceber as outras pessoas quando estamos juntos delas.
Fui a mais um desses grandes encontros de” amigos antigos”, nem todos estão afastados lógico, sempre nos vemos, conversamos e temos amizade diária, mas na sua maioria é óbvio que perdemos o tato de como chegar; como diria o poeta: “No rio da vida, passou muito água sob a ponte”, e com as águas, foi embora toda intimidade propícia das grandes amizades. Daí que você descobre que se quiser mesmo vai encontrar desculpas para não puxar conversa com esse ou aquele; percebe que se fizer um esforço vai ter todas as razões para continuar com um grupo seleto aqui ou acolá e não vai perguntar nem como vai para aquele ou aquela da festa. Tem sido assim com todo mundo. Parece que com os anos, certas coisas ainda permanecem presas na memória. Não é privilégio só meu – vejo essa mesma condução com outros tantos amigos... “Se ele não fala, eu também não falo!” Termina a festa e mais uma oportunidade foi perdida. Sabemos que foi maravilhosa, a festa! Mas não conversei com todo mundo. Talvez nem quisesse ultrapassar a barreira daquele meu grupinho seleto.
Nas cartas de Marco Polo para o monge Sifu, perguntou-se sobre a razão da tristeza. E o velho monge respondeu: “Se você quiser, vai encontrar uma desculpa ou outra para continuar triste. Provavelmente estará certo sobre suas razões. Provavelmente todos estarão certos sobre haver desculpa suficiente para ficar triste a vida toda. A razão sempre existirá forte para aqueles que querem continuar tristes...”
Muito corretamente Sifu queria dizer que se você quer continuar certo sobre suas razões, haverá de encontrar respaldo para tudo. Porque ninguém vai satisfazê-lo nunca. As pessoas não nasceram para preencher nossas vidas completamente. Daí que é apenas opção sua manter-se longe de tudo e de todos. É opção sua, escolher quem ou quais farão parte de sua caminhada nessa vida. Mas, todos, de algum modo com prazo curto ou longo, terão que cuidar da sua própria jornada com ou sem você. Daí elas também terão suas próprias desculpas e suas próprias razões para não falarem como era antes com você.
Por isso pensei na carta que deveria escrever para cada um que deixei passar. Muita gente deixa para sentir falta, culpa ou remorso quando não tem condição alguma de sentir... quando a vida leva essa ou aquela pessoa do nosso convívio. Todo dia criamos a desculpa que amanhã ou depois eu falo. Eu resolvo.
Provavelmente muita gente tem seus motivos para não falar com esse ou aquele. Todos serão válidos, até porque muito certamente eles terão também os mesmos argumentos que você ou eu tenho para não fazer nada a respeito. E assim o tempo passa como um relógio acelerado. O mundo não será o mesmo. Nem eu ou você muito provavelmente passaremos mais mais por aqueles mesmos lugares; não deixaremos mais marcas em lugares ou situações em que ambos estivemos presentes... As desculpas ganharam da gente.
A solidão acompanhada de glamour
Tenho vista pessoas lindas sozinhas. E não estou falando de acompanhadas! Até podem estar repleta de outras pessoas ao seu redor, mas isso não muda a sua solidão interior.
Se fosse um poema começaria assim:
Mas não amou tanto
Ela até viajou muito. Ela viveu como quis. Pulou de paraquedas, viu o mar de navio, dançou balé clássico, saboreou todos o vinhos da casa do Porto, comprou seus melhores vestidos (...)
É um cheio repleto de glamour sem resposta. É um continuo motivo de sair de casa ver outras pessoas, escutar música, mas não se enturmar e nem conversar. O que resulta em celular na mão e uma fuga. O que fez culminar até este ponto?
Eu não sei! Mas pretendo diluir as nossas falhas.
Escolhemos tanto, que não percebemos que fomos nós agora os preteridos da vez. Acontece sempre na vida isso. A beleza é um fato importante apenas para o espelho e para o ego. Se não alimentamos o nosso conteúdo como pessoa, a vida cobra essas carências.
Decidimos que agora somos bons demais, para dar atenção a qualquer um. Só não entendemos que quem decide a sua importância ou não são os nossos atos e como as pessoas nos percebem.
