Coleção pessoal de valfogaca

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Neste pôr do sol tão esplêndido,
Neste abraço tão distante,
quando se despede na
cor laranja da tardezinha,
busco o silêncio de minha alma,
adormeço na minha própria
companhia; navego nas cores
que alcanço e vejo no despertar
do novo dia a minha renovação.

⁠Uma pausa para o café,
uma para o caminhar,
outras tantas pausas
para respirar...

⁠O meu culto é para um Deus que sinto,
não que vejo, pois seria demasiadamente
sem graça ver, melhor é crer.
A sensação é mais prazerosa, grandiosa.

Devoto um Deus que me ama, que cuida de mim.
Eu o sinto a todo instante.
Sabe naqueles dias de imensa claridade do sol,
sinto-o tocando meu íntimo e me dizendo
que sou forte como o monte Everest.

Ele me diz o tempo todo que me aceita,
mesmo quando se sente rejeitado.

Naqueles dias de chuvas,
Ele é meu aconchego,
minha manta.

Toda lágrima quando desce,
forma um rio de esperança.

Mesmo quando desmereço um abraço,
Ele vem e me acalenta.
Mesmo quando me falta sonhos,
Ele vem e me levanta.
Ele me faz enxergar que sou
uma luminária no cume de uma montanha.

⁠Presa neste rebanho, busco refúgio
para meu pensamento de sempre.

Tão incompleta,
tão desvairada,
vou percorrendo
e me sufoco nos mares
deste sentimento sem vida.

Sinto-me perfurada por dentro
e me afogo neste rio de incerteza.

Ouço o ruído de muitas águas
e acredito ser o descanso
para esta alma que soluça incansavelmente.

Não me encontro nos meus ideais;
não posso lastimar minha razão
porque não há sentido nos meus passos.

Outra vez, percorro rios
e me encontro novamente no mesmo labirinto.

⁠Escrevo porque meu agora é infinito,
porque sou um abrigo de sonhos...

Sobrevoando os mares,
sinto seu caloroso abraço
e me refugio no meu pensamento,
alcanço seus olhos, e
o temor da noite vai embora,
o sono vem
e durmo em paz...


Do alto plácido
vem meu recomeço.
Do alto esplêndido
vem o sol aquecer minha razão.
Despindo-me da pérfida verdade,
permaneço respirando esperança.

Sombras de nuvens passageiras
ensinam-me a triunfar diante
deste momento deserto.

Ouço cantos de esperança:
logo este tempo vai findar;
logo vou respirar.

⁠Pedras me arruínam,
pontes me elevam.
Destinos me inflamam,
caminhos me curam.
Fujo das agruras,
das ideias descontínuas;
deleito-me na reconstrução
deste meu sonho solitário.

Acontece de a vida lhe mostrar o desfecho de um encontro triste,
de uma conversa triste,
de um olhar triste.
De uma repetição de tentativa triste.
E você triste precisa sorrir; engolir o desfecho, fechar os olhos e dormir.
Apenas dormir...
Tentar dormir...

Descrição

Minha falta,
minha impaciência,
minha negação...
É este meu acaso que me conduz a falácias.
Mas preciso de um tempo exato
para reverter este infeliz caminho.
Caso não consiga,
vou diluir no mar todo este desapontamento
que assola minha descrição.
Vou jogar para os céus
esta minha sina que me fala solidão.

Paz

Do meu quarto,
ouço o barulho do metrô;
ouço os carros na avenida.
Agora ouço o silêncio;
ouço os pingos da chuva
que enaltecem o meu descanso.
Daqui, fecho os olhos
e sinto que estou em plena paz.
Respiro,
Adormeço o desespero e a
acalmo o coração;
e os sonhos vêm e abraçam
o meu corpo e fortalecem a minha alma.

Tenho muitas teimosias,
muitas formas de achar que felicidade vem de você.
Mas o gosto da paixão não vem de seus beijos...
Logo mudo de ideia
e vejo que tenho vontades de que seus desejos se curvem
diante de mim.
Sinto que estou num complexo mundo de atritos ....
Estou me roendo por dentro;
numa vontade imensa de ter você.

Permanece em mim esta imaginação
de receber seu sorriso, cheio de vida,
me mostrando o quanto é bom o amar.

Há em mim a lembrança de ouvir seus passos,
em profundo sono, vindo me desvelar mistérios.
Permanece em mim a imaginação de ver nascer
seus beijos no despertar do meu dia.

Hoje você está em terra distante,
mas ainda me resta a saudade de celebrar
meus encantos neste seu corpo vazio.

É irritante saber o quanto desperdicei tempo
A procurar por seu perfil; a olhar em tantas fotos
E não me encontrar em nenhuma delas.
Hoje percebo que tens um sorriso demente e
Tão sem graça que nem o sol seria capaz de iluminá-lo.
Tens as mãos carregadas de mentiras, de medo e solidão.
Irritante é saber que ainda penso em ti e
estou aqui a escrever tamanho desapontamento.

No mundo,
No meu espaço,
No meu tempo
Só permanece
minha ausência.

Na minha própria companhia,
No meu afeto, apenas me resta a fantasia.

Sou puro encanto que desmorona há dias.
Sou o suspiro isolado no próprio teto.
Ser sem ânimo de viver,
ser que se entrega a nostalgia,
aos rumores futuros.

Mas há propósito de reconstrução
para abater o medo e a descrença,
para navegar na expectativa do triunfo.

A solidão é um vento fúnebre que vem no domingo de manhã.

A solidão é um hidróxido de sódio que vai queimando e derretendo nossa vontade de recomeçar.

Há momentos em que palavras e imagens não resolvem os nossos conflitos.
Há momentos em que devemos calar e esperar o sol nascer.

Preciso perdoar a mim mesma
pela minha falta;
pela minha falha;
pela minha vontade de querer estar com quem não se faz presente.

As pedras não podem esconder nem impedir que o meu olhar alcance o seu sorriso.

Váldima Fogaça

Ela queria apenas uma companhia; um olhar de boa noite ; um beijo de bom dia.