Coleção pessoal de XAAMOTAKU

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Temer a morte é temer ser julgado por aquilo que se é.

As pessoas invejosas criticam e idolatram aquilo que querem ser, e aos poucos vão destruindo aquilo o que são.

Sabe aquela sensação ?

De quando eu fecho os olhos
Eu posso ouvir sua voz
Me dizendo o que eu jamais sonharia em ouvir
Agora tudo esta ótimo,
Agora tudo esta mais difícil
Estamos em um novo mundo
Onde só existe eu e você
Eu só tenho medo
Medo do que me espera fora dele
Poderia continuar o mesmo até lá ?
Então você me disse
Com todas as letras
Você é a estrela do meu céu
E tudo ficou bem
Pode sentir isso dentro de você ?
Como algo mais forte que si mesmo
Se não, lamento a você, e a mim mesma
Suas letras foram apenas letras
Suas palavras só palavras
O significado resta a aqueles que sonham demais
Aqueles como eu
Não pode sentir ?
Não duvido de você, talvez tenha acreditado demais
Mais hoje suas palavras o condenam e os fatos apontam
Não sou eu quem digo, mais sim uma parte de mim
Gritando o que eu não queria ouvir
A verdade
Talvez você jamais possa me amar, como eu o amo

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Sentiremos Saudades

Sentiremos saudade

Do amor que nós faz sofrer
Do amar por amar
Do amor inocente
Do amor seguro
Do amor inconsciente
Sem porque
Sentiremos saudades
Das lagrimas frias
Das lagrimas sem motivo
Do simples chorar
Das lagrimas cansadas
Que vem sem avisar
Sem porque

Sentirei saudade
De emoções
Sentirei saudade
Do sentir
Que nos fazem tristes, felizes
Chorar , sorrir
Sentir é viver
a única diferença da morte
Sentir é tudo
mérito , sorte
Vivemos em busca de emoções
Do sentir
Do se sentir bem.
Mas já não sentirei saudade
Pois já vivi
Vivi a vida
Hoje cansada
Pois viver a morte
E não sentir nada
E a pegarei em meus braços
fria e pálida
A vida já não existe
não passa de uma lembrança
um cadáver em seu leito
sem deixar herança
pois agora sem expressão leva consigo
passados e sentimentos.

Não me espere

Quando voltar
Tudo estará diferente
Minha ausência tão evitada
Agora estará presente.

Quando voltar
Contarei muitas historias
Minha ida minha vida
Minhas lembranças,
Minhas memórias

Quando voltar
Voltarei melhor do que parti
Pior do imaginei
Nem metade que escrevi

Quando voltar
Já não já não trago mais nada
O que levei já não possuo
Não tenho nenhuma mala

Quando voltar
Vou melhorar o que ocorreu
Fazer o que não fiz
Construir um mundo meu e seu

Quando voltar
Ainda terei defeitos
Novas qualidades
Cometerei mais muitos erros


Quando voltar
Já vou ter coragem
Enfrentado velhos medos
Que encontrei pela viagem


Mas se não voltar
Não se preocupe
Pois não tenho hora
Nem calendário
Não tenho tempo
Nem horário
Volto em dezembro
Janeiro ou maio
Volto de dia ou de noite
Volto a tarde
Volto tarde
posso até jamais voltar
então
não me procure
não mande cartas
não se importe
tanto assim
Pois não quero que me espere,
Só que se lembre de mim.

A estrada

Caminho pela estrada
Sou apenas o que sou
Anoitece pela estrada
E não sei aonde vou


Vivo nessa estrada
Tendo passos como companhia
Sonho nessa estrada
Estrada em que vivia


Eu ainda me lembro
De sonhos que contei a ela
Me respondia com silêncio
E a paciência da espera


Era tudo muito simples
Minhas lágrimas nela caía
E a humilde estrada
Sempre compreendia


Com ela o tempo passava
Nos segundos que sorria
Minha única velha estrada
E nada de mim exigia


Só precisava com ela estar
Estrada da minha infância
Ela nunca me disse nada
Mas me dava esperança


Um dia como outros
Na estrada não voltei
Fui mais uma pessoa
Que sonhos realizei


Tinha tudo que queria
E a estrada sempre lá
eu conhecia o mundo
E ela sem sair do lugar


