Coleção pessoal de xALVESFELIPE
No silêncio profundo da noite, onde tudo é mistério e sombra, minha alma de perde em devaneios, e meus pensamentos de desdobram.
Na profundidade do meu ser, sinto o universo inteiro.
Sou um oceano a transbordar, e não sei se quero ou se espero.
As palavras escapam de mim, como pássaros livres no ar. E eu me perco nesse labirinto, sem saber como voltar.
Mas é nessa imensidão de mim que encontro a minha verdade. E percebo que a vida é assim, uma busca sem fim, sem idade.
Eu sou o que sou, sem definição, sou a soma do que vivi.
Mesmo que a vida seja escuridão, é preciso olhar além do que se vê. A beleza está nas coisas simples, que as vezes não sabemos ver. É preciso olhar com os olhos da alma para verdadeiramente viver.
E hoje eu escrevo essa poesia, com a alma cheia de você.
Sempre em declínio, sempre em queda, assim me sinto nesta vida errante, um ser em decadência, sem saída, com um peso sobre os ombros constante. Não há alívio para o peso da existência, somente o peso da própria consciência, que nos leva a pensar e a refletir, sobre o destino incerto que está por vir.
Não querer ter nascido é um fardo pesado, mas já que estou aqui, não quero ficar parado.
Não vou lamentar minha existência, pois há tanto para viver, com toda a essência.
A vida me pregou uma peça, mas não vou me deixar abater. Vou buscar a minha própria prece, e encontrar motivos para viver. Às vezes, sinto-me sem poder, como se fosse um mero acidente ao nascer.
Não queria ter nascido, em um mundo tão cruel, onde tudo é tão difícil, e a vida é um carrossel.
A vida às vezes parece uma maldição, mas não quero me entregar a essa tristeza, nem deixar que o sofrimento me defina. Não importa o que a vida me trouxe, nem as feridas que me fez sofrer, conheço o meu coração eu vou encontrar a minha voz.
A dor pode ter me moldado, mas eu decido como vou agir, não vou deixar o passado me prender. Continuo a lutar, a buscar alguma forma de me libertar, do peso da vida e da dor da existência, encontrando a luz em meio à escuridão da decadência.
Não pedi para nascer, mas agora eu escolho viver. Farei da alegria minha vingança, eu quero me vingar da vida sendo feliz. Não me curvarei diante do sofrimento, pois quero mais do que apenas sobreviver, eu quero rir, amar e ser feliz, e a vida não me impedirá de viver. E fazer da minha existência um eterno renascer. Pode até ser uma luta diária pela sobrevivência, mas não vou me entregar à desesperança, vou me vingar da vida com minha existência.
Vou me vingar da vida, sim. Com cada riso e cada sim. Com cada abraço e cada amor. Com cada sonho que eu conquistar.
A vida pode ter me dado um início difícil, mas eu escolho como será meu final. Vou encontrar a felicidade, com um sorriso mesmo na dor, e mostrar para a vida quem é que está no controle afinal.
Vou me vingar da vida sim, com a alegria do meu amor.
Sinto falta de um amor que nunca existe.
Sinto o vazio que a saudade cria, e o amor que um dia foi luz.
Sinto o peso da saudade, que me invade, que me assola, e me faz chorar de verdade.
Queria estar ao teu lado a todo momento, mas mesmo longe, te sinto tão perto, em cada pensamento.
Meus pensamentos te buscam, em cada momento do meu dia, e mesmo que a tristeza me abrace, o amor que sinto não esfria.
Nas noites frias, olho as estrelas, e em cada uma delas, vejo as tuas cores.
Longe te amar, ainda sinto teu perfume no ar.
Embora distante, minha paixão por ti é constante.
As estrelas e a lua no céu, são testemunhas do meu amor fiel.
O amor que sinto por ti é mais forte do que a distância que nos separa.
Não importa a distância, enquanto eu respirar, vou sonhar, com o dia em que vou te abraçar.
A confusão é grande, mas meu amor por ti não diminui, expande. Oh, como queria poder te abraçar, e com carinho teus medos afastar.
Uma paixão que não cansa, um amor que persiste, mas a realidade sempre nos traz de volta, como o sonho que se desfaz na nossa porta. E resta apenas a saudade, de um amor que não teve oportunidade.
Longe te amar, eu ainda sinto a doçura do teu olhar, e a ternura do teu sorriso que me fazem suspirar.
