Coleção pessoal de victoriazattoni
Não choro mais. Na verdade, nem sequer entendo porque digo mais, se não estpu certo se alguma vez chorei. Acho que sim, um dia. Quando havia dor. Agora só resta uma coisa seca. Dentro, fora.
Não sou pra todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias.
Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraco para entrar.
Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.
[...] sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus... como você me doía! De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme... só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando!
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que, apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.
Te quero ver feliz, te quero ver sem melancolia nenhuma.
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas como velas.
Eu vou para cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você. Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer. Porque eu me banco sozinha e eu me banco com um coração. E não me sinto fraca ou boba ou perdendo meu tempo por causa disso. E eu malho todo dia igual a essas suas amiguinhas de quem você tanto gosta, mas tenho algo que certamente você não encontra nelas: assunto.
eu sou a canção que você canta sem querer quando lembra que foi feliz. Cada nota eu sei de cor, foi pra você que eu fiz.
Vou parar de beber, mas antes eu tinha que me despedir das 30 garrafas de cachaça que tinha em casa. Abri a primeira, coloquei uma dose no copo, mas como estava me despedindo, dei um trago, peguei o resto e joguei na pia, abri a segunda garrafa, enchi o copo, dei um trago e joguei o resto na pia, já na terceira, como era despedida, dei um trago na garrafa e joguei o resto na pia, abri o quarto copo, coloquei meia pia, abri a garrafa e joguei o resto na garrafa, abri a quinta pia, mas como tava me despedindo, enchi a pia, dei um trago na garrafa e joguei o resto no copo, abri a sexta pia, joguei a garrafa no copo e bebi a garrafa, peguei o sétimo copo, mas como estava me despedindo, abri a pia e bebi o copo e joguei o copo na pia, peguei a oitava pia, joguei no copo e abri a nona garrafa e joguei a décima no copo e a pia na garrafa, depois joguei a décima primeira e bebi a décima segunda pia e joguei a décima terceira pia na garrafa, depois peguei a décima quarta garrafa e joguei no copo e bebi o que sobrou da pia e por aí vai.
O que me atrai. Já me perguntaram isso algumas vezes, eu nunca soube responder. Talvez seja porque o que me atrai realmente não são coisas superficiais, decifráveis… Quando olho nos olhos de alguém, não procuro saber a cor que eles têm, mas a intensidade com que eles me olham e o que eles querem me dizer naquele momento, o quanto eles se conectam ao sorriso, e a veracidade daquilo. Ah, o sorriso… Esse encanta, e desencanta o que é ruim, ainda mais quando é sincero, daqueles que falam por si só, sem precisar pôr legendas. São coisas que talvez você não veja, por isso não entenderia se eu te dissesse o que me atrai.
Não tenho piedade. Quanto mais os vermes se contorcem, mais vontade tenho de esmagá-los. É uma compulsão moral e esmago-os cada vez com mais força à medida que a dor aumenta.
O telefone não vai tocar e a porta não vai abrir, o café está frio, amanheceu dia claro e você nunca esteve aqui.
É aquela sensação de desapego, de ninguém te ver. Apenas o vento soprando memórias boas de se lembrar, mas que é melhor esquecer.
E com o tempo me tornei uma pessoa mais seletiva, aquelas amizades fúteis que eu tinha já não me interessam mais, as músicas ruins não me completam e o amor, o amor só se for real.
Com o tempo aprendi que melhores amigos às vezes nem são tão melhores amigos assim. Às vezes, aqueles que considerávamos apenas mais um amigo, acabam se tornando muito mais valiosos. Aprendi que ouvir as pessoas pode ser o melhor remédio, como também pode ser o pior veneno. Aprendi que amores eternos podem acabar em questão de segundos. Aprendi que despedidas podem ser a chance de um reencontro. Aprendi que a distância pode, também, unir pessoas. Aprendi que os fins, por mais dolorosos que sejam, muitas vezes são a melhor saída. Aprendi que o "pra sempre" é uma ideologia e o "nunca" é uma palavra muito forte.
A verdade é que, enquanto você estiver assim, nessa interminável agonia, esperando notícias que nunca chegam, vai deixar passar várias possibilidades interessantes ao seu redor. Claro, ninguém se compara a quem você aguarda, mas quem você aguarda não está disponível no momento. Poderá, inclusive, nunca estar, apesar de tudo o que foi dito naquele dia. Pessoas que somem não são confiáveis.
Eu sou mole demais por dentro para deixar todo mundo ver. Eu deixo para quem eu acho que pode comigo. Ninguém sabe. Mas eu tenho coração de moça.