Coleção pessoal de vivianthiemi

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"É verdade que o caminho seria mais curto e mais cômodo se não fosse a montanha; mas a montanha existe e é preciso seguir viagem!"

Todo mundo quer acreditar que é o escolhido.
Mas, se a gente ficar esperando uma profecia para se sentir especial, morre esperando.
É por isso que você tem que ser a escolhida para si mesma.⁠

⁠A insegurança é uma prisão que não dá para escapar nunca.

Nascer é receber de presente o mundo inteiro.

Pois maior que tudo é o amor. E o tempo nem de longe consegue apagá-lo com a mesma rapidez com que apaga as lembranças.

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Tudo quanto vive, vive porque muda; muda porque passa; e, porque passa, morre. Tudo quanto vive perpetuamente se torna outra coisa, constantemente se nega, se furta à vida.

O mundo é de quem não sente. A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade.

A renúncia é a libertação. Não querer é poder.

A arte é a autoexpressão lutando para ser absoluta.

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder. Quem quer nunca há-de poder, porque se perde em querer.

A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

As pessoas comuns pensam apenas como passar o tempo. Uma pessoa inteligente tenta usar o tempo.

Parábola da vaquinha no precipício

Um mestre passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer-lhe uma breve visita. Durante o percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também, com as pessoas que mal conhecemos.

Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, os moradores – um casal e três filhos – vestidos com roupas rasgadas e sujas. Então, aproximou-se do senhor e perguntou-lhe:

– Neste lugar, não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como a sua família sobrevive aqui?

O senhor respondeu:

– Nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite. Uma parte do produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por comida e a outra produzimos queijo e coalhada para o nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo. O sábio agradeceu, se despediu e foi embora.

No meio do caminho, voltou ao seu discípulo e ordenou-lhe:

– Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e jogue-a.

O jovem arregalou os olhos e questionou o mestre sobre o fato de a vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família; mas, como percebeu o silêncio do seu mestre, cumpriu a ordem: empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.

Anos depois, ele resolveu largar tudo e voltar àquele lugar, pedir perdão e ajudar a família. Quando se aproximou, do local avistou um sítio bonito, com árvores floridas, carro na garagem e crianças brincando no jardim. Ficou desesperado, imaginando que a família tivera de vender o sítio para sobreviver. Chegando lá, foi recebido por um caseiro simpático, a quem perguntou sobre as pessoas que ali moravam.

Ele respondeu:

– Continuam aqui.

Espantado, entrou correndo casa adentro e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):

– Como o senhor melhorou o lugar e agora está bem?

O senhor, entusiasmado, respondeu: – Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos de fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos e, assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora.

Muitas vezes temos que nos desvencilhar do que estamos habituados para podermos conhecer nossas verdadeiras habilidades. Cada dia, é uma oportunidade de refletirmos sobre a “nossa” vaquinha e empurrá-la morro abaixo...

MORAL DA HISTÓRIA

A história da vaquinha no precipício nos ensina que as dificuldades e os desafios podem ser oportunidades para o crescimento. Quando enfrentamos obstáculos, somos forçados a pensar criativamente e a descobrir novas habilidades que podem nos ajudar a superar as dificuldades.

Além disso, a história também nos lembra que devemos ter cuidado com as decisões que tomamos, pois elas podem ter consequências imprevisíveis e duradouras.

⁠Quando a pessoa mente , nunca mais acreditamos em suas verdades, tudo vira mentira