A verdade não faz tanto bem neste mundo como as suas aparências fazem mal.
A esperança, enganadora como é, serve contudo para nos levar ao fim da vida pelos caminhos mais agradáveis.
As nossas virtudes, a maior parte das vezes, não passam de vícios disfarçados.
É uma grande habilidade saber esconder a própria habilidade.
No amor, quem se cura primeiro é quem fica mais bem curado.
As relações mais felizes são aquelas baseadas na mútua incompreensão.
Os vícios entram na composição da virtude assim como os venenos entram na composição dos remédios. A prudência mistura-os e atenua-os, e deles se serve utilmente conta os males da vida.
A velhice é uma tirania que proíbe, sob pena de morte, todos os prazeres da juventude.
Prometemos conforme as nossas esperanças e cumprimos segundo os nossos receios.
Louvam-se ou criticam-se muitas coisas porque está na moda louvá-las ou criticá-las.
A fama dos grandes homens devia ser sempre julgada pelos meios que usaram para obtê-la.
Para sabermos bem as coisas, é preciso sabermos os pormenores, e como estes são quase infinitos, os nossos conhecimentos são sempre superficiais e imperfeitos.
Um verdadeiro amigo é o maior de todos os bens e entretanto, é aquele com que menos nos preocupamos em adquirir.
Quem vive sem loucura não é tão sábio como pensa.
A mente é sempre enganada pelo coração.
A verdadeira eloquência consiste em dizer tudo o que é preciso e em só dizer o que é preciso.
Se resistimos às nossas paixões, é mais pela fraqueza delas que pela nossa força.
Quando praticar qualquer falta, procure remediá-la e não desculpá-la.
Quem recusa uma lisonja é porque procura ser lisonjeado duas vezes.
Há pessoas desagradáveis apesar das suas qualidades e outras encantadoras apesar dos seus defeitos.