Coleção pessoal de Waninharaujo

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⁠Só pensando : ontem, por vários momentos - começando num “bom dia” secreto de quem imita a invisibilidade de Deus, até encerrar com Daniel no uber de volta pra casa já bem à noitinha - reflexões sobre Deus vieram à tona. “Reflexo grande” esse, pensei. E deu nisso :
Reflexo grande de Deus!
Deus é ilimitação em tudo : em tempo e em espaço.
Nos somos imitacoes d’Ele, com as limitações ausentes n’Ele.
Para cada grupo de criaturas ele definiu um espaço de tempo razoável para as travessias nos meios que também criou.
Ate para a Terra onde vivem milhares de milhares de grupos de criaturas ele definiu um tempo de duração.
Assim, para a tartaruga ele deu um tempo generoso e ela, sabia, faz com toda calma essa travessia.
Para os velozes quadrúpedes o tempo foi menor, e eles sabem como aproveitar, cada um à maneira de seu grupo específico.
Há plantas, como cactos, cujas flores duram uma noite, ha outras como as orquídeas, com um tempo bem mais esticadinho de permanência no meio que vive. A flor da orquídea pode ser retirada de seu meio e sobrevive, a flor do cacto não.
E criou o homem, que se auto proclamou semelhante ao Criador.
E o homem fala : tudo é no tempo de Deus.
E uns homens se assemelham às tartarugas e outros homens aos quadrupedes e colocam na conta de Deus as mazelas e o mal uso do tempo de seu grupo de espécie. Equivocadamente aguarda e esquece que foi ele próprio, e não Deus, que inventu o paraquedas para que algumas coisas lhe caíssem do céu. Tempo de início e fim é destinação divina, o percurso é livre arbítrio, individual e intransferível.
Como o homem tem negligenciado tudo isso.
Em nome de Deus, até.
Em nome de Deus se desmata e mata. E fere. E crucifica, ate.
Deus, criador do ceu e da terra, do sim e do não, do dia e da noite, do bem e do mal.
E disse : em tudo dai graças!
E o homem, só o homem, fere e é grato, mente e agradece, usa Seu santo nome em vão e fala em gratidão! Porque ate o pecado foi Deus que criou.
Assim Deus é perdão no plano d’Ele, na dimensão d’Ele.
E o homem … ah! O homem. Bicho metido a esperto, inventou o seu próprio deu$, um “feique”
Meu desprezo aos desalmados que justificam em Deus suas fraquezas. Aos aprisionadores da alma.
Respira? É tempo de conversao de deu$ em Deus verdadeiro.
Amem … amém!

⁠Migalha não sacia,
Coisa pouca não vicia.
Vida é dar e receber,
Vida é dor e prazer.
Tem que administrar,
Tem que saber dosar.
Tudo deve ser balanceado,
Senão tem algo errado.
Mudança de vida,
Sua linda,
Seja sempre bem vinda.

⁠Tudo de B pra você
Tudo de Blue
Tudo de Blues
Tudo de Bom e Bonito
Tudo de Bem e Bacana
Da Boca, o Beijo
O Beijo na Boca.

⁠E se ainda resta dúvida
De que o que se foi
Não vai voltar
Experimenta dar sumiço
No seu jeito de achar
Pare encare olhe firme
Não tema o outro olhar

⁠Enquanto houver quem propague o desconhecido
para justificar o que não se vive
mas anseia,
O reflexo do mal que tenta expurgar de sipermanecerá.
O mal só se combate com o bem;
O ódio, com amor!

⁠Ói que dó!

Qual a dor que tu sente menina?
É uma dor que rói o peito
Que móia ozói
Qu'invade p corpo todo e dói inté a alma
Mas é assim uma dor tão doída, indefinida?
Ê mais que isso dotô
Mas eu num sei contá pru sinhô.

⁠A distância e o tempo

Ao longe céu e mar se tocam
Uma árvore florida no fundo do vale um espetáculo encena
Consigo vislumbrar o pote de ouro onde o arco-íris toca a terra.
O que haverá daqui, de onde tapo com as mãos os olhos, até lá, onde alcança minha visão destapada?
Quanto mistério guarda o mar,
O que haverá nessa caminhada?
Assim é também o tempo.
"Como será amanhã?
Responda quem puder!"
E Deus iluminou o palco da vida,
Abriu as cortinas de um novo dia!
Atores e platéia, começa um novo espetáculo !

