Coleção pessoal de williamfrezze
AMOR CONJUGAL
(Numa época em que o machismo proíbe a fidelidade)
Eu queria fazer morada em seu pensamento,
Ser parte do seu dia a dia,
Viver a espera da consciência no seu sono,
E saber a hora do seu despertar.
Eu queria morar nas meninas-dos-seus-olhos,
E ver as coisas que você vê,
Sentir o mundo mais bonito
Existindo dentro de você.
Eu queria nascer na sua tristeza,
E morrer na sua alegria,
Dar de mim o pouco que sou,
Perpetuar seu sorriso,
E fitar, sem relógio,
A gôndola de carne que são seus lábios.
Eu queria navegar em suas veias,
Sentir a maré das suas pulsações,
E, de repente, entrar num vácuo
E conhecer a maravilha da sua alma.
Eu queria colocar-me como oferenda,
E arrancar de mim meu momento mais feliz.
Em seguida, sequestrar de você
Seu instante mais triste.
Eu queria, na minha morte,
Você sem luto,
Cantando uma canção sem despedida.
O discernimento é, em toda a liderança, a capacidade vital para reconhecer o que está em jogo, quem são as peças e quem são os jogadores.
Em qualquer jogo, o líder sem discernimento, sempre será a peça e não o jogador.
Homens que viajaram por continentes e mares, mas nunca mergulharam no olhar, na conversa e no corpo de uma mulher jamais saberão o verdadeiro significado da aventura e do desconhecido
“É necessário que as almas se digladiem, antes que os corpos se unam”.
É do confronto que nasce a exposição. A batalha gera a dor e quando dói ferir o outro, então você percebe o amor. E odiamos ferir o coração de quem amamos, pois estamos ferindo a casa que nos abriga.
Todas as decisões são inalteráveis. Não há como voltar atrás, o máximo que podemos fazer é tomar uma nova decisão
E todo o seu amor que transborda para além das bordas de seus lábios, na borda dos lábios seus que transborda para além de todo seu amor.
Questione o seu potencial, antes que alguém o faça por você. Quem não analisa seus próprios limites será limitado em análise alheia
RÉU
o beijo roubado
o coração vagabundo
pelo olhar assaltado
neste charco profundo
o amor bandido
a paixão que tortura
o sentimento proibido
o incidente da aventura
pelas palavras sequestrada
está a vítima consentida
sua alma amarrada
e a consciência amortecida
reles inconfessa
argui-se depressa
prisão de ardor
ardendo de amor
{William Frezze}
Malícia é ter a sensibilidade para identificar o mal, porém ver maldade em tudo é outra coisa, a psiquiatria chama isso de delírio persecutório.
A alienação, na mente do alienado, sempre lhe terá a aparência de liberdade, mas não há liberdade sem vulnerabilidade, pois o excesso de segurança somente nos enclausura em um esquema que criamos para nos manter longe do recôndito impensável
Ame, mas não adore; pois o amor te permite também ver os defeitos.
Confie, mas não se iluda; pois os olhos são feitos para ver o que há.
Integre-se, mas não se entregue; pois o dono de si mesmo é senhor de suas escolhas.
Ocupe, mas não tome; pois a conquista é uma vitória e não um troféu.
Preencha, mas não sufoque; pois o espaço gera o crescimento.
Presenteie, mas não faça promessas; pois o presente certo importa mais que o futuro incerto.
Renuncie, mas não se anule; pois invalidar-se a si mesmo é o abandonar da própria alma.
Se encontre, mas não se perca; pois a saúde reside no conhecimento.
Seja livre, mas não fique preso em tua liberdade; pois até os pássaros fazem seus ninhos.
Sonhe, mas não delire; pois somente os sonhos se realizarão.
Não ler as entrelinhas denota infantilidade, ler também as entrelinhas revela a malícia, porém ler apenas as entrelinhas evidencia a presunção tola de uma falsa inteligência