Coleção pessoal de alephkwagner
O mundo dual exige ações diretas. Não há outras ações a tomar que não tenham de ser baseadas em antagonismos. A neutralidade, a plenitude e a unidade, só são possíveis interiormente. No plano exterior, a virtude do pacifismo, da indiferença e da imobilidade é sinônimo de morte, covardia e falta de criação e fertilidade. É o conflito que gera a agressividade, o desejo, a luta e a ação. Seja imóvel por dentro e ágil por fora esta é a única e possível integração e unidade.
A inclusão socialista superpopulou todas as instituições educacionais. A exclusão capitalista dos direitos do trabalhador despopulou o mundo do trabalho rentável. Socialistas e capitalistas são movimentos de idas e voltas de ciclos caóticos de destruição da ordem.
O que chamam de família tradicional é meramente a perpetuação de nossos jogos de poder. Criamos nossos filhos para exercitar o poder, apenas. Eles não são para o mundo, são para nossa estimação. Levarão os estigmas de nossa estupidez e não o valor de nossos conhecimentos. Essa educação é apenas ocultação do mundo sob o medo de perdermos esses pequenos objetos de nossas vaidades.
Todo poder recebe um nome diferente, para significar a si mesmo. Há os poderosos e os dominados lutando pelo domínio sobre si mesmos.
O amor de que falo não é aquele baseado na fragilidade nem na ilusão sobre a realidade, mas sobre aquele que vem, de onde o mundo não deseja que venha: do impulso, da posse, da paixão, do desejo. Ele é implacável tal qual a lei natural. Criará e destruirá e nada pode mudar isso. Por isso os homens substituíram este amor pelo conto de fadas maquiadores de instintos.
O amor de verdade deseja ocultar-se e isolar-se com o objeto do seu amor. O amor sociável é mentiroso e seu único desejo é exibir-se, sendo seu objeto um mero artefato para suas próprias intenções.
Axioma do engano: Se não há Deus tudo é permitido. Logo inventemos um Deus e governemos sobre a ordem.
É um contrassenso um conservador reclamar de governos comunistas escravizadores enquanto sua própria forma de governo se pauta em coibir a liberdade em nome de uma utopia de mundo moralmente perfeito.
Quando você descobre que a verdade é um conto e que os fatos são teatros a vida não perde o sentido, a vida se torna uma paródia, uma sátira, uma comédia. Infelizes os homens que levam a sério este espetáculo.
O homem abandonou o todo para viver as partes. Ele plagiou o universo através de sua mente. Aprisionou seus semelhantes e se auto proclamou governante e deus.
Consideramos "inteligentes" os animais que obedecem nossas ordens. Consideramos que eles evoluem quanto mais atendem a cada ordem nova. Evolução é submissão. A humanidade segue como um burro perseguindo uma cenoura pendurada em uma vara de pescar.
O homem moderno e sua crença na mente mágica superior, escravo da linguagem e do abstratismo coletivista é mais robotizado, estúpido e decadente que um homem primitivo.
Algumas das coisas que admiro nas crianças é sua disposição para perturbar a ordem pública, viver o hoje e ser hostil às imposições.
Não acredito na mente, na humanidade nem em concepções baseadas no tempo.
O paraíso humano era o não conhecimento, a não lei moral psicológica coletivista. Era a unidade com o Todo.
Destrua a ideia ilusória de perfeição que as pessoas atribuem às suas crenças e posses e verás que já nascestes em território inimigo. A mentalidade coletiva é burra.
Os sem lei governam os que tem lei. A obediência e a domesticação, a culpa e o medo ficam para os fracos, daí que os obedientes e submergidos na mentalidade coletiva são tratados como animais e classificados de acordo com sua utilidade.
De fato a mente e as ideias são involuções do animal humano, pois no fim, toda ação humana resulta em testificar que o homem busca sua animalidade de volta.
Desde que caiu na dualidade moral do "não faça" não parou de escolher e argumentar suas escolhas febris.
A reação da ação humana é meramente coletiva. A mecânica das leis universais são injustamente usadas pelos que se julgam representantes ou escolhidos pelo universo. Não há moralidade no cosmos. O Deus dos sacerdotes é o ego do homem, a ordem imposta que governa sobre o medo.