Coleção pessoal de vanwolga

61 - 80 do total de 77 pensamentos na coleção de vanwolga

Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.

DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

A poesia não se entrega a quem a define.

Se tenho que ser um objeto, que seja um objeto que grita.

Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.

Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito.

Faz de conta que tudo que tinha não era de faz de conta.

Por enquanto estou inventando a tua presença.

Felicidade é a única coisa que podemos dar sem possuir.

A pintura é poesia sem palavras.

Elimine a causa e o efeito cessa.

Onde Anda Você

E por falar em saudade
Onde anda você
Onde andam os seus olhos
Que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morto
De tanto prazer

E por falar em beleza
Onde anda a canção
Que se ouvia na noite
Dos bares de então
Onde a gente ficava
Onde a gente se amava
Em total solidão

Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares
Que apesar dos pesares
Me trazem você

E por falar em paixão
Em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares
Na noite, nos bares
Onde anda você

Se pela força da distância você se ausenta, pela força que há na saudade você voltará.

De longe te hei de amar – da tranquila distância em que o amor é saudade e o desejo, constância.

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.