Coleção pessoal de wagnerdentistawagner

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Os bosques apodrecem e se extinguem,
A nuvem se desfaz em chuva sobre o solo,
E o homem lavra a terra, e sob a terra jaz,
E após muitos verões também o cisne morre.

Sobre pensamentos novos, façamos versos antigos.

Ver aquilo que temos diante do nariz requer uma luta constante.

Cantiga para não morrer

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.

Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.

As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade.

A mente acredita no que vê
e faz aquilo em que acredita:
esse é o segredo da fascinação.

No meio do caminho de nossa vida
Me achei em uma selva escura
Quando o caminho correto se perdera

Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.

Dá-me a tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir – nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;
não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.

Sei que o meu nome será mais feliz do que eu.

Não há ideia nem fato que não possam ser vulgarizados e apresentados a uma luz ridícula.

Quando se quer bem a uma pessoa a presença dela conforta. Só a presença, não é necessário mais nada.

Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música.

Difícil é ganhar um amigo em uma hora; fácil é ofendê-lo em um minuto.

Eu tenho promessas a cumprir e milhas a percorrer antes de dormir.

Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.

Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhoras que traem. O amor bem-sucedido não interessa a ninguém.

"Ninguém em minha família conseguiu escapar à sua presença sufocante. Ele precisava de sangue para assinar cada uma de suas telas."

O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.