Coleção pessoal de viviane_1

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É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.

Eu sou nostálgica demais, pareço ter perdido alguma coisa não se sabe onde e quando.

Seiscentos e sessenta e seis

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ª feira...
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre em frente...
e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

Há dores fundas, agonias lentas,
Dramas pungentes que ninguém consola,
Ou suspeita sequer!

Mas lembrar-se com saudade é como se despedir de novo.

A partir de uma certa idade os anos passam voando e os dias são intermináveis.

A vida é um escárnio sem sentido. Comédia infame que ensanguenta o lodo.

Deixo a vida como deixo o tédio.

Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas, nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

Pensei o quanto desconfortável é ser trancado do lado de fora; e pensei o quanto é pior, talvez, ser trancado no lado de dentro.

É muito mais difícil matar um fantasma do que matar uma realidade.

A vida é como um sonho; é o acordar que nos mata.

Mas um dia ainda hei de ir, sem me importar para onde o ir me levará.

⁠As vezes preciso me lembrar de respirar um pouco, de desligar por um momento a minha mente perturbada, inquieta e me desconectar do mundo para poder descansar e dormir um pouco a noite sem pensar no caos do amanhã. As vezes preciso me lembrar que eu não posso mudar o passado, por mais que eu queira, nem trazer velhas relações de volta por sentir saudades. As vezes preciso me lembrar que sou humana e que preciso encontrar conforto em mim mesma, e então eu me pergunto par que serve a vida se a gente sofre tanto que dá vontade de sumir? Eu já estive a beira do precipício e ninguém me ajudou sair de lá. As vezes penso em ir embora.

⁠As vezes eu me pergunto como foi que eu me tornei essa pessoa tão negativa e amarga. Eu era tão leve e engraçada, e sempre via o lado bom de tudo, então ... o que aconteceu?

⁠Aquele dia se tornou interminável para mim, lembro que me sentei naquele sofá dentro daquele apartamento vazio e fiquei uns 5 minutos olhando para o chão tentando processar tudo o que tinha acabado de acontecer. Não sentia nada, só que do nada começou a me dar uma vontade de chorar e logo veio uma sensação de culpa, como se tudo o que tivesse acontecido, como se a sua partida tivesse sido culpa minha. Naquele momento eu não sabia o que fazer. Era notável e inconvertível que naquele dia eu iria te perder. E perdi. Eu estou vendo, desde aquele dia, a minha vida se desmoronar diante dos meus olhos e eu não consigo fazer nada para impedir que isso aconteça. O relógio está passando de pressa e impiedoso, e eu só consigo ver todo mundo a minha volta dando certo exceto eu! Sobre a sua ausência? Dessa eu já me curei, mais depois daquele dia eu nunca mais fui a mesma, nunca me recuperei e tão pouco me livrei daquela sensação terrível chamada culpa.

⁠Eu não entendo, soltaram a minha mão no meu pior momento! Parece que todo mundo está seguindo em frente e eu fui a única que se perdeu no caminho, como se eu fosse a única perdedora, a única parada. Eu tento recomeçar mais não consigo. Eu sinto tudo deslizando, eu sinto o barco virando e não tem nada que eu possa fazer para evitar. Porque eu sou a única que não consegue? O que eu fiz de tão errado? tudo o que eu queria agora era poder voltar no exato momento da minha vida onde eu comecei a fazer tudo errado, não para fazer o certo, ou mudar as coisas, mais para eu ter uma resposta que me faça sentido. Só assim eu aceitaria que a vitória, a conquista, o topo não são pra mim. Só assim eu entenderia que a felicidade não é pra mim! Todo mundo espera que eu continue sorrindo mesmo com dor, e eu sorrio, mas lá no fundo fica cada vez mais difícil. Eu só preciso que essa dor vá embora.

⁠Até agora aprendi a chorar sem lágrimas, a sorrir sem felicidade ou alegria, e viver sem vontade de acordar todos os dias. Sorrir não significa estar bem. Quem me vê sorrindo não faz ideia do quanto eu penso em desistir.

⁠Eu não tô bem... Não tô dormindo nem comendo direito. Não consigo colocar em prática nada do que dizem que faz bem. Ando desorganizada e vivendo no modo automático. Tô destruída. Fracassada. Admitir isso é terrível, mas fazer algo para mudar se tornou uma missão impossível. Hoje me deu um sono tão profundo, uma vontade de dormir agora e acordar em outro mundo, onde não exista lembranças e arrependimentos. Onde não exista dor. Quanto tempo vai demorar para parar de doer? Penso o quão maravilhoso seria perder a memória, começar do zero, esquecer as dores, mágoas, decepções e tristezas. Tem dias que viver dói! Há coisas que se tatuam sem tinta. Será que esse vazio que estou sentindo é falta de mim mesma? Olho para o meu reflexo no espelho e não me reconheço pois os traços da juventude se foram e não sei exatamente quando meu olhar ficou frio e apagado, ao sorrir ,com muita dificuldade, não me importei com os dentes meio amarelados e tão pouco com as linhas fortes de expressão que se acumulam ao redor da boca mais sim com o esforço feito para sorrir, quando foi que sorrir ficou tão difícil? Depois de alguns minutos parada encarando esse reflexo totalmente estranho tive a certeza de uma coisa: - posso não saber quem sou agora, mas eu sei quem não sou mais.! Eu sinto que estou parada esperando por algo que não vai acontecer. Estou entre o fim e o recomeço mais uma vez.

⁠Esses dias atrás eu andei revendo algumas fotos antigas minhas, sabe quando a gente quer lembrar da gente? Eu queria lembrar como é que eu era, do que eu gostava, o que eu pensava, o que eu sentia. Queria encontrar de novo aquele entusiasmo que eu tinha pela vida. A vida me virou do avesso no últimos tempos e está difícil colocar as coisas no lugar. Noto que estou voltando para a fase onde eu não falo com ninguém, não me alimento direito e dormir se tornou uma tarefa quase impossível.