Coleção pessoal de voualivoltoja

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Um projeto é um voo que pode passar ou passarinho! Parabéns, Manoel Binas!

Que o Natal seja uma porta e uma obra sempre abertas para boi, boiada, gente, gentarada. O que, porventura não passar ou ficar para trás, é mistério. Dos grandes.

É tempo de encantar a linguagem – um verso;
de cultivar a docilidade – um pássaro; de compartilhar a solidariedade
– um abraço!

Se for para ser, será. Saravá!

Morre-se de tudo e de qualquer coisa. Para morrer, aliás, basta estar vivo – assegura o dito popular. Mas a gente vai vivendo, vai insistindo em, apesar de tantos perigos, porque a vida vale muito a pena ser vivida.

Viver é o verbo mais gostoso de conjugar. Mais que verbo, é uma experiência. Mais que experiência, é uma aventura. Mais que aventura, é um milagre. Enfim, é uma arte – mistura de dom com (boa) vontade.

Porque a vida nos dá a oportunidade de fazermos coisas e, assim, de fazermos a nós mesmos. Mais e sempre, até o momento derradeiro... quando, normalmente, já deu tempo de fazermos uma porção de coisas – mais boas que más, de preferência, de sorte que a morte pode chegar, na surdina, e levar o que temos de mais precioso: a vida.

Quanta ilusão! A morte, na verdade, só abate uma parte ou uma terça parte de nós, porque, durante seu curso, a vida teve tempo de sobra para ramificar, de modo que, ao final, ficam os ramos que espalhamos por aí, contra os quais a morte não pode nada. Ramos de amizade, saudade, amor, hereditariedade, boa ação, bondade, alegria e família, contra os quais – repito – a morte pode muito pouco.

O bom (e velho) Carlos Andrade!

Só existe um Carlos Andrade que, aliás, está completando mais um ano de vida. Por isso, desde já, lhe dou os parabéns! Efusivamente!

Repito: só há um Carlos Andrade! O resto é imitação e, portanto, não merece crédito ou confiança.

O bom (e velho) Carlos Andrade é único. E essa unicidade, com o passar dos anos, ficou ainda mais patente. E admirável.

Por ser bom (velho) e único, Carlos foi conquistando a admiração de todos à sua volta. Graças a seu talento, imprimiu seu nome na história das cidades de Itanhém e Teixeira de Freitas, para as quais escreveu os hinos oficiais.

De Teixeira, recebeu o título de Cidadão Teixeirense. De Itanhém, receberá a Medalha Eloino Moreira Lisboa.

De mim, o bom (velho) e único Carlos Andrade sabe que pode contar, agora e sempre, com a AmiZade zarfeguiana.

Você é lu-z
eu troco o dia pela noite
o certo pelo duvidoso
a borboleta pelo corvo

Você é lux-o
eu troco o Olimpo pelo
tomara que caia
o fio transcenDENTAL...

Que nunca nos falte AH!

Não tenho dívidas, tenho divisa: nunca ser rei, ser rio!

Crazy

Atire pedras no resto de
lucidez

Atire trapos na cara da
sensatez

Atire versos no cesto do
freguês

Atire-se, Edi, à rima do
burguês

Perfect

A perfeição não existe
Os desejos pintam o 7

O pretérito perfeito
Pode ser melhorado?

A perfeição não existe
Os poemas têm 7 vidas

É Humano...

É humano cantar, pelo menos uma vez por ano, parabéns pra você!

É humano celebrar, dia a dia, essa irmandade que nos une a nós e, também, aos outros!

É humano desejar, em pensamento, boa sorte ao outro, por causa da distância e da generosidade latente!

É humano botar a família em primeiro lugar, que, assim, os laços se fortalecem!

É humano fazer uma pausa neste dia especial porque ele é início, estrela-guia, princípio de caminhada!

É humano pintar esta data com as cores da paz, alegria, fraternidade, bem-estar e êxito!

É humano relaxar, mergulhar em si, carregar a cruz, dar meia-volta e seguir!

É humano – você vive repetindo isso – olhar pro alto, perdoar e ser perdoado!

É humano agradecer – não é mesmo? – pela vida que, magicamente, se renova a cada dia!

É humano, demasiadamente humano, repetir parabéns, parabéns e parabéns!

Quando penso em potência e simpatia, a imagem que me vem à mente não é a de Aristóteles, o filósofo.

Quando penso na citação “Mens sana in corpore sano”, a imagem que predomina em minha cabeça não é a de Juvenal, o satírico.

Parabéns, Giuliano! Giuliano, o itanheense.

Seja bem-vinda!

Que dizer a quem tem nome de boa-nova e alvíssaras?
Que pedir a quem, por natureza, transborda elegância?
Que desejar a quem traz consigo a mulher e a pássara?

Cartas

Sempre detestei escrever cartas. No início da década de 90, via Olivetti, caprichei numas dez para a mesma pessoa. Essas missivas, claro, têm enorme valor afetivo e documental para mim. Por isso mesmo, já fiz mil e uma propostas para adquiri-las da minha ex-destinatária. Ela, porém, me olhou com desdém.

Mas continuo querendo muito expor as cartas na retrospectiva dos meus 25 anos de literatura e jornalismo, em 2016.