Longe te amar, eu ainda ouço a melodia da tua voz, e a suavidade do teu toque que me fazem querer gritar um eu te amo no altar.
Longe te amar, eu ainda sonho com o calor do teu abraço, e o conforto do teu colo que me fazem sentir em casa.
Longe te amar, eu ainda sinto as emoções que só você sabe despertar.
Para mim, a vida é uma jornada sem um propósito definido. Não há um guia celestial a quem eu deva ser submisso.
Mas isso não me torna vazio, nem me deixa sem esperança, eu encontro significado na conexão humana. No abraço de um amigo, no riso de uma criança, no amor que compartilhamos, ena luta por mudança.
Não preciso de uma divindade para encontrar beleza e verdade. Minha fé está na humanidade ena capacidade de amar de verdade.
Não há pecados ou redenção, apenas a responsabilidade da ação, ese errar, eu mesmo assumo, não culpo um ser imaginário por nenhum fumo.
Eu vejo beleza na natureza, na ciência e na sua grandeza. Nãohá necessidade de um criador para admirar a complexidade do universo em flor.
E é aqui, na Terra mesmo que devemos aprender a ser. Não sou ovelha de um rebanho conduzido pela vontade de um ser que nunca foi visto. Prefiroseguir minha própria consciência, e viver minha vida com liberdade e coerência.
Não busco respostas prontas em livros sagrados, mas sim na razão, na ciência e nos fatos comprovados. Minhafé é na humanidade e na sua capacidade deevoluir e construir uma sociedade com igualdade.
Assim sou, sem medo do fim, pois sei que minha vida tem sentido em mim, eque minha existência não é em vão, pois a felicidade não depende de uma religião.
Não preciso de orações para sentir a paz interior, basta viver com empatia, eamor ao próximo, sem temor.
Ateísmo é a única escolha para aqueles quequerem viver uma vida plena, sem depender de um ser imaginário, eencontrar significado em nossas próprias vidas, aqui e agora.
Dentro de minha alma residem mil vidas, cada uma com uma voz que deseja ser ouvida. Eu sou mil eus diferentes, cada um com seus desejos e sonhos, todos entrelaçados, que sussurram segredos a cada palavra proferida.
Meu coração, uma tela, pintada com seus matizes, cada pincelada uma lembrança do que já foi. Uma colcha de retalhos de emoções e pontos de vista, um retrato de uma vida vivida interiormente.
Eu sou o poeta, o pensador, o ignorante, o palhaço, o amante, o romântico, o desiludido, o andarilho, o sábio. Eu sou o silêncio, o rugido, o som, a luz, a escuridão, o palco.
Sou uma contradição, um mistério, um enigma que não pode ser resolvido, um quebra-cabeça sem história, uma história que ainda não foi contada.
No entanto, em meio a todo esse caos, encontro, um silêncio que ecoa lá no fundo. Uma quietude que acalma minha mente inquieta, uma paz que habita em minha alma. É o meu Daemon, que me diz o que eu preciso ouvir. Diz-me que não estou só, que todos os meus eus são um no final, que eu sou uma semente que foi semeada, e que vou crescer e transcender.
E assim, vagueio por essas tantas vidas, abraçando cada uma como se fosse a minha. Pois nesta jornada, eu descubro o que sobrevive, a beleza de uma alma que cresceu demasiadamente, mas que habita uma vida que não viveu inteiramente, e um corpo puramente ausente.
Na busca pelo amor eu me perco, em devaneios, sonhos e esperanças, sinto a alma pulsar, o coração arder, e a solidão apertar, como uma lança.
Procuro nos olhos do outro a cumplicidade, a ternura, o afeto, a felicidade, mas muitas vezes só encontro desilusão, e me pergunto se há, afinal, alguma solução. Certa vez encontrei quem abracei e senti a força das minhas emoções, mas não era eu o sonho que desejavas, nem a ilusão que procuravas.
Ah, como seria bom encontrar alguém, que me amasse como sou, sem pudores, que me aceitasse com todas as minhas dores,
O amor é uma sorte, o talvez da escassez, quem sabe um dia vai bater em minha porta e me preencher de vez.
Confesso que já senti o peso da dor, que já chorei ao me olhar no espelho, que já perdi a fé em mim e no amor, eque já pensei em jogar tudo pelo caminho.