Mas então percebi
Que algo já não tinha
Não andei mais pela estrada
Já estava sozinha


Agora me mantia presa
Ao mundo resultado a nada
E por onde hoje passo
Não encontro a mesma estrada


Estrada que me sentia bem
Me consolava a cada dia
E a estrada que passava
Hoje estava vazia

Pensador

Queria escrever do mundo
Mais do mundo nada sei
Queria escrever
Do espaço
Mais jamais conhecerei


Queria escrever da vida
Mais ainda estou vivendo
Não conheço vida perfeita
Pois ainda estou aprendendo


Queria escrever de mim
Mas nem eu me entendo
Queria escrever do tempo
Muito rápido, muito lento


Não tenho assunto determinado
Nem planejamento
Acordo confuso
Anoto invento


Não preciso do mundo todo
Nem das estrelas do céu
Preciso de uma mesa
Uma caneta um papel


Só escrevo o que penso
O que lembro
No momento
Escrevo fantasias
Poesias
Sentimentos


Não é nada importante
Só fazem parte de mim
Escrevo coisas sem sentido
Sem começo meio ou fim


Não tenho profição
Sou apenas eu
Pessoa criativa
Que acreditou
E escreveu


Pessoa confusa
Sem rumo sem meta
Pessoa invisível
Que virou poeta


Emoções misturadas
Alegria ou dor
Não tenho por que
Sou apenas escritor


Confuso constante
Serei a onde for
Acertos enganos
Eterno pensador

Onde Vivo

Onde vivo é escuro
Tenho medos, pesadelos
Encolhido, perseguido
Nada tenho
Tudo devo


Minha amiga é a fome
ó amiga verdadeira
Não me esquece
Não se mata
Nunca passa
Não me deixa


Minha casa é a rua
Ó casa amada
Me esconde rua escura
Em avenidas e calçadas


Minha família são as estrelas
Ó família adorada
São tudo o que veria
Tudo o que queria ser
Aparecem toda noite
Toda noite vem me ver


Meus sonhos são as palavras
Ó sonhos inalcançados
Não os leio
Não escrevo
Não entendo, complicados


Minha vontade meus direitos
Nunca tiveram importância
Quem me vê pelas ruas
Senti medo
Quer distância


Nunca lhes disse nada
Mas insistem em me julgar
Nunca lhes fiz nada
Mas não querem me ajudar


Estou fraco
Estou sozinho
Não tenho malas
Nem destino


E se hoje eu morrer
Não tente me encontrar
Pois já não tenho nome
Nem conhecido algum
Nunca fui ninguém
Serei apenas só mais um.

Infancia

Criança pequena
Criança culta
Criança grande
Criança adulta


Criança inteligente
Criança complicada
Criança adolescente
Criança enjoada


Criança alegre
Criança curiosa
Criança humilde
Criança vaidosa


Criança criativa
Criança silenciosa
Criança hiperativa
Criança cuidadosa


Criança simples
Simples criança
Criança que cresce
que sofre mudança


Aprende
desenha
Escreve
Se empenhe


Erra
Bagunça
Acredita
Inventa
Brinca de tudo
Mais não se contenta


Fase importante
Mundo invisível
Lagrima que marca
O perfeito sorriso


Infância faz parte da vida
Impossível de adiar
Viva a infância
antes de acabar


o tempo sempre passa
e passa nessa fase
e se hoje vive como adulto
amanha terá saudade


de tudo o que não fez
tudo que podia fazer
tudo isso resultado
da pressa de crescer .

Medo

A morte em seus olhos
Em suas veias sangue frio
Silencio amedrontado
E seu quarto está vazio
Sozinha em pensamentos
Lhe provocam arrepios

Olhos arregalados
Criança assustada
De baixo das cobertas
A porta está trancada

Encontra uma lanterna
Mais está sem bateria
Respirava profundo
e nada ouvia

Ainda a procura
Ascende uma vela
Vê sombras no escuro
Atrás da janela


Medo real?
Engano ou ilusão?
Chorava na cama
Em meio a escuridão

Lagrimas inevitáveis
Pingavam no chão
O barulho ecoava
Piorando a sensação


Criança fraca
Não era nenhum exemplo
A janela rangia, batia
Com o vento


O escuro a prendia
Em noites condenadas
Lhe perseguia lhe encolhia
Fazia ameaças


Cobria a cabeça
Com lençóis encharcados
De lagrimas de medo
Pesadelos, assombrados