Lógico que nem todo mundo liga porque está sozinha. Até se curte e curte com boa desenvoltura o estado de solteira sim, e daí? Não é ruim, muito pelo contrário, nos da permissão para se descobrir pontos em que somos fracos, sem a desculpa de deixar que outro resolva por nós.
Más, nem falo disso: a verdadeira solidão de toda alma é latente nos olhos. Somos um ser carente de toques. E não é todo toque e nem toda pessoa. Porém, famintos por uma dieta de amor imposta, nos colocamos às vezes fora da realidade. Acreditamos que nós temos todas as respostas. E não temos! Ninguém tem, porque a vida não é bula de remédio; o que me serve de cura, não servirá para mais ninguém – contudo há de se entender as contraindicações, nos pormenores avisos e linhas em que foi emitido - Atenção: Use com moderação ou acabará só por não ser prestável para mais ninguém. De tanto se achar importante, de tanto cultivar as escolhas, como se fossem raros frutos que dão apenas em nossas árvores e por tantos outros erros em que também estivemos presente, colhemos os efeitos colaterais dessa conduta.
Talvez aquela linda mulher que circulou e distribui sorrisos, dançou, acenou para uns e outros; estivesse ali, mas de fato longe de corpo e alma. Sorriu porque só tinha essa arma como controle. Dançou para não responder “às perguntas”, acenou para uns para ser educada e evitou outros para não se tocada.
Ela encontrava-se cercada de pessoas, mas nenhum faria tanta falta.
É... A gente escolhe e recebe.
Grita-se e não se escuta!
É um som abafado sem volta. Ela desfilou cheia de glamour. Ela circulou na pista das mudanças. Ouviu todas as musicas que a tocaram bem perto, mas ela assim mesmo preferiu se armar a ser amada.
Tenha cuidado extra quando afirmar que sua vida está chata ou precisando de movimento, o ritmo dela pode estar seguindo um compasso diferente da média das pessoas extremas que vemos circulando em torno de nós. Acredite no que eu digo: As pessoas extremas, tem desilusões extremas. Tem problemas extremos, e tudo fica superlativado porque é assim que ela tem a visão do mundo. Ela vai do nada ao alto rapidamente. Sofrem por coisas pequenas infinitamente mais vezes do que você que aprendeu a relativizar tudo ao seu modo. Se perdem alguém demoram séculos a aceitar; são hipocondríacas até com seus próprios sentimentos. Se sofrem não são resilientes, portanto existe um motivo para a sua ser a sua; nem mais e nem menos.
Evito ao máximo falar de pessoas e amores...
Alguns amores são deixados em lugares escondidos para serem lembrados mais tarde ou esquecidos mais cedo.
Tenho sempre comigo esse mantra:
Fique longe das pessoas que te fazem sentir como se você fosse difícil de amar. Porque elas não se amam nunca.
O que eu faço de bom? Eu falo e escrevo verdades tristes.
É o que eu faço. Eu afasto as pessoas de mim.
ANOS DE ESPERANÇAS
Conta teus anos, não pelo tempo,
Mas pelo espaço que fazes em teu coração...
Não pela amargura de uma dor,
Mas pela experiência que ela traz...
Não pelo número de troféus de tuas conquistas,
Mas pelo gosto de aventura em tuas buscas...
Não pelas vezes que chegastes,
Mas pelas vezes que tivestes coragem de partir...
Não pelos frutos que colhestes,
Mas pelo terreno que preparastes
E as sementes que lançastes...
Não pelas desilusões que tivestes,
Mas pela esperança que destes a alguém...
Não pela quantidade dos que te amam,
Mas pela medida que teu coração é capaz de amar a todos...
Não pelos anos que fazes,
Mas pelo que fazes de teus anos...
Não pelas vezes que celebrastes teu aniversário,
Mas pelas vezes que teu aniversário
Se tornou uma celebração de vida.
Por que as pessoas somem da sua vida?
Porque as pessoas de um modo geral mudam. Mudam até sem querer.
Mudam até quando fazem regime. Eu já conheci quem houve de perder muito peso, e com ele todo o conjunto de amigos que a cercavam. Talvez ela tivesse a ideia que eles eram um elo de um tempo ruim e assim desfez dessas amizades.
