Coleção pessoal de veramedeiros

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Viver ...é admirar uma pintura impressionista.

"Ler... é dançar com as palavras em cena"

Poesia:Vida

Selecione...
Selecione tudo.
Selecione o que te faz bem.
Selecione o que tem valor e mérito.
Que ajuda...Acrescenta...e faz luz.
O sol...Que brilha o dia inteiro.
E não se cansa...sempre volta ao amanhecer.
Lindo e forte...
A lua que deixa seu orvalho.
Como prova de que ela passou pela noite.
Cuide do ar que você respira.
Ele é quem te dá vida.
A água que embora transparente.
É a fonte da vida.
Selecione.
Selecione tudo.
As pessoas...
Fonte de poderes igual ao do oceano.
Fonte milagrosa, movida a força do vento.
Selecione.
Selecione tudo.
Selecione o animal...
Ele faz morada em nós.
E faça com sutileza...
Seu interior é composto de perfume.
Exale o melhor de si.
Aconchegue-se.

Dor

Dor...
Ela a dor...
Dor nos ossos
Os ossos doem.
Gritos... Som da dor.
Dor...
Ela... a dor.
Dor no fígado.
Fígado doe.
Gritos... Som da dor.
Dor...
Ela a dor.
Dor no estômago...
Estômago dói.
Gritos... Som da dor.
Dor...
Dor na alma...
Câncer na alma...
Ele nos come vivos.
A alma grita...
Todos gritam...
É ela... a dor...
A dor que dói.
É só chorar e sofrer.
Até quando?

As vezes fazemos questão de tão pouco coisa...nessa vida.
Magoamos o outro por tão pouca coisa.
Não leve a vida muito a sério...
Você não vai sair vivo dela.

"Se a felicidade existe...Hoje ela fez morada em mim".

Eu quase aprendi a viver...quando pensei que o caminho ja estava traçado no mar da vida.Mas a água desviou o trajeto .... e hoje eu sigo o seu percurso.

Bela combinação agora...friozinho!!!
Vinho ... e Poesia... Resgatar pensamentos...
Perceber que a estação mudou... isso significa...estar vivo.
Obrigada Deus por nos tornar sensíveis as mudanças da vida.

Brasil: mostra a sua cara

Atrás dos olhos, a imagem... Todos olham.
É certo ou errado?
Uma quantia, boa quantia, tripla quantia.
Dinheiro, muito dinheiro.
Rio quarenta graus!!!
Antes uma verdade, hoje a realidade.
Crianças assassinadas.
Crianças... Súbitas crianças... Crianças heterogêneas.
“Olha que coisa mais linda, que coisa mais bela, é ela que passa”
Crianças rejeitas, desamadas, largadas.
Doadas para a vida.
Doadas para a rua.
Crianças inquietas, fadonhas.
Que ficam jogadas ao vento, ao lento, ao tempo.
O que elas pensam? No maior evento?
Esconder-se no craque?
Amarrar a trocha, descer a rua?
Esconder-se no beco, no lixo?
Sem consciência, sem utopia, sem infância.
Interesses, dinheiro, poder, regimento, estatuto.
Qual a perspectiva de vida? E o futuro?
Há crianças morrendo à míngua.
Interstícios...
E a humanidade enclausurada.
Objeto fóbico.
“Acorda Maria bonita,
Levanta, vem fazer o café,
Que o dia já vem raiando...
E a polícia já está de pé”.

Mesmo as horas passando ...
Ainda... há tempo para ser feliz.
Assim como a revoada dos pássaros,
Em seu voo sincronizado...
Tal qual a felicidade espera...
Com sutileza o vento.
Para em seu ritmo, deitar... e alinhar sorrisos.

Poema: Quando falares de mim.

Quando falarem de mim.
Pensem no tempo.
Pensem na liberdade.
Pensem na música.
Pensem no sonho.
Pensem em agilidade.

