Coleção pessoal de Verissimoandrade

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Ser eclético é entender de sites e de sítios... De alqueires e arrobas e de arroba ponto com.

Acho que a cura da humanidade mora do outro lado de nossas procuras, que são sempre as mais infelizes.

Trabalho, porque tenho preguiça de esperar o dinheiro cair do céu.

Pedir é pior do que roubar, porque o pedinte é aquela pessoa que desistiu de tudo, até mesmo de tomar da sociedade uma parte do que julga, equivocadamente, seu.

Enriquecer por aposta é o que se pode classificar com propriedade como "passar desta para uma melhor". É que acabam aí os desafios relevantes e não se vive mais. O feliz infeliz tem pela frente uma eternidade para desfrutar do que não conquistou e jamais saber se o conseguiria por mérito pessoal. Em suma, quem acerta na "sorte grande" morre e vai para o céu.

Sei algo mais do que o socratismo de que nada sei: Ninguém sabe, portanto, somos todos iguais.

Ninguém ama só carne; apenas come.

O Brasil é um país muito importante... precisa exportar um pouco mais.

Seja honesto sem medo. Honestidade não é hipocrisia. Hipócrita mesmo é quem finge.

Não sabemos quantificar o valor econômico da estabilidade da Vida da Terra, ao invés disso, quantificamos sua exploração como lucro e riqueza. Se fosse uma conta de banco, seria como se eu retirasse todo o meu dinheiro, me endividasse e achasse que estou mais rico.

Responderei com...
rupção,
a qualquer ato de cor...
rupção.

O que um professor estressado não entende mesmo é que é necessário educar com educação.

Provavelmente, mais uma vez votaremos em vão naquela possível pessoa decente que pleiteia uma chance de mudar a história. Para tanto, ela teria que refazer um velho percurso a partir da nescente, para corrigir as injustiças que sonegam a glória esperada por todos nós.
É que as chaves do reino já são mesmo dessa escória desonesta e falsária, que despoja os nossos sonhos e mente pra nossas expectativas. E há também uma gente acomodada, sem orgulho e memória, que já se viciou nas esmolas, nas migalhas e nos presentes precários que selam suas vozes nos anos eleitorais e depois somem, deixando-a na mesma precariedade socioeconômica... cidadã.
Ademais, pouco importa em quem votarão as massas, pois haverá sempre jogos, trapaças e tramoias. Só os que apostam mais sujo subirão as rampas do poder, mais uma vez. Será sempre assim, enquanto essas mesmas massas não conhecerem o seu poder não apenas de voto, mas também de cobrança, retaliação e expulsão dos maus representantes politicos.
Sem essa consciência, somos drogas primárias para vícios insanos e seculares dos meios políticopartidários. Vícios que se renovam em nós, de alguns em alguns anos. Em suma, os poderes pertencem às mesmas figuras marcadas e seus lacaios ou senhores, conforme os interesses.

Tarefa ingrata a de vender livros. Porque livros não enchem panças. Não são fritos, não passam por churrasqueiras nem têm cobertura de chocolate.

Diga não ao talvez, as fachadas de sins
e seus fins tortuosos, esquivos, covardes;
águas fáceis e fúteis na voz de quem deve.

O aquecimento global poderá ser sanado quando, entre outras coisas, houver um crescimento global de mentalidade.

São inúmeras as vezes em que as melhores etapas da vida surgem logo depois dos... piores tapas da vida.

Está na hora de nós,povo,cobrarmos mais dos nossos cobradores (poder público via mídia) do que eles de nós, pois afinal, são eles o poder. Façamos a nossa parte, mas não aceitemos fazer sozinhos.

Bravos, mesmo, são os heróis. Os que lutam por boas causas, vençam ou não, mas que são desde já vencedores pelo simples fato de terem mesmo por que lutar. A grandeza de seus motivos, por si só, é a medalha contínua que dispensa olhares, e por isso não se ostenta, suspensa na sombra do caráter. São honrados, os heróis. Têm a capacidade gigantesca de sublimar ofensas e vilipêndios. E se "não levam desaforos para casa" é porque esses desaforos, sempre banais, caem de seus corações a caminho de casa e morrem na poeira.
Já os brabos, aqueles que se exaltam, armam socos, fazem poses de briga (e brigam), nascem perdendo. Perdem sempre o controle, a razão e o contexto. Seus textos vivenciais são impregnados de arroubos, ameaças, gritos e nnarrações de vitórias equivocadas, por onde passam. Vitórias fúteis, físicas, nos campos da força, o vandalismo, a intolerância e o descontrole. São vazios os brabos, porque suas causas são pobres e ninguém precisa vencê-los. Eles perdem para si próprios quando seus músculos e o destempero emocional substituem completamente os neurônios.

MULHER DE VERDADE NÃO APANHA

Demétrio Sena

Um homem bater na sua mulher não é tão grave quanto a mulher apanhar de seu homem. Se esse homem é covarde, machista e tantas outras coisas, essa mulher é covarde, parasita, viciada e nula de amor próprio. Somando-se às "tantas outras coisas" de quem a espanca, tudo isto funciona como aquele bordão, bastante sábio, de que o povo tem o governo que merece. Afinal, foi esse povo que lhe deu o poder. Se houve corrupção eleitoral e a posse contraria o desejo popular, dá no mesmo: Esse povo contrariado poderia destituí-lo e não o faz. Portanto, sofre merecidamente.
Mulher alguma tem de viver sob o jugo da violência e das ameaças de um homem. Existem leis que a protegem; ela tem o direito de ir e vir; a polícia é uma instituição real, tanto quanto o judiciário. A liberdade é um direito que provê cidadãos e cidadãs honestos, e não existe um só machão que não trema perante qualquer autoridade, seja policial ou de alguma outra instância.
Das mulheres que apanham de seus homens, as que têm filhos são as mais desprezíveis. Além de covardes, parasitas e nulas, elas são regidas pelo egoísmo. Não pensam nos filhos, que são os que mais sofrem, nem naqueles que sofrem por seus filhos, por amá-los mais do que as mães. Acho, enfim, que a mesma lei que pune o agressor da mulher (e dos filhos) deveria punir também a mulher agredida mais de uma vez, por violar tanto a si mesma. Essa violação atinge a todos que a prezam e pouco podem fazer, de fato, se ela não tomar a decisão de ser uma mulher de verdade.