⁠A vida não é um dom
é uma magia
Viver é uma arte difícil
um belo ofício
Requer rendição... sacrifício
Mas tem lá seus benefícios
Mistura de sim e de não
Alquimia de alma e razão
Crer ou não crer
Sempre haverá uma questão.

⁠O amor quando nasce é quiném capim
Só morre se você matar
Senão nunca tem fim

O mar também é assim
Um fim que não se pode enxergar
Como meu amor é pra você e o seu é pra mim

⁠Dia dois de novembro deveria ser proclamado o dia do desapego.
Dessa passagem na terra nada se leva e tudo se deixa.
Herança e legado.
Por um se briga com o outro se vive.
O que somos é tudo que temos.
Passamos tempo demasiado como aprendiz e por um triz tudo se evapora...

⁠"Ralouin" não é festa tupiniquim
Mas a gente festeja mesmo assim
Também comemora-se hoje
(com menos alegria)
O Saci Pererê e a nossa Poesia!
Menino mais levado, desconheço
Se te pega te vira pelo avesso
Não pede balinha ou qualquer gostosura
Gosta só de fazer travessura.

⁠Guardei momentos lindos
O resto joguei fora
Guardei do riso
O mais lindo sorriso
Da boca o que dela foi preciso
O resto joguei fora
Guardei o silêncio do aconchego
O eu te amo, te desejo
O barulho do seu beijo
O resto joguei fora
Guardei e muito bem guardado
Tudo que me foi doado
Em cada toque compartilhado
O resto joguei fora
Guardei momentos lindos
O resto joguei fora.

⁠Um dia ora
implora, um dia
Um dia chora com quem ontem ria.

⁠De tudo, guardei "Sem lechetrez"
Que rima com última vez
E aí lembrei da música
"Começaria tudo outra vez
se preciso fosse meu amor"
Que rima com flor
E aí lembrei da flor que ganhei
Que rima com tatuei,
E aí lembrei que foi o que fiz
Que rima com feliz
É aí lembrei que é como sou
Nessa mistura de alegre e triste
Que rima com o que fizeste
Junto com o que eu fiz
Que rima com porque eu quis
E também com porque você quis
E aí lembrei como a gente era feliz
Que, se não rima com amor,
Não poderá, jamais, rimar com dor!

⁠O beija flor me contou um segredo
Me disse o que há além do medo
Bater as asas com encanto e vigor
Se despir de qualquer pudor
E, enquanto recebe da flor o mel,
Lhe conta da beleza do azul do céu.
A águia me mostrou em sua altivez :
Nada existe sem a primeira vez
Correr sem temer o vazio que existe
E saltar ...voar além do limite
Mas foi a lagarta
Com toda sua paciência
Que me mostrou o mistério da sobrevivência

⁠Mantidos ocultos
Palavras ardentes
Romances calientes
Frivolidades
Evidentes
Falsalicidade
(Porque de FE, só a má)

⁠Rio em desafio
Deságuo em mar
Desabo em pranto
Reabro em espumas
Borbulhas de sons cintilantes
Marcas que o vento de agosto
Me impedem de sentir
Promessas de cores e flores
Pra quando setembro vier.

⁠Escutei um dia
Uma história linda
De um menino que corria.
Pela savana, disparava
Quando via
o carro que a trazia.
Só pra ter
o sorriso da menina
O menino corria.
Ela ainda não sabia
Mas o sorriso ...
Ah! isso "ela tinha".
Tantos verões
Vieram, virão
Muitos viram.
Mergulho no lago
Peixinho no mar
Destinos selados.
Momentos festivos
Encontros furtivos
Um beijo furtado.
A menina do sorriso
No lábio que selou
O sorriso do menino.
Do menino que corria
Sempre que queria
O sorriso da menina.
Escutei um dia
Do menino que corria
Essa história linda.

Quem quer matar a sede não procura entender a fórmula da água.

⁠Alma Gêmea

Há que surgir discreto
Sem firulas
Sem algemas

Há que falar a língua dos homens
Das árvores
E dos bichos

Há que romper silêncios
Entoar cânticos
Acalantos

E quando chegar
Será em forma de gente
Sublime criatura

Assim também estarei eu
Gente
Alma pura

Nenhuma censura
Alguma ternura
Total fissura

Há que acalmar o corpo
Lapidar a alma
Voar ...