Coleção pessoal de alephkwagner
O conservadorismo cumpre o papel de fazer as almas ficarem presas ao passado, assim como os libertinos tendem a estimular os homens a ficarem presos ao corpo.
Imagine você ensinando seu filho a ser libertino e depois exigir que ele te obedeça. Eis o Estado progressista.
Se você for flexível demais, receberá uma chicotada bem flexível do escravo que não merece a liberdade.
Os professores querem substituir a educação dos pais, mas quando levam cadeirada de aluno culpam os pais e dizem que educação vem de casa.
Se a mente divide a realidade em duas, conferindo a uma delas a própria essência total da existência, não há qualquer alternativa que possa resolver os conflitos humanos, pois os homens conferem verdade às suas expectativas imaginárias mais que a própria verdade irreversível de nossa vaidade. Quando constatamos que essa dualidade é permanente e inerente ao homem dividido é que nos tornamos metaforicamente Deus, pois somente um Deus poderia abranger todas as realidades como sendo diferentes aspectos de sua unidade. Agora entendem que deuses, anjos, emanações, fragmentos e a ilusão dos sentidos e percepções são a mesma coisa?
A implacabilidade da natureza se manifesta na forma violenta como são liberadas as tensões surgidas do medo competitivo, que revela a dor da contenção do curso natural humano. A verdadeira lei para organizar o caótico não é excluir o pior, mas melhorá-lo, esta é a verdadeira seleção e evolução. E melhorá-lo naquilo que é útil ao todo e deixar que viva sua própria degeneração fantasiosa que é útil a si mesmo, como todos a vivem. Esse desejo de fiscalização do interior da mente prova que o poder dos legisladores não visa melhorar o homem, mas competir com ele na obtenção do objeto dos mesmos desejos.
Se quiser criar o mau no mundo basta outorgar-se Deus e proibir a humanidade dos homens. A repressão da natureza se torna fúria. A fera selvagem encontrará meios de expressar-se, e pelo medo se tornará violento, mas sobretudo inteligente e esperto. Astuto. Disto virá a mentira e o e engano. Disto, as leis e das leis o poder faminto.
"Eu só acredito naquilo que os seres humanos escondem. Essa é sua verdade, sua realidade, seu drama e sua natureza. O seu ser. O sofrimento humano é a tentativa de escapar dos grilhões das fantasias e febrilidades do outro imposta a si mesmo."
A moral é a cartilha sobre andar na linha dada ao dominado. Os dominadores não são obrigados a atender às expectativas boas ou más de sua massa de escravos. Quando o dominador pratica a imoralidade privadamente isso não desregula a ordem, já os dominados, se puderem ser vigiados até mesmo na privacidade assim o serão.
"A principal dinâmica que existe na luta pelo poder é justamente a existência do fraco. Ele é tão importante que produzir indivíduos submetidos e frágeis é o centro de toda culturalização humana. O forte sempre estimula o fraco a amar sua fragilidade e alimentá-la como uma espécie de heroísmo e abnegação. Os mais fortes não controlam com base no bem e no mal, mas com base no controle em si mesmo. É tudo uma questão de graus de força e não de virtudes morais determinadas".
Aleph K. Wagner
(A Lei Natural do Domínio).
Gosto da ideia de nós humanos sermos a rede neural / sistema nervoso do planeta. Também a possibilidade de que os humanos estejam vivos e conscientes, para que o universo possa conhecer e entender a si mesmo. Ambos alinhados com um universo consciente!
"Os poderosos pregam a moral da ordem e da obediência, que atende bem aos interesses de uma hierarquia, levando os dominados a sentirem a culpa do desacato. Os dominados pregam a moral da esmola, da chantagem emocional e da tentativa de fazer o poderosos sentirem culpa pelo poder. Seus medos se tornam os gritos revolucionários, as teorias de conspiração, os castigos eternos e seus vícios. Seu heroísmo e valentia não passam de tentativas de assalto; a exaltação do crime, da rebeldia e da fraqueza como virtude. Uma forma de dizer ao dominador: 'posso me sacrificar por algo, pois nada tenho'".
"A moralidade do dominado é apenas autopiedade. Sua ética é apenas um clamor em prol de suas necessidades".
Os monoteístas afirmam que criação e Deus são duas coisas distintas. Isso levou a teologia da separação. É óbvio e lógico que tudo que emana de Deus é parte Dele e tudo que vem Dele é Ele mesmo enquanto parte de si. O monoteísmo coloca Deus como um sujeito dentro do espaço tempo, como um outro ser dentro da realidade. Prefiro a visão panteísta, que coloca Deus como o Todo, cujas partes são parte Dele, as quais nomeamos bem e mal por conveniência de nosso anseio por ordem, que não passa de criações subjetivas da mente, conferindo mais valor ao ouro que a um galho de árvore. A tal ordem humana é uma mera representação de valores dualistas e desintegrados da mente. O Deus do monoteísmo é mental, onírico e sentimental, baseado na percepção fragmentada dos homens. Vemos apenas partes, mas é o Todo que integra todas as coisas e o Deus do monoteísmo se lhe escapa as partes, que precisa juntar e eliminar, dependendo das ações humanas, todo o lixo caótico de sua tal criação. Se Deus não é autogerado. Se ele não es encontra abrangendo sua criação, é apenas produto do meio e não fonte, pois a Fonte emana as correntes de água, sendo o rio um todo. Os monoteístas criaram um Deus à sua própria imagem, que usam para reprovar ou aceitar aquilo que lhes fere ou lhes orgulha e esse tipo de Deus personificado vive a guerrear com tudo que ele mesmo criou.