Confesso que já bebi até cair e dormir, que já gritei palavras sem pensar, eque já magoei pessoas que amei.
Confesso que já senti a solidão, que já me senti um estranho no mundo, que já quis desaparecer sem deixar rastro, e que já senti que a vida era um fardo.
Mas hoje, confesso que vejo além, que aprendi com as quedas e levantei, que encontrei amor no meu coração, e que sou grato por tudo que aprendi com o que passei.
Confesso que hoje sou mais forte, que sou mais capaz de enfrentar a vida, que encontrei paz na minha própria sorte, eque a felicidade é uma escolha minha.
Acordo tarde, esperando a ressaca do vinho barato, sem vontade de sair da cama. Abro a janela e vejo a cidade cinzenta, cheia de gente apressada e sem rumo.
Mas eu sou diferente, não quero seguir a multidão, prefiro me perder nas ruas sujas e escuras, nas várzeas, encontrando aqueles que a sociedade entende por páreas.
Eu não me importo com as convenções sociais, não me importo com o que os outros pensam de mim.
Entre os bares e becos, eu me encontro, com meus vícios, virtudes e defeitos. Eu confronto a vida e a morte, o amor e o desamor. Eu sou um sobrevivente, um lutador incansável. Eu sou o anti-herói dos desajustados, o rebelde sem causa. Somos todos experimentos, um dia tudo isso acabará, e eu partirei deste mundo sem arrependimentos.
A vida é um eterno aprender, tento dizer, as palavras fogem do meu ser, mas, dentro de mim há tanto a dizer.
Vejo o mundo além da janela, mas prefiro a solidão da cela.
Há algo em meu coração que me impulsiona a seguir, um desejo de descobrir o que há além deste existir, todavia sou um misto de alegria e tristeza. Escrevo o que sinto, o que não posso falar, e guardo comigo, para nunca mais revelar.
Os segredos mais íntimos do meu ser, são meus e de mais ninguém podem saber.
Mas, às vezes, eu sinto a solidão, e queria compartilhar essa emoção.
Com alguém que pudesse entender o que sinto, o que quero dizer.
Mas, no fim, sou eu e minhas palavras, que me acompanham até nas noites pouco calmas.
Mas talvez, em algum lugar distante eu possa encontrar a paz e o amor tanto a almejar.
Sinto a minha alma a clamar por liberdade,
Por algo que me faça sentir especial.
E no silêncio da noite, solitário e perdido,
Encontro um pouco de paz e de solidão.
No meu íntimo há um mundo infinito de sonhos e desejos a me embalar, sinto-me um ser pequeno e limitado diante de tanta imensidão a me cercar.
Sou um fragmento de tudo o que existe, um grão de areia perdido na imensidão, mas ainda assim carrego em mim a chama da paixão que me move em direção a algo que a mim não parece são.
Então, deixe-me mergulhar no abismo, e encontrar a paz no nada, pois não há nada mais libertador do que a aniquilação de si mesmo.
Minha alma é escura e estranha, minha voz é calma, mas repleta de dor, minhas palavras são como um fio de navalha cortando a realidade que cerca ao meu redor.
Onde estou? Não sei dizer.
Sou uma alma em constante sofrer. Caminho sem saber para onde, em busca de mim mesmo, em um mundo que parece feito para a confusão.
Sou prisioneiro do meu próprio ser, enclausurado em uma cela invisível, mas minha mente inquieta não para de correr, como um cavalo selvagem, indomável e imprevisível. Em um mundo que parece sempre me negar o prazer.
A escrita? Minha única companhia, minha vingança, minha forma de expressar a dor que sinto a cada novo dia. O desabafo da esperança de encontrar um dia a paz que tanto anseio, a redenção da minha mente.
Religião é egoísmo, é a sua salvação individual em detrimento da sociedade.
Crer em deus seria um pecado de orgulho. Ateísmo é humanismo.
A sociedade nos direciona para que passemos a vida indo atrás de troféus futuros. Mas qual o valor real desses troféus? Quanto essa busca atrapalha o que estamos vivendo agora?
Sou o poeta e o personagem. Osonhador e o realista. Souo que busca o sentido, eo que se perde na pista.
Em mim há uma infinidadede emoções, sou um mar de contradições que se esconde nas entrelinhas.