Me ajude a convencer a ex a me ceder as benditas cartas, Bita de Itanhém!

No auge da aversão às cartas, registrei este epitáfio: "Aqui jaz o autodidata que detestava escrever cartas".

Mas o tempo foi passando, passando... eu também, também.

Hoje, nem posso mais ser considerado um autodidata no sentido estreito do termo. Mas sigo detestando escrever cartas. Oh

Vamos conversar?

Mas poeta não conversa
se encanta de repente

Poeta não joga conversa
fora, rumina essências

Nunca desconversa
inaugura o verso e o fogo

Cesário Verde!

Autor de apenas 35 poemas, Cesário é tido e havido como um dos três mais importantes poetas portugueses do século XIX. Os outros dois são Antero de Quental e Camilo Pessanha.

Isso, que fique claro, segundo Fernando Pessoa, que dispensa comentários.

Meu contato com Cesário se deu, primeiro, no antigo 2º grau e, depois, no curso de letras. Mas o interesse, de fato, pela produção poética dele é mais recente e foi motivado por um livrinho, que me chegou de Portugal pelas mãos de Alessandra Lisboa. Tudo a ver.

A partir daí, não só li a obra dele – pequena, mas substancial – como também venho lhe dedicando alguma homenagem – pequena, mas sincera – na forma de crônica ou artigo, grato que sou à oportunidade de ter conhecido alguém tão caro à literatura portuguesa. À literatura brasileira, também, por que não?

Dele, estas "Manias" tão atuais que tenho o prazer de compartilhar com vocês:

O mundo é velha cena ensanguentada.
Coberta de remendos, picaresca;
A vida é chula farsa assobiada,
Ou selvagem tragédia romanesca.

Eu sei um bom rapaz, - hoje uma ossada -,
Que amava certa dama pedantesca,
Perversíssima, esquálida e chagada,
Mas cheia de jactância, quixotesca.

Aos domingos a deia, já rugosa,
Concedia-lhe o braço, com preguiça,
E o dengue, em atitude receosa,

Na sujeição canina mais submissa,
Levava na tremente mão nervosa,
O livro com que a amante ia ouvir missa!

Ou... tubro ou nada!

Outubro é o décimo mês do ano no calendário gregoriano. A palavra, no entanto, tem como raiz “octo”, que significa “oito” em latim.

No calendário romano, portanto, outubro (octobris) era o oitavo mês do ano.

Naquele calendário o ano – que tinha apenas dez meses – começava em março (martius) e terminava em dezembro (decembris).

Curioso é que tanto outubro quanto janeiro possuem 31 dias e, mais, começam sempre no mesmo dia da semana (em 2015 numa quinta-feira), exceto quando o ano é bissexto, a saber, quando ganha um dia extra, ficando com 366 dias.

As coincidências continuam: em 1º de outubro comemoramos o Dia Mundial da Música, enquanto em 1º de janeiro celebramos o Dia Internacional da Paz...

Música e Paz (e vice-versa) sempre em 1º de outubro e de janeiro!

E viva a Irreverência nossa de todos os dias, meses e anos, em todos os calendários possíveis e/ou imaginários!

“A morte é a curva da estrada”

A morte, com licença, é irônica por demais. E trágica, com a devida vênia, por excesso.

Ela é “a curva da estrada”, conforme poetou Fernando Pessoa no “Cancioneiro”.

Ah, senhora brincalhona! Ah, dona das estradas do mundo vasto mundo! Vosmecê tira a vida, mas eu a canto; vosmecê arranca o que as pessoas têm de mais importante, mas eu, pobre poeta, celebro o que elas possuem de mais caro, qual seja, a vida, ainda que Severina ou Caetana:

Bem, dona morte:
Está certo que a sra.
Anula toda sorte!
Todavia, as ações
Realizadas vão ficar
Imortalizadas de A a
Z: logo fim não há!

Era uma menina
Viva à procura do sEU
Adão de sua sina!

Ah, dama negra que quase tudo pode! Quase tudo, repito. Vosmecê arrebata Beatriz na curva da estrada, mas Dante há de continuar a longa caminhada...

Vosmecê, rainha das trevas, se apossa sem avisar da pequena Eva, mas Adão há de permanecer em vigília constante, atado às lembranças especiais. Porque a vida – presente da ventura – segue...

Até que um dia, na curva da estrada, a morte, pela enésima vez, aplicará o golpe fatal. Porque, como bem disse o poeta maior, “a morte é a curva da estrada / morrer é só não ser visto”.

Ana Neri Amorim Ribeiro:

Que eu poderei lhe oferecer neste dia especial que reúna afeto, consideração e mimo?

Como você já possui a flor – presente de Elane Botelho –, que tal as raízes, o tronco e os frutos?

As raízes, para fixar a amizade, o carinho e as nuvens prenhes de Água Preta.

O tronco, para amarrar promessas de amor e ventos bravios.

Os frutos, para embelezar a mesa e matar a fome de pão e delicadeza.

Que me diz? Não seja modesta! Você merece muito mais! Somos testemunhas disso.

Portanto, segue a PRIMAVERA, mágica e multiflor, todinha pra você! Parabéns!