Mantia a cabeça coberta
Com medo do que podia ver
Não sabia se gritava
Não há nada que podia fazer

Criança medrosa
Não é o que queria ser
Mas continuava imóvel
Esperando amanhecer


A noite ia passando
E a criança cansada
Agora via a luz do dia
Pois amanhecia acordada


Falça felicidade
Era só o que podia ter
Acabava com o noite
Após escurecer

Só queria sair correndo
De lá poder fugir
Para onde não houvesse medo
Nenhum medo pudesse sentir


Mais em parte alguma
havia lugar seguro
Era um mundo de fantasmas
De terror
Um mundo escuro


Escuro imortal
Onde não existe vida bela
Não estava no quarto
Estava dentro dela


Medo cruel
Que a acompanharia
Pois se o medo não vencesse
Ele jamais a deixaria.

Pensamentos seus

Quando acordo me lembro de você
Aos segundos que não posso controlar
Todo tempo que fiquei sem te ver
E um tempo que continua a prolongar
Eu não sei se me afastei
Ou foi você que não disse adeus
Pois eu nunca acreditei
Que meus pensamentos fossem seus
Não sei como evitar suas lembranças
É impossível não poder lembrar
Não aprendi aceitar suas mudanças
Minha saudade que não vai passar
E se um dia lhe esquecer
Não se preocupe com o que ocorreu
Pois minhas lembranças já não existem
e meus pensamentos são para sempre seus.

Amanha

Amanha espero te ver
Assim como deve ser
Uma dose diária de você
De quem eu preciso
Que é como um vicio
Minha razão de viver


Mas enquanto o sono não vem
E a noite me tortura com saudade
Provocando em mim insanidades
De um nunca mais lhe ver


Eu me desespero
Sem arrependimento me enterro
Implorando pela morte
De todo o meu ser


Mais o que me resta de esperança
Que faz da sua lembrança
Uma nova expectativa
De um tentar sobreviver


Rezo para que já durmas
Para que já sonhes
E não te compartilhes
Deste meu sofrer


E como despedida
Enquanto ainda vejo estrelas
E a lua não some
Sussurro o seu nome
Antes de adormecer


Já que chegas amanha
E amanha irei te ver

Um poema, além de uma expressão de sentimentos se tornou uma das mais belas obras literárias. Um poema tem verdade, tem ritmo, tem a alma de quem o escreve e o alivio para quem o lê, quando se acha ali em um simples conjunto de palavras, uma mera semelhança com um outro ser. Queres registrar sua alma em algum tempo ? Sua existência ? Conhecer melhor seu ser ou simplesmente o confundir ainda mais ? Desabafe, chore, molhe esta folha de papel que se curva diante de ti, ela não se importa, ela só quer de você o mínimo possível, o que você quiser, o que você com certeza já quis de alguém. Algo tão simples onde uma palavra pode mudar tudo. Escreva um poema, olhe parar ele e lhe dê um sorriso, sua alma um dia irá fazer uma viagem pela eternidade em algum lugar, mas um pedacinho dela esta ali, esperando sem preça, alguém que se interesse a ler.

Quem dera eu

Uma emoção além do infinito
Mas que cabe aqui dentro
Como sou um ser pequeno
Não sei como possa caber
Só sei que ela tenta escapar
E vem uma vontade louca de gritar
Ao mundo o que não sei explicar
O que não consigo entender

O que se pode dizer de uma doença
Tal como uma sentença
Que tem que se carregar
Correntes pesadas
Que se leva por onde passa
Mas se tivesse escolha
Não haveria de largar

O quanto eu te amo
O quanto amo te amar
E como odeio
o quanto te amo
Queria poder acabar
Com todo esse amor
Por puro medo
Medo de sofrer
Mais viver sem ele
È o pior sofrimento
O pior sofrimento,
Que eu possa ter

E vem uma solidão
Uma saudade
Por sua ausência
Falta de sua presença
Por mim tão adorada
E uma inveja descontrolada
De todo o seu ser
Que um dia desejei
Ser pra sempre meu
Afinal quem dera, eu
Poder fascinar alguém
Assim como tu me fascina.