Coleção pessoal de vemcaluisa

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Estou careta, não bebo, não tomo drogas, não estou mais na noite; estou tratando de mim de um jeito que nenhuma babá trataria. Nunca tinha ido a um médico até os 30 anos... eu não sabia que tinha um corpo e que ele podia falhar um dia.

Acho muito chato você chegar a um lugar e ficar ouvindo as pessoas falarem mal da vida. Pô, vai a um analista então!

É, os tempos mudaram. E hoje eu ando muito bem acompanhado.

Acenda as luzes todas. Perca a razão! Vem, me procura e encaixa no escuro do meu coração.

No meio de tantas incertezas , uma certeza só Cazuza me entenderia .

Vou por o nome do meu filho de Agenor pra ver se ele nasce como Cazuza ou Cartola. Caso contrário, será só um pobre coitado com o nome feio.

Quem tem um sonho, dança sim , Cazuza. Imagina, eu não posso esperar até que ele chegue aqui e diga que eu sou a mulher da sua vida. Imagina, eu não posso esperar o resto da minha vida uma ligação dele me pedindo desculpas e dizendo o quanto não vive sem mim. Isso é horrível.

É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!

(Nota: este texto não é de Cecília Meireles)

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

Sobre nós dois, ninguém vai saber de tudo.

Remar, re-amar, amar! Mesmo se esse barco estiver furado.

Ela explicava, sorrindo: — Não, gurizinho. Quando a gente gosta mesmo duma pessoa, a gente faz essas coisas, faz até pior.

Cuide, cultive, queira o bem… O resto vem!

Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero [...]

Não, você não me entende. Sei que você não me entende porque não estou conseguindo ser suficientemente claro, e por não ser suficientemente claro, além de você não me entender, não conseguirei dar ordem a nada disso. Portanto não haverá sentido, portanto não haverá depois. Antes que me faça entender, se é que conseguirei, queria pelo menos que você compreendesse antes, antes de qualquer palavra, apague tudo, faz de conta que começamos agora, neste segundo e nesta próxima frase que direi. Assim: é um terrível esforço para mim. Se permanecer aqui, parado nesta janela, estou certo que acontecerá alguma coisa grave - e quando digo grave quero dizer morte, loucura, que parecem leves assim ditas. Preciso de algo que me tire desta janela e logo após, ainda, do depois. Querer um sentido me leva a querer um depois, os dois vêm juntos, se é que você me entende.

Me entende, eu não quis, eu não quero, eu sofro, eu tenho medo, me dá a tua mão, entende, por favor. Eu tenho medo, merda! Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas. Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda-roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto.

De repente a gente se encontra numa esquina, num outro planeta, no meio duma festa ou duma fossa, a gente se encontra, tenho certeza.

Eles me rotularam, me analisaram, jogaram mil complexos em cima de mim, problemas, introjeções, fugas, neuroses, recalques, traumas...

(...) Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade. A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções.

Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida, e não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranquilidade possível que estou só do que ficar à mercê de visitas adiadas e encontros transferidos.