Quando falares de mim.
Pensem em crianças.
Pensem em brincadeiras.
Pensem em felicidade.
Pensem em solidariedade.
Pensem que tenho idade...

Quando falares de mim.
Pense em responsabilidade.
Pense em sustentabilidade.
Pensem na natureza.
Pensem no coração.
Pensem na solidão.

Quando falares de mim.
Pensem em parceria.
Pensem em companhia.
Pensem em lutas.
Pensem no dia a dia.

Quando falares de mim.
Pense em sintonia.
Pensem em luz.
Pensem nos olhos.
Pensem na alegria.
Pensem em persistência.

Quando falares de mim.
Pensem em diferença.
Pensem em sabedoria.
Pensem em educação.
Pensem em minha mão.
Pensem em dimensão.

Quando falares de mim.
Pense em respeito.
Pensem em abraço.
Pensem em cansaço.
Pensem em desilusão.
Pensem em palavras.

Quando falares de mim
Pensem em firmeza.
Pensem em delicadeza.
Pensem em leveza.
Pensem em voo.
Pensem nos pássaros.

Quando falares de mim
Pensem em pessoas.
Pensem em coisa boa.
Pensem em possibilidade.
Pensem em esperança.
Pensem em coisas simples.

Quando falares de mim.
Pensem em defeitos.
Pensem no rio com leito.
Pensem em humildade.
Pensem em Deus.
Pensem em amor.
Pensem em vida...

19/05/2013

As crianças não precisam ser agredidas.
Elas precisam ser ouvidas...

Poesia: No jardim

A brisa que sinto agora.
Resfria minha alma.
Desperta a minha calma.
Disfarça a minha dor.
Conhece meu desejo.
Compreende minha força.
Em meio as flores...
Em meio as cores...
Sintoniza a minha poesia.

O amparo pode estar no calor dos braços, mas não no interior olhos.

Toda a vida resume-se em vivenciar para aprender...
Não existe receita pronta para se viver um tempo, que é só nosso.

Escrevendo... para libertar-me da ignorância.

"Não prendo-me a pequenas coisas... ser mesquinho é ser desumano"

Poema: A luz da Lua

Deito-me sobre seu ombro.
Adejo as costas.
Teço elegantemente um olhar pelas curvas.
Desfaço o caminho... Já outras vezes delineado.
Ponho-me a tiracolo. Deslizo... escondendo-me do seu lado.
Friso o seu cabelo embaraçado.

Beijo sua alma... Sua casa.
Percorro por todos os comados.
Clico um botão... Meia luz... Aconchego-me.
Deito-me em seu semblante.
Danço... Os passos cadenciados.
Encontro à vida.

Tem alguém lá atrás sentado na estrada.
Observando... Vire. E mergulho em seus olhos.
Ficarei... Banhando-me.
Em águas terrenas...
A margem do rio... Refletindo.
Lembrando-te que existo... Que sempre volto.

A maior fortuna... reside em nós.
Na alma desarmada. Na alma ancorada.

Água cristalina

Um olhar cristalino.
Teus olhos falam.
Seu olhar mostra-me.
O caminho dourado.
Sinto-me abraçada...
Pelos braços dos teus olhos.
De rosto colado.
Em passos folgados...

Ouvindo a chuva agora.
E junto, a vida lá fora.
Escorre água cristalina...
Busca-me... Lá na esquina.
Quero ser mais feminina.
Trago um espelho na alma.
Quero ver-te olhos cristalinos.
Refletidos...

Olhando tranquila...
E já mergulhada no teu olhar.
Galgando no tempo eu estava.
Ao mesmo tempo em que questiona.
Suavemente teu olhar me ampara.
Pobre olhar que fitava...
E dentro das suas lágrimas... Banhava-me.


Banho-me.
Nas suas lágrimas puras.
Fito seu olhar pobre...
Questiono mesmo o tempo.
Estava eu no tempo galgando.
No teu olhar mergulhada.
Tranquila... olhando-te.