Coleção pessoal de VerbosdoVerbo

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⁠O bizarro no calvinismo são eles chamarem os não calvinistas de papistas por não aderirem ao calvinismo, quando as doutrinas calvinistas vieram do maior católico romano de todos os tempos, Agostinho de Hipona.

⁠É intrigante ver calvinistas se oporem as doutrinas da igreja católica romana quando os pilares da sua doutrina foram copiados do maior dos católicos romanos, Agostinho de Hipona, fundador e arquiteto das doutrinas do catolicismo romano como conhecemos hoje. Cômico se não fosse trágico.

⁠A controversa conversão de Constantino foi o propulsor da degradação da igreja de Cristo. Foi Constantino que promoveu a união da igreja com estado, inserindo nela todo tipo de paganismo e politicagens que com o passar dos anos acabaram deturpando a mensagem de Cristo numa igreja completamente descaracterizada da Igreja Bíblica.

⁠Poucos sabem, mas os Cruzados, soldados papais da igreja católica romana, que matavam em nome de Deus, eram em grande numero agostinianos. A Cidade de Deus que Agostinho idealizou tinha que ser defendida dos hereges. Assim repetiu Calvino, discípulo de Agostinho em Genebra; perseguiu, prendeu, torturou e matou em nome de Deus.

⁠Agostinho teve as mesmas atitudes contra seus opositores seguindo a risca as atitudes de Constantino em seu edito de 317 d.C. contra os donatistas. Lutero, Calvino e Zuínglio também seguiram a risca as mesmas atitudes de Agostinho, e fizeram a mesma coisa contra os Anabatistas, Judeus e qualquer outro grupo que discordassem deles.

⁠Muitos reformados têm convencido milhares de pessoas de que o mais importante para Deus são suas doutrinas heterodoxas e confissões de fé. Deixam inferido em suas falas que os frutos do Reino não são relevantes e não serão cobrados por Jesus no dia do juízo. Para eles, os frutos do Reino são irrelevantes, o essencial é tagarelar e promover as doutrinas reformadas.

⁠Durante séculos calvinistas têm convencido milhares de pessoas que o mais importante para Deus é aderir as suas confissões de fé e doutrinas heterodoxas, em detrimento dos frutos do Reino de Deus.

As doutrinas calvinistas são estéreis como o joio, parecem ser bíblicas, mas não carregam os frutos do Reino de Deus. ⁠

⁠Lutero levou o Cristianismo institucional um passo mais longe do Reino de Deus do que qualquer teólogo que o precedeu. Nenhum deles havia transformado Paulo no grande mestre do Cristianismo. Nenhum deles tinha colocado Paulo acima de Jesus.

⁠Os reformadores usaram três métodos para consolidar suas opiniões, a fim de dominar todo o mundo não católico, não só em seus dias, mas também nas gerações seguintes. Esses três métodos foram:
(1) Bíblias de estudo,
(2) livros doutrinários e
(3) comentários.

⁠Muitos cristãos têm a errônea concepção de que a reforma consertou essa bagunça toda. Acham que a reforma proporcionou o retorno a um cristianismo genuíno. Na verdade, porém, ela apenas colocou uma nova forma de “doutrinianismo” no lugar da antiga. A reforma foi meramente uma batalha entre velha teologia versus nova. Nem os católicos, nem os reformadores ensinavam um cristianismo que requer frutos. Ambos adoravam junto ao altar do “doutrinianismo”.

⁠É interessante observar que, nos séculos que sucederam Niceia, ninguém foi queimado vivo ou arrastado perante a inquisição por não produzir os frutos do reino. Em vez disso, as pessoas eram torturadas, presas e queimadas vivas por defender crenças heréticas (reais ou imaginárias), possuir exemplares da Bíblia, fazer reuniões cristãs não autorizadas ou pregar sem licença. Se alguém não consegue ver quão desprezível aos olhos de Cristo é torturar outros, queimá-los vivos ou matar de qualquer outra maneira, essa pessoa está completamente cega.

⁠Os cristãos do segundo século se encontravam em uma posição abençoada. Foram à última geração de cristãos que pôde conhecer pessoalmente aquilo que fora transmitido da era apostólica. Quando falavam sobre a fé histórica, estavam se referindo àquilo que haviam ouvido em pessoa dos apóstolos ou de “homens fiéis” treinados por estes.

⁠Os cristãos do segundo século continuaram a serem filhos do reino. Eles ainda reconheciam que os ensinos de Jesus — não de Paulo — eram as colunas centrais do Cristianismo. Quando queriam explicar aos não cristãos o que era o Cristianismo, os cristãos do segundo século iam direto para os ensinos de Jesus.

⁠Em suma, o Reino funciona exatamente como Jesus disse que seria. As pessoas desprezadas pelo mundo por serem tolas e ignorantes são exatamente aquelas que têm compreendido melhor o Reino de Deus. E, em geral, aqueles que o mundo exalta como brilhantes são os que mais têm dificuldade em compreender as verdades simples que Jesus e seus discípulos ensinavam.

⁠Jesus não fundou uma instituição contínua de teólogos para reinterpretarem seus ensinos a cada nova geração. Não necessitava revisar Seus ensinos para que continuassem vívidos e “relevantes” a cada geração que se passasse. Somente ensinos criados pelo ser humano necessitam desse tipo de revisão. O Evangelho do Reino nunca precisa ser atualizado. As pessoas que acham ser necessário tornar o Evangelho “relevante” introduzindo mudanças estão reduzindo Jesus a um mero professor humano, cujos ensinos logo ficam ultrapassados.

⁠Jesus deu um golpe final nos teólogos liberais. E foi este: Ele nunca muda. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13:8). Jesus é sempre o Professor, o Escriba, porque seus ensinos são definitivos. Não precisavam ser reinterpretados no segundo século, nem no século 12 ou 18. Tampouco necessitam ser reinterpretados no século 21. Aquilo que as palavras de Cristo significavam para seus ouvintes originais é exatamente o que querem dizer hoje.

⁠O motivo de quase todos nós lermos as cartas de Paulo como se fossem tratados doutrinários é o fato de termos sido apresentados a elas dessa maneira ao longo de toda a vida. Nos capítulos a seguir, analisaremos os teólogos cristãos que, ao longo dos séculos, se apossaram do cristianismo. Sendo teólogos cultos, começaram a infiltrar o próprio conceito do cristianismo nas Escrituras. Como imaginavam que a teologia é a essência do cristianismo, transformaram Paulo em um teólogo como eles próprios. Na verdade, fizeram dele o teólogo cristão supremo.

⁠Secularistas e teólogos liberais afirmam com frequência que Paulo foi o verdadeiro arquiteto do cristianismo. Imaginam isso porque o que é transmitido como cristianismo bíblico hoje na maioria das igrejas provém, em primeiro lugar, da interpretação dos escritos de Paulo feita por Martinho Lutero. O evangelho de Lutero não se baseava nos ensinos de Jesus, mas, sim, em uma compreensão equivocada dos escritos de Paulo. Mas se nos concentrarmos nas cartas de Paulo para estabelecer a fé cristã, então o servo terá se tornado maior do que o Mestre.

⁠Os teólogos judeus haviam tornado as Escrituras inválidas por causa de suas tradições. Os teólogos controlavam o que as pessoas aprendiam sobre Deus e seu modo de lidar com o ser humano. Eles próprios, porém, se encontravam na mais completa escuridão.