*A esperança se esvai a cada dia*
Sigo em busca de sentido, mas só encontro a descrença em tudo que é conhecido, a vida parece um mero acidente. Caminhos tortuosos, sem saída, onde cada caminho leva a uma nova ferida, e a cada passo que dou, sinto-me mais perdido, como se tudo que eu fizesse fosse proibido.
As portas que se abrem à minha frente são um convite a um mundo de dor. A realidade me oprime, o absurdo me rodeia.
Perdido em pensamentos angustiosos. Num sonho que se transformou em pesadelo. Um mundo distorcido e surreal, onde a realidade é um enigma notório.
Sou um ser estranho, incompreensível, com uma alma tão pesada quanto insensível. E a cada dia que passa, mais me afundo em um abismo profundo. Mesmo assim, continuo a lutar contra as forças que me tentam dominar.
A alma em desespero clama por luz, mas só encontra sombras e escuridão. A mente em conflito, sem paz nem cruz, em busca de uma salvação. A cada passo que eu dou parece que vou me perder. Talvez seja um sonho ruim ou um pesadelo sem fim, mas não importa o que eu faça não consigo achar o meu fim.
Eu sou um estranho nesse mundo, e não há nada que eu possa fazer, a não ser seguir em frente e tentar me acostumar a viver.
Sigo em frente, sem saber onde vou chegar, em meio ao caos da vida, aprendo a me conformar.
Eu sou o orfão da alma, o navegante solitário,
O homem que habita múltiplos lugares e ainda assim é nenhum,
Eu sou o disperso, o eterno indeciso,
O poeta que se esconde atrás de máscaras. O homem que escreve a sua vida como se fosse épica.
Eu sou a música dos sonhos e das angústias.
Eu sou a busca incessante da verdade e da beleza, o homem que não se contenta com as respostas fáceis, eu sou o cético, o questionador, o provocador, opoeta que escreve para mudar o mundo, ainda que esse mundo nunca mude.
Eu sou o eterno viajante, o eterno aprendiz, ohomem que, através da poesia, busca eternamente a sua verdade e a sua liberdade.
Eu tentei ser um novo Fernando Pessoa, um homem que ainda inspira, ainda emociona, ainda perturba, mas não, eu nasci a contragosto, porém, a morte é tão sem sentido quanto a existência. Sim, eu fracassei, talvez fracassei em tudo, nunca me encaixei, tentei, Pessoa me descreveu quando disse "escrevo mais filosofias em segredo do que Kant, mas serei sempre o que não nasceu para isso, somente o que tinha qualidades". Despeço-me como um fracasso que poderia ser um sucesso, ou um sucesso que foi um fracasso. Não sei, talvez tenha algo errado comigo. Eu paro, penso, mas quem foi que definiu o fracasso e o sucesso? Pois, então, eu sou o fracasso e o sucesso de mim mesmo. O mundo não gosta de mim e eu também não gosto dele.
Sou a multiplicidade do eu
A incansável busca por mim mesmo
Sou a poesia que nunca acaba
A expressão da alma, que é infinita.
Em teu caminho, muitos se perdem sem luz
Mas eu, como um guerreiro, luto contra a luz
E procuro encontrar minha verdade, minha razão
Sem medo de encarar a escuridão
Porque sei que é nela que se encontra a força
A força que move o universo, a força da vida
E eu quero viver como um verdadeiro guerreiro
Sem temor de enfrentar a dor, sem medo de sofrer
Porque é na dor que se encontra a sabedoria
E é na sabedoria que encontraremos a verdade
Então, eu sigo em frente, sem medo de cair
Porque sei que, no final, encontrarei a minha luz
E viverei como um ser livre, como um ser humano.
A vida é uma viagem sem sentido,
Um caminho que nos leva ao nada.
Nossos esforços são em vão,
E tudo que fazemos é passageiro.
Não há propósito na existência,
Apenas a dor e a solidão.
Não há verdade ou justiça,
E toda a luta é inútil.
Nossos sonhos e ambições,
Desaparecem com o tempo.
Tudo o que resta é a tristeza,
E a esperança de tempos melhores.
Mas mesmo assim, nós seguimos,
Como marionetes controlados pelo destino.
Caminhando sem rumo,
Em busca de algo que nunca encontraremos.
Assim é a vida, cruel e vazia,
Um labirinto sem fim.
Mas não há escapatória,
E nós somos presos aqui para sempre. Ou será que não somos?