Já vi gente casada e mudada; assim como não faz muito tempo vi um amigo que bebia muito, totalmente contra qualquer tipo de álcool e mudado para um sentido melhor, se é que existe esse termo com seres humanos.
Como vi também mulheres malucas se tornarem mães exemplares. Todo dia uma pessoa é convertida em algo diferente do que era, seja qual for a sua conversão e não falo só de religião. As decepções e tragédias, como morte também separam os amigos e modificam as pessoas. Geralmente uma ou outra não suporta o ambiente e procura novos ares e novos amigos; uns entendem que isso é temporário outros querem mesmo é se afastar em definitivo.
Penso que seja uma fuga do “eu” antigo; como se assim fosse possível separar uma em duas pessoas diferentes. Mas é uma explicação para responder a pergunta por que as pessoas somem. Não é nada difícil você perder uma amizade até por suas posições ideológicas. Nesse mundo de relações líquidas uma frase postada na rede social é motivo para rompimento de quase tudo – e acredite – amizade também.
As pessoas querem se impor cada vez mais, porque elas enxergam que todo dia alguém esta mais feliz, mais ativa, mais para o alto e etc. É aquela visão deturpada que falei que o jardim do vizinho é mais bonito. Então ela nem sabe o que esta defendendo, mas defende com unhas e dentes e daí briga, se aborrece etc.
As conversões humanas, principalmente aquelas motivadas por autoconhecimento, são as mais profundas e as mais sinceras. Não modificam o caráter humilde da pessoa, só a impulsiona para melhor.
A gente tem de compreender que isso é sistêmico na sociedade humana, uns vão e outros ficam. Tive no passado um conhecido que era muito amável e social, adorava o convívio com os amigos, e hoje é quase avesso a essa condição. Talvez por suas perdas pessoais, desiludiu-se com as pessoas, tanto quanto as mesmas com ele.
O problema nem é as pessoas irem; uma hora ou outra a gente se torna parte do problema delas ou a solução, é um fato consumado. A questão mais séria é quando ela vai se encontrar de fato, se é que precise - se é que isso é necessário.
Ouvi de uma pessoa querida outro dia, que ela sabe que é intragável no convívio diário; ela tem noção de que não quer confiar em nada e mais ninguém, apesar de no passado ela ter tudo isso muito bem resolvido e tendo gostado e amado intensamente; todavia parte desse passado foi um “fracasso” ; diagnosticado por ela mesma em suas respostas. Não sei bem de que fracasso estaria falando, mas o que eu sei que onde se fracassa um, no mínimo tem dois fracassando juntos. Toda e qualquer relação possui dois lados de igual acordo – até nesses fracassos somos responsáveis nas duas frentes. Eu só creio em profundas mudanças, quando elas retornam para dentro de si, quando elas viajam pela infância, pelos primeiros descobrimentos, pelo perdão das culpas, pelo reconhecimento dos erros, pela liberdade de sentir-se perdoado e perdoar. Qualquer um que se prenda em ideias fixas, não vai para lugar algum.
Sonhos de Ícaro
Os sonhos foram feitos para serem realizados!
É uma afirmação sincera, essa que eu digo. Todos foram feitos para serem realizados, até os mais impossíveis. Eu vi um filme outro dia que fala muito disso. Em contrapartida o ser era um tetraplégico, e se formos realistas muitos desses sonhos para ele ficarão para serem vividos em outra vida; nessa não dá mais.
Será mesmo?
O problema não é quão alto é seu sonho. Nem quão grande e dolorosa é sua queda. Cedo ou tarde estaremos nos dois lados da vida. O problema é que tem gente trazendo a infelicidade para morar com ela, antes mesmo de realizar seus sonhos, porque acredita muito que só será pleno se realiza-lo. Eu até entendo, conheço alguns indivíduos que saíram do nada para a glória de conquistar bens, pessoas e estabilidade financeira. São merecedores de todos os aplausos, pois venceram etapas que se propuseram seguir. Mas não é assim com todos, e você sabe muito bem o que eu digo; há os que ficaram pelo meio do caminho. Essas pessoas não merecem? Merecem tanto quanto os vitoriosos, não há derrotados, até que o último suspiro seja emitido. Temos é que ter o bom senso afiado. E a humildade de contornar obstáculos, quando eles se apresentarem alto demais. Não é uma corrida para quem chega primeiro, não existe um pote de ouro no fim do arco íris. A sua vida segue um ritmo certo para você. O que devemos ter em mente é que podemos sim ser feliz com o suco na mesa, tanto quanto o que tem a garrafa de vinho do Porto. Basta sonhar alto, e seguir adiante. Um passo de cada vez, um choro ou uma lágrima que cai nessa vida não é motivo para se desmotivar. Podemos viver do dia a dia e sonhar com o futuro, criando bases sólidas no agora. E quando falo em bases sólidas é não sofrer por antecipação. É não deixar de tentar as coisas, ser feliz com o que tem; ser paciente, viver a vida com os olhos e pés bem fixos no presente. Se não foi como esperado? Paciência é a vida. Se não terminou como queria? Faz de seu jeito. Não desperdiçar os frutos do momento em decorrência de conquistas ainda não maturadas. Não sonhe usando as asas de Ícaro.
Dia dos meus amigos
Não sou muito de ir na onda das coisas criadas pelo modo contemporâneo da sociedade. O dia do amigo é criação recente, isso há 10 anos ninguém nem falava, mas a interação social cibernética permite dentre tantas besteiras “boas” – ótimas sacadas como essa do AMIGO. Porque ele merece.
A entidade AMIGO é uma razão para alguns chamar de irmão e irmã, no conceito mais restrito da palavra. Tenho mais amigos do que sou capaz de merecer. Nem sempre consigo honrar seus votos de amizade.
Mas amigo é todo aquele que no momento certo aparece e sabe esquecer diferenças. Amigo é o doido da voadora no meio da briga, quando você nem mesmo tinha razão. Amigo é cara que te bota o apelido porque ele pode – ele te conhece profundamente. Dentre muitos que apenas ouvirão você reclamar da vida ou dos problemas, ele será aquele que te pegará pela mão e dirá: “ Vamos resolver “.
O amigo sincero não espera retorno de nada, faz porque tem história contigo. Mas longe da poesia de falar bem de todos, eu valorizo também o amigo que diz “verdades“ que você precisar ouvir; e te abraça quando tudo que merecia era uma bronca. Ele não esconde o que sente, mas não refuta em pedir desculpas e ir atrás. Na amizade sincera é que nascem todas as coisas boas da vida. No voto de um amigo tem poesia para toda vida. Ele é o ser que te acalma, quando tudo diz não para você. É o cara do emprego; é o construtor do carrinho de rolimã; é quem te ensinou as primeiras embaixadinhas no futebol; o que te chamou de grosso e riu da sua cara, mas nunca te deixou de fora do time dele. O amigo cresce contigo, assim como tudo na vida envelhece paulatinamente... sofre, chora rir, casa, tem filhos e te chama para as festas de fim de ano, batizado e aniversário da garotada. Ele também pode nascer de hoje, do ontem – não precisa ser de longa data – basta ser amigo-amigo, e ter todas as qualidades possíveis de uma pessoa que a gente costumeiramente chama de “gente boa”. Na amizade profunda nasce também o amor; muitos enamorados experimentaram a doce razão de serem bons amigos e se descobrirem entusiasmados um pelo outro. É das relações - a mais duradoura e cheia de perdões ao longo da vida. Um amigo te chama para conversar, ir ao cinema, beber uma, trocar ideias, espantar crises e às vezes decidir caminhos. Não conheço na concepção infinita que dou a palavra “AMIGO” nenhum que permaneceu na bronca por muito tempo. A gente é reflexo do outro até nos erros, errar faz parte; continuar é falta de respeito.
Se hoje é dia do amigo eu não sei; o que sei é que AMIGO a gente faz com muito afeto e não esconde defeito; amigo? É guardado no lado esquerdo do peito.
Se você é bobo(a) suficiente para perder um grande amigo, pense nisso: Na vida toda teremos diversos tropeços, quedas e recomeços, todos de uma maneira ou outra, necessitará de alguém que estenda a mão... quantos hoje realmente são esses?
O meu destino é de ninguém...
Diversas vezes eu ouço ou leio as pessoas propagarem teorias orientais sobre o destino. E na maioria esmagadora relatam a ideia que " tudo está escrito, nada pode se fazer ".
Mas, será mesmo? O destino da pessoa está escrito? Resposta: Sim.
Então é imutável? Resposta: Não! Nunca foi imutável.
Então posso afirmar que o destino da pessoa foi cumprido? Resposta: Sim, pode...
Más, de forma alguma o destino é fixo.
De forma alguma o destino da pessoa esta escrito apenas de um jeito ou com um fim previsto.
Quem não lê toda a filosofia oriental, recebe das pessoas apenas esse contexto e pensa que é assim que se destinam todas as pessoas, principalmente filmes e novelas que não esclarecem tudo.
Seja qual for sua decisão sobre algo, o destino estará escrito sim. Mas são diversas variantes possíveis para cada decisão diferente que se toma. Cada decisão nossa abre-se um caminho novo para um fim diferente.
Eu tenho duas filhas. Logicamente que cada uma foi uma tomada de decisão diferente, e sempre fui eu o dono do meu destino. Muita gente fica reclamando que se tal coisa não tivesse feito, hoje estaria melhor ou nada de ruim teria acontecido com ela ou com outro; o que é uma verdade apenas relativa. Depois que se toma a decisão, realmente nada pode mudar, foi fechado com destino, mas antes sim – antes poderia ter tido qualquer rumo, a escolha era sua.
A gente começa a perceber essas riquezas de detalhes quando se questiona hoje sobre fatos já concretizados. Exemplo 2: Você hoje achando seu ex marido ( esposa) uma pessoal ruim, abdicaria de ter tido um filho ou filha com ele? Arriscaria nunca ter sido mãe ou pai, para voltar ao tempo e não ter encontrado tal pessoa?
Pense e reflita ai vários momentos da sua vida, e perceba esteve sempre no controle e na posição de ter tomado alguma decisão; e para cada uma tinha uma situação diferenciada se vislumbrado para o futuro. O que você fez? Fez algo? Nada fez? Deixou o tempo resolver? Pois é o destino é água corrente... nunca se sabe em qual mar vai desaguar.
Uma forte verdade da vida é que 90% das pessoas se aproximam uma das outras em algum estado de carência: seja afetiva, financeira, por amizade ou lealdade.
Tem sempre algum interesse por trás, não digo que seja de todo ruim, nada disso. Só que tem uma busca “oculta” que faz com que você seja necessário até certo ponto na vida daquela pessoa. Depois das mascaras tiradas é que de fato surge o passo adiante da relação ou não.
A desilusão vem justamente porque alguém acreditou que desta vez “tudo seria diferente”; e na maioria não é – porque você já atendeu ou deixou de atender as expectativas.
Mas de fato, você também faz a mesma coisa em diversos momentos, quando escolhe se abrir com essas ou aquelas em detrimento de outras. Uma coisa é certa: Em baixa estima, somos todos vulneráveis! Seja para receber carinho e atenção de quem não avaliamos bem, como para ir atrás de qualquer um (a) que nos dê o mínimo de atenção.
A melhor das situações é quando as intenções são postas à mesa. Quem de fato quer você vai te aceitar como é; não sem antes ter ressalvas. Acredite no que eu digo: Nenhuma pessoa que não lute para manter-se forte na relação é digna de confiança. Não se iluda com a ideia de quem ama, ama como você é por inteiro(a), isso nunca existiu... As pessoas quando se importam de fato buscam melhorar o entorno e a convivência, instigando um ao outro a crescer e mudar. Qualquer um que morre na relação pelo outro, se perde. A gente por natureza gosta de pessoas fortes. Corre atrás de quem tem personalidade com tudo na vida. Não confunda personalidade, com personalidade "forte". Acho o adjetivo (forte) idiotizado e desnecessário. Quem tem a dita personalidade - sabe muito bem sua força
O que é a solidão?
É incomunicabilidade
E conviver com alguém e
não ter como falar o que
incomoda, é perder o
ritmo da confissão, é não
saber mais como começar
uma conversa.
O amargurado (a)
o antitudo
É a insuficiência que
cresce: é a infinita
capacidade de piorar o
mundo para melhorar as